Com o objetivo de integrar a primeira escuta clínica com a teoria e exposta aos graduandos em psicologia, dando ênfase ao sincronismo teórico-prático presente na futura profissão, aconteceu, na quarta-feira, 19, no Centro de Eventos do Campus Ijuí, o evento Falas da Clínica, reunindo estudantes e professores do Curso de Psicologia.
O evento iniciou-se às 14h com a discussão “A escuta do sujeito na clínica - Comissão de Pesquisa”, na sequência, “Resistência como mecanismo de defesa no tratamento clínico - Comissão de Registros”. A programação teve, ainda, o debate “O choro e suas possíveis interpretações - Comissão de Eventos”, seguido da temática “Pagamento na clínica psicanalítica: um estudo a partir das experiências na Clínica Escola - Comissão de Patrimônio”. O encerramento aconteceu no turno da noite, após a discussão “O corte como ato analítico - Comissão de Publicações”.
O evento não teve taxa de inscrição, apenas recolheu, daqueles que puderam colaborar, itens de higiene para doar a entidade de Lar Bom Abrigo, de Ijuí.
O mês de outubro tem um significado especial para as mulheres. Campanhas de conscientização são realizadas no Brasil e no mundo, com o objetivo de alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e mais recentemente sobre o câncer de colo do útero.
A Unijuí participou da programação da Câmara Municipal de Vereadores de Santa Rosa, na quarta-feira, dia 23, por meio do curso de Psicologia. A palestra “Aspectos psicológicos envolvidos no adoecimento”, foi ministrada pela coordenadora do curso de Psicologia, Simoni Antunes Fernandes.
O encontro contou com a participação de mulheres da comunidade santa-rosense e entidades envolvidas com a campanha, que na oportunidade receberam informações referentes a saúde física e emocional na prevenção de doenças.
“É importante trabalharmos as questões subjetivas para enfrentarmos algumas doenças e até mesmo para elas não aparecerem”, destacou Simoni.
Confira a palestra no vídeo transmitido pela Câmara Municipal de Vereadores de Santa Rosa:
A temática “Violência contra a Mulher: questões históricas e clínicas” estará em debate durante o dia de hoje no auditório da Unijuí, no campus Santa Rosa. O curso de Psicologia, por meio de sua Clínica, está promovendo mais uma jornada para os estagiários, estudantes, professores e comunidade externa.
Durante a tarde de hoje o professor do curso de História da Unijuí, Josei Fernandes Pereira, trouxe reflexões sobre práticas de violência contra as mulheres na história. Participaram do debate a professora Janete Teresinha de Aquino Goulart e o acadêmico Felipe Brentano Caneppelle.
A Coordenadora da Clínica de Psicologia, professora Taís Cervi, destaca que o evento tem como foco levantar questões históricas referente à violência contra a mulher e discutir a relevância do profissional de psicologia diante dessas situações. “A temática do evento foi trazida pelos estagiários que vivenciam na prática atendimentos na clínica de relatos de violência. Debater esse assunto é fazer com que reflitamos sobre o porquê a mulher se mantêm nesse ciclo, qual o desejo dela e por que ela não consegue muitas vezes se libertar desse vínculo. A partir disso, iremos fazer um recorte para o trabalho do profissional de psicologia e qual o seu papel nessa questão”, ressaltou a coordenadora.
A programação continua durante a noite de hoje, a partir das 19h30, com a psicanalista, Lucy Linhares da Fontoura, que abordará a temática “Violência: o que nos silencia, submete e aliena?”, também participam da atividade a professora Carolina Baldissera Gross e a acadêmica Niquéle Caroline Monteiro Dutra de Moraes.
