Com o objetivo de auxiliar na limpeza das residências afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul, o curso de Engenharia Química da Unijuí está fabricando sabão solidário. A ação conta com a participação do Programa de Educação Tutorial (PET) - Engenharia Civil, do Projeto de Extensão Energia Amiga, ambos da Unijuí, e do Centro de Educação Básica Francisco de Assis (EFA).
A produção do sabão está sendo feita a partir do óleo de cozinha usado. Segundo a coordenadora do curso de Engenharia Química, professora Fernanda Pereira, “o sabão líquido pode ser utilizado para limpeza de superfícies sólidas em geral, como pisos, paredes, janelas, entre outros, assim como para a limpeza de utensílios domésticos e também para a primeira lavagem das roupas atingidas pela lama da enchente. Não é recomendada a utilização deste sabão para higiene pessoal ou de animais”, explica.
Para a confecção do sabão solidário, estão sendo arrecadados insumos através de doações. Podem ser doados óleo de cozinha usado e recipientes plásticos para armazenar o sabão líquido (de 500 ml a 5 litros), de segunda a sexta-feira, no Hall da Biblioteca - campus Ijuí e na EFA. Para destinar álcool acima de 92% e soda cáustica acima de 99%, a retirada ou entrega pode ser agendada pelo telefone (51) 99294-0820. É possível também realizar doação de valores através da chave pix sabaosolidario@unijui.edu.br.
Para a coordenadora, a ação é muito importante pois, além de ajudar as famílias afetadas pelas enchentes, tem benefícios tanto do ponto de vista social quanto ambiental. “A utilização do óleo de cozinha usado ajuda a reciclar um resíduo que, se descartado inadequadamente, pode causar sérios danos ambientais, como a contaminação de água e solo. É também uma forma de aumentar o senso de responsabilidade social dos participantes e, além disso, os estudantes adquirem um aprendizado prático sobre química básica e processos de fabricação, o que pode despertar o interesse por áreas científicas”, destacou.
Com o objetivo de integrar os estudantes com as mais diversas áreas de atuação, o curso de Engenharia Química da Unijuí promoverá, entre os dias 8 e 12 de abril, a sua Semana Acadêmica. Na programação, estão previstas a realização de palestras, bem como de um minicurso. As atividades vão ocorrer de forma presencial, no prédio 8 do campus Ijuí, no período da noite, e também de forma online. As inscrições estão abertas até a próxima segunda-feira, 8 de abril, e podem ser feitas pelo site da Unijuí.
Na segunda-feira, primeiro dia de atividades, está prevista uma fala sobre inovação, com cases de sucesso da área da Engenharia Química, que será promovido de forma online. Na terça-feira, 9 de abril, ocorre a palestra “Processos Fermentativos na produção de alimentos”, a qual será ministrada pelo doutor em Tecnologia dos Alimentos, Raul Vincenzi. A palestra acontece na sala 306 do prédio 8, a partir das 19h10.
Na quarta-feira, 10 de abril, será realizada a palestra “Processo de Produção e controle de qualidade na indústria da erva-mate”, que será feita pelo mestre em Engenharia Mecânica, Roberto Luiz Tomelero. A atividade ocorre na sala 104 do prédio 8, a partir das 19h10. Já na quinta-feira, 11 de abril, de forma online, será promovida a palestra “A Engenharia Química e sua atuação na área da Saúde”, conduzida pelo engenheiro químico, Kaique Santos Teixeira.
Para encerrar a programação, na sexta-feira, último dia de evento, será feito um minicurso sobre a análise sensorial de cervejas, que será ministrado pela engenheira química Camila Hammarstrom Goi. O minicurso será feito na sala 104 do prédio 8, a partir das 19h10. Mais informações sobre a Semana Acadêmica de Engenharia Química podem ser acessadas em https://virtual.unijui.edu.br/Portal/Eventos/semana-academica-da-engenharia-quimica-2024.
O curso de Engenharia Química da Unijuí busca formar profissionais completos, que possam atuar em qualquer tipo de trabalho da área, como em indústrias químicas e petroquímicas, e em desenvolvimento de diferentes produtos em escala industrial como alimentos, cosméticos, defensivos agrícolas, tintas, óleos essenciais, ambiental e farmacêutico.
