Para marcar o Dia do Biólogo, celebrado no último sábado, 3 de setembro, estudantes do curso de Ciências Biológicas da Unijuí realizaram uma viagem ao Parque Estadual do Turvo, localizado no município de Derrubadas, no Estado. A atividade foi organizada pelo Centro Acadêmico de Biologia - Gaia, sendo que o transporte foi custeado pelo Fundo de Apoio às Atividades Estudantis – FAAE.
Acompanhados de egressos e das professoras Angélica Cristiane Moreira, Vidica Bianchi e Giuliam Kátia Strücker, os estudantes visitaram o Salto do Yucumã, com a mais extensa queda longitudinal do mundo, e percorreram a Trilha das Lagoas e a Trilha das Onças.
Muitos acadêmicos realizam, neste momento, as disciplinas de Ecologia e Zoologia de Invertebrados, ministradas pela professora Vidica, que aproveitará o que foi visto durante a viagem em sala de aula. “Vamos poder trabalhar a biodiversidade, as interações ecológicas observadas no parque, bem como os líquens bioindicadores de ar não poluído. Os estudantes tiveram a oportunidade de fazer muitos registros fotográficos, que serão usados nas disciplinas de Diversidade de Fungos, Algas e Botânica”, completa Vidica.
A gestão dos resíduos sólidos foi um tema bastante trabalhado pela recém-graduada no curso de Ciências Biológicas da Unijuí, Stefani Alexandra Grutka, enquanto atuava como bolsista no Programa de Educação Tutorial (PET) MEC/SESu na Universidade. Foi neste período que ela percebeu a compostagem como uma ferramenta fundamental para conscientização da comunidade, capaz de reduzir significativamente o volume de resíduos destinados aos aterros, de minimizar a contaminação dos demais resíduos passíveis de serem reciclados, além de reduzir os custos com a disposição final em aterros, visto que, em Ijuí, por exemplo, 60% dos resíduos enviados ao aterro sanitário de Giruá são orgânicos.
Para trabalhar a temática, Stefani desenvolveu seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) com o título “Resíduos sólidos compostáveis nas dependências da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande Do Sul e percepções dos sujeitos envolvidos: um projeto-piloto”, que vai ao encontro do que diz a legislação brasileira, na Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), direcionando a gestão de resíduos sólidos por meio dos seus princípios e dialogando com a alternativa de se promover a compostagem dos resíduos orgânicos em detrimento de sua disposição em aterro sanitário, apontando que apenas rejeitos devem ser destinados ao aterro sanitário.
“Além disso, as Instituições de Ensino Superior (IES) têm papel fundamental na formação de pensamentos e opiniões dos sujeitos. Logo, elas têm o potencial de subsidiar o desenvolvimento de um pensamento sustentável, e eu acredito que as universidades deveriam se converter em modelo e laboratório de ‘boas práticas’ de desenvolvimento sustentável, sendo referências para outras instituições públicas e privadas. Foi pensando em todos estes pontos que escolhi a temática, além de acreditar que inúmeros cursos podem se apropriar do projeto para realizar pesquisa e desenvolver tecnologias e soluções para o tratamento de resíduos e produção de adubo”, explicou a agora egressa.
Stefani conta que, para realizar o projeto, a parceria com o Setor de Gestão Ambiental foi fundamental. O setor disponibilizou um veículo institucional e a funcionária Mariluci Cavinatto, que acompanhou e foi a responsável pelo transporte dos resíduos. Para realizar as atividades, contou com o auxílio dos bolsistas PET Nadine Paré, Rafael Costa e Vitória Garcia. A tutora do PET, professora Juliana Fachinetto, e a orientadora do TCC, professora Vidica Bianchi, ajudaram Stefani na compra dos materiais necessários. O trabalho também contou com a ajuda da professora aposentada Francesca Werner Ferreira.
O tratamento dos resíduos foi realizado na área de compostagem já existente no campus. Ao longo de nove semanas, de março a junho, os resíduos foram coletados de forma separada em todos os pontos de coleta, onde haviam recipientes específicos. A partir da coleta, os resíduos foram pesados e encaminhados à leira de compostagem. Os pontos escolhidos foram a Unicasa, o Laboratório de Nutrição e Gastronomia, a Cantina III e o Diretório Central dos Estudantes (DCE).
