Nesta segunda-feira, 13 de dezembro, aconteceu junto ao Salão de Atos da Unijuí a 6ª edição do Design Fashion Day. O evento marcou o encerramento de três disciplinas do sexto módulo do curso de Design: Produção Fotográfica para Marcas, Projeto de Vestuário e Acessórios e Projeto Editorial.
O evento contou inicialmente com uma palestra sobre “Experiência com estamparia”, a cargo de Renata Valandros Alves. Após, foi realizado um desfile com as coleções temáticas criadas pelos estudantes na disciplina de Projeto de Vestuário e Acessórios. Também foi apresentado um catálogo elaborado na disciplina de Projeto Editorial, que contém fotografias feitas pelos acadêmicos de Design e Publicidade e Propaganda na disciplina de Produção Fotográfica para Marcas.
“Todo o trabalho teve início com a produção de fotos, envolvendo o curso de Estética e Cosmética. Foram realizadas maquiagens em vários estudantes e, depois, produzidas fotos para o catálogo da disciplina de Projeto Editorial. Ontem, então, tivemos o desfile, que contou com acadêmicos destes três componentes”, explicou a coordenadora do curso de Design e professora da disciplina de Projeto de Vestuário e Acessórios, Diane Johann. Ela participou do evento ao lado das professoras Barbara Gündel, da disciplina de Projeto Editorial; e Gisele Corrêa Noll, da disciplina de Produção Fotográfica para Marcas.
De acordo com Diane, 18 looks foram confeccionados. A disciplina é uma das mais aguardadas pelos estudantes, exatamente pela possibilidade que eles têm de realizar o desfile. “Os alunos estavam emocionados, nervosos, se preparando nos bastidores. O evento é uma forma não tradicional de se apresentar os trabalhos e, por isso, eles gostam tanto”, reforçou a professora, lembrando que no último ano o evento teve que ser realizado de forma online, restrito apenas ao curso de Design. No próximo ano, uma nova edição será realizada.
*A partir da segunda foto, registros dos acadêmicos de Publicidade e Propaganda
Estudantes e professor do curso de Design da Unijuí realizaram, no último mês, a apresentação de uma proposta de revitalização para o Bosque dos Capuchinhos, junto à Câmara Municipal. A iniciativa foi construída por meio da disciplina “Projeto Integrador em Cidades Inteligentes”, sob a coordenação do professor José Paulo Medeiros.
Conforme explica o docente, a disciplina estuda o conceito de Cidades Inteligentes, levanta e avalia as necessidades locais com relação à proposição de intervenções, considerando exemplos de cidades bem-sucedidas. Ela tem, como um de seus objetivos, desafiar os estudantes a desenvolver uma proposta de intervenção, a partir de um estudo de caso, através da aplicação de metodologia projetual específica, considerando todos os aspectos que envolvem o seu planejamento e execução.
Para o Bosque dos Capuchinhos, foi desenvolvido um projeto global de revitalização, visando a aplicação de melhorias para o lazer, segurança e conforto da população, sem esquecer do desenvolvimento turístico do local.
Essa proposta contou com cinco subprojetos: no primeiro, Espaço Educação Ambiental, foi sugerida a implementação de uma horta comunitária, voltada ao ensino dos Anos Iniciais da Escola São Geraldo. O segundo, Mobiliário Urbano, propôs a construção de um espaço usando como referência os parklets, a fim de contribuir com o lazer das pessoas que frequentam o local. Na terceira iniciativa, os acadêmicos propuseram um Mobiliário Modular, considerando os recursos e mão de obra disponíveis para a execução, com o intuito de promover a integração dos moradores com o bosque.
No quarto subprojeto, foram feitas duas propostas: primeiro, o incentivo ao ciclismo, com a inclusão de pistas feitas de madeira utilizadas nas trilhas já existentes, evitando o corte de árvores nativas; e ainda um projeto de arvorismo, com espaços pensados para a diversão das crianças nas áreas vazias do parquinho, com casinhas nas árvores e percursos suspensos - se possível, com acessibilidade para cadeirantes.
Fechando os cinco subprojetos, foi sugerida a criação de uma identidade visual para o bosque, com base nas etnias que formam a cultura local.
Recentemente aprovado no curso de Mestrado em Patrimônio Cultural da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Fabrício de Souza seguirá trabalhando em duas áreas que possui bastante afinidade. Formado em Design pela Unijuí, ele trabalha desde o ano de 2013 no Museu Antropológico Diretor Pestana (MADP): primeiro foi como estagiário, quando ainda cursava Pedagogia, depois ingressou na Instituição como funcionário, na função de assistente de pesquisa, trabalhando diretamente na Divisão de Museologia, no auxílio do planejamento de exposições e atendimento ao público. Com a troca para o curso de Design, passou a colaborar também com projetos gráficos expositivos e de comunicação, conseguindo praticar e vincular o seu trabalho à sua área de formação.
