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Rizoma Temático debate protagonismo feminino e luta por igualdade

O dia 8 de março carrega um significado especial. A data é marcada por homenagens, mas, principalmente, pela luta das mulheres contra os graves problemas de gênero que persistem em todo o mundo. Na edição do Rizoma Temático desta quinta-feira, dia 10 de março, o debate girou em torno do "Protagonismo feminino e a luta por espaços igualitários na sociedade".

Para discutir a temática, foram convidadas a reitora da Unijuí e presidente da Fidene, professora Cátia Maria Nehring; a professora da Unijuí e membro do Fórum da Mulher de Ijuí, Joice Nielsson; ex-vereadora de Ijuí e idealizadora do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, da Coordenadoria Municipal da Mulher, da Delegacia da Mulher, da Patrulha Feminina da Brigada Militar e Fórum Permanente da Mulher, Helena Stumm Marder; e a cantora e compositora gaúcha, Loma Pereira. 

Segundo a professora Joice Nielsson, a data é uma oportunidade para, além de pensar no futuro, compreender o passado. “É um momento de reflexão que a gente tem que fazer, de olhar para trás e observar nossa caminhada como mulheres em sociedade. Os dias atuais são fruto de muita luta, então precisamos refletir e entender as mulheres que nos antecederam”, salientou.

A reitora da Unijuí, professora Cátia Maria Nehring, afirmou que esse espaço serve também para analisar o contexto social que cerca a data e as mulheres. “Sempre devemos contextualizar o 8 de março no ano em que ele está inserido. Discutir essa data, em 2022, exige que a gente olhe o que as mulheres significaram economicamente para o cuidado dos filhos e para os postos de trabalho nos últimos dois anos de pandemia”.

De acordo com Loma Pereira, é a partir de muito esforço que as mulheres conseguem ser reconhecidas, mas que o mais importante é ser considerada pelo povo feminino. “Eu fui pioneira nos festivais nativistas e somente hoje eu entendo a importância disso, quando sou homenageada por outras mulheres negras. No decorrer da minha caminhada conquistei algo maior do que vencer as dificuldades, que foi o entendimento do público para minha arte. Em seguida eu comecei a falar sobre a minha cultura e a minha negritude”, explicou.

A ex-vereadora do município de Ijuí, Helena Stumm Marder, aproveitou a oportunidade para comentar a presença feminina na política. “Eu fui convidada pelo partido por causa de uma cota, que exigia determinada presença feminina. Foi assim que entrei como única mulher na Câmara Municipal. Parece que é difícil da comunidade acreditar no potencial da mulher, tanto que possuímos apenas duas representantes no Legislativo", afirmou.

Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo da Unijuí

Confira o Rizoma Temática na sua íntegra: 


Unijuí integra Rede de Inovação do Agronegócio do RS, lançada na Expodireto Cotrijal

Representantes da Unijuí participaram nesta quarta-feira, 9 de março, de uma série de atividades na 22ª Expodireto Cotrijal, uma das maiores feiras do agronegócio internacional. O evento teve início ontem e finaliza nesta sexta-feira, dia 11 de março, no município de Não-Me-Toque. 

Esteve presente o vice-reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, professor Fernando Jaime González; e representantes da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica - Criatec da Unijuí: a coordenadora Maria Odete Palharini; o gestor no campus Santa Rosa, Lucas Escher; a analista Elizandra Pinheiro da Silva; a assistente Betina Krupp; e o bolsista de inovação aberta, Germano Rosa.

O roteiro contou com a participação de integrantes da Criatec na Missão Empresarial promovida pela ACI e Sebrae de Ijuí, e visita ao estande da Agricon, empresa incubada que expõe na feira. 

Uma das principais atividades foi o lançamento da Rede de Inovação do Agronegócio do Rio Grande do Sul (Riagro), que reúne 16 instituições, como universidades públicas, comunitárias e particulares, centros de pesquisa da Embrapa e outros hubs de inovação, em ações que buscam desenvolver a inovação e o empreendedorismo no segmento. A Unijuí faz parte da rede, tendo como integrantes o professor Ivan Ricardo Carvalho, na área de pesquisa, e a coordenadora da Criatec, Maria Odete Palharini, nos ambientes de inovação.