Para dar início ao projeto, em parceria com o Setor de Gestão Ambiental, foi realizada uma formação com os moradores da Unicasa sobre a gestão de resíduos e as normas institucionais para o seu gerenciamento,. Também foram instalados coletores seletivos para plástico, vidro, metal e um amassador de latas nos espaços destinados ao armazenamento, alcançando, com isso, uma maneira mais segura e adequada de gestão dos resíduos para compostagem. “A efetividade dos coletores não foi a desejada, visto que muitos materiais seguiram sendo misturados e descartados de modo inapropriado. Porém, os resíduos ‘úmidos’ compostáveis deixaram de ser depositados nos espaços de armazenamento temporário e, com isso, foi reduzida a emissão de odores indesejáveis e o aparecimento de vetores”, relata Stefani.
Foram coletados e tratados 407,109 kg de resíduos orgânicos e constatado que o Laboratório de Nutrição e Gastronomia é o ponto com maior geração de resíduos, seguido pela Unicasa.
O método de tratamento escolhido foi o método desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e utilizado para compostar toneladas de resíduos diariamente em Florianópolis, demonstrando ser uma metodologia prática e barata, de fácil operacionalidade, com uma logística de coleta eficiente em cada ponto. “Foi possível tratar os resíduos orgânicos incluindo todos os tipos de sobras de alimentos crus ou cozidos, inclusive carcaça de peixes e carnes, comprovado pelo aumento da temperatura da leira”.
Quanto à percepção dos sujeitos envolvidos, por meio do questionário aplicado, constatou-se que o projeto-piloto foi bem-sucedido. “Os relatos de experiência mostraram que os envolvidos adquiriram novos conhecimentos e mudaram seus comportamentos e atitudes, reconhecendo este projeto como uma ação fundamental dentro da instituição. No questionário, os participantes votaram em totalidade a favor da continuidade do projeto e de que as Instituições de Ensino Superior devem possibilitar comportamentos e estilos de vida necessários para um futuro sustentável e fortalecer a capacidade de reflexão orientada para o futuro”, explicou Stefani, que está em busca de uma oportunidade na área e que pretende seguir seus estudos.
No dia 5 de junho de 2021, quando a Trilha Vó Preta foi oficialmente inaugurada, foram iniciadas as atividades do Projeto de Extensão Resgate Histórico e Ambiental da Trilha Vó Preta. A partir desse momento, muitas ações foram desenvolvidas, como a limpeza do local, que resultou no recolhimento de cerca de 300kg de resíduos sólidos na trilha e nas margens do arroio Espinho.
Segundo a coordenadora do projeto, professora Juliana Maria Fachinetto, assim como os outros projetos de extensão da Universidade, o Resgate Histórico e Ambiental da Trilha Vó Preta também foi prejudicado pela pandemia de covid-19, que atrasou a realização de algumas atividades relacionadas à instalação dos equipamentos de segurança e o contato com as escolas.
Dentre as atividades executadas, destacam-se a recuperação dos acessos à Trilha; a construção e instalação dos equipamentos de segurança, a fim de auxiliar no deslocamento das pessoas que desejam conhecer e desfrutar do espaço. “Diante disso, avalio 2021 como um ano muito positivo. Com muita divulgação para a comunidade em geral e escolas. Todas as metas propostas nos projetos financiados foram atingidas”, avalia.
O processo de revitalização contou com a participação de diferentes cursos da Unijuí, que auxiliaram na produção de diferentes materiais. “Estiveram envolvidos estudantes do curso de Jornalismo e os bolsistas do Programa de Educação Tutorial (PET) de Engenharia Civil, além do PET e da graduação em Ciências Biológicas”, comenta a professora.
De acordo com Juliana, o projeto vem auxiliando os acadêmicos a desenvolverem-se pessoalmente e profissionalmente. “Para estes estudantes, certamente é uma experiência importante, pois permite aplicar os conhecimentos adquiridos durante a graduação para materializar um projeto que beneficia a comunidade”, afirma.
Nos finais de semana, a Trilha recebe diversos visitantes que desejam caminhar ao ar livre e observar a natureza. Ainda no ano passado, oito escolas, com cerca de 634 estudantes, passaram pelo local. Para 2022, as visitas guiadas na Trilha seguem sendo ofertadas para a comunidade. “Além disso, estamos prevendo uma nova limpeza da trilha, além de atividades de pesquisa, ensino e extensão”, finaliza a docente.
