A educação inclusiva gera efeitos benéficos a todos os estudantes. Pessoas sem deficiência que estudam em salas de aula inclusivas têm opiniões menos preconceituosas e são mais receptivas às diferenças, enquanto aquelas que possuem deficiência têm ganhos na socialização e no desenvolvimento emocional e cognitivo. Essas foram as conclusões da pesquisa realizada pelo Instituto Alana e pela ABT Associates, em 2016, que reuniu mais de 89 estudos, de um levantamento de 280 artigos, publicados em 25 países.
A inclusão social e escolar de estudantes com deficiência está sempre em pauta, e este foi o assunto que norteou o Rizoma desta quinta-feira, 16 de setembro. Intitulado “A realidade e o ideal da inclusão no país”, o programa trouxe como convidados a educadora especial, psicopedagoga e diretora da Escola de Educação Especial Recanto da Esperança (Apae), Magali Franco; a coordenadora do Núcleo de Acompanhamento e Acessibilidade Institucional (Naai), Marta Borgmann; e o primeiro estudante cego que irá se formar no curso de Jornalismo da Unijuí, Jeziel Valeski.
A educadora especial, Magali Franco, acredita que a inclusão só dará certo quando for realizado o trabalho de base. “E o trabalho de base é uma Estimulação Essencial bem feita, uma escola de educação infantil já sendo inclusiva. Nós precisamos investir e dar suporte para as escolas, para que aconteça de fato a inclusão. E também justamente a questão do olhar para a pessoa a ser incluída como um ser humano único, legítimo, pensando em descobrir potencialidades e não focado no processo da limitação”, destaca.
A professora Marta Borgmann também enfatiza a importância da inclusão. “É muito comum ouvirmos dos nossos próprios alunos que eles tiveram toda a educação infantil inicial nas escolas especiais. Faz décadas que temos conversado e as pesquisas nos mostram que, sim, nós só somos o que somos porque convivemos com o outro, e com o outro que tem a sua diferença, então isso é extremamente importante. Nós não podemos negar o acesso e o direito a essas pessoas de conviver em comunidade, viver a sua própria cultura, viver seu próprio corpo”, reflete.
O formando de Jornalismo, Jeziel Valeski, relata a alegria que sentiu ao passar no Vestibular. “Quando saiu a nota, em 2016, eu não acreditei. De 45 vagas, eu fiquei em 19º lugar. Hoje estou me formando em Jornalismo. Primeiro jornalista deficiente a se formar na Unijuí. Conseguir essa formação é algo que deixa a gente feliz”. Contudo, ele ressalta que ainda há muito a ser feito. “As coisas estão melhorando, nós temos caminhado bastante. Mas ainda vemos que tem bastante a melhorar na questão de inclusão, não só para as pessoas com deficiência visual, mas os mais variados tipos de deficiências”, finaliza.
Por Amanda Thiel, estagiária de Jornalismo da Assessoria de Marketing
Confira o Rizoma Temático na íntegra:
Nesta quinta-feira, 16 de setembro, ocorreram apresentações culturais nos espaços da Unijuí, nos quatro campi, marcando a Semana Farroupilha, a partir de uma promoção do Programa Sinergia - projeto responsável pelo endomarketing na Universidade.
A abertura das apresentações no campus Ijuí contou com fala da reitora, professora Cátia Maria Nehring, e a presença da vice-reitora de Graduação, professora Fabiana Fachinetto, e do vice-reitor de Administração, professor Dieter Rugard Siedenberg.
A reitora da Universidade aproveitou a oportunidade para agradecer aos colaboradores que mantêm a Unijuí funcionando, mesmo com a pandemia de covid-19. “Podemos nos orgulhar do fato de que nossa Universidade nunca parou. Portanto, que esse 20 de Setembro seja o marco para nós retomarmos este processo de pertencimento”, comentou a reitora Cátia Maria Nehring.
Após a fala, teve início o momento cultural tradicionalista, com apresentações de músicas e poemas gauchescos por quatro funcionários da Instituição: Daiana Dal Ros, Ana Cláudia da Silva, Vanderlei Baldissera e Luiz Eduardo da Luz Fontoura.