A Semana Acadêmica do curso de Psicologia está debatendo o tema “Ética, Cuidado e Direitos Humanos”, com diversos convidados. Na noite de terça-feira, dia 03, a jornalista Daniela Arbex conversou com o público no Salão de Atos Argemiro Jacob Brum sobre o livro e o documentário “Holocausto Brasileiro”, contando os bastidores das obras que denunciam a morte de 60 mil pessoas no maior hospício do Brasil. A oportunidade de dialogar com a autora gerou reflexões sobre a luta antimanicomial no país.
Confira, a seguir, uma entrevista com a convidada do evento, realizada pela Unijuí FM. Arbex é jornalista, escritora e documentarista. Natural de Juiz de Fora, Minas Gerais, escreveu os livros “Holocausto Brasileiro” (2013), “Cova 321” (2015) e “Todo o dia a mesma noite: a história não contada da Boate Kiss” (2018). Com mais de 300 mil exemplares vendidos, seu primeiro livro virou documentário da HBO, em 2016. Em breve a entrevista completa sairá no Encontro Casual, da Unijuí FM.
- Você pode contextualizar a sua fala no evento, intitulada “Os bastidores do Holocausto Brasileiro?
Daniela Arbex: O “Holocausto Brasileiro” conta a história da morte de 60 mil pessoas no maior hospício do Brasil, localizado em Barbacena, Minas Gerais. É um resgate dessa história pela voz dos sobreviventes que nunca tinham sido procurados. Eu tive acesso a fotos que foram feitas dentro desse hospital em 1961 pelo fotógrafo da revista “O Cruzeiro”, chamado Luiz Alfredo, quase 50 anos depois que elas foram feitas e eu fiquei muito impactada. Essas imagens mostram não um hospital, mas um campo de concentração. São muito fortes. Foram essas imagens que me levaram a fazer essa busca e investigar o destino e o paradeiro dos sobreviventes para que eles pudessem contar o que viveram no lugar.
Eu falei dos bastidores dessa investigação, de como foi fazer essa busca, do porquê da escolha desse tema, do meu envolvimento com essas histórias e com a reforma psiquiátrica em si. Geralmente é um encontro que gera muitos debates e de profunda reflexão. Por onde eu tenho passado, tenho discutido muito e tem sido muito proveitoso esse contato com os estudantes.
- Como é a sua relação com esses temas?
D.A: Eu me interesso pela defesa dos Direitos Humanos. A minha carreira é toda pautada nessa defesa e a saúde mental é um tema muito sensível, porque são pessoas silenciadas. Mais do que isso, invisíveis!
Desde o início dos anos 2000 eu tenho toda uma história com a saúde mental, de denunciar irregularidades e violações dos direitos em hospitais psiquiátricos da minha cidade. Matérias que foram tão fortes que levaram ao fechamento de vários lugares. Eu fui construindo a minha história contando essas histórias e a saúde mental está muito presente na minha vida, assim como a violência contra a mulher, a questão da infância, da criança, a questão da educação. Isso tudo está muito presente nos temas em que eu trabalho.
- Você também escreveu um sobre a tragédia da Boate Kiss, em Santa Maria. O que te levou a buscar esse assunto?