Com duração de 5 anos, a formação oferece atividades teóricas e práticas, com foco em preparar o estudante a perceber e resolver os diferentes problemas de engenharia, onde os aspectos físicos, químicos e físico-químicos são relevantes. Os acadêmicos aprendem a projetar e acompanhar a construção, montagem e o funcionamento de fábricas da indústria, a partir do desenvolvimento e construção de novos equipamentos e suas instalações, assim como estações de tratamento de efluentes. Também aprendem a propor novos métodos de produção de produtos químicos e aperfeiçoar técnicas de extração, transformação e utilização de matérias primas.
Na formação ofertada pela Unijuí, o estudante conta com inúmeros diferenciais, que favorecem o seu aprendizado, como a disponibilidade de laboratórios de ensino de Química Geral; Química Analítica, Físico-Química e Inorgânica; Química Orgânica e Bioquímica; Pesquisa em Química; Simulação Digital; Informática; Eletrotécnica; e de Engenharia Química. Além disso, os acadêmicos são estimulados a participarem de ações multidisciplinares e interdisciplinares de pesquisa e extensão, vinculados a grupos institucionais de pesquisa e extensão, e atividades orientadas por docentes nos laboratórios do curso, incluindo estágios em empresas do setor.
Conforme a coordenadora do curso, professora Fernanda da Cunha Pereira, a Engenharia Química da Unijuí conta com laboratórios que fazem com que o aluno saia da graduação extremamente qualificado. “Eles saem sabendo lidar com equipamentos modernos que existem na indústria, contam também com aulas dinâmicas e tem possibilidade de vivenciar, a partir de visitas técnicas, como é a atuação de profissionais, tanto nos setores privados quanto no setor público”, salienta.
O curso de Engenharia Química é ofertado no campus de Ijuí, no turno da noite, e está com inscrições abertas no Vestibular Contínuo até o dia 19 de fevereiro. Elas podem ser feitas no site unijui.edu.br/vestibular.
A Unijuí, por meio do curso de Engenharia Química, promoveu nesta segunda-feira, dia 30 de outubro, o evento “Perspectivas da Geração de Biogás na Região Noroeste e Missões do RS - apresentação do Roadmap”. O debate ocorreu de forma online, no canal da Unijuí no Youtube, em parceria com o Sebrae, Governo do Estado, Inova RS, Fahor e Fapergs.
Durante o evento, foram apresentados os resultados do Roadmap realizado na região. “O Biogás é uma fonte de energia que pode ser produzida a partir de resíduos e efluentes. O Roadmap é um estudo com o objetivo de entender qual o potencial e barreiras e definir possíveis caminhos para o desenvolvimento desse setor na região”, explicou a engenheira ambiental, consultora do Instituto 17 e sócio-fundadora da Amplum Biogás, Leidiane Ferronato Mariani.
O estudo analisou a macrorregião Noroeste composta por 77 municípios. Conforme a estimativa apresentada, a pecuária representa o maior potencial de biogás para fins energéticos, sendo a suinocultura em terminação (56,26%), suinocultura em matriz (28,34%), bovinocultura de leite (12,21%) e abatedouro de suínos (3,18%).
Já sobre as barreiras, a engenheira agrônoma e consultora do Instituto 17 com atuação no aproveitamento energético de resíduos, Gladis Maria Backes Bühring, destacou os pontos que podem estar impedindo o seu desenvolvimento. “A partir de reuniões com atores da região e visitas técnicas a plantas de biogás, identificamos nove pontos. Entre eles, que há falta de conhecimento e/ou compartilhamento de informações sobre o processo de produção de biogás e seus benefícios e, em segundo lugar, foi apontado que o procedimento para licenciamento ambiental de projetos de biogás não é claro e há discrepâncias nas normas e procedimentos nas esferas federal, estadual e municipal”, pontuou.
Também participaram do debate o engenheiro agrônomo e membro da Usina de Biogás e Fábrica de Adubo Organomineral da Coopenad, Volmir Anater; o químico industrial, mestre e doutor em Química, Airton Kunz; e a administradora e sócio proprietária da Granja Kist e Froelich, Danieli Rambo. O evento contou com a mediação do gestor de Inovação e Tecnologia da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (SICT/RS), Jerry Jorris, e da professora do curso de Engenharia Química da Unijuí, Fernanda da Cunha Pereira, que é coordenadora do projeto SICR 3379/2021.