As apresentações ocorreram no hall de entrada do prédio da biblioteca Mario Osorio Marques, no estacionamento da Coordenadoria de Infraestrutura e Serviços, em frente ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (Sesmt) e no terminal rodoviário dos estudantes, próximo às salas de aulas. Além disso, os funcionários foram convidados a ir pilchados nos dias que antecedem o feriado.
Em Santa Rosa, o Momento Campeiro foi organizado pela coordenação do campus e seus colaboradores. “Esse é o momento de olhar para frente, de viver esse novo momento dessa nova Universidade, com novas instalações em alguns locais e ambientes, de novas pessoas que passaram a integrar o grupo de colaboradores e técnicos, de novos setores que foram criados, enfim, uma nova instituição e em um novo momento, carregando junto toda a história passada, mas com o foco em construir mais história pela frente”, destacou o coordenador do campus Santa Rosa, Marcos Paulo Scherer. Foi realizada ainda uma apresentação artística com o analista acadêmico, Adroaldo Traczynski, que também é músico nativista.
Foi organizado, ainda, nos campi Ijuí e Santa Rosa, a distribuição de bolinhos de chuva aos funcionários. No campus Panambi foi produzido um tradicional pão com linguiça e distribuído aos colaboradores. Já no campus Três Passos, está marcada para essa sexta-feira um almoço entre os funcionários.
Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo da Unijuí
Em parceria com a Incubadora Municipal de Empresas de Chiapetta - Inovachi, a Criatec da Unijuí promove na próxima quarta-feira, dia 22 de setembro, a partir das 19h, uma live com o tema “Autoconhecimento e evolução profissional”. O evento terá transmissão pelo canal da Criatec no Youtube.
“A Unijuí possui um convênio com o município de Chiapetta para o desenvolvimento da Incubadora Tecnológica. E a partir disso, realizamos alguns eventos justamente para conseguir compartilhar tudo o que vem sendo trabalhado, para que mais pessoas tenham acesso. As lives acontecem dentro do eixo Desenvolvimento Empreendedor, onde buscamos trabalhar o lado pessoal, como é importante você se autoconhecer para desenvolver habilidades que permitam, inclusive, empreender e montar o seu próprio negócio”, explicou a coordenadora da Criatec, Maria Odete Palharini.
Três profissionais foram convidados para a live: Nina Côrrea, que é especialista em Gestão, Supervisão e Orientação, gerente administrativa da empresa Costinha Auto Elétrica e presidente da Associação Comercial e Industrial de Chiapetta; Wilian Schmitt, graduado em Gestão do Agronegócio, com especialização em Competências Profissionais, Emocionais e Tecnológicas e atualmente coordenador comercial na empresa Skynet Telecom; e Paula Borelli, especialista em Gestão de Pessoas e atualmente consultora de RH.
A Unijuí recebeu na noite desta quarta-feira, dia 15 de setembro, o presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Voltaire de Lima Moraes, para um evento promovido pela Associação Gaúcha das Emissoras de Rádio e Televisão (Agert), em parceria com a Universidade. A palestra, realizada no Salão de Atos Argemiro Jacob Brum, teve como tema central a “Atuação do Judiciário na pandemia”.
Em coletiva à imprensa, o desembargador destacou que chegou à região na terça-feira, para inauguração dos foros de Catuípe e Cerro Largo, além de encontros com servidores e juízes. “Este movimento é importante pois permite que a alta administração do Tribunal vá ao interior do Estado e verifique as condições de trabalho e eventuais dificuldades, a fim de que elas possam ser superadas, visando um melhor atendimento à população”, explicou.
O magistrado falou sobre as dificuldades enfrentadas pelo Judiciário durante a pandemia, a exemplo de um amplo ataque cibernético, que levou crackers a terem acesso a informações sigilosas sobre processos, investigações em andamento e informações sobre funcionários. A situação gerou preocupação com a possível perda de processos, e também com o atraso na tramitação, já que, por conta da pandemia, foros e o próprio TJ tiveram que ser fechados. A Polícia Civil investiga o caso, segundo o magistrado, e o TJ-RS ainda caminha com uma auditoria externa independente.
