A Unijuí - Campus Três Passos realizou na noite desta quinta-feira, 10 de agosto, o 1º Seminário Intérpretes do Brasil: as incompletudes da cidadania, da democracia e dos direitos. O evento foi promovido pelos cursos de graduação e pós-graduação em Direito da Unijuí.
Conforme destacou a coordenadora do curso de Direito nos campi de Três Passos e Santa Rosa, professora Fernanda Serrer, o seminário também marca o início do semestre para os acadêmicos do campus. “Um dos objetivos do nosso curso é proporcionar aos estudantes o acesso a atividades complementares qualificadas, buscando forjar sujeitos capazes de pensar a realidade na qual estão inseridos e identificar problemas, sempre com a habilidade e a capacidade de interagir e propor alternativas. E é com este propósito que nos reunimos em mais este evento”, destacou a professora.
Coordenador do campus Três Passos, o professor André Giovane de Castro reforçou, em sua fala, a importância do relacionamento que vem sendo mantido pela Unijuí com diversas instituições e pessoas da comunidade. “Acreditando na democracia como valor fundante das nossas relações, defendendo o espírito comunitário desta Universidade e buscando cada vez mais estreitar os nossos laços, sou muito grato a todos que confiam na nossa Unijuí. Este evento é um exemplo dessa construção coletiva, já que une duas universidades: a Unijuí e a PUC-RS, que têm o objetivo comum de oferecer às nossas comunidades acadêmica e externa espaços de diálogo aberto, democrático e plural”, disse.
Para debater a temática foi convidado o doutorando e mestre em História pela PUC-RS, Demetrius Ávila, que já no início da sua fala esclareceu os motivos da “incompletude da cidadania, da democracia e dos direitos”, refletida no título do painel. O painel teve a mediação do professor Thiago dos Santos da Silva.
“Se nós temos esses elementos incompletos, é porque temos um país incompleto, e é neste ponto que vamos adentrar. Nós podemos observar, a partir de uma sequência de pensadores, de intérpretes do Brasil que vêm tentando decifrar os problemas do país desde o início do século 19, como José Bonifácio, até o final da década de 1990, com Darcy Ribeiro, que a incompletude é um denominador comum, existente em todas as falas”, completou.
Nesta sexta-feira à noite, de forma online, será realizada a palestra “O Brasil no pensamento brasileiro do século XIX”, com o professor Marçal de Menezes Paredes (PUCRS). Será debatedor o coordenador do PPG em Direito da Unijuí, professor Maiquel Ângelo Dezordi Wermuth.
No primeiro semestre deste ano, entre os meses de março e julho, o acadêmico do curso de Direito da Unijuí - Campus Três Passos, Gabriel Bueno da Silva, teve a oportunidade de vivenciar o intercâmbio. E diferente de muitos estudantes, que optam por estudar em universidades da Europa ou dos Estados Unidos, Gabriel quis conhecer o Paraguai e realizou o seu intercâmbio junto à Universidad Autónoma de Encarnación, na cidade de Encarnación, no Estado de Itapúa.
“Eu tinha o sonho de conhecer os países da América Latina, suas diferentes e ricas culturas. Ademais, o Paraguai sempre foi um país que me despertou curiosidade, principalmente por sua história se confundir com a história do nosso país, não só pela guerra, como posteriormente pela colaboração na construção de uma das maiores usinas hidrelétricas do mundo. Além disso, a história do Paraguai traz até os tempos de hoje a presença e influência dos povos Guaranis, o que pode ser observado na língua oficial, falada até hoje, na erva-mate (Ilex Paraguaiensis) e também nas reduções jesuíticas que são parte do nosso Estado”, explicou o estudante, que já retornou para dar sequência ao 9º semestre do curso.
De acordo com Gabriel, a qualidade e o custo de vida também foram pontos-chaves para a sua escolha. O intercâmbio, segundo ele, lhe garantiu uma imersão cultural ímpar, sendo possível conhecer o modo de vida daquela sociedade, seu desenvolvimento, aspectos que influenciaram o país durante a sua trajetória e os principais desafios do local. “O intercâmbio também me permitiu aprender o idioma espanhol-castelhano, suas origens e diversificações. Ou seja, você não aprende apenas o espanhol paraguaio, como também suas variações de acordo com o país, seja ele argentino, uruguaio, peruano, além de aprender um pouquinho do idioma guarani”, disse.
Outro ponto importante do intercâmbio, segundo o estudante, foi a aprendizagem adquirida em outro sistema educacional, com outra forma de ensino. Sem falar da possibilidade de realizar viagens e conhecer lugares incríveis, provando a gastronomia típica de cada país. “É importante destacar também a receptividade do administrativo da universidade, das pessoas que vivem lá. Eu tive a oportunidade de conhecer a cidade antes de ir pelo intercâmbio e fiquei encantando com suas paisagens, a costaneira e a forma como os encarnacenos tratam seus visitantes”, comentou.
