Acadêmicos dos cursos de Ciência da Computação e Engenharia de Software da Unijuí terão uma grande experiência nos próximos meses. Isso porque a Universidade acaba de firmar um convênio com as gigantes IBM, Apple e Mercedes, que permitirá a vinda, para Ijuí, do projeto HackaTruck MakerSpace.
Conforme explica o professor Edson Luiz Padoin, que trabalha desde 2018 para firmar a parceria, o HackaTruck é um projeto de capacitação profissional de estudantes de Instituições de Ensino Superior, inspirado pelo conceito maker. Em um caminhão, foi adaptado um laboratório móvel constituído como um makerspace - um espaço onde os estudantes criam e desenvolvem protótipos relacionados aos temas estudados. “Tínhamos agendado o início do projeto na Unijuí em 2020, mas, em virtude da pandemia, estamos iniciando agora”, explicou o professor.
Patrocinado pela IBM Brasil, em colaboração com a Apple e Mercedes, o projeto prevê a capacitação dos estudantes em três módulos: no Módulo 1, acontecerá uma capacitação profissional tecnológica a distância, que inclui temas como Lógica de Programação, Orientação a Objetos, linguagem Swift da Apple, JavaScript e RESTful APIs. No Módulo 2, ocorrerá uma capacitação com acesso aos computadores da IBM e ao supercomputador Watson para desenvolvimento de soluções de Inteligência Artificial e Internet das Coisas com tecnologia IBM Cloud. Já no Módulo 3, está prevista uma capacitação no laboratório móvel (HackaTruck) utilizando Programação Swift, Cloud Services, Serviços Cognitivos e Internet das Coisas, sempre de uma forma colaborativa, criativa e repleta de práticas.
Serão formadas duas turmas de 35 estudantes. Os acadêmicos dos cursos de Ciência da Computação e Engenharia de Software fazem as inscrições a partir do dia 24 de maio, data que marca o lançamento do projeto. Após, inicia-se o Módulo 1, que é considerado de nivelamento e de seleção para o Módulo 2.
O 8º Congresso Internacional em Saúde recebeu, na noite desta quinta-feira, dia 20 de maio, a técnica da Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição do Departamento de Promoção da Saúde da Secretaria de Atenção Primária do Ministério da Saúde, Ariane Carmo. Em uma palestra que foi transmitida pelo canal da Unijuí no Youtube, a convidada falou sobre o “As estratégias de políticas públicas para o enfrentamento da obesidade". A fala antecedeu as palestras sobre o "Projeto EcoSus" e sobre os "Encontros formativos com profissionais de saúde do SUS e o enfrentamento da obesidade: uma abordagem na perspectiva da pesquisa-ação”.
“É importante destacar por que consideramos este tema tão importante. Primeiro, pelo cenário epidemiológico que temos. Segundo, porque a Pesquisa Nacional de Saúde aponta que entre 1 e 4 adultos brasileiros apresenta obesidade. Cerca de 60% estão com excesso de peso, o que representa 96 milhões de pessoas”, explicou Ariane, lembrando que os números têm aumentado ao longo dos anos. De 2002 a 2019, o excesso de peso passou de 43,3% para 61,7% entre a população. Enquanto isso, a prevalência de obesidade pulou de 12,2% para 26,8%.
“O estudo mostra que, nos próximos 30 anos, o excesso de peso será responsável por 60% dos casos de diabetes, 11% dos casos de demência e 18% dos casos de doenças cardiovasculares, além de apontar uma redução média de três anos na expectativa de vida dos brasileiros. A obesidade, no entanto, não gera apenas danos à saúde, mas impactos na sociedade e na economia. Ela gera redução da produtividade, aumento da incapacidade e aumento da aposentadoria prematura. Além disso, apresenta um grande custo para o Sistema Único de Saúde. Hipertensão, diabetes e obesidade correspondem a um custo de R$ 3,45 bilhões no SUS, sendo que 11% correspondem apenas à obesidade", afirmou a convidada.
O 8º Congresso Internacional em Saúde segue até esta sexta-feira, dia 21. Acompanhe a programação neste link.