D.A: Nem sempre o jornalista é quem escolhe a história que ele vai contar, às vezes ele é escolhido pela história. E eu me sinto assim nesse caso da Boate Kiss. Eu fui procurada por um radialista do meu grupo de comunicação em 2016. E ele falou que tinha conhecido uma enfermeira de Santa Maria pelas redes sociais e que ele achava que eu tinha que contar essa história. Naquele momento eu falei para ele: “olha (Moreno), todo mundo já contou essa história e Santa Maria fica do outro lado do mundo”, porque para quem mora no interior de Minas Gerais, qualquer lugar é o outro lado do mundo. E ele falou muito sério: “não, você que não está entendendo. Você precisa contar essa história”. Aquilo mexeu comigo. Então eu resolvi dar uma olhada nas redes sociais para ver o que os pais estavam falando, mas aleatoriamente. Caí em uma página em que um dos sócios da boate estava lamentando o fato de não ter mais comemorado o aniversário dele desde que aconteceu o incêndio e uma mãe respondeu: “você não comemorou o seu aniversário, não? E a minha filha que foi comemorar o aniversário dela de 22 anos com quatro amigas e nenhuma voltou para casa?”. Quando cheguei em Santa Maria, percebi que tinham inúmeras histórias ainda não contadas. Mais do que isso, percebi que os profissionais da área da saúde nunca tinham falado sobre o que viveram. Eu fiquei muito surpresa nas entrevistas de ver que eles, trabalhando juntos depois disso, não se permitiram falar sobre o que aconteceu, tamanho o trauma. Médicos abandonaram a emergência em função do trauma que viveram, hoje nenhum dos bombeiros envolvidos no socorro às vítimas está trabalhando, estão aposentados, não aguentaram continuar. Afetou milhares de pessoas, direta e indiretamente. É uma tragédia do Brasil e a gente precisa construir memórias sobre ela, porque se a gente não construir, outros incêndios vão acontecer. Vejo hoje pela repercussão, da forma como o livro vem sendo adotado em várias universidades do país, tanto quanto “Holocausto” e por várias áreas, que ele está cumprindo o papel de conscientização e de mobilização.
O evento é promovido pelo curso de Psicologia da Unijuí e Centro Acadêmico de Psicologia - Pluripsique. Para a professora coordenadora do curso, Elisiane Schonardie, a Semana Acadêmica tem a finalidade de formar os estudantes com uma programação diferenciada, com eventos que propiciem reflexões em torno da temática escolhida. “Do ponto de vista da formação do psicólogo, tanto a temática, quanto o momento de uma semana acadêmica é muito rico na formação do profissional. Manter esta postura reflexiva é uma atitude que eles levam depois para o campo de atuação”, observa.
Além da atividade com Daniela Arbex, nos dias 4 e 5, o evento contou, respectivamente, com a seguinte programação: “A Atuação do Psicólogo no Contexto da Saúde do Trabalhador”; “Redução de Danos”. Nesta sexta, dia 06, encerrando as atividades, será realizada a discussão “A Função do Cuidador no Processo de Subjetivação dos Bebês que Frequentam Escolas de Educação Infantil”.
Entrevista editada com o auxílio de Giovana Carré, estudante do curso de Jornalismo.
Nesta segunda-feira, 2 de setembro, teve início a “Semana Acadêmica de Psicologia 2019: Ética, Cuidado e Direitos Humanos”. As atividades serão realizadas até a próxima sexta-feira, dia 06, no Salão de Atos Argemiro Jacob Brum, no Campus Ijuí e no auditório da Sede Acadêmica.
O evento é promovido pelo Curso de Psicologia da Unijuí e Centro Acadêmico de Psicologia - Pluripsique. Para a professora coordenadora do curso, Elisiane Schonardie, a Semana Acadêmica tem a finalidade de formar os estudantes com uma programação diferenciada, com eventos que propiciem reflexões em torno da temática escolhida. “Do ponto de vista da formação do psicólogo, tanto a temática, quanto o momento de uma semana acadêmica é muito rico na formação do profissional de psicologia. Manter esta postura reflexiva é uma atitude que eles levam depois para o campo de atuação”, observa.
A expectativa da coordenação para esta Semana é de que haja uma série de debates e, também, integração com outras áreas, com a participação expressiva de profissionais e estudantes. Nesta primeira noite de evento os participantes assistiram ao documentário Holocausto Brasileiro e depois debateram com as professoras Íris Fátima Alves Campos e Janaína Machado Sturza.
Nesta terça-feira, 3 de setembro, o evento “Os Bastidores do Holocausto Brasileiro” terá como palestrante a jornalista Daniela Arbex, autora do best-seller “Holocausto brasileiro”, eleito Melhor Livro-Reportagem do Ano pela Associação Paulista de Críticos de Arte (2013). Recentemente, a escritora lançou “Todo dia a mesma noite”, livro que narra a história não contada da boate Kiss. Nos dias 4, 5 e 6 a programação será, respectivamente: “A Atuação do Psicólogo no Contexto da Saúde do Trabalhador”; “Redução de Danos”; e “A Função do Cuidador no Processo de Subjetivação dos Bebês que Frequentam Escolas de Educação Infantil”.
