Destaques do Mestrado e Doutorado

Interessados têm até o dia 13 de dezembro para se inscrever nos processos seletivos

Foram prorrogadas as inscrições para o Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional – Mestrado e Doutorado da Unijuí, para o dia 13 de dezembro. Interessados podem se candidatar por meio do endereço www.unijui.edu.br/ppgdr, onde também estão disponíveis os editais e mais informações sobre os processos.

Em ambos os processos seletivos, a lista com a homologação das inscrições será publicada no site do PPGDR, até o dia 14 de dezembro.

Em razão da pandemia de covid-19, as entrevistas para a seleção de Mestrado serão realizadas por meio de videoconferência, nos dias 16 e 17 de dezembro, em horário a ser definido para cada candidato. A data de publicação do resultado final é 18 de dezembro.

Com carga horária de 450h e duração de 24 meses, o curso de Mestrado conta com a oferta de 20 vagas.

No caso do Doutorado, a carga horária do curso é de 720h, com duração de 48 meses. Serão ofertadas 5 vagas por linha de pesquisa, totalizando 10 vagas no curso. A data de publicação dos resultados finais é 18 de dezembro.

O Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional organiza-se na área de concentração Planejamento e Gestão, que se desdobra em duas linhas de pesquisa: Políticas Públicas, Planejamento Urbano e Desenvolvimento Territorial; e Gestão de Organizações e Dinâmicas de Mercado.

O Programa tem por objetivo a geração de conhecimento e de produção científica a partir da pesquisa, visando a formação e o aprimoramento de docentes e outros profissionais para o exercício de atividades de pesquisa, extensão, ensino, assessoria e consultoria, qualificados para atuação na área das Ciências Sociais Aplicadas, em organizações públicas, privadas e da sociedade civil, tendo a interdisciplinaridade como referência metodológica e como temática os diversos aspectos que envolvem planejamento, gestão e inovação, na perspectiva da sustentabilidade do desenvolvimento regional.

Os cursos participam de forma crítica e reflexiva do desenvolvimento regional, valorizando o exercício da cidadania, a promoção do bem-comum e da qualidade de vida, com respeito à diversidade sociocultural dos territórios.

A egressa do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção Integral à Saúde, Laís Sartor, apresentou os resultados da pesquisa desenvolvida por ela durante o curso de Mestrado, em um hospital de Ijuí. A pesquisa foi realizada entre outubro de 2023 e fevereiro de 2024, sendo orientada pela professora Adriane Kolankiewicz.

O estudo buscou avaliar os fatores de risco de adoecimento de profissionais que atuam no na instituição de saúde e terá continuidade a partir da análise da primeira etapa, a fim de construir e implementar estratégias de intervenção para amenizar os riscos. Para a coleta de dados, foram utilizados um questionário sociodemográfico elaborado pelas pesquisadoras e o Inventário de Trabalho e Riscos de Adoecimento (ITRA). Participaram do estudo 240 profissionais de enfermagem, em sua maioria do sexo feminino (88,3%), com média de idade de 37,7 anos.

De acordo com os resultados, os profissionais com idade entre 18 e 29 anos e que fazem uso de medicação contínua apresentam indicadores de risco crítico para custo humano no trabalho, principalmente quanto àqueles relacionados ao cognitivo e afetivo. Isso mostra que os profissionais enfrentam situações potencialmente desgastantes decorrentes de sua profissão como risco de morte dos pacientes, perigo constante, decisões imediatas que demandam alta responsabilidade, as quais contribuem para a elevação dos riscos no trabalho.

Os fatores de prazer e sofrimento, bem como de danos decorrentes do trabalho apresentaram-se mais positivos. Dentre os participantes, 75% evidenciaram realização profissional e 67,5% consideraram que são reconhecidos profissionalmente. Estes indicadores contribuem beneficamente para a saúde dos trabalhadores, ao considerar que o trabalho é constituidor identitário

Embora 66,3% dos respondentes tenha avaliação mais positiva em relação aos danos relacionados ao trabalho, a avaliação mais grave estava associada aos trabalhadores que faziam uso de medicação contínua (52,6%) e que já possuíam doença ou disfunção psíquica (26,3%). Já os trabalhadores que residem na cidade onde atuam profissionalmente, com escolaridade técnica e que possuem dependentes que necessitam cuidados especiais, evidenciaram avaliação moderada à crítica para sofrimento no trabalho.