Confira o evento na íntegra:
Nesta quinta-feira, dia 20 de maio, aconteceu a mesa redonda: “Corpo, educação e saúde sob o olhar da complexidade”, dando sequência à programação do 8º Congresso Internacional em Saúde. O evento foi mediado pelo doutor Sidinei Pithan e contou com a participação da doutora Ivana da Cruz, doutora Elsa Meinard e doutor Santiago Pich.
Iniciando o bate-papo, a doutora Ivana da Cruz apresentou um pouco da história da evolução da espécie humana e das civilizações antigas, ressaltando que a maior habilidade e característica da espécie é produzir conhecimento e tecnologia. A doutora fala sobre ultra compartimentalização e para isso utiliza de uma tabela de conhecimento fornecida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPQ, onde a compartimentalização é tão abrangente que inclui grande área, área, subáreas e especializações, remontando para um grande problema, pois fragmenta o modo de ensinar e o modo de posicionamento crítico, havendo uma emergência de movimentos de interdisciplinaridade. Ela destaca que o método científico tradicional até pode gerar conhecimento, mas não alcança as necessidades dos problemas complexos, então essa atenuação faz com que a gente tenha que prever novos níveis de abordagens de problemas complexos, não só na produção de conhecimento científico mas na educação associadas a esses problemas”.
Finalizando sua fala, Ivana ressaltou a importância do resgate do conceito de educação e do corpo e saúde, dentro de um contexto sociocultural e ecológico, que permita o constante diálogo entre os dois métodos e suas concepções.l “Somente com o método cartesiano temos tecnologia, mas não temos crítica e também não temos a possibilidade de ofertar aos nossos alunos elementos que façam eles realmente atuarem como sujeitos da construção social e cultural do nosso mundo.”
Dando sequência ao evento, a segunda convidada da tarde foi a doutora Elsa Meinard, compartilhando pensamentos coincidentes na fala de Ivana. Segundo ela, quando se pensa em educação e saúde, se abordam problemas reais com perspectivas distintas do que se via nos últimos anos nas escolas de educação em saúde. Ela salientou que a educação em saúde precisa de interação entre os conhecimentos da comunidade e ciência, determinados por um processo dialético entre fatores sociais e biológicos, definindo saúde como um direito humano garantido pelo Estado.
Finalizando a mesa redonda, o doutor Santiago Pich apresentou um texto escrito recentemente pelo autor e antropólogo escocês Timothy Ingold, para repensar a formação humana e as interfaces com a saúde, de forma interdisciplinar sobre contemporaneidade. Para o autor Timothy, fazer parte de um grupo social significa uma habilitação, onde o conhecimento humano ultrapassa a sabedoria de seus antecessores, concluindo que a contribuição de cada geração para seguinte não é um acúmulo de representações, mas uma educação da atenção.
Por Susan Pereira, acadêmica do curso de Jornalismo
Na semana em que a Unijuí promove o 8º Congresso Internacional em Saúde, com a co-promotora Universidade do Minho, de Portugal, o Rizoma Temático da Rádio Unijuí FM propôs uma discussão nesta quinta-feira, dia 20 de maio, sobre os “Desafios e avanços da saúde em discussões internacionais”.
Foram convidados para participar do programa a coordenadora do evento na Unijuí, professora Eliane Wilkelmann; a professora da Universidade do Minho e coordenadora da Comissão Internacional do Congresso, Zélia Ferreira; e a professora da Universidade Federal do Cariri, Ada Cristina de Aguiar.
De acordo com a professora Eliane, a expectativa era de realizar o evento de forma presencial neste ano, mas, em razão da pandemia de covid-19, não foi possível. O formato online, no entanto, permitiu que 987 trabalhos possam ser apresentados até esta sexta-feira, dia 21 de maio, e que um número expressivo de pessoas acompanhe os debates. “Tivemos a inscrição de 1.600 participantes ativos. No entanto, como muitos eventos são transmitidos pelo canal da Unijuí no Youtube, mais pessoas podem acompanhar as discussões, que inclusive contam com palestrantes de outros estados e outros países”, reforçou a coordenadora.