Voltaire falou sobre a preocupação com as notícias falsas, ou Fake News, e sobre a importância da liberdade de imprensa. Destacou, ainda, que o Judiciário e a imprensa compartilham do mesmo objetivo, que é a busca pela verdade. “Não queremos que os poderes percam força. E quando não há um estado democrático de direito, com uma autoridade central que monopoliza, os poderes perdem força, como um todo”, frisou. Questionado sobre o diálogo entre o Judiciário e os entes da Federação, o presidente afirmou que “ninguém ignora que no plano federal há problemas”, que precisam ser superados para que haja harmonia e independência. Algo essencial, como destacou, para o desenvolvimento da atividade econômica.
Como professor universitário, Voltaire também falou sobre a importância de os estudantes carregarem valores para conduzir a missão de magistrado. “Nós decidimos vidas, liberdade, saúde e crédito em julgamentos. Precisamos, por meio de concursos, recrutar pessoas que tenham a capacidade de exercer esta função”, disse.
Em sua fala, a reitora da Unijuí, professora Cátia Maria Nehring, falou da satisfação em receber um evento como este e de conhecer, ainda mais, sobre a atuação do TJ-RS. Ela lembrou que a pandemia levou a Universidade a se transformar, em apenas três dias, para a oferta do ensino online. E que, assim como o Judiciário, empenhou-se em manter um serviço, a prestação de um ensino de qualidade aos estudantes.
Ao final da noite o desembargador recebeu o Troféu Microfone, entregue pela Agert às personalidades que colaboram com o avanço da radiodifusão no Estado.
Na tarde de ontem, 14 de setembro, o Museu Antropológico Diretor Pestana (Madp) recebeu as bibliotecárias Ginamara de Oliveira Lima e Eunice Schwaste, representantes da Biblioteca Mario Osorio Marques da Unijuí, para ministrar uma formação sobre a classificação, identificação e localização de obras da Biblioteca, presentes no espaço do Museu. A formação foi direcionada para os colaboradores do Madp que têm as atividades de pesquisa ligadas ao seu trabalho.
As bibliotecárias foram guiadas pela Exposição de Longa Duração do Museu, conhecendo o espaço expositivo que retrata a trajetória humana em Ijuí e região por meio da fundação e formação do território, marcando, assim, uma integração ainda maior entre o Madp e a Biblioteca.
O Museu possui em sua estrutura uma Biblioteca Especializada para o atendimento dos mais diferentes usuários, com coleções de temas relacionados à sua missão. Seu acervo é composto de autores locais, bibliografias museológicas, arquivísticas, patrimônio cultural, histórico, antropológico, indígena, entre outros. Possui um espaço dedicado às obras raras e à preservação da produção intelectual da Editora Unijuí.
A consulta ao acervo bibliográfico pode ser realizada pelo catálogo online, pelo endereço unijui.edu.br/biblioteca, ou pessoalmente no Museu. O serviço de empréstimo é disponibilizado para estudantes, professores, funcionários, estagiários e/ou egressos. O público em geral pode ter acesso de forma local ao acervo.
Pelo segundo ano consecutivo, a Unijuí vai sediar o Rally Latinoamericano de Innovación - uma competição internacional, que envolverá 12 países, e que busca desenvolver uma nova cultura de inovação. Assim como no ano passado, a Universidade será a única no País a receber o evento, com a organização de sedes nos campi de Ijuí, Santa Rosa e Panambi. O evento será realizado nos dias 1 e 2 de outubro e as inscrições já estão abertas, pelo endereço rallydeinnovacion.org.
“Este evento acontece desde 2015 nos países da América Latina e, no passado, em formato de teste, teve a Unijuí como sede. Eram 10 países participando em 2020 e cerca de oito mil inscritos. Neste ano serão 12 e a expectativa é ultrapassarmos os 10 mil participantes”, destacou o analista de negócios da Criatec de Santa Rosa, Lucas Escher, coordenador nacional do Comitê Internacional do Rally.
Interessados devem realizar a inscrição individual, pelo site. No Brasil, o evento terá início às 12h de sexta-feira, dia 1º, quando serão apresentados os desafios. A partir da escolha, serão constituídas as equipes. Os participantes terão 28h para propor uma solução ao problema. “Durante o Rally, os participantes têm uma atividade de interação intercultural com uma equipe de outro país, por meio do TikTok, e terão que produzir um vídeo, de 2 minutos, além de um breve relatório, descrevendo a proposta de solução para o desafio escolhido”, explica Lucas.