“A partir da conclusão do Mestrado em Atenção Integral à Saúde expresso o quão enriquecedor foi poder contribuir com informações oriundas deste estudo, e de uma temática que trabalho há mais de 12 anos. A partir dele, pode-se levantar as variáveis sociodemográficas e laborais que influenciam nos riscos de adoecimento, o que evidencia a importância de implementar medidas preventivas nas instituições de saúde para melhorar a qualidade de vida dos profissionais que atuam em uma profissão dedicada a cuidar de vidas” destacou a egressa.

A Unijuí, a partir do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção Integral à Saúde (PPGAIS), em parceria da 14ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), organizou no início deste mês um encontro regional para o lançamento do Guia do Pré-Natal e Puerpério na Atenção Primária à Saúde. A atividade reuniu médicos, enfermeiros, além de profissionais da rede de atenção envolvidos no cuidado ao ciclo gravídico-puerperal.

Participante da atividade e representando o PPGAIS e os cursos de Enfermagem e Medicina da Unijuí, a professora Adriane Kolankiewicz apresentou uma palestra com o tema "Transição do Cuidado no Puerpério", onde compartilhou resultados de pesquisas conduzidas no PPGAIS e no Grupo de Pesquisa Cuidado, Gestão e Educação em Enfermagem e Saúde, responsáveis por analisar a transição do cuidado no puerpério sob as perspectivas de puérperas e profissionais de saúde da Rede de Atenção à Saúde (RAS).

Conforme a docente, há uma alta taxa de mortalidade materna no puerpério no Rio Grande do Sul, com cerca de 78% dos óbitos maternos sendo registrados neste período crítico. Com base nessas evidências, a professora, em conjunto com a residente em Saúde da Família, Pamela Pluta, e da doutoranda Mariana Frölich Alievi, desenvolveram e validaram uma ferramenta para a transição do cuidado no puerpério.

Elaborado com o apoio de especialistas, o instrumento busca facilitar a comunicação entre profissionais e serviços de saúde, com o objetivo de promover um acompanhamento mais efetivo das puérperas e contribuir, assim, para a redução de complicações e óbitos maternos. A ferramenta foi apresentada aos participantes do evento, enfatizando seu potencial para qualificar o cuidado e integrar os diferentes níveis da RAS.

Segundo a professora Adriane, a colaboração entre a Universidade e serviços de saúde fortalece a articulação entre a produção de conhecimento e sua aplicação prática, além de fomentar uma formação interdisciplinar para os acadêmicos. “Essa parceria reforça o compromisso da Unijuí em atuar como agente de transformação social, promovendo a disseminação de conhecimento e gerando impactos positivos na sociedade. A iniciativa destaca a importância de ações integradas entre ensino, pesquisa e extensão para enfrentar desafios críticos da saúde pública, especialmente no cuidado materno-infantil”, salienta.

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Na última terça-feira, dia 12 de novembro, foi realizado o Encontro de Egressos do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção Integral à Saúde - PPGAIS Unicruz/Uri Erechim/Unijuí. O encontro foi realizado presencialmente na URI Erechim e transmitido de forma remota às instituições associadas e a todos convidados.

O evento, que contou com a presença de egressos, mestrandos e doutorandos, além de docentes do programa, teve como objetivo consolidar o processo contínuo de acompanhamento de egressos com o intuito de aproximá-los do programa para compartilhar suas experiências profissionais e/ou acadêmicas e, também, incentivá-los a continuar sua formação.

A coordenadora geral do PPGAIS, professora Adriane Cristina Kolankiewicz, deu as boas-vindas a todos, falou da trajetória do programa, que completou 10 anos em 2024, e parabenizou todo grupo pela formação de 180 mestres.

Após, foi realizada a palestra “Inteligência Artificial na Saúde: Desafios, Oportunidades e Impactos” pelo professor doutor Cássio Luciano Baratieri, da URI Erechim, que apresentou desde a conceituação da Inteligência Artificial (IA) até as possibilidades de uso da IA na área da saúde.