O tema em debate, “Determinantes sociais, tecnológicos e ambientais em saúde”, nunca esteve tão em destaque, já que a própria pandemia expôs estes pontos. “A situação que vivemos é reflexo destes três determinantes: no mundo, países desfavorecidos vêm sofrendo mais com a pandemia, com a falta de serviços, de informação e de educação em saúde. A tecnologia, por sua vez, facilita o acesso aos serviços de saúde. E quanto aos determinantes ambientais, não tivemos ações suficientes para parar as alterações climáticas em prol da saúde. Veio uma pandemia que nos fez parar e perceber que alterações ambientais são mais poderosas, enquanto nós, espécie humana, não somos os dominadores.”
Sem deixar de lado o tema do momento - a pandemia, o Congresso Internacional em Saúde abordou outros assuntos, tão importantes quanto o novo coronavírus, a exemplo do uso dos agrotóxicos. Uma das participantes do debate foi Ada Cristina de Aguiar, que falou, durante o programa, sobre a preocupação com a exposição da população - especialmente rural - a estes produtos. “É importante lembrar que, no Brasil, ninguém está a salvo desta exposição. Encontramos agrotóxicos na água, no ar, no solo, nas frutas e verduras. Produtos que podem causar desde uma intoxicação aguda, perceptível dentro de 24h a 72h, ou uma intoxicação crônica, mais difícil de diagnosticar e de associar ao agrotóxico. Isso porque o efeito pode surgir depois de décadas”, explicou, destacando algumas doenças associadas, como o câncer e alzheimer.
Confira o programa na íntegra:
A Secretaria Estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia (SICT), por meio do Programa Inova RS - Noroeste e Missões, é uma das parceiras na realização da maratona de equipes, a HackaPower - Transformando Ideias em Soluções, que terá início nesta sexta-feira, dia 21 de maio, com fechamento no domingo, dia 23.
Realizada de forma virtual e 100% gratuita, a HackaPower acontece por meio de uma parceria entre a Unijuí - através da Agência de Inovação e Tecnologia (Agit), Incubadora de Empresas de Inovação Tecnológica (Criatec) e projeto Cidades Inteligentes; Sebrae e Projeto Empreenda +; e o Programa Inova RS - Noroeste e Missões, da SICT e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs). É por meio dela que 20 equipes serão incentivadas a desenvolver soluções tecnológicas para desafios de energia.
“Maratonas como esta, de desenvolvimento de soluções inovadoras, soluções tecnológicas, especialmente numa área como a de energia, são iniciativas que têm um alinhamento com o que acontece de mais inovador e disruptivo no cenário da inovação internacional”, opina o secretário estadual de Inovação Ciência e Tecnologia, Luis Lamb, em entrevista concedida à Rádio Unijuí FM. Ele destaca que essa conexão entre estudantes, empresas, desenvolvedores e conhecimento acadêmico, além do surgimento de possíveis startups - a partir das soluções apresentadas, são fundamentais para geração de soluções e respostas aos problemas da atualidade.
“Essas soluções inovadoras, vindas de jovens, de startups, estão alinhadas com os os objetivos desta geração. A geração que vai fazer a travessia no Século 21, saindo da pandemia e indo em direção ao novo modelo de desenvolvimento. Pensando na área de energia, estas ideias são ainda mais importantes, em razão da necessidade que temos de desenvolver as novas matrizes energéticas. Sem energia, sem inovação, nada é possível no mundo moderno”, afirmou.
Conforme explicou o secretário, o programa Inova RS busca colocar a inovação no centro da estratégia de todas as regiões, a exemplo do Noroeste e Missões. A iniciativa busca incluir o Rio Grande do Sul no mapa global da inovação a partir da construção de parcerias estratégicas. “O programa faz uma construção colaborativa no modelo de quádrupla hélice - academia, governo, empresas e sociedade, e colabora com as regiões para que tenhamos um desenvolvimento sustentável e inovador, focado na transformação das nossas matrizes econômicas”, reforçou.