“Trabalhando no Museu consegui criar uma aproximação com o patrimônio cultural, percebendo que aqui existe o Design na relação de duas áreas inter-multidisciplinares”, explicou Fabrício, lembrando que, além da aproximação entre o curso e o Madp, sua vinculação com a temática do mestrado também foi demonstrada no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), onde apresentou a valorização do patrimônio cultural por meio do design de jogos, construindo um jogo educativo sobre o Museu.
“Agora, para o Mestrado, continuo na pesquisa sobre patrimônio cultural, porém, trazendo um protagonismo e foco de forma mais incisiva sobre o design por meio do patrimônio gráfico. Dentro da minha linha de pesquisa de História e Patrimônio Cultural, irei em busca de identidades visuais da indústria de Ijuí do século XX, tendo como fonte os bens culturais móveis que o Madp preserva por meio de seu acervo documental, compondo um inventário para a reunião dessas informações coletadas e analisadas pelo contexto de marcas”, reforça.
Como explica Fabrício, falar em patrimônio gráfico é referir-se ao patrimônio mais recente a ser preservado - se comparado a outros bens culturais preservados no Madp, cujas técnicas são muito distantes das técnicas de produção atuais, mas que, de alguma forma, acabam refletidas nas formas e produções de artefatos atuais.
Como as aulas estão previstas para acontecer de forma online, inicialmente, desde orientações até disciplinas, Fabrício conseguirá conciliar o mestrado ao seu trabalho no Museu.
O egresso reforça que iniciativas ligadas à produção acadêmica, participação no Centro Acadêmico e o voluntariado em projetos sempre o estimularam a buscar uma formação para além da Graduação, indo ao encontro do curso de Mestrado. “Digo que foi na Unijuí que trilhei meu caminho, e ainda aqui continuo, com experiências que somaram ao meu currículo e me motivaram a seguir na vida acadêmica. As possibilidades que a Universidade proporciona são o que fazem a diferença no meu currículo, na minha vida pessoal e profissional”, finaliza.
Especialmente neste ano, o dia 26 de setembro, Dia Nacional do Surdo, tem um significado especial para a Unijuí. Isso porque, há pouco mais de um mês, a Instituição graduou dois estudantes surdos no curso de Design: Taís Dutra e Cristian Rafael Grade de Paula. Ambos sempre tiveram afinidade com a área e encontraram na graduação, e na Unijuí, a possibilidade de realizar os seus sonhos.
“Desde muito pequeno gostava de desenhar. Com o passar dos anos, pensei em fazer uma graduação. Cheguei a optar pelo curso de Ciência da Computação, porém, senti que não era aquilo que eu queria, senti que faltava alguma coisa. Comecei a procurar até me encontrar no curso de Design, onde consegui me sentir pertencente ao curso e à minha realidade”, relembra Cristian. Com a agora egressa Taís, a situação não foi diferente: sempre gostou de desenhos, de cores e de atividades visuais. E desde pequena, gostava de produzir e criar modelos de roupas e outros produtos. “Com o tempo conheci o curso de Design e me apaixonei. Dessa forma decidi que faria minha graduação na área, realizando um sonho”, completou.
Cristian afirma que ambos contaram com as adaptações necessárias na Unijuí, durante as aulas, com a presença das tradutoras intérpretes de Libras. “Não foi um processo fácil. Tive que me desafiar em meio a tantos estudos, pesquisas, projetos e trocas com os professores e colegas. Compartilhamos ricas experiências e, hoje, posso dizer que eu evoluí e venci, nós vencemos.”
Para Taís, os principais desafios encontrados, durante o percurso da graduação, estiveram ligados a conteúdos específicos, bem como ao desenvolvimento das atividades que exigiam maior ênfase na escrita, uma vez que sua primeira língua é a Língua Brasileira de Sinais, e não a Língua Portuguesa. “Compartilhar trabalhos em grupos foi mais desafiador, principalmente nos últimos semestres, quando tivemos que nos adaptar ao ensino a distância, devido à pandemia”, comenta.
Assistente na Biblioteca Mario Osório Marques da Unijuí, Cristian diz que as diversas experiências em componentes como História da Arte, Fotografia, Projeto de Identidade Visual, Projeto de Vestuário e Acessórios, além de tantos outros, permitiram que vivenciasse experiências práticas, conhecimentos importantes que fazem com que, hoje, se sinta seguro em relação à prática no mercado de trabalho. “Tenho muita vontade de trabalhar e seguir na minha área, seja ela gráfica ou de produto. Gosto muito das atividades do profissional designer”, reforça.
Passada a formatura, Taís também tem como objetivo seguir na área do Design, buscando novas formações e o trabalho com o design gráfico de marcas e produtos, num primeiro momento. “Quero focar em uma especialização e em oportunidades profissionais”, disse.