Segundo a coordenadora da Criatec, Maria Odete Palharini, para estimular a participação e valorizar o conhecimento dos participantes, a Unijuí terá uma premiação de R$ 4 mil - R$ 2 mil para a categoria Inovação e R$ 2 mil para a categoria Impacto Social. “É importante lembrar que o Rally trabalha a competência de solução de problemas, promove o diálogo, conexões com outros participantes, além de proporcionar aos estudantes a certificação em um evento internacional”, destacou, lembrando que qualquer pessoa pode participar do evento, e especialmente acadêmicos e egressos dos cursos de Engenharias e Tecnologia.
“É um privilégio para a Universidade poder fazer parte de um evento com este alcance, e uma grande oportunidade à comunidade e aos estudantes”, reforçou Maria Odete.
Cinco professores da Unijuí tiveram projetos selecionados no Edital PROEdu – Programa de Apoio a Projetos de Pesquisa e de Inovação na Área de Educação Básica, lançado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs), em parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Estado (Sebrae). Os docentes Airton Adellar Mueller, Anderson Amaral de Oliveira, Eva Teresinha de Oliveira Boff, Fabiana Diniz Kurtz da Silva e Maria Regina Johann apresentaram projetos de pesquisa em ciência, tecnologia ou inovação, no campo da educação, e receberão o incentivo de até R$ 50 mil em cada iniciativa.
Diante do cenário de transformação digital e dos desafios propostos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o edital teve como objetivo selecionar projetos de pesquisa e de inovação, que buscam contribuir para o desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação no Estado, com temáticas voltadas para a Educação Básica e Educação Empreendedora.
De autoria do professor Airton Adellar Mueller, o projeto “Aplicação de sistemas da informação no desenvolvimento de projetos interdisciplinares no modelo híbrido educacional” busca construir conhecimentos necessários para viabilizar a compreensão e a operacionalização - ou adaptação - da metodologia de ensino por Projetos Educacionais Interdisciplinares ao formato híbrido em escolas públicas. “Trata-se de uma empreitada que assume caráter interdisciplinar, buscando integrar conhecimentos filosóficos, científicos, pedagógicos, didáticos e tecnológicos, sem perder de vista as especificidades dos usuários do ensino público”, explicou o professor, lembrando que o projeto conta com a participação de três professores doutores - além dele, Sidinei Pithan da Silva e Edson Luiz Padoin, e uma estudante do Mestrado em Desenvolvimento Regional e um ex-colaborador.
O projeto compreende cinco metas, sendo que a primeira, de mapeamento dos softwares e aplicativos disponíveis no mercado, que sejam aplicáveis ao desenvolvimento de projetos educacionais interdisciplinares, já teve início. Ainda neste ano, serão adquiridos equipamentos ou softwares, inclusos na Meta 2.1, para viabilização da Meta 2, que é desenvolver a metodologia de Projetos Educacionais Interdisciplinares em duas escolas públicas, no formato híbrido, visando testar as ferramentas previamente selecionadas.
“De forma macro, esperamos que a realização desta pesquisa produza conhecimentos que embasem escolas e seus professores para que sejam capazes de realizar mudanças na aplicação de metodologias interdisciplinares, através de Projetos Educacionais Interdisciplinares, aliando ferramentas tecnológicas ao dia a dia e à sua adaptação aos formatos híbridos de educação”, reforçou o professor.
Já o projeto apresentado pelo professor Anderson Amaral de Oliveira, “Audiolivros digitais podcasts e vídeos de conteúdo: letramento multimídia e multimodal na cultura da convergência”, propõe a realização de pesquisas com o objetivo de desenvolver soluções metodológicas para o ensino básico, com foco no ensino híbrido, na BNCC e no protagonismo dos estudantes, por meio da produção de conteúdo escolar multimídia e multimodal, em formato de áudio e vídeo, como audiolivros, podcasts, dicionários de conceitos e a produção de vídeos curtos de conteúdo.
“O projeto envolverá escolas de ensino básico de Ijuí e região. Após a realização da pesquisa, iremos elaborar um guia de práticas pedagógicas para doarmos às escolas e faremos formações com os professores, devolvendo os resultados obtidos”, explicou Anderson, lembrando que o projeto parte de uma metodologia para o ensino de literatura, resultante de sua tese de doutorado “Audiolivros e letramento: ensino de literatura na cultura da convergência”. “Parte, também, das experiências realizadas no projeto de extensão Traças Digitais da Unijuí”, reforça.