As visitas podem ser solicitadas junto à Vice-Reitoria de Pós-Graduação Pesquisa e Extensão, pelo e-mail extensao@unijui.edu.br ou pelo telefone (55) 3332-0200 - Ramal 2042.
Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo da Unijuí
Dentro da programação da Semana Mundial do Meio Ambiente da Unijuí, o Núcleo de Gestão Ambiental (NGA) e o Programa de Educação Tutorial - PET Biologia realizaram na tarde desta sexta-feira, 3 de junho, a limpeza das margens e do Arroio Espinho, que se desloca ao longo da Trilha Vó Preta. Além disso, foi instalada uma ecobarreira no curso d'água, próxima à Rua Guilherme Timm, com o intuito de evitar que o lixo entre na Área de Preservação Permanente (APP).
De acordo com a professora Juliana Maria Fachinetto, do curso de Ciências Biológicas da Unijuí, o campus possui uma localização privilegiada em termos de biodiversidade e áreas naturais. “É um espaço que detém recursos hídricos e APPs diversas, como a Trilha Vó Preta. Sem contar as áreas verdes planejadas, como os jardins temáticos”, comenta.
Guardar em seu espaço belezas naturais como as que a Universidade possui gera uma responsabilidade de cuidado, que seguidamente é trabalhada junto com a comunidade. “Ter áreas preservadas no ambiente de trabalho e de estudo é fundamental para toda a comunidade acadêmica, pois esta relaciona-se à saúde e bem-estar, permitindo um espaço de convivência agradável, que pode ser usufruído também por toda sociedade”, afirma a professora.
A programação do evento segue até segunda-feira, 6 de junho, quando ocorre no Museu Antropológico Diretor Pestana (MADP), às 15h, a abertura da exposição Conhecer para Preservar: crise climática, que ficará exposta durante todo o mês de junho. “É algo que estamos vivenciando como, por exemplo, o excesso ou escassez de chuva e a súbita mudança de temperatura”, salienta.
Segundo a professora Juliana, a Semana Mundial do Meio Ambiente da Unijuí busca impactar positivamente os participantes. “As atividades foram pensadas para trazer temas de relevância para a sociedade, que pudessem atingir da melhor maneira a comunidade da Unijuí”, finaliza.
Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo da Unijuí
Na noite da última quarta-feira, 20 de abril, o curso de Ciências Biológicas da Unijuí promoveu sua aula inaugural junto ao Centro de Eventos. A atividade foi promovida pelo curso e idealizada pelo Centro Acadêmico de Biologia (CABio).
Com a temática “Um diálogo entre estudantes e egressos: vivências da graduação e mercado de trabalho”, o evento recebeu como convidados Julia Figueira Fontoura, Rafaela Apolinário e Zenon Ratzlaff, egressos do curso.
“É muito importante para o curso receber estes profissionais, que são motivos de inspiração para nossos estudantes. Os acadêmicos observam a trilha percorrida por eles após terem saído da Unijuí”, explica a coordenadora do curso, professora Bruna Comparsi, que fez uma saudação aos estudantes veteranos e ingressantes, que participaram do evento de forma presencial e online.
“Diante do contexto em que estamos vivendo, de tragédias nas áreas da saúde e do meio ambiente, precisamos da atuação de um biólogo qualificado, motivado, inovador, que consiga se articular nestes diferentes contextos. Ao mesmo tempo, de um profissional que está por dentro das inovações na área de biotecnologia, de novos produtos. Nesse sentido, nossos convidados vêm compartilhar um pouco das experiências que tiveram ou que estão vivenciando”, completou a coordenadora.
Após a aula inaugural, aconteceu o IntegraBio - evento de integração dos estudantes do curso.
O curso de Ciências Biológicas da Unijuí realiza no dia 20 de abril, das 19h30 às 21h, a aula inaugural com o tema “Um diálogo entre estudantes e egressos: vivências da graduação e mercado de trabalho”.
Tendo como sede o Centro de Eventos da Universidade, a aula contará com os convidados Julia Figueira Fontoura, Rafaela Apolinário e Zenon Ratzlaff.
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