Para o estudante, o intercâmbio foi uma experiência única que a Unijuí lhe proporcionou, sendo extremamente relevante para o seu crescimento pessoal e profissional. “No primeiro aspecto, pessoal, posso dizer que tive vários desafios que foram superados, como a comunicação em outro idioma, a distância e a saudade da família e dos amigos. Tive que perder a timidez e não ter medo de errar ao conversar em espanhol com colegas e outras pessoas, aprender a conviver mais comigo mesmo, além de vários outros pontos. Mas o intercâmbio no Paraguai foi uma forma de conseguir adquirir fluência no idioma espanhol, visto que sequer realizei curso/aula de espanhol antes dessa aventura”, comentou Gabriel.
Quanto ao desenvolvimento profissional, o estudante ressalta que o intercâmbio agregou muito ao seu currículo. “Além de saber falar outro idioma, você acaba conhecendo muitas pessoas, sejam colegas, amigos e professores. Acredito que hoje o meu network volta muito mais rico em ideias e com futuras propostas de negócios que ficaram desenhadas. Então, sem dúvidas, creio que aquele que souber aproveitar essa oportunidade para agregar e aprender mais, sairá muito contente”, finalizou.
Nos dias 10 e 11 de agosto, na Unijuí - campus Três Passos, será realizado o 1º Seminário Intérpretes do Brasil: as incompletudes da cidadania, da democracia e dos direitos. O evento é uma promoção do curso de graduação em Direito e também do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito da Unijuí.
O 1º Seminário Intérpretes do Brasil tem como objetivo abordar as incompletudes da cidadania, da democracia e dos direitos mediante um olhar histórico e uma leitura crítica, contemplando formações para professores e palestras abertas à comunidade, constituindo-se como um evento de caráter acadêmico, plural e democrático.
No primeiro dia, 10 de agosto, será realizada uma formação para os professores com o tema “Precisamos descobrir o Brasil!”, a partir das 14h, na sala 106. À frente da discussão, estará o professor Demetrius Ávila (PUCRS).
À noite, marcando a aula inaugural do curso de Direito, acontecerá a palestra “Intérpretes do Brasil: de José Bonifácio a Darcy Ribeiro”, no auditório do campus Três Passos. Será palestrante o professor Demetrius Ávila (PUCRS) e debatedor o professor da Unijuí, Thiago dos Santos da Silva.
Na sexta-feira, dia 11, uma nova formação para professores será realizada a partir das 14h, na sala 106, com o tema “Educação para os direitos: formar cidadãos, consolidar a democracia”, a cargo do professor e coordenador da Unijuí - campus Três Passos, André Giovane de Castro.
À noite, de forma online, será realizada a palestra “O Brasil no pensamento brasileiro do século XIX”, com o professor Marçal de Menezes Paredes (PUCRS). Será debatedor o coordenador do PPGD da Unijuí, professor Maiquel Ângelo Dezordi Wermuth.
Inscrições podem ser realizadas em unijui.edu.br/eventos. Para a comunidade externa, especialmente professores que desejam participar das formações, o custo da inscrição é de R$ 15,00 e dá direito ao certificado.
No mês de junho, os estudantes do curso de Direito, dos campi Três Passos e Santa Rosa, realizaram uma viagem de estudos a Porto Alegre e Gramado, organizada pelo Centro Acadêmico de Direito (CADi), do campus Três Passos, com a participação de aproximadamente 25 estudantes e professores.
Acompanhados pelos professores André Giovane de Castro, Marcia Cristina de Oliveira, Thiago dos Santos da Silva e Yana Paula Both Voos, no primeiro dia de visita, os acadêmicos puderam conhecer a Fundação Escola Superior do Ministério Público (FMP), o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJ/RS) e o Instituto Psiquiátrico Forense (IPF).
Em Gramado, os estudantes participaram da 27ª Jornada Internacional de Direito, evento que busca debater os principais temas do momento e gerar networking.
De acordo com o coordenador do campus Três Passos e professor do curso de Direito, André Giovane de Castro, as visitas e a participação no evento auxiliaram no aprendizado dos acadêmicos. “As visitas institucionais contribuíram com a formação dos estudantes em virtude da aproximação da teoria com a prática, fomentando a interlocução da nossa Universidade e do curso de Direito, com instituições da área jurídica, assim como a participação no evento oportunizou o acesso a debates atuais e interessantes, instigando reflexões acadêmico-profissionais”, explicou.