A Unijuí, por meio do curso de Engenharia Química, promoverá na segunda-feira, dia 30 de outubro, às 13h45, o evento “Perspectivas da Geração de Biogás na Região Noroeste e Missões do RS - apresentação do Roadmap”. O evento será realizado de forma online, em parceria com o Sebrae, Governo do Estado, Inova RS, Fahor e Fapergs.
Para debater o tema, foram convidados a engenheira ambiental, consultora do Instituto 17 e sócio-fundadora da Amplum Biogás, Leidiane Ferronato Mariani; o engenheiro agrônomo e membro da Usina de Biogás e Fábrica de Adubo Organomineral da Coopenad, Volmir Anater; o químico industrial, mestre e doutor em Química, Airton Kunz; a engenheira agrônoma e consultora do Instituto 17 com atuação no aproveitamento energético de resíduos, Gladis Maria Backes Bühring; e a administradora e sócio proprietária da Granja Kist e Froelich, Danieli Rambo.
Serão mediadores o gestor de Inovação e Tecnologia da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (SICT/RS), Jerry Jorris, e a professora do curso de Engenharia Química da Unijuí, Fernanda da Cunha Pereira, que é coordenadora do projeto SICR 3379/2021.
O sistema de logística reversa de medicamentos é regulamentado pelo decreto Nº 10.388, de 5 de junho de 2020, que dispõe sobre o descarte correto dos fármacos. Mas, apesar de haver a preocupação com a destinação correta desses resíduos em seu formato inicial, pouco é falado quando esses rejeitos vão para o sistema de tratamento de esgoto, onde os métodos tradicionais de saneamento não são capazes de remover os químicos.
Com base neste problema, a recém-formada no curso de Engenharia Química da Unijuí, Júlia de Oliveira Martins Müller, elaborou seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) denominado “Processos oxidativos avançados: caracterização e produtos de degradação dos poluentes emergentes diclofenaco, paracetamol e 17α-etinilestradiol”.
Na monografia, Júlia buscou caracterizar alguns métodos de tratamento que são classificados como processos oxidativos avançados (POA). Além de demonstrar como cada processo é capaz de degradar o fármaco, ela mostrou os produtos obtidos através desse processo químico e se os resultados então obtidos são menos prejudiciais do que os compostos iniciais.
Júlia conta que a ideia surgiu a partir da fala da professora Marcele Hocevar sobre os microplásticos presentes em sabonetes esfoliantes e quanto eles são prejudiciais aos animais aquáticos - em alguns casos, a saúde dos seres humanos. “Após essa aula, comecei a pensar sobre todos os medicamentos que consumimos diariamente e se eles também causam prejuízos ao meio ambiente e à nossa saúde”, explica.
O professor Alessandro Hermann se interessou pelo tema proposto e orientou a estudante a realizar a pesquisa com três processos oxidativos avançados: fenton, foto-peroxidação e fotocatálise heterogênea. Esses processos foram aplicados e analisados nos seguintes poluentes emergentes: Diclofenaco, Paracetamol e 17α-Etinilestradiol (EE2).
Além disso, a sua pesquisa pretendia estimar os produtos de degradação a serem pesquisados por espectrometria de massas. “Ao final do estudo, constatou-se que, para os três compostos analisados, o processo de foto-peroxidação promoveu a sua remoção completa”, afirma. “Os resultados demonstrados neste estudo corroboram que os processos oxidativos avançados sejam utilizados como forma de tratamento dos contaminantes emergentes. Todavia, ainda é necessário um estudo mais aprofundado sobre sua forma de aplicação, mecanismos e produtos de degradação”, salienta.
Júlia, que concluiu em dezembro a graduação, já deu sequência à sua vida acadêmica. Neste ano, ela inicia o Mestrado em Engenharia Química, e comenta que está preparada para novos desafios. “Após finalizar os cinco anos da graduação, sinto-me realizada e feliz, sabendo que pude aproveitar ao máximo as experiências que o curso tem a oferecer”, finaliza.
Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo da Unijuí
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