Ainda sobre a HackaPower, Lamb destacou que a maratona é um ambiente propício aos acadêmicos para discussão de novos resultados científicos, tecnológicos e novos processos de inovações. “Esta parceria, esta ação do ambiente acadêmico, das universidades em prol da sociedade, em parceria com o governo, é fundamental no modelo de desenvolvimento baseado na inovação, que é o modelo que os países têm obtido mais sucesso. O papel das universidades como geradoras de conhecimento é essencial na sociedade do conhecimento, na economia do Século 21, porque será essa agregação de conhecimento que vai gerar valor econômico."
Direcionada a estudantes, startups, empresas de engenharia e tecnologia da informação (TI), a HackaPower terá início com o lançamento de três desafios aos participantes, que contarão com auxílio de mentores – profissionais tanto dos campos da energia e da tecnologia, quanto da área de negócios.
Transmitida pelo canal da Criatec no Youtube, a maratona prevê ainda oficinas, como Design Thinking e Pitch; e show com Alemão Ronaldo, antes da apresentação das soluções, no domingo à tarde.
A maratona conta com patrocínio de Ceriluz, DeLorenzo do Brasil, Hidroenergia, Procellecorp, Sicredi, SolarView, Sole Engenharia Solar, BiogásBrasil - executado com Gef e Unido, e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.
Acompanhe a entrevista na íntegra:
Na manhã desta quarta-feira, dia 19 de maio, dando sequência ao 8º Congresso Internacional de Saúde, promovido pela Unijuí em parceria com a Universidade do Minho, em Portugal, co-promotora do evento, teve início a apresentação de trabalhos com temas livres, desenvolvidos por estudantes, pesquisadores, pós-graduandos, profissionais e professores da área da saúde, onde foram debatidos assuntos de grande relevância para comunidade científica. A programação acontece até a sexta-feira, todas as manhãs, das 8h15 às 12h15, através do Google Meet.
Para o evento foram selecionadas 976 produções, organizadas em trabalhos completos e resumos simples, divididas em 24 salas onlines de acordo com sua temática - por exemplo, Atenção Integral à Saúde, Fonoaudiologia, Psicologia, Biomedicina, Medicina, Farmácia, entre outras áreas da saúde. Cada estudante tem direito a cerca de 10 minutos para sua explanação e depois de 3 a 5 minutos para contribuições. Havendo dúvidas ao final da sessão, é necessário retomar discussões importantes.
Para fazer a mediação e considerações das apresentações estão envolvidos diariamente entre 24 a 48 professores, que atuam na avaliação textual do material e na versão da apresentação. Os melhores trabalhos passarão por uma avaliação interna e externa para premiação.
Um dos organizadores responsáveis pelo evento é o professor Matias Nunes Frizzo, que ressalta a importância e abrangência do congresso. “Estamos em um momento muito feliz na área da saúde e biológicas aqui na Unijuí. É um momento em que estamos interagindo via online com o mundo todo. Então, todas as manhãs, nas diversas salas, tivemos trabalhos de todos os continentes. Tivemos trabalhos, por exemplo, da América Latina, da Europa e conseguimos trocar conhecimento, discutir.”
O congresso é um momento para troca de conhecimentos, proporcionando aos estudantes o acesso a conteúdos de acordo com sua área de interesse. Além disso, o professor salienta e agradece à Instituição Unijuí, à comunidade institucional, aos técnicos administrativos e de apoio e aos professores que participam da Comissão Científica, que tem se doado integralmente para poder fazer avaliação desses trabalhos inscritos. “Fazer a avaliação dessas apresentações e estar moderando as apresentações foi um diferencial para que nós pudéssemos ter um momento rico de discussão e de aprendizagem, para nossa comunidade acadêmica e nossa comunidade externa”.
Para mais informações sobre a agenda de apresentações de trabalhos do 8º Congresso Internacional de Saúde, acesse este link.