Texto e fotos: Giovana Carré, estudante do curso de Jornalismo.
A Semana Acadêmica do curso de Psicologia teve abertura das atividades na noite de segunda-feira, dia 26, no campus Santa Rosa, com a presença da egressa do curso e psicóloga Fabiane Angelita Steinmetz, que abordou a temática "A função do cuidador no processo de subjetivação dos bebês que frequentam escolas de educação infantil" e a experiência no VI Congresso Internacional Transdisciplinar sobre o Bebê, em Paris na França. Fabiane destacou a importância do lugar dos profissionais que acolhem os bebês na educação infantil. “O lugar dos profissionais é de maternagem, aconchego e subjetivação, visto que os bebês passam parte significativa do dia com eles. É importante que possamos olhar para esses profissionais com o valor que lhes cabe, enfatizando sua importância na vida dos bebês. Que eles possam ter orgulho legítimo de participar da constituição psíquica dos bebês”, afirma a psicóloga.
A profissional também relatou sobre a sua experiência no VI Congresso Internacional Transdisciplinar sobre o Bebê, em Paris na França, oportunidade na qual apresentou o trabalho, “A função do cuidador no processo de subjetivação dos bebês que frequentam escolas de educação infantil". O estudo consistiu em uma parte do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da autora, exposto em formato de pôster. “A Universidade abre a porta na medida em que o acadêmico compromete-se com o percurso, investindo subjetivamente em sua formação”, enfatiza Fabiane.
A programação da Semana Acadêmica segue até sexta-feira. A noite de hoje contemplará a atividade “Falas na clínica”. No dia 28, quarta-feira, “A escuta do Estrangeiro”, com os psicólogos Carolina B. Gross e Cláudio Joner e a “Exclusão social de pessoas em situação de vulnerabilidade”, com as palestrantes Flavia Flach, Daiane e Leticia Cella. Na quinta-feira, dia 29, “Diálogos em Psicologia Escolar e Educacional: O papel do Psicólogo na Escola”, com as profissionais Bruna Altman, Camila Heck e Mara Nowaczyk e “Psicologia Organizacional, a visão do trabalho das indústrias ao mundo digital”, ministrada pelos profissionais Janete T. De Aquino Goulart e Daniel Ruwer. E no último dia do evento, sexta-feira, apresentação do Grupo de Teatro do CAPS e I Mostra de Trabalhos de Psicologia.
Menção Honrosa
A Psicóloga Fabiane Angelita Steinmetz recebeu na segunda-feira, dia 26, Menção Honrosa da Câmara de Vereadores de Santa Rosa pelo reconhecimento do trabalho realizado nas Escolas de Educação Infantil no Município, por meio da contribuição de sua pesquisa. A pesquisadora participou do VI Congresso Internacional Transdisciplinar sobre o Bebê, em Paris na França, e foi vencedora do Prêmio “Marie Claire Busnel” concedido para o melhor trabalho acadêmico, nesse formato, apresentado no Congresso.
Fabiane diz que a menção foi o reconhecimento por levar o nome da cidade e da Unijuí além das fronteiras. “Um momento de abrir caminhos para um novo olhar sobre os bebês e seus cuidadores. O bebê não é aluno, ele é nosso professor, sendo assim, eu retomo a palavra creche, utilizada na França. Em Paris os bebês vão para a creche, fala-se em educação após os três anos, antes disso não há olhar pedagógico, há olhar para a singularidade de cada bebê, respeitando seu tempo e evolução, que não é alçada pelos ponteiros do relógio”, conclui a psicóloga.
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