Na tarde da última quarta-feira, 14 de junho, aconteceu no Centro Cultural de Novo Machado a palestra “Aspectos práticos da regularização da nacionalidade a partir do direito brasileiro e do direito internacional”. O evento foi promovido pela Secretaria Municipal da Saúde e Assistência Social, Rede Bem Cuidar e Prefeitura Municipal de Novo Machado, e contou com a presença da coordenadora do curso de Direito do campus Santa Rosa, professora Fernanda Serrer, do professor do curso, professor Tiago dos Santos da Silva, e da advogada do Escritório Modelo, Simoni Strongalli.
Voltado a servidores municipais e estaduais; professores e colaboradores de escolas; profissionais que atuam no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Conselho Tutelar e Secretaria Municipal da Saúde; o evento teve como objetivo instruir, informar e orientar a respeito da demanda de estrangeiros no País e de brasileiros que estão em outros países.
Durante o evento, o professor Tiago dos Santos da Silva ficou encarregado de abordar a parte teórica, enquanto que a coordenadora do curso nos campi de Santa Rosa e Três Passos, professora Fernanda Serrer, e a advogada do Escritório Modelo, Simoni Strongalli, falaram sobre os aspectos práticos dos procedimentos para a regularização dos migrantes, em suas diferentes naturezas.
“Nós temos o brasileiro nato, que só precisa fazer a opção de nacionalidade; temos o estrangeiro que fica muito no País e pode se naturalizar; e há ainda a pessoa que de fato é imigrante e que está em movimento. Há todo um processo que precisa ser realizado para a regularização”, explicou a professora Fernanda Serrer, lembrando que a partir da realização de uma autorização de residência, do cadastro propriamente dito, o imigrante obtém um número e pode acessar diversos serviços.
Para a regularização migratória, é necessário realizar inicialmente a autorização de residência, que se concretiza por meio do Registro Nacional Migratório (RNM), e que refere-se a um número de identificação único que permitirá a participação da pessoa migrante na vida civil. Também é necessário realizar a regularização de crianças e adolescentes.
Sem passar pelo controle migratório, ao se apresentar à Polícia Federal, o migrante receberá uma multa administrativa e uma notificação de saída do país. Além disso, estará impedida de solicitar autorização de residência.
A professora do curso de Direito da Unijuí, Nelci L. G. Meneguzzi, participou, no último mês, do bate-papo sobre “Trabalho Igual – Salário Igual”, promovido pela Associação de Mulheres de Negócios e Profissionais de Ijuí (Business Professional Women – BPW). Esta é uma organização não governamental sem fins lucrativos, de utilidade pública, sem credo, apartidária e não assistencial, que tem a missão de fomentar, coordenar e orientar dinamicamente o processo de crescimento das mulheres, estimulando sua inserção no cenário econômico, político e social, fortalecendo a comunidade local, tornando-a mais justa e humana com a participação de todos os segmentos.
A discussão acerca do trabalho igual e salário igual procura ajudar a minorar o profundo abismo existente nas relações de emprego, com a ampliação de momentos de reflexão e discussão em prol da igualdade nos salários de homens e mulheres. Pode-se estimular a aplicação da legislação vigente, permitindo a sua efetividade e promovendo a adoção de medidas para a prestação de equalização salarial.
Durante o evento, falou-se sobre a importância de incentivar a criação de oportunidades iguais para as mulheres no mercado de trabalho e de estimular o empoderamento econômico feminino, encorajando as mulheres a assumir as mais elevadas posições de carreira, de modo a superarem a desigualdade e os estereótipos de gênero existentes na sociedade. Além disso, o forte fardo de realizar a maioria das tarefas domésticas dificulta ou mesmo impede as mulheres de destacarem suas habilidades ou aprenderem algo novo, pela limitação de tempo, junto a preocupações e inseguranças sobre serem boas, fortes ou qualificadas para seus sonhos, também podem dificultar a realização dos seus objetivos.
“Espera-se que nos próximos anos seja possível expandir ainda mais o espaço das mulheres no mercado de trabalho. Que mais lideranças femininas possam emergir em diversos campos e que as mulheres possam desempenhar o seu papel realmente em igualdade de condições. Dessa forma, descortinaremos um horizonte de possibilidades sem limites para a mulher, o que contribuirá para o avanço geral da sociedade. Dar às mulheres a capacidade de se expressar e tomar decisões por conta própria pode moldar o futuro da humanidade”, destacou a professora.
Conforme observou a docente, empoderar as mulheres é dar às pessoas da sociedade condições iguais de oportunidades para participar da economia, política e cultura, além de permitir que elas acessem recursos que possam contribuir para a criação de um futuro mais próspero e sustentável. “Quando as mulheres têm acesso à educação e outros recursos, elas podem desempenhar um papel fundamental na promoção da igualdade de gênero, incluindo dirigir o processo ao invés de apenas seguir. Inspiração, autoconfiança e coragem são habilidades que ajudam a libertar as mulheres, dando-lhes o poder de ajudar a alavancar a prosperidade e o progresso”, finalizou.
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