“A rede tem a função de trazer informações tecnológicas e estratégicas para o desenvolvimento do agronegócio no Estado. É uma iniciativa de extrema valia porque conseguimos posicionar uma série de startups voltadas ao agronegócio dentro dos polos produtores. Sem falar que o lançamento dentro desta grande feira é extremamente importante e estratégico”, explicou o professor Ivan, lembrando que a participação da Riagro também ocorrerá na Expointer e outras feiras. “Nosso objetivo é desenvolver o agronegócio, as tecnologias, compartilhar dados, estratégias e posicionar novas empresas”, completou.

As primeiras ações da Riagro envolvem o levantamento dos projetos já existentes nas instituições filiadas e a definição das estratégias de fomento para serem adotadas no futuro.


Rádio Unijuí e Madp produzem programetes em alusão ao Dia da Mulher

Em mais uma parceria entre a Rádio Unijuí FM e o Museu Antropológico Diretor Pestana (Madp), foram produzidos programetes especiais em alusão ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março. O material foi elaborado a partir dos vídeos que compõem a exposição Mulheres e Poesia, que possui curadoria da professora do curso de Letras da Unijuí, Taíse Neves Possani.

A exposição tem como objetivo discutir as diversas formas de representação da mulher enquanto sujeito participativo da sociedade, tendo como parâmetro fotografias do acervo do Madp. “Adaptando o conteúdo da exposição Mulheres e Poesia para o rádio, nós conseguimos alcançar um público ainda maior, promovendo a obra de poetisas brasileiras e ampliando o debate acerca disso”, destaca a diretora da Rádio Unijuí e também do Madp, Cláudia Bohrer.

Atualmente, a exposição Mulheres e Poesia, que é itinerante, está disponível para visitação no hall de entrada do Sesc Ijuí, de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h (sem fechar ao meio-dia), permanecendo no espaço até o dia 31 de março.

Os programetes Mulheres e Poesia podem ser conferidos às 10h e 20h, na programação da Unijuí FM, até essa sexta-feira, 11 de março, e também na playlist abaixo:


NOTA OFICIAL FIDENE nº 35 Unijuí/Rádio Unijuí FM/Museu/EFA

Em atenção às diretrizes externas, estabelecendo medidas e manutenção dos protocolos de segurança, bem como a  Instrução Normativa da VRG nº 01/2022, que estabelece os procedimentos para as atividades acadêmicas da graduação para o 1º semestre de 2022, com o retorno das atividades presenciais, o Comitê Institucional de Prevenção vem reforçar junto à comunidade acadêmica a necessidade de alinhamentos e cumprimento das diretrizes e determinações em relação aos cuidados com a pandemia da Covid-19:

- As aulas presenciais nos quatro campi da Unijuí - Ijuí, Santa Rosa, Panambi e Três Passos se dará da forma que segue: 

  • dia 14 de fevereiro início das atividades acadêmicas do curso de Medicina;
  • dia 21 de fevereiro início das atividades acadêmicas das modalidades presencial e a distância;

- As aulas dos cursos de Pós-Graduação Lato Sensu, da modalidade presencial (especializações, MBAs), retomam as atividades presenciais/híbridas no mês de março, conforme cronograma e projeto pedagógico de cada curso;

- As aulas dos cursos de Pós-Graduação Stricto Sensu (mestrados e doutorados) retomam as atividades presenciais/híbridas no mês de fevereiro, conforme cronograma e projeto pedagógico de cada curso;

- As atividades relacionadas à Pesquisa e Extensão retomam a presencialidade, conforme organização dos professores orientadores; 

- Todas as atividades vinculadas às Unidades Administrativas são desenvolvidas na forma presencial;

- Obrigatoriedade do uso de máscara bem ajustada e cobrindo boca e nariz, principalmente em locais fechados ou com maior número de pessoas, além das salas de aula, laboratórios e demais espaços administrativos institucionais, que tenham atendimento ao público externo (USO OBRIGATÓRIO, conforme a Lei Federal Nº 14.019);