Por Susan Pereira, acadêmica do curso de Jornalismo
Os cursos de Nutrição e Gastronomia da Unijuí realizaram sua jornada nesta quarta-feira, dia 19 de maio, na segunda noite do 8º Congresso Internacional em Saúde. “Os desafios do SUS na promoção da saúde e da segurança alimentar e nutricional” foi o tema que abriu a ‘mesa redonda’, a partir de um debate liderado pela pós-doutora em Saúde Pública e em Epidemiologia Nutricional e Políticas de Alimentação e Nutrição, professora da Universidade de São Paulo, Patrícia Constante Jaime.
A convidada fez um resgate da história do Sistema Único de Saúde, que completou, no dia 17 de maio, 33 anos. Ela lembra que, já na Lei nº 8080, que regula o SUS, foram estabelecidas ações de alimentação e nutrição, a exemplo da vigilância nutricional e alimentação e organização do cuidado de alimentação e nutrição.
“A agenda de alimentação e nutrição nasce com o SUS e se fortalece com o SUS. Ao longo dos anos, tivemos conquistas importantes, como a redução da mortalidade e a diminuição da desnutrição infantil, a partir do enfrentamento de determinantes sociais. Da mesma forma, tivemos um aumento da expectativa de vida dos brasileiros - número que só reduziu em 2020, em razão da pandemia de covid-19”, explicou Patrícia, observando que o SUS ainda possui alguns gargalos.
A participação de Patrícia antecedeu a fala do doutor Flavio Luiz Scieck Valente, do Fórum Brasileiro de Segurança Alimentar e Nutricional, que abordou “A exigibilidade do direito humano à alimentação e nutrição adequadas: construindo uma identidade multinacional”; e da gerente de Impacto Social da Gastromotiva, Winnee Louise, que tratou “A experiência da Gastromotiva na Gastronomia Social e o empoderamento para enfrentamento da insegurança alimentar”.
Acompanhe outros destaques do Congresso Internacional de Saúde neste link.
Acesse a Jornada dos cursos de Nutrição e Gastronomia:
Maratona terá início na tarde de sexta-feira, dia 21, e segue até o domingo
A equipe de organizadores conseguiu bater a meta de inscrições para a HackaPower - Transformando Ideias em Soluções, uma maratona de equipes que acontecerá de 21 a 23 de maio. Vinte inscrições foram registradas até a última terça-feira, individuais e de equipes.
Realizada por meio de uma parceria entre a Unijuí - através da Agência de Inovação e Tecnologia (Agit), Incubadora de Empresas de Inovação Tecnológica (Criatec) e projeto Cidades Inteligentes; Sebrae e Projeto Empreenda +; e o Programa Inova RS - Noroeste e Missões, da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (SICT) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs); a HackaPower será totalmente virtual e desafiará equipes de todo o País a desenvolver soluções tecnológicas para desafios de energia.
“Ficamos felizes de ver que mais da metade das equipes é da região, e que contaremos com participações de diversos estados como Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e até do Ceará”, destacou o gestor de Inovação do Programa Inova RS, Cleber Graeff.
Direcionada a estudantes, startups, empresas de engenharia e tecnologia da informação (TI), a HackaPower terá início na tarde de sexta-feira com o lançamento de três desafios aos participantes, que contarão com auxílio de mentores – profissionais tanto dos campos da energia e da tecnologia, quanto da área de negócios.
Transmitida pelo canal da Criatec no Youtube, a maratona prevê ainda oficinas, como Design Thinking e Pitch; e show com Alemão Ronaldo, antes da apresentação das soluções, no domingo à tarde. Conforme destacou a chefe do Eixo Empreendedorismo da Agit e coordenadora da Criatec, Maria Odete Palharini, a equipe vencedora receberá R$ 7 mil; a segunda colocada, R$ 3 mil; e a terceira, R$ 1 mil.
“A inovação precisa ser o centro de todas as estratégias de desenvolvimento, e isso vem se consolidando. Um evento como este está justamente focado em inovação, em pensar soluções inovadoras dentro do conceito de inovação aberta: lançaremos três desafios às equipes participantes, que partem dos nossos patrocinadores, e elas terão que pensar, prospectar soluções até o domingo”, disse.