Segundo o professor Cássio, “a Inteligência Artificial tem transformado de forma significativa a área da saúde ao melhorar o diagnóstico, aprimorar tratamentos e potencializar a personalização dos cuidados de saúde nas mais diversas áreas. No futuro, espera-se que a IA evolua com mais transparência e assertividade para oferecer soluções ainda mais integradas e éticas, como o uso de algoritmos que aprendam com o comportamento e a resposta dos pacientes ao tratamento, integrando um caráter multiprofissional”.

No universo acadêmico, a titulação de mestre e doutor representa um marco importante, não apenas pelo conhecimento técnico que oferece, mas pela transformação que gera nas trajetórias profissionais e acadêmicas dos seus alunos. Após a palestra, os egressos presentes puderam relatar suas experiências profissionais e acadêmicas após a conclusão do mestrado.

Para as coordenadoras do programa, professoras Adriane Kolankiewicz e Fernanda Camera, momentos como este são muito importantes, tanto para os egressos quanto para os discentes e docentes, pois promovem a aproximação com egressos e proporcionam trocas de experiências. “Reconectando com antigos colegas e professores, ampliamos redes de contato profissional e acadêmico, o que promove futuras colaborações de pesquisa e, até mesmo, continuidade da formação”, avaliaram.

Nos dias 5 e 26 de outubro, mestrandos e doutorandos da Unijuí, ligados aos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu em Modelagem Matemática e Computacional (PPGMMC) e Atenção Integral à Saúde (PPGAIS), trabalharam em conjunto para a realização de uma imersão científica com os estudantes do Colégio Tiradentes da Brigada Militar e da Escola Estadual de Ensino Médio Otávio Caruso Brochado da Rocha.

Esta imersão na Universidade é uma das fases das ações de extensão destes Programas no “Projeto Anísio Teixeira: Formação Científica para Estudantes do Ensino Médio”, que tem como objetivo difundir o pensamento e métodos científicos, e a forma de construção de conhecimentos científicos para as escolas. O título do projeto, financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), sob coordenação do professor doutor Fernando Jaime González, visa homenagear o legado de Anísio Spínola Teixeira, figura emblemática na história da educação e da ciência brasileira.

As ações da imersão foram planejadas e executadas em conjunto pelos pós-graduandos dos dois programas: do PPGAIS, participaram a mestranda Samara Knebel e a doutoranda Laura Correa; e do PPGMMC, participaram o mestrando Kelvin Robe e os doutorandos Diovana de Batista, Dhileane Quixabeira, Luis Patiño Hernández e Bruno Boniati.

Sob orientação do professor Thiago Heck, unindo a expertise e os bolsistas do Grupo de Pesquisa em Fisiologia (GPeF) e do Grupo de Pesquisa em Computação Aplicada (GCA), estes pós-graduandos organizaram 13 oficinas exploratórias, ou seja, exposições sobre a pesquisa realizada na Unijuí pelos dois programas, e 10 experimentos reais para a parte da tarde.

Assim, pela manhã, os alunos conheceram a diversidade e a qualidade da infraestrutura de ensino e pesquisa da Unijuí e, à tarde, escolheram qual experimento executariam, agora com os pós-graduandos e bolsistas de iniciação científica como seus orientadores. As oficinas e experimentos contaram ainda com o apoio de dois egressos do PPGAIS (Maicon Sulzbacher e Lucas Sulzbacher), além de 14 bolsistas de iniciação científica, 1 bolsista CNPq Ensino médio (Maria Todendi, da Escola Técnica Estadual 25 de Julho de Ijuí), 3 voluntários, e mais 4 professores do GPeF. Um total de 34 pessoas se envolveram na organização e realização do projeto Anísio PPGAIS+PPGMMC.

“A proposta deveria, obrigatoriamente, ser muito mais do que uma visita à Unijuí. Deveria ser um dia de cientista, uma vivência única, realizando experimentos que fazemos aqui, principalmente no Laboratório de Ensaios Biológicos e no Laboratório de Fisiologia Humana e no GCA. Assim, eles compreenderam as etapas de protocolos de pesquisa, conheceram as perguntas de pesquisa, hipóteses, executaram procedimentos metódicos, coletaram dados, fizeram gráficos e analisaram seus dados estatisticamente. Tudo em um dia só”, relatou o professor Thiago Heck, coordenador do projeto pelo PPGMMC e PPGAIS.