A professora Eva Teresinha de Oliveira Boff teve selecionado o projeto “Processo interativo de formação docente no contexto da Educação Básica: uma perspectiva emancipatória de currículo no ensino híbrido”, que busca constituir um processo interativo de formação docente para compreender, investigar, produzir e desenvolver material didático com uso de tecnologias, de modo a ampliar as possibilidades de ensino e de aprendizagem de conhecimentos científicos pelos professores e seus estudantes, em uma perspectiva crítica emancipatória, que permita maior autonomia do coletivo quanto ao enfrentamento dos desafios provocados pela pandemia e o ensino híbrido.
A equipe do projeto é composta pelos professores doutores Vidica Bianchi, Lenir Basso Zanon, Maria Cristina Pansera-de-Araújo, Marli Dallagnol Frison, Cátia Maria Nehring, Isabel Koltermann Battisti - Programa de Pós-Graduação em Educação nas Ciências (PPGEC) da Unijuí; Benjamim Zucolotto - Programa de Pós-Graduação em Modelagem Matemática e Computacional da Unijuí; Jaqueline Ritter - FURG, egressa do PPGEC; Graça Simões de Carvalho e Zélia Ferreira Caçador Anastácio - Uminho/Portugal e Leonardo Fabio Martínez Pérez - UPN/Colômbia. O projeto também envolve mestrandos, doutorandos e bolsistas de iniciação científica. O projeto apresenta parceria com a 36ª Coordenadoria de Educação (CRE).
No projeto “Escolas Inteligentes: explorando possibilidades de inovação no processo pedagógico em contexto híbrido”, a professora Fabiana Diniz Kurtz da Silva propõe um parâmetro metodológico que oriente o ensino, especialmente em um contexto híbrido como o vigente, em diferentes áreas na educação básica, a partir do processo formativo contínuo de docentes, para que estes qualifiquem suas práticas imediatas em sala de aula, em parceria com a Universidade.
“A dificuldade de compreender a presença e o verdadeiro papel das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) na educação, seja a distância, de forma híbrida ou mesmo no ensino presencial, não é um processo simples nem rápido, porém, fundamental. Vivemos consequências que envolvem, hoje, num cenário pandêmico, um chamado ‘déficit’ de aprendizagem, que pode e deve ser urgentemente tratado e pautado em pesquisas acadêmicas em parceria com a educação básica, pois a escola não é um mero receptáculo de resultados de pesquisa. Ao contrário, é de onde surgem e onde devem chegar as principais atividades sociais e culturais da humanidade”, explicou a professora.
Com a aprovação do projeto, serão construídas parcerias com as redes municipal e estadual de ensino, nas regiões onde a Universidade possui campus. Até o momento, já está construída a parceria com a 36ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE). De acordo com Fabiana, a pesquisa vai envolver cinco principais momentos: o mapeamento da literatura especializada da área; organização dos grupos participantes; planejamento coletivo e colaborativo; avaliação e possíveis mudanças; produção e implementação da proposta. “A proposta metodológica é validada em um processo final de elaboração de materiais didáticos que materializam diversas metodologias propostas, por parte dos professores participantes. Trata-se de um movimento final de validação do projeto que, esperamos, seja posteriormente implementado e difundido em outros contextos/escolas e por outros agentes - professores e gestores”, completa Fabiana.
Por fim, o projeto “A formação continuada de professores da escola básica em contexto de educação híbrida: desafios do ensino e potencialidades formativas a partir das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICS)”, apresentado pela professora Maria Regina Johann, vai oportunizar a reflexão acerca da dimensão formativa que caracteriza o tempo/espaço da formação escolar básica, dando centralidade aos processos formativos que potencializam a elaboração de metodologias de ensino, capacitando o professor para pensar e repensar suas estratégias metodológicas frente ao contexto de ensino híbrido.