A HackaPower conta com patrocínio de Ceriluz, DeLorenzo do Brasil, Hidroenergia, Procellecorp, Sicredi, SolarView, Sole Engenharia Solar, BiogásBrasil - executado com Gef e Unido, e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.
Abertura oficial aconteceu na noite desta terça-feira, dia 18 de maio
Após um dia dedicado ao seminário sobre “Os impactos dos agrotóxicos na saúde e meio ambiente e a favor da vida”, o 8º Congresso Internacional em Saúde contou, na noite desta terça-feira, dia 18 de maio, com a solenidade oficial de abertura. O evento, realizado de forma totalmente virtual até a sexta-feira, dia 21 de maio, traz como tema “Determinantes sociais, tecnológicos e ambientais em saúde”.
“Desde a sua primeira edição, realizada em 2011, o Congresso Internacional conta com o trabalho de uma grande equipe. Embora nosso desejo fosse que o evento estivesse acontecendo de forma presencial, conseguimos organizar uma semana com diversas atividades aos participantes. Por ser online, a distância não é uma barreira para a participação de pessoas, sejam elas profissionais ou estudantes, de outros estados e países. Também por ser online, permitimos que mais pessoas acompanhem as discussões, reforçando ainda mais o sentido comunitário da nossa Universidade”, destacou a professora doutora Eliane Roseli Wilkelmann, coordenadora do 8º Congresso Internacional em Saúde.
Para além das discussões com profissionais de renome, o Congresso também contará com a apresentação de trabalhos. A partir da seleção da Comissão Científica, 976 serão apresentados até a sexta-feira.
Coordenadora da Comissão Internacional do evento, a professora doutora Zélia Ferreira Caçador Anastácio, da Universidade do Minho, relembrou que em 2018 teve início a parceria com a Unijuí para a realização do evento. Ela destacou a importância de debater as desigualdades na área da saúde, especialmente num ano afetado pela pandemia, e adiantou que, em 2022, o congresso será realizado com a temática “Investigação, humanização e supressão”. O evento está agendado para acontecer de 12 a 15 de julho.
Durante a abertura, o vice-reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da Unijuí, professor doutor Fernando Jaime González, destacou que o congresso acontece num momento complicado, que certamente marcará uma época. “Seguramente falaremos, nesta semana, em antes e depois da pandemia. Não temos certeza de quando este momento irá acabar, mas temos a certeza de que nada será igual. E neste sentido, a área da saúde tem extrema importância”, destacou, lembrando que, ao se falar em determinantes sociais, é necessário destacar os determinantes políticos, que tiveram, neste último ano, grande impacto nas decisões na área da saúde.
Participaram da solenidade de abertura a coordenadora da 17ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), Janaína da Silva, também representando o enfermeiro Anselmo Loureiro dos Santos, titular da 14ª CRS de Santa Rosa; o secretário de Saúde de Ijuí e professor da Unijuí, Márcio Strassburger; e o médico representante da Fundação Municipal de Saúde de Santa Rosa (Fumssar), Luis Antônio Benvegnú.
Participaram, ainda, os doutores Paulo Saldiva e Sebastião Pinheiro, que palestraram, na sequência, sobre “Os serviços ecossistêmicos, saúde e bem-estar humano” e “Os impactos do complexo industrial militar sobre a humanidade por intolerância cidadã e carência de honestidades”, respectivamente. A mediação foi realizada pela professora doutora Francesca Werner Ferreira, que também participou da solenidade.
O 8º Congresso Internacional em Saúde segue na manhã desta quarta-feira com a apresentação de trabalhos. À tarde, acontece a Jornada do Curso de Medicina e, à noite, as Jornadas dos cursos de Nutrição e Gastronomia, Farmácia e Estética e Cosmética. Ainda, a mesa redonda com o tema “O papel da Atenção Primária à Saúde nos Sistemas de Saúde: a questão da Saúde Rural”. Confira a programação na íntegra neste link.