A Unijuí conta com o Setor de Acompanhamento e Acessibilidade Institucional (Saai), ligado ao Núcleo de Inovação Pedagógica (NIP). O espaço, por meio de sua equipe, desenvolve ações para a inclusão e a acessibilidade dos diferentes sujeitos que constituem o espaço institucional, seja na acessibilidade do meio físico e infraestrutura; acessibilidade pedagógica e atitudinal; curricular de comunicação ou tecnológica. Mais informações pelo telefone 3332 0200 - ramais 2023 e 2024.
Imagem retirada do trabalho elaborado por Érica M. Cansi, Luana A. Fernandez e Rafaela L. Kurtz
Acadêmicos dos cursos de Design e Arquitetura da Unijuí produziram, na disciplina “Projeto Integrador: a profissão”, um planejamento que busca revitalizar dois viadutos em Ijuí. Um deles é o viaduto João Cláudio Boniatti, localizado na Rua 14 de Julho, e o outro é o viaduto José Fagundes Mello, situado na Rua 12 de outubro.
O projeto iniciou através de um desafio proposto pela turismóloga Bianca Caneppele. O trabalho é baseado na revitalização dos viadutos, trazendo referências aos contextos histórico e social da cidade. A tarefa dos grupos foi dividida em etapas. A primeira delas foi de estudo histórico da cidade, realizada no Museu Antropológico Diretor Pestana (MADP). A segunda etapa foi de produção de esboços e a última consistiu em aplicar os conceitos nos novos planos desenvolvidos.
Segundo a professora Diane Meri Weiller Johann, coordenadora do curso de Design na Unijuí, estas atividades, em conjunto com a comunidade, reforçam os conteúdos apresentados em sala de aula. “Unir a prática, teoria e problemas reais é muito importante para o amadurecimento, compreensão das necessidades da população e desenvolvimento do estudante,” comenta.
As acadêmicas Aléxia Sobroza Schneider, Aslye Malheiros, Betina Böehm Peruzatto e Camila Kuchak Rosin buscaram transformar um local deteriorado em algo interessante. “A nossa proposta é trazer mais vida e representatividade aos viadutos. Assim as pessoas que passam por ali podem tirar fotos e celebrar alguns símbolos importantes de Ijuí, todos pensados com cores alegres para deixar a cidade ainda mais bonita,” afirmam as estudantes em seu trabalho.
Alguns dos trabalhos feitos pelos estudantes foram expostos na I Mostra de Projetos Integradores, realizada no dia 13 de julho, de forma online. O evento marcou o fechamento do primeiro semestre de implementação da Graduação Mais, novo modelo de cursos de graduação da Universidade.
Gabriel R. Jaskulski, estagiário de Jornalismo da Unijuí
Valéria Bartz realizou, para o seu TCC, a produção de roupas com tecidos que seriam descartados
O interesse pela técnica Upcycling levou a recém-formada no curso de Design da Unijuí, Valéria Bartz, a dedicar seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) ao aprofundamento da temática. A pesquisa leva como título “Coleção e roupas femininas utilizando a técnica de Upcycling: estudo de caso com a marca Dani Holzbach” e foi orientada pela professora Diane Meri Weiller Johann.
“A orientadora do TCC já havia falado sobre esta temática. Comecei a pesquisar sobre moda sustentável e Upcycling e, de repente, eu estava apaixonada pelo tema. Como já havia estudado educação ambiental na escola, a paixão e o cuidado pela natureza sempre andaram comigo”, explica.
Um dos principais objetivos do projeto foi mostrar os benefícios da técnica Upcycling - reutilização criativa - para a indústria da moda e como ela afeta positivamente o meio ambiente. Além disso, esse processo de fabricação ajuda socialmente dezenas de pessoas, gerando emprego e renda. Em suas pesquisas, Valéria utilizou livros ou artigos.
De acordo com ela, os principais diferenciais do seu projeto estão ligados ao Upcycling. “Ele pode ser utilizado em uma gama de materiais, de formas diferentes. Além disso, a economia de matéria-prima também é um diferencial positivo, porque utiliza o que está pronto. No caso da minha monografia, utilizei como matéria-prima tecidos que iriam ser descartados e que serviram para fazer novas peças de roupas”, ressaltou.
Para a graduada, a sua pesquisa pode ajudar a sociedade de duas formas. “Primeiro, gerando empregos nas indústrias têxteis (que seria o caso da minha pesquisa), através de equipes, onde as mesmas iriam desenvolver coleções de moda utilizando como técnica o Upcycling. Além disso, outro fator que ajudaria a sociedade é o fato de ‘retirar’ resíduos têxteis que iriam para aterros, ajudando o meio ambiente também”, completa.
Evelin Ramos, acadêmica de Jornalismo da Unijuí
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