Com auxílio das pesquisadoras Sirlei Rigodanzo e Sabrina Corrêa da Silva, doutorandas em Educação nas Ciências na Unijuí, serão formados grupos e planejadas as tarefas iniciais. “Do horizonte institucional, o projeto visa a ampliação das relações entre a Universidade e a escola básica, e o fomento das pesquisas e dos grupos de estudos que enriquecem os currículos da Graduação e Pós-graduação, especialmente no que se refere ao tema do ensino e aprendizagem no horizonte das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação. No que tange à contribuição para a comunidade externa, esperamos uma efetiva contribuição à escola, no que se refere aos processos de elaboração de propostas metodológicas para o ensino híbrido. Buscamos estimular os professores em relação à pesquisa tendo como princípio metodológico o trabalho colaborativo, em que diversos sujeitos tomam para si o compromisso de pensar estratégias que visem responder aos dilemas que o contexto educacional apresenta. Sendo assim, uma das grandes contribuições deverá ser em relação à qualificação dos processos de ensino e aprendizagem que apostam na autoria intelectual do professor”, finaliza.
Na tarde de sexta-feira, dia 3 de setembro, aconteceu uma reunião entre os diretores do Rotary Club Ijuí Tradição e presidentes das associações de catadores de Ijuí - Acata e Arl6, com o objetivo de conhecer as ações realizadas pelo Rotary Tradição e aderir à campanha permanente de arrecadação de lacres de latinhas de alumínio, “Servir para transformar vidas”.
A reunião foi mediada pela analista de planejamento do braço de Negócios de Impacto Socioambiental da Criatec, Elizandra Pinheiro da Silva, que avalia de forma positiva a inserção das associações na campanha. “O fato de tirar o lacre para comercializar a latinha não interfere no valor recebido pelo material e, ao mesmo tempo em que não deixam de ganhar, os catadores irão contribuir com esta ação social muito relevante para a nossa comunidade”, destacou.
A iniciativa tem por objetivo fornecer cadeiras de rodas a pessoas em nível de vulnerabilidade social e às entidades assistenciais vinculadas à área da saúde. Cada 110 kg de lacres equivalem a uma cadeira de rodas.
Os lacres são recolhidos nos pontos de coleta e a empresa Transportadora PST de Ijuí faz a logística de Ijuí até Porto Alegre, de forma gratuita, contribuindo também para o sucesso da ação.
Um evento online marcou nesta quinta-feira, 9 de setembro, o lançamento do Desafio Empreendedor EFA - Conexões Plurais, voltado aos estudantes do Ensino Médio do Centro de Educação Básica Francisco de Assis. Realizado a partir de uma parceria entre a EFA, Incubadora de Empresas de Inovação Tecnológica e Impacto Socioambiental - Criatec da Unijuí e Projeto Cidades Inteligentes, o Desafio busca desenvolver habilidades empreendedoras a partir dos desafios que serão apresentados às equipes durante a realização do evento.
“O Desafio Empreendedor é uma iniciativa pioneira e ousada da EFA, que nasceu junto ao Projeto Conexões Plurais, idealizado pela equipe diretiva para intensificar os estudos, incentivar o protagonismo juvenil e o fomento à pesquisa”, explicou a diretora da escola, Maria do Carmo Pilissão.
O desafio acontecerá nos dias 7 e 14 de outubro, quando os estudantes receberão gratuitamente qualificação e mentorias para o desenvolvimento de possíveis soluções inovadoras e empreendedoras. Para participar, o aluno deverá preencher um formulário, cadastrando-se individualmente ou por equipe - composta de no mínimo quatro e no máximo seis participantes. O link do formulário será enviado pela escola. As inscrições, abertas nesta quinta-feira, seguem até o dia 4 de outubro. Estudantes do 9º Ano do Ensino Fundamental também podem participar na condição de treineiros.
Como a ideia é que o evento ocorra de forma presencial, os estudantes terão a oportunidade de conhecer o Espaço Mais Inovação que está sendo construído pela Unijuí, por meio do Projeto Cidades Inteligentes. “Esse projeto tem como objetivo, em sua primeira etapa, criar um ambiente de inovação e tecnologia, que é o Espaço Mais Inovação, para pensar o desenvolvimento das cidades através de oficinas, formações, seminários e desafios. Os estudantes da EFA terão a possibilidade, neste evento, de utilizar toda a estrutura e tecnologia existentes neste espaço para o desenvolvimento de suas soluções”, explicou o professor e coordenador do projeto, Peterson Cleyton Avi.