O Congresso Internacional é promovido pela Unijuí por meio dos Programas de Pós-Graduação Stricto-Sensu em Atenção Integral à Saúde (Unijuí-Unicruz); Programa de Pós-Graduação Stricto-Sensu em Direitos Humanos; Programa de Pós-Graduação Stricto-Sensu em Educação nas Ciências e Programa de Pós-Graduação Stricto-Sensu em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade e pelos cursos de graduação em Medicina, Biomedicina, Farmácia, Enfermagem, Fisioterapia, Nutrição, Estética e Cosmética, Ciências Biológicas e Gastronomia.
Assista à primeira noite do evento:
Iniciou nesta terça-feira, dia 18 de maio, o 8º Congresso Internacional em Saúde, promovido pela Unijuí em parceria com a Universidade do Minho, em Portugal, co-promotora do evento. Realizado de forma online, o Congresso acontecerá até a sexta-feira, dia 21 de maio.
Antecedendo a abertura oficial do evento, ocorreu durante a manhã o seminário “Os impactos dos agrotóxicos na saúde e ambiente e a favor da vida”. A moderadora foi a representante da 17º Coordenadoria Regional de Saúde, doutora Virginia Dapper, e contou com a participação do doutor Wanderley Antonio Pignati, da Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT; mestra Ada Cristina Pontes de Aguiar, da Universidade Federal do Cariri - UFCA; doutor Eduardo Maturano, da Universidad Nacional de Córdoba; e da doutora Iara Battisti, da Universidade Federal da Fronteira Sul - Cerro Largo.
O debate teve início com a fala da moderadora sobre a temática, salientando sua importância quando se fala em saúde pública no País, onde o uso de agrotóxicos tem crescido consideravelmente. Segundo ela, a região tem as maiores taxas de mortalidade por câncer, que podem estar relacionadas à exposição agrotóxica. “Essa exposição não é apenas ocupacional, mas uma questão ambiental, de contaminação da água, de alimentos e de deriva.”
De acordo com Wanderley, que é pesquisador do Núcleo de Estudos Ambientais de Saúde do Trabalhador da Universidade Federal do Mato Grosso, “no plantio, no trato e na colheita, realizada pelos trabalhadores, os fazendeiros usam muitos equipamentos agrícolas, agrotóxicos, fertilizantes químicos e poluem o ambiente de trabalho, as águas, os alimentos e o entorno das cidades, das escolas rurais e áreas de preservação”. Segundo dados fornecidos por ele, na utilização dos agrotóxicos, em primeiro lugar fica o Mato Grosso, com 20%, seguido dos estados do Paraná, com 15%; Rio Grande do Sul com 14%, Goiás com 9%, e São Paulo com 8%.
Ada Cristina iniciou sua fala trazendo dados sobre o agronegócio no Brasil, onde, desde o ano de 2019, foram concedidos registros para mais de mil agrotóxicos, para além dos já liberados. Além disso, a convidada ressaltou que há dificuldades para diagnosticar os efeitos na saúde humana, devido ao uso crescente e ao cenário em exposição múltipla.
Finalizando o debate, a doutora Iara Battisti apresentou dados de suas pesquisas sobre a “Exposição ocupacional a agrotóxicos: evidências de pesquisas no Rio Grande do Sul”, focando na saúde do produtor rural e na saúde da criança. De acordo com a doutora, os impactos na saúde são inúmeros, como câncer, depressão, doenças neurológicas, doenças auditivas, doenças endócrinas, doenças respiratórias, entre outros. Segundo ela, as crianças são mais suscetíveis à contaminação, ingerindo alimentos com resíduos, água, manipulando alimentos e objetos que foram usados ou tiveram contato com agrotóxicos, residindo próximo a plantações que utilizam o produto ou, ainda, na desinsetização doméstica. Os efeitos nocivos podem ser agudos, aparecendo instantaneamente; subagudos, surgindo lentamente; ou crônicos, com início tardio.
Por Susan Pereira, acadêmica do curso de Jornalismo.
Confira na íntegra a mesa redonda:
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