Estes dias de imersão, com 108 alunos nos turnos da manhã, e 62 divididos nos experimentos à tarde, tiveram impacto positivo para todos, como relataram diferentes alunos das escolas, que “não imaginavam que poderia ser tão legal a universidade. Agora já até decidi que vou me dedicar a estudar para fazer um curso” ou “posso continuar fazendo pesquisa?”, recorda o professor Thiago Heck.

Além disso, bolsistas de iniciação científica e pós-graduandos relataram a satisfação de ter proporcionado estes momentos para as escolas, e relataram aprender muito, como disseram a bolsista Elisângela Valentini e a mestranda Samara Knebel: “ter participado como expositora e depois como orientadora dos experimentos com os alunos da escola permitiu que víssemos como é fundamental a postura do aluno para que as atividades propostas pelos professores andem como planejado. Foi muito gratificante participar do projeto até aqui”.

Concluindo a primeira fase (planejamento, visita nas escolas e organização dos experimentos, exposições e equipes) e segunda fase (imersão na Unijuí), a seguir os pós-graduandos do PPGMMC e PPGAIS realizarão a terceira fase, que trata-se da análise mais completa dos resultados obtidos nos experimentos e a escrita, pelos próprios alunos das escolas, sob orientação dos pós-graduandos, de resumos para submissão em eventos científicos.

Os Programas de Pós-Graduação em Atenção Integral à Saúde (PPGAIS) e em Direitos Humanos da Unijuí (PPGD), em colaboração com a Universidade de Coimbra, Portugal, ofertaram a disciplina de Pesquisa-Ação Participativa: A Saúde em Todos os Setores da Sociedade.

A oferta da disciplina foi feita de maneira compartilhada e as aulas tiveram início em agosto, com foco na familiarização e a compreensão da Pesquisa-Ação Participativa em Saúde como uma abordagem de pesquisa-intervenção, na qual a participação ativa das pessoas em todo o processo é considerada um imperativo democrático, priorizando o contexto comunitário local.

A disciplina contou com a colaboração das professoras da Universidade de Coimbra, Irma Brito e Márcia da Cruz, além da coordenadora do PPGAIS, professora Adriane Kolankiewicz, e do PPGD, professor Maiquel Ângelo Dezordi Wermuth. Houve a participação dos estudantes de distintos programas de formação, o que propiciou uma análise interdisciplinar dos problemas atuais.

De acordo com a professora Adriane Kolankiewicz, a integração entre os dois programas, aliada à participação de docentes estrangeiras, é fundamental para a análise de problemas complexos da realidade contemporânea sob múltiplas perspectivas. “Essa sinergia entre diferentes áreas do conhecimento enriquece a compreensão dos desafios enfrentados e favorece a geração de soluções inovadoras. Além disso, essa colaboração potencializa a tradução do conhecimento acadêmico em intervenções práticas, com implicações significativas tanto no âmbito legal quanto na área da Saúde.”

O professor Maiquel Ângelo Dezordi Wermuth destaca que a disciplina representou uma continuidade das atividades que vêm sendo desenvolvidas desde 2023 em convênio com a Universidade de Coimbra. “Viabiliza um espaço de interlocução acadêmica entre pesquisadores brasileiros e portugueses, marcada pela transdisciplinaridade. Esse espaço foi responsável pela produção de profícuas trocas científicas, em um ambiente de aprendizagem inovador e disruptivo”, comenta.

Doutoranda em Direitos Humanos, Élida Martins Taveira ressalta que foi uma grata oportunidade conhecer a pesquisa ação-participativa em saúde. “É um importante tipo de pesquisa, de viés democrático, que privilegia o envolvimento das pessoas interessadas, desde a identificação das questões de pesquisa, até o desenvolvimento de ações mais efetivas que prestigiem as expectativas da coletividade envolvida.”

Já a doutoranda do PPGAIS, Mariana Frohlich Alievi, comenta que a disciplina foi importante para a sua formação. “Poder participar de uma disciplina e dialogar, discutir problemas e pensar soluções sob diferentes olhares foi importante. A disciplina foi bem planejada e elaborada, o que nos fez refletir sobre nossas pesquisas, a inserir os sujeitos pesquisados desde o início, e não somente no momento da coleta de dados, dar mais voz aos pesquisados e sentido às nossas pesquisas que tem o intuito principal de tentar solucionar problemas complexos, tanto na saúde quanto demais áreas.”