- Estudantes com sintomas e/ou positivos para a Covid devem apresentar atestado médico (que deve informar o número de dias de isolamento) à CAE pelo e-mail: cae@unijui.edu.br e manter o isolamento domiciliar. Atestados médicos de período igual ou maior a 8 dias justificam e abonam a falta. Atestados inferiores a este período não abonam a falta e devem ser alinhados diretamente com o professor. Durante este período, o estudante acompanhará as aulas de forma online;

- Professores e Técnicos com sintomas e/ou positivos para a Covid devem apresentar atestado médico (que deve informar o número de dias de isolamento) e informar à chefia imediata (no caso dos técnicos) e à CAF (no caso dos professores);

- Não compartilhar utensílios como copos e garrafas;

- Está vedado o consumo de chimarrão nos espaços de salas de aula, laboratórios, corredores e cantinas, ainda que individualmente;

- As formaturas acontecem no formato presencial, e o uso de máscara se faz obrigatório durante toda a cerimônia de colação e por todas as pessoas presentes no evento. As Comissões serão contatadas para alinhamentos necessários em relação aos protocolos de saúde que deverão ser cumpridos;

- O Museu Antropológico Diretor Pestana retoma suas atividades presenciais, seguindo todos os protocolos de segurança;

- A Rádio UnijuíFM mantém todas as atividades presenciais, seguindo todos os protocolos de segurança;

- A Escola de Educação Básica Francisco de Assis mantém os comunicados à comunidade escolar, através dos seus canais de divulgação, retomando as atividades letivas, no ano de 2022, à presencialidade.

  • Para além dessas determinações, destacam-se as seguintes recomendações:

- Toda comunidade acadêmica, completar a vacinação indicada pelos órgãos de saúde, observando o calendário de vacinação;

- Dar preferência à realização de atividades em locais abertos ou garantir a renovação natural do ar, com portas e janelas abertas ou sistema de circulação de ar.

Reiteramos que o momento não é de relaxamento dos protocolos tanto em sala de aula quanto nos espaços administrativos. Todos somos peças fundamentais para manter o cenário estável em tempos tão desafiadores, no qual a saúde de todos precisa estar em primeiro lugar.

Contamos com a colaboração da comunidade do complexo Fidene!

O Comitê Institucional de Prevenção, em caráter permanente, revisará as orientações conforme a evolução da pandemia. Todas as atualizações serão publicadas APENAS pelos canais oficiais da FIDENE/UNIJUÍ/EFA/Museu/Rádio Unijuí FM.


Unijuí e Parque Tecnológico Itaipu conectam iniciativas para potencializar resultados

Três analistas de negócios do Parque Tecnológico Itaipu (PTI) estiveram na Unijuí nesta quarta-feira, 9 de março, conhecendo as estruturas e os projetos desenvolvidos pela Universidade. A visita realizada pelas profissionais Karina Zavilenski Custódio, Larissa Schmoeller Brandt e Sthefany Walber faz parte do acordo de parceria firmado pela Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação do Noroeste do Estado (Fidene), mantenedora da Unijuí, com a Fundação Parque Tecnológico Itaipu - Brasil, Exohub e Coopavel, que visa a realização de atividades relacionadas à promoção de inovação, desenvolvimento tecnológico e transferência de tecnologia.

Depois de uma visita à reitoria, as analistas conheceram a Agência de Inovação Tecnológica (Agit), a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica - Criatec e o Espaço Mais Inovação, onde aconteceu a apresentação do PTI e seus projetos para um grupo de professores e pesquisadores. “O objetivo da visita foi conhecer o que desenvolvemos aqui, nosso ecossistema de inovação, e também apresentar o que é produzido lá, no Parque, para que possamos conectar iniciativas e potencializar resultados, de uma forma conjunta e colaborativa”, explicou a coordenadora da Criatec, Maria Odete Palharini.

De acordo com Maria Odete, o próximo passo da parceria prevê a realização de uma visita da equipe da Unijuí ao Parque Tecnológico Itaipu, até meados do mês de abril. “Vamos conectar tanto as incubadoras, a equipe técnica e as startups residentes, bem como nossos pesquisadores e projetos, ao que vem sendo feito por eles. O PTI possui iniciativas bastante interessantes, em linhas como biogás e cidades inteligentes”, completa a coordenadora.

Para além da conjugação de esforços que visam a promoção da inovação, o acordo tem o intuito de facilitar a cooperação, o intercâmbio científico e tecnológico, o desenvolvimento de recursos humanos e a realização de projetos conjuntos em parceria com acadêmicos da Unijuí. 

 


País precisa investir em educação, ciência e pesquisa se quiser avançar, avalia professor

Argemiro Luís Brum faz uma leitura sobre o cenário econômico brasileiro, especialmente após o baque causado pela estiagem

Os últimos anos não têm sido fáceis para os brasileiros. Ainda não vencemos a pandemia e os impactos que ela deixou, especialmente na área da economia. Somam-se a isso as adversidades climáticas que se espalham pelo País e que refletem numa área que sempre trouxe grande força ao Brasil: o agronegócio.

Para entender um pouco do que está ocorrendo, e os impactos que teremos nas economias do Brasil e do Estado, convidamos para uma entrevista o professor titular do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da Unijuí, doutor em Economia Internacional pela EHESS de Paris - França, Argemiro Luís Brum. Na avaliação do docente, é necessário investir fortemente em ciência, pesquisa e educação se quisermos voltar a avançar no futuro próximo. 

Professor, o senhor poderia fazer uma leitura de como está a economia brasileira e especialmente estadual neste momento?

A economia brasileira enfrenta dificuldades estruturais importantes, agravadas pelo Governo Federal que não avançou nas reformas e no ajuste fiscal. Pelo contrário, neste último caso, piorou a situação ao furar o teto de gastos e aprovar um orçamento para 2022 com gastos eleitoreiros, comprometendo os investimentos, a educação, a saúde e outros setores essenciais. Além disso, a economia ainda sofre as consequências da covid-19 e das adversidades climáticas que se espalham pelo País. Neste contexto, temos uma inflação em alta, acima de 10% (IPCA), algo raramente visto desde o lançamento do Plano Real em julho de 1994; um forte aumento nos juros para tentar vencê-la (Selic hoje caminhando para 12% ao ano); um câmbio que destrói o poder de compra do Real, pois o deixa muito desvalorizado; um desemprego muito alto, ao redor de 12% da população ativa (o surgimento de empregos se dá em áreas precárias e mal remuneradas, como a informalidade e os temporários); contas públicas em geral com problemas; pouquíssimos investimentos estatais (e país que não investe no presente compromete o crescimento futuro); e projeção de PIB, para 2022, pífia, entre -0,5% e +0,5%, com a mediana ficando, hoje, em tão somente 0,3% quando o Brasil precisaria crescer 4% ao ano pelo menos. Já o Estado do Rio Grande do Sul, pela característica federalista de nosso país, depende em muito do poder central. Mas sua situação econômica melhorou muito na área pública, já que o governo local conseguiu fechar 2021 com superávit fiscal e orçamentário, algo raramente visto desde 1978. Assim, o Governo Estadual consegue atuar melhor em favor da economia geral dos gaúchos. Todavia, além dos efeitos pandêmicos, nossa economia gaúcha vem sofrendo com sérias crises climáticas, as quais derrubam o PIB e a geração de riqueza, já que somos um Estado muito dependente da agropecuária. Os efeitos da seca atual serão terríveis, pela sua dimensão, neste ano e nos próximos sobre a economia estadual. 

O agronegócio e setores correlatos, como a indústria de tratores e equipamentos, serão praticamente os únicos motores com que a economia brasileira poderá contar em 2022? Em que áreas, além do agronegócio, o País deveria apostar?

Lembrando que neste ano o agronegócio sofrerá um baque importante devido à enorme seca no Centro-Sul e as enchentes no Centro-Norte, além do forte aumento nos custos de produção, puxados pelo câmbio. Tenho a dizer que o País precisa urgentemente se reindustrializar, investindo nas novas tecnologias que o mundo disponibiliza. Nas duas últimas décadas, pelo menos, retrocedemos nesta área, e estamos pagando um preço muito alto por isso. Ao mesmo tempo, precisamos investir fortemente em ciência, pesquisa e educação se quisermos voltar a avançar no futuro próximo. Precisamos urgentemente investir em setores de alta tecnologia, para acompanhar o mundo. Precisamos investir na juventude. Não é possível termos cerca de 30% dos jovens brasileiros em situação “nem-nem”, ou seja, não estudam e nem trabalham. O custo futuro disso será incomensurável. Enfim, o País precisa trabalhar decisivamente para solucionar as contas públicas, sair do déficit e recuperar a capacidade de investimento do Estado nacional, voltando a atrair capitais externos produtivos em volumes maiores, além de estimular o investidor nacional. Isso, hoje, está totalmente comprometido. E sem investimento produtivo, nas diferentes áreas, não há futuro para a economia e a sociedade.

Com a economia brasileira patinando e a perda do poder aquisitivo de parte da população, em 2022 as exportações podem compensar perdas no mercado interno?

Eu diria que a economia brasileira estagnou e até retrocedeu nestes últimos tempos. Tivemos mais uma década perdida, entre 2011 e 2020, e caminhamos para mais uma a partir de 2021 se nada for feito estruturalmente, de forma rápida. Com isso, a inflação voltou forte e, somando-se aos efeitos nefastos da pandemia, a perda de renda da população em geral. Assim, o País vive com uma população endividada, sem fôlego, e seguidamente inadimplente. Não há economia que avance sem consumidor com renda - especialmente no Brasil, onde mais de 60% do seu PIB depende do consumo das famílias. Dito isso, e apoiado até há poucas semanas por um Real muito desvalorizado, sobrou o mercado externo para vender. Isso elevou o superávit de nossa balança comercial, fato que ajuda, sim, nas contas externas e dá um fôlego às empresas que conseguem exportar. Porém, no País, a maior parte das empresas não chega a este mercado e, diante da crise que temos, vem enfrentando enormes dificuldades, com muitas delas fechando as portas e desempregando. Ou seja, as exportações não compensam o que se perde no mercado interno em termos gerais do País. Especialmente porque quem exporta também precisa importar para se modernizar, e os custos de produção destas empresas, com o câmbio desta forma, subiu em demasia, inviabilizando também muitas empresas, especialmente no setor do agronegócio e junto aos produtores rurais em particular.

Se os preços em alta e o dólar valorizado beneficiam os produtores brasileiros na hora de vender, na outra ponta o aumento dos preços dos insumos e do frete fazem avançar os custos de produção. Isso é motivo de preocupação, correto?

Exatamente! É muito preocupante. Em termos cambiais, sempre existe o efeito rebote. Ou seja, a desvalorização, no imediato, favorece o exportador, pois inicialmente ele vende produtos com preço elevado pelo câmbio, a partir de bens produzidos com custos ainda baixos. Na sequência os custos sobem significativamente e os preços de venda não acompanham, fato que reduz a rentabilidade do exportador. O setor primário nacional está vivendo isso neste ano, além das perdas climáticas. Assim, de nada adianta ganhos cambiais momentâneos, pois, no médio prazo, haverá mais perdas do que ganhos. Isso ensina que o melhor, sempre, tanto para câmbio quanto para os preços em geral, é a estabilidade dentro de uma paridade. Especialmente em setores oligopolizados - caso de nossa economia em geral, pois após o estouro cambial os preços, com o tempo, tendem a estagnar e até baixar (caso da agropecuária), porém os custos de produção se mantêm elevados. Essa realidade sempre acaba, no final, eliminando parte do setor produtivo em todas as áreas da economia. 

É possível pensarmos num valor acima de R$ 200,00 a saca de soja nos próximos meses?

Em meados de fevereiro, com o câmbio ao redor de R$ 5,12, o que puxou os preços da soja foi a cotação em Chicago, que disparou devido às perdas nas lavouras da América do Sul, e o consequente aumento dos prêmios de exportação nos portos nacionais. E isso se deve à brutal quebra de safra que estamos tendo. Até o momento, os três principais países sul-americanos produtores (Brasil, Argentina e Paraguai) já contabilizam uma perda de 40,9 milhões de toneladas da oleaginosa, em relação ao previsto no momento do plantio, sendo que mais da metade deste volume ocorre no Brasil. Isso é quase toda a safra normal da Argentina na atualidade. Assim, nas localidades perto do porto, já temos preços ao redor de R$ 200,00/saca e até um pouco mais. Se as perdas continuarem, é possível tal preço chegar nas demais regiões produtoras. Mas pela intensidade das perdas, de pouco adianta este preço, pois a produtividade média será muito pequena, especialmente aqui no Rio Grande do Sul. Não há preço que pague uma frustração de safra, especialmente neste ano em que a mesma é severa e se soma aos altos custos de produção despendidos pelos produtores para fazerem as lavouras. Exemplo para nosso Estado: na safra passada o preço médio de venda ficou ao redor de R$ 130,00/saca. Um hectare colhido gerou uma produtividade média de 57 sacas (lembrando que muitos colheram entre 65 e 80 sacas). Total bruto obtido: R$ 7.410,00/hectare. Na atual safra, o preço médio tende a ficar ao redor de R$ 185,00/saca (sempre considerando as vendas antecipadas), porém, a produtividade média do Estado deve ficar em 20 sacas/hectare. Resultado bruto: R$ 3.700,00/hectare. Ou seja, sem considerar ainda a perda de rentabilidade pelo aumento dos custos (mais de 50% de aumento), o ganho bruto nesta safra cai em 50%. A maioria dos produtores do Centro-Sul brasileiro, atingidos pela seca, estão nesta situação ou algo semelhante. Levarão anos para recuperar tais perdas, desde que novas secas não ocorram no imediato.

Como isso impacta na economia do Estado, levando em conta a oferta de serviços e comércio de produtos? Isso significa um ano de muitas baixas?

Sim, teremos um ano ainda muito mais difícil do que já se previa. Nossa dependência para com o setor agropecuário em geral e a soja em particular é muito grande. Sem falar que a seca atingiu mais ainda o milho grão, o milho silagem, a produção de leite, a criação animal, hortigranjeiros, etc. Até o arroz gaúcho, que está em fase de colheita e é totalmente irrigado, já contabiliza perdas de 15% devido à redução da umidade. Assim, a economia em geral sofrerá um baque bastante grande, com ainda menos renda em circulação no Estado e no País. Os setores de serviço e comércio deverão ser muito atingidos, pois a tendência geral será de cortar ao máximo as despesas, as compras e os investimentos. Já seria muito difícil devido às condições estruturais da economia, por ser um ano eleitoral e pela incapacidade do governo central. Agora, o quadro piorou consideravelmente, sem dúvida. Obviamente, sempre há alguns que tiram vantagem dacrise, mas são minoria. O conjunto expressivo da sociedade está pagando e ainda pagará uma conta muito elevada por esta realidade econômica que estamos vivendo.


Unijuí tem 11 projetos de pesquisa aprovados em editais da Fapergs e CNPq

Foto: arquivo Unijuí

Os projetos de pesquisa fazem parte da consolidação do conhecimento científico, necessário para que haja uma melhoria contínua da sociedade e seus desafios, do mercado de trabalho, bem como resgates e projeções. A Unijuí conta com o envolvimento de docentes e estudantes nestas iniciativas e, recentemente, teve a aprovação de três projetos em editais externos, com iniciativas de professores.

O objetivo da chamada “Universal”, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) é contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação do País, em qualquer área do conhecimento. Veja os docentes que tiveram projetos aprovados:

- Cleusa Adriane Menegassi Bianchi Teixeira: Ecofisiologia de Sistema Silvipastoril para promoção de bem estar animal e sustentabilidade ambiental

- Doglas Cesar Lucas: Direitos Humanos e a proteção jurídica das diferenças identitárias nas decisões do STF.

Outros docentes também tiveram projetos aprovados em edital CNPq, “Produtividade em Pesquisa”, que tem como objetivo valorizar pesquisadores de diversas áreas do conhecimento e incentivar a produção científica, tecnológica e de inovação: 

- Adriane Cristina Bernat Kolankiewicz: Transição do cuidado: avaliação, desenvolvimento e implementação de estratégias;

- Ivan Ricardo Carvalho: Avanços científicos e tecnológicos para promover a cadeia orgânica da soja: perfil nutracêutico;

- Jorge Oneide Sausen: Capacidade de absorção do conhecimento e inovação: análise de um ecossistema de inovação em saúde;

- Maria Simone Vione Schwengber: Por uma educação da “não violência” dos corpos: políticas-digitais feministas vão à escola e à universidade;

- Sérgio Luis Allebrandt: Desenvolvimento territorial e controle social em cidades médias de região fronteiriça.

Já no Programa Pesquisador Gaúcho, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), o edital buscava projetos que contribuíssem com o desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação no estado, em qualquer área do conhecimento. Vejo os professores que aprovaram projetos:

- Airam Teresa Zago Romcy Sausen: Modelagem de ensaios não destrutivos e semi destrutivos para estimativa da resistência à compressão de estruturas de concreto;

- Christiane de Fátima Colet: Extração e uso de óleos essenciais brutos e nanoencapuslados e sua ação fungistática no controle sustentável de fungos no armazenamento de sementes de soja;

- Ivo dos Santos Canabarro: Fotógrafos gaúchos: a construção da cultura fotográfica;

- Maria Simone Vione Schwengber: Por uma educação da “não violência” dos corpos: políticas-digitais feministas vão à escola e à universidade (aprovado também em edital CNPq);

- Pedro Luís Büttenbender: O patrimônio territorial como referência no processo de desenvolvimento de territórios ou regiões: um estudo em três regiões do Rio Grande do Sul.




Unijuí oferece especialização para fisioterapeutas que buscam atuar na reabilitação de distúrbios ortopédicos e traumatológicos

A Especialização em Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia, ofertada pela Unijuí campus Ijuí, é destinada a fisioterapeutas que buscam atuar na reabilitação de pessoas portadoras de distúrbios ortopédicos e traumatológicos, em seus diferentes níveis de complexidade. Com uma importante proposta de integração entre teoria e prática, o objetivo é que o profissional desenvolva competências e habilidades específicas, com foco na resolução efetiva dos problemas.

Os fisioterapeutas serão capacitados com técnicas atualizadas e vivência prática nos laboratórios da Universidade, para que exerçam suas atividades com qualidade e excelência. Para isso, o curso está dividido em quatro módulos: avaliação e diagnóstico cinesiológico; ortopedia e traumatologia clínica e cirúrgica; fisioterapia na ortopedia e traumatologia; e recursos terapêuticos em ortopedia e traumatologia.

Para a egressa do curso de Fisioterapia e da especialização em Ortopedia e Traumatologia da Unijuí, Fabiana Bruinsma Grauncke, é muito importante buscar aperfeiçoamento, nesta que é uma das áreas mais procuradas na Fisioterapia. “Com a Pós-Graduação, minha carreira melhorou e me tornei  uma profissional ainda mais segura perante meu pacientes. Minha maior conquista é sempre a reabilitação dos meus  pacientes e, para isso, utilizo os aprendizados da especialização”, destaca Fabiana.

A especialização tem duração de 360 horas e inicia no dia 29 de abril. As aulas serão ministradas quinzenalmente, nas sextas-feiras, das 13h30 às 17h30 e da 18h30 às 22h30 e nos sábados, das 8h30 às 12h30. Saiba mais sobre os objetivos do curso, cronograma de disciplinas, professores e condições de pagamento, neste link.


A Ciência Explica o que são botnets e por que são prejudiciais

Você certamente já se deparou com um site, um servidor de uma empresa ou do governo que fica indisponível para acesso. Quando ocorre um ataque de negação de serviço isso acontece e um dos principais motivos para esse tipo de ataque são as botnets. Você já ouviu falar?

Uma botnet é uma rede de dispositivos que são usados para atacar servidores ou sites. “Quando a gente fala que é uma rede de dispositivos pode, por exemplo, ser um computador datado de 2014 ou 2015, que foi infectado por um vírus justamente para se tornar um nó da botnet”, explicou o professor doutor Paulo Sérgio Sausen à série "A Ciência Explica", da Unijuí.

A partir desses computadores infectados, é possível realizar os ataques de negação de serviço, que tem como objetivo evitar o bom funcionamento do sistema. “Esses ataques se baseiam em inundar um servidor com requisições inúteis. Dessa forma o servidor fica ocupado um bom tempo respondendo a essas requisições e não fazendo propriamente o que ele deveria fazer”, salienta.

O invasor também pode solicitar um pagamento para interromper o ataque e, em certos casos, os ataques de negação de serviço distribuído (DDoS) podem até ser uma tentativa de desacreditar ou prejudicar os negócios de um concorrente. Como mencionado, originalmente as botnets atacam os computadores através de códigos maliciosos, também chamados de vírus, para isso, existem truques para evitar os ataques.

Uma das formas é deixar o sistema operacional atualizado, evitando de utilizar versões muito antigas, porque são mais fáceis de serem atacadas. Outra dica muito importante é ativar, instalar e manter atualizados os antivírus. “Essas duas atitudes simples já minimizam muito a possibilidade de você ser infectado por um vírus e esse código ser um agente de botnet”, comenta.

Apesar de iniciar pelos computadores, a botnet é uma rede de dispositivos conectados para realizar um ataque. Com a evolução e o advento da Internet das Coisas, os ataques começaram a ocorrer também em qualquer dispositivo. “Recentemente houve um grande ataque em âmbito mundial em que foram utilizadas câmeras com endereços IPs, que foram infectados com vírus da botnet”, esclarece. 

Por serem aparelhos pouco ou mal configurados, na maioria das vezes, formou-se um exército que realizou um ataque de DDoS, que são mais complexos de serem solucionados. “Para bloquear esse tipo de ataque, também em aparelhos que são conectados entre si, é fundamental procurar um especialista da área, para que ele possa dar dicas; ou minimamente ler os manuais e procurar vídeos explicativos”, finaliza o professor. 

Acesse o canal da Unijuí no YouTube para assistir esse e mais vídeos do quadro “A Ciência Explica”.    

Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo da Unijuí


Pós-graduação Unijuí: preparando profissionais para os desafios do mercado

Natural de São Martinho, César Luis Becker tem uma longa relação com a Unijuí: formado em Economia, procurou a Instituição para dar continuidade aos seus estudos, por meio da Pós-Graduação Lato Sensu em Finanças e Mercado de Capitais. “Isso aconteceu dois anos após a formatura na graduação. Eu sentia que precisava continuar estudando, me aperfeiçoando”, explicou o profissional, que é sócio-proprietário da fábrica de rações Puro Gold, com atuação em todo Sul do País.

De acordo com César, a especialização lhe ajudou a entender o mercado, a se precaver ou montar estratégias para um maior crescimento. “Com a pandemia tivemos muitas decisões e um desafio ainda maior. Mas a Unijuí, por meio dos cursos que fiz, me deixou muito preparado, ou um pouco mais preparado do que os empresários em geral. Sou grato e recomendo a Universidade, especialmente aos meus filhos. Gostaria que eles tivessem a oportunidade de estudar na Instituição e faço de tudo para isso”, destacou o egresso, lembrando que os cursos tiveram o diferencial de incentivar os estudantes ao diálogo, ao pensamento e à tomada de decisões.

Para quem quer se especializar, a Unijuí oferta cursos de pós-graduação lato sensu em diferentes áreas. Acesse unijui.edu.br/pos e confira as especializações com inscrições abertas. 

Para mais informações, entre em contato pelo telefone (55) 3332-0553 ou pelo e-mail educacaocontinuada@unijui.edu.br.




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