Pesquisa - Unijuí

COMUNICA

PORTAL DE NOTÍCIAS DA UNIJUÍ

Pesquisa

Projeto de alimentos sem glúten da Unijuí realiza visita técnica em empresa referência nacional em Entre-Ijuís

Professores coordenadores e bolsistas do projeto ‘Desenvolvimento de Alimentos sem Glúten a partir de Grãos Cultivados na Região Noroeste do Rio Grande do Sul’, realizado em convênio com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, fizeram uma visita técnica na empresa Giroil, parceira do projeto, em Entre-Ijuís.

                 

Participaram da visita os professores da Unijuí Raul Vicenzi, coordenador do projeto, e Eilamaria Libardoni Vieira do curso de Nutrição, Fernanda da Cunha Pereira professora do curso de Engenharia Química, professor José Antônio da Silva do curso de Agronomia, a bolsista Michele Nardes e a estagiária em Alimentação Institucional Samara Sagim, do curso de Nutrição. 

Segundo os coordenadores do projeto foi importante observar a cadeia de produção dos grãos, farinhas e outros produtos e a troca de conhecimento entre a empresa e a equipe do projeto. 

Giroil é uma empresa referência nacional no fornecimento de produtos saudáveis para lojas de produtos naturais, farmácias e supermercados em todos os estados brasileiros. A empresa é líder de mercado na maior parte dos segmentos da atuação. 

A visão de futuro e o conhecimento em cultivo de grãos conduziram a empresa para a produção de um amplo portfólio de produtos. A mesma é pioneira no cultivo e processamento de grãos de Chia e Freekeh no Brasil. 

Grande parte dos investimentos da empresa é direcionada à preparação e qualificação dos profissionais, atualização tecnológica de máquinas e de processos, pesquisa e desenvolvimento, além da constante ampliação da capacidade produtiva para atender as demandas de mercado. 

Os sócios proprietários Vera Dalla Véchia e Vinícios Dalla Véchia apresentaram a empresa e os processos de produção e colaboraram para o delineamento das metodologias de trabalho do projeto. 

A empresa tem um portifólio de produtos nacionais e importado, dentre eles: linhaça, chia, trigo sarraceno, teff, painço, psyllium, girassol, freekeh, óleos prensados a frio, suplementos alimentares e outros. 

As professoras do curso de Agronomia da SETREM, colaboradores do projeto, Angélica Reolon da Costa e Ana Paula Ceccato também acompanharam a visita.


Projeto estuda como aspectos da cidade podem colaborar para a qualidade de vida da população

Na correria do dia a dia não prestamos atenção às diversidades a nossa volta. Vivemos no caos da rotina e poucas vezes paramos para pensar no que a nossa cidade nos proporciona, contribuindo para o nosso bem-estar. O projeto de Pesquisa “Direito à Cidade Sustentável”, coordenado pela professora Elenise Felzke Schonardie, tem como principal objetivo investigar as funções da cidade para a efetivação dos Direitos Humanos. 

De acordo com a coordenadora, o projeto já está no final. A pesquisa é basicamente teórica e a coleta de dados se dá em fontes indiretas. Para chegar aos resultados, a pesquisa abordou, primeiramente, em materiais, os aspectos teóricos sobre a cidade: como se deu a sua formação, teorias a respeito e o que é o direito à cidade hoje, no contexto brasileiro. “A partir desses dados procuramos olhar o local, pensando de que maneira as pessoas podem perceber a cidade, não como algo cansativo e tumultuado, mas sim como um local onde desenvolvem suas vidas buscando nele uma melhor qualidade de vida sem pensar em uma mudança territorial”, destaca. 

                     

O acesso à moradia é uma das funções da cidade. Então, em um segundo momento, a pesquisa focou neste ponto. “Escolhemos a faixa de financiamento do programa Nacional “Minha Casa, Minha Vida”, prevista para a população economicamente carente”. 

Os pesquisadores procuraram informações junto à Secretaria Municipal de Habitação e também na Agência Financiadora Federal, para saber quantos projetos foram desenvolvidos para esse público e quantas pessoas puderam ser alocadas, ou estão em vias de alocação, dentro do território de Ijuí. “Acredito que podemos ter dados surpreendentes a respeito dessa questão. Se existir esse déficit habitacional na região, ele foi suprido ou não? Ainda falta moradia para a população de baixa renda? Precisamos ainda desenvolver infraestrutura urbana nos bairros da cidade?”, questiona a professora.

Após finalização do texto conclusivo da pesquisa, será feita sua publicação, porém, segundo Elenise, algumas constatações parciais já podem ser apontadas.

Existe uma quantidade muito grande de indivíduos no meio urbano, não só em grandes cidades, mas também nas cidades de porte médio, como Ijuí.  “Observamos uma acentuação nos últimos tempos da migração campo – cidade, e de municípios pequenos para cidades de porte médio ou regiões metropolitanas” frisa a professora.

Conforme ela, acredita-se que essa busca pelo espaço urbano se dá, em um primeiro momento, pela falta de condições de sobrevivência no campo. Visto que, na perspectiva do indivíduo, a cidade oferece mais oportunidades. “É um local onde ele pode alcançar melhores condições de vida, desde o acesso ao trabalho, à moradia, prestação de serviços à saúde e a comodidade do comércio, encontrando um ponto para desenvolver alguma atividade economicamente ativa”.

Outro ponto levantado pela pesquisa trata sobre a acentuação da exclusão social, já que nem todos os indivíduos que acessam hoje a cidade, têm seus postos de trabalhos garantidos. “Temos um grande contingente populacional nas cidades, não só em função da crise econômica brasileira que enfrentamos, mas também pela dificuldade das cidades em receber essa população, porque isso necessita de um certo planejamento e nem todas fizeram essa previsão de expansão da população urbana. Em Ijuí, por exemplo, tivemos alguns crescimentos de bairros, com projetos desenvolvidos pelo programa “Minha Casa, Minha Vida”, em convênio com o município, na tentativa de melhorar a moradia da população de baixa renda”. 

O projeto deve seguir ainda para uma segunda fase, que é a de tentar identificar os principais problemas da estrutura urbana brasileira. “Das demais funções da cidade como acesso à água potável e saneamento básico, moradia, trabalho, lazer e transporte, nós só trabalhamos com um aspecto, que é a moradia. Temos ainda mais quatro para serem desenvolvidos”.

Contribuições

O projeto está vinculado à linha de pesquisa do mestrado ‘Direitos Humanos - novos direitos e meio ambiente’. “Nós temