O Centro Acadêmico do Curso de Ciências Biológicas da Unijuí, com o auxílio da coordenação, promoveu uma live, no dia 10 de julho, para marcar o encerramento do 1º semestre de 2020. O tema da live foi a observação de aves como uma ferramenta para educação ambiental, com o observador de aves Gabriel Brutti.
O evento reuniu mais de 150 inscrições e conectou estudantes e profissionais de Ijuí e região, Santana do Livramento, Santa Catarina, São Paulo, Belo Horizonte, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Alagoas, Minas Gerais e muitas outras regiões do Brasil, de forma online.
De acordo com a presidente do Centro Acadêmico do Curso de Ciências Biológicas, Stefani Grutka, "a humanidade se encontra desconectada da natureza, o que leva para além dos problemas pessoais em relação a saúde física e mental, também a falta de consciência em relação a preservação do meio ambiente. Visto isso, o tema é de grande relevância para os profissionais, estudantes da área e comunidade em geral".
A educação ambiental é um processo participativo e contínuo da sociedade, fundamental para a consciência crítica acerca dos problemas ambientais existentes. Sendo assim, atividades ligadas ao meio ambiente, são fundamentais no processo de aprendizagem e conscientização. A observação de aves se apresenta como uma ferramenta sustentabilidade, onde se pode observar não somente a avifauna que ali habita, mas sim, a natureza como um todo e seus processos ecológicos (ou biológicos). Assim, (re)aproximando as pessoas da natureza e trazendo novos entendimentos e sentimentos em relação a mesma.
Desde a terça-feira, 23 de junho, autoridades sanitárias da Argentina emitiram alertas ao Brasil, em especial aqui no Rio Grande do Sul, para uma nuvem enorme de gafanhotos que se desloca próxima da região de Uruguaiana, oriunda do Paraguai. Ela pode chegar ao Estado, ou passar direto ao Uruguai. Este acontecimento gerou muita curiosidade, comentários na internet e na imprensa em geral.
Segundo a professora Vidica Bianchi, mestre em Educação e doutora em Ecologia, do Departamento de Ciências da Vida da Unijuí (DCVida), com atuação nos mestrados de Educação nas Ciências e Sistema Ambientais e Sustentabilidade da Unijuí, esse é um fenômeno que pode acontecer e já existem registros de outras ocorrências, inclusive no Museu Antropológico Diretor Pestana (MADP), décadas atrás. Em diversas partes do mundo o mesmo fenômeno também já foi registrado, segundo esta reportagem do G1.
De acordo com a especialista, trata-se da espécie conhecida popularmente como gafanhoto migratório sul-americano (Schistocerca cancellata), que tem como característica o comportamento coletivo, se deslocando em massa na fase adulta em busca de alimento e abrigo. Cada fêmea pode colocar de 50 a 120 ovos, com um período de 30 dias de incubação, sendo que jovens e adultos vivem em conjunto, se alimentando dos mesmos recursos, com um ciclo de vida total de cerca de 100 dias. “A dinâmica populacional depende de alguns fatores: temperatura e umidade (abióticos), caracterizados pela crise climática, como o calor no inverno, por exemplo, e ausência de predadores (bióticos), esses dois fatores combinados podem ter favorecido a população extraordinária desta nuvem de gafanhotos”, relata.
O que impressiona, além da quantidade gigantesca de insetos que se deslocam na nuvem, viajando de 100 a 150 km em um dia - estima-se 40 milhões de animais em um quilômetro quadrado de área - é o estrago que podem fazer em plantações. “Podem consumir pastagens que 2 mil vacas ou uma população de 350 mil pessoas comeriam em um dia, segundo biólogos que estão observando o fenômeno na Argentina”, observa. Porém, a professora salienta que o grupo de insetos não apresenta perigos diretamente aos seres humanos. “Como se alimentam da vegetação, podem causar grandes prejuízos econômicos, até porque podem se alimentar de um número variado de espécies de plantas. Para evitar fenômenos como estes é preciso um alerta com os cuidados ambientais. A conservação da biodiversidade é essencial, precisamos equilíbrio entre as espécies”, afirma a professora.
Monitoramento
Segundo notícia publicada no site da Gaúcha ZH, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou que a nuvem de gafanhoto que ameaça chegar ao Rio Grande do Sul deve seguir em direção ao Uruguai. Conforme a pasta, a informação foi repassada pelo Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa).
O Museu Antropológico Diretor Pestana (MADP) possui registros históricos preservados em seu arquivo, em fotografia e também em notícias do jornal Correio Serrano, que mostram que um fenômeno semelhante já aconteceu em Ijuí. Conforme o Relatório da Intendência Municipal, no verão de 1917, nuvens de gafanhotos atacaram as colônias, propriedades agrícolas do município de Ijuí e todos se empenharam no combate à praga, inclusive a prefeitura contratou trabalhadores assalariados para atuar no combate. Em setembro de 1933 uma nuvem de gafanhotos atingiu, inclusive, o espaço urbano. O Relatório do Posto Agropecuário de 1946 se refere a gafanhotos que atingiram as plantações de trigo plantados na tarde, mas que foram atingidas outras espécies de plantas.
Espécie: popularmente como gafanhoto migratório sul-americano (Schistocerca cancellata)
Quantidade: estimativa de 40 milhões de animais em um quilômetro quadrado de área
Deslocamento: 100 a 150 km em um dia
Alimentação: podem consumir pastagens que 2 mil vacas ou uma população de 350 mil pessoas comeriam em um dia
De onde surgiu? Relata-se que esta nuvem específica seja oriunda bioma do chaco, no Paraguai, região com condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento da espécie e vem se deslocando por províncias do nordeste da Argentina, em direção ao sul.
O laboratório de Zoologia da Unijuí recebeu, na terça-feira, 19, a visita de crianças da Educação Infantil da Escola Municipal Fundamental Joaquim Porto Vila Nova, do Bairro Lambari, de Ijuí. As professoras da escola marcaram a visita pela curiosidade das crianças em estudar dois grupos de insetos: as “JOANINHAS” e as “ABELHAS”.
No Laboratório foram recebidas e acompanhadas pela técnica, estagiaria, bolsistas PET-BIOLOGIA e pela professora Vidica Bianchi. Além da visita ao laboratório para fazer perguntas e ouvir resposta às inquietações das crianças, observar com lupas os exemplares destes grupos de insetos da coleção didática seca, as crianças também tiveram a oportunidade de visitar os jardins temáticos (espiral de ervas e a rosa dos ventos) mantidos pelo Grupo PET, com apoio do Setor de Patrimônio da Unijuí. Este se tornou um local de visitas, discussões e estudos sobre diversas temáticas. As crianças observaram as joaninhas e abelhas visitando as flores dos jardins. Esta vivência, de interação com o conhecimento que trazem da escola, produz outros significados aos saberes na constituição dos sujeitos enquanto cidadãos capazes de refletir sobre o mundo que os cerca.
“Foi impressionante a curiosidade das crianças e a compreensão da dependência que a humanidade tem destes dois grupos de insetos na produção de alimentos. As joaninhas, pelo seu hábito alimentar predador, que se alimentos de insetos que consomem vegetais, e as abelhas, pelo seu importante papel de polinizadores. O curso de Ciências Biológicas se sente reconhecido por poder prestar este atendimento e percebe o empenho da equipe de educadores das escolas, às quais merecem nossa valorização e respeito”, observa a professora Vidica Bianchi.
Os estudantes do Curso de Ciências Biológicas fizeram uma visita técnica na empresa ISCA Tecnologias, na tarde quarta-feira, 13 de novembro. A atividade foi motivada pela disciplina de Fundamentos de Biotecnologia e teve como objetivo conhecer as ações e potencialidades da empresa, que desenvolve pesquisas e produtos biotecnológicos alternativos ao uso de inseticidas na produção agrícola.
Na empresa, os estudantes, juntamente com a professora da disciplina, Juliana Maria Fachinetto, foram recebidos pelo engenheiro de produção, Dawdson Ribeiro, e pela auxiliar de pesquisa, bióloga Marcelaine François Walhbrinck. Durante a tarde, foi apresentada a história da ISCA, seus principais produtos e algumas das pesquisas realizadas. Após, os estudantes foram conduzidos pelo espaço de produção da empresa.
Os bolsistas do Programa de Educação Tutorial do curso de Ciências Biológicas (PET – Biologia), com o apoio do Diretório Acadêmico do Curso (DABIO), organizaram uma viagem de estudos.
A viagem ocorreu nos dias 9 e 10 de novembro para a cidade de Cambará do Sul com o objetivo de conhecer os Cânions Fortaleza e Itaimbezinho e suas trilhas (Trilha Pedra do Segredo, Trilha do Mirante, Trilha do Cotovelo e Trilha Malacara), e fazer uma reflexão a respeito da biodiversidade da Mata Atlântica, bem como do relevo da região dos Campos de Cima da Serra, o qual é muito característico.
Estudantes do curso e alguns familiares formaram um grupo de 37 pessoas. O grupo foi acompanhado pela tutora do PET, professora Vidica Bianchi, e pela professora do curso, Francesca Werner Ferreira.
O Cânion Itaimbezinho fica localizado no Parque Nacional dos Aparados da Serra onde as trilhas “Trilha do Cotovelo” e “Trilha do Vertice” foram realizadas. O Cânion Fortaleza se localiza no Parque Nacional da Serra Geral, e possui as trilhas “Trilha do Mirante” e “Pedra do Segredo”. Todo o percurso das trilhas foi feito com acompanhamento de pelo menos um guia (a Trilha Malacara exigiu um guia para cada 12 pessoas).
A Trilha Malacara foi a mais diferenciada de todas por ser realizada no interior dos Cânions. Apresenta diversos obstáculos como, por exemplo, as muitas travessias de rio e caminhos de pedras. A caminhada foi entre a mata fechada e com isso foi possível observar a diversidade de fauna e flora local. Ao final da trilha foi possível desfrutar das piscinas naturais e as belas paisagens no interior dos Cânions. As outras trilhas, a observação ocorreu pela parte superior dos Cânions.
A viagem permitiu uma vivência única, a partir da qual foi possível fazer uma conexão com os conteúdos das diversas disciplinas do currículo do curso.
Nesta segunda-feira, 23 de setembro, em comemoração ao dia do Biólogo (3 de setembro) foi realizada a palestra “Para existir basta estar vivo? pensando sobre nossa identidade”, ministrada pela psicóloga Maria Cristina Brendler Uhde, que ocorreu no Centro de Eventos do Campus Ijuí. O objetivo foi proporcionar um momento acolhedor, abordando sobre a questão da individualidade do ser humano e dos traços da identidade própria de cada um, além da profissão.
Maria Cristina indica que o tema da palestra é propositalmente provocativo para que os estudantes pensem sobre maneira como têm vivido, já que a forma de relacionamento social está organizada de um modo diferente em torno da tecnologia. “Precisamos reencontrar nossa humanidade, trabalhando as questões simbólicas e essenciais da nossa identidade para além daquilo que aparece nas redes sociais”, comenta.
A psicóloga ressalta também a importância de o autoconhecimento estar alinhado com os estudos e com o lado profissional de cada um. “Para ser um bom profissional a gente tem que se conhecer antes e saber quem eu sou para colocar aquilo de mais apropriado meu nessa profissão, porque se não estiver bem consigo mesmo, não consegue desempenhar uma profissão” acrescenta Maria Cristina.
Por Giovana Carré, estudante de Jornalismo
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