Conforme destacou a coordenadora Maria Odete Palharini, a Criatec já possui uma experiência na realização de eventos como este, que estabelecem conexões, estimulam a criatividade e a inovação para o desenvolvimento de soluções para o mercado. “Os desafios de inovação e empreendedorismo estão muito focados no público adulto, que tem condições de criar seu próprio negócio. No entanto, há indicativos de que os empreendedores são cada vez mais jovens. Este evento será uma oportunidade de aprendizado aos alunos, uma oportunidade para desenvolver soluções e trabalhar em equipes”, disse.
O encerramento do desafio está marcado para o dia 21 de outubro, às 18h30, no Salão de Atos da Unijuí. As três equipes vencedoras vão receber medalhas. O 1º lugar receberá uma premiação de R$ 250, o 2º lugar de R$ 150, e o 3º lugar de R$ 100.
Atividades são realizadas no CER III - Unir e na Clínica Escola de Fisioterapia da Unijuí
Há cerca de três semanas, Ana Caroline Viecili chegou ao Centro Especializado de Reabilitação, CER III - Unir da Unijuí, acompanhada da pequena Isadora, de 10 meses de idade. A bebê nasceu prematura, com 1,3 kg e acabou permanecendo 40 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Caridade de Ijuí (HCI). “Como ela não engatinhava, o médico indicou que eu procurasse o serviço, para estimulação”, comentou a mãe.
Desde que a Unidade de Reabilitação Física (Unir) foi habilitada para ser um CER III, pelo Ministério da Saúde (MS), em dezembro de 2020, o serviço passou a ser referência não só em reabilitação física, mas em reabilitação visual e intelectual.
Conforme explica a coordenadora do CER III - Unir, professora Edina Coelho, os pais de bebês prematuros, já na UTI, devem ser orientados a procurar o atendimento da equipe interdisciplinar. “Todos os bebês que tenham necessidade de acompanhamento de seu desenvolvimento neuropsicomotor passam, primeiramente, por uma avaliação interdisciplinar, que irá definir e encaminhar as demandas individuais de intervenção precoce. Periodicamente, a equipe realiza reuniões interdisciplinares para discutir e reavaliar a conduta, se necessário.”
A coordenadora do curso de Fisioterapia da Unijuí e supervisora dos atendimentos fisioterapêuticos realizados aos bebês, pelo estágio final do curso, Simone Zeni Strassburger, explica que a atenção, acompanhamento e intervenção dos profissionais nos dois primeiros anos da criança são cruciais para otimizar o desenvolvimento neuropsicomotor, pois é nesta fase que as células nervosas estão se formando e as estruturas do sistema nervoso se organizando.
“Os pais e profissionais que acompanham o bebê devem ficar atentos quanto à diversidade e qualidade de estímulos que seus filhos precisam receber. Por vezes, recebemos a criança após um ou dois anos de vida com atrasos significativos em seu desenvolvimento que poderiam ter sido evitados ou minimizados se a intervenção tivesse sido iniciada de forma precoce”, explica a professora. Conforme complementa Simone, nem todo prematuro terá problemas ou atrasos em seu desenvolvimento, mas sabe-se que as chances de algo interferir nesse processo são maiores nessa população - por isso o acompanhamento e início precoce da intervenção interdisciplinar são fundamentais. O trabalho acontece alinhado ao Projeto de Extensão Prematuros: Prevenção, Apoio e Cuidado, da Universidade.
Hoje, o CER III - Unir é referência para 32 municípios da região. Os profissionais de saúde podem encaminhar a criança através da Secretaria Municipal de Saúde do município de origem, que será referenciada pela 9ª (Cruz Alta) e 17ª (Ijuí) Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS) para avaliação no serviço. “No CER III - Unir os acadêmicos dos cursos da área da Saúde têm contato com diversas situações de saúde e doença e vivenciam experiências únicas, contribuindo para uma formação completa e qualificada”, comenta Edina.
Este foi o principal ponto relatado pela acadêmica do 10º semestre do curso de Fisioterapia, Liara Dahmer, que realiza estágio no CER III - Unir. “Em nenhum lugar teríamos uma experiência como aqui. Nós, alunos, participamos das discussões, avaliamos, atendemos e reavaliamos os pacientes que estão no serviço, desde crianças até idosos”, comenta Liara, que não esconde sua paixão pela profissão escolhida.
Para contatar o CER III - Unir, o telefone é 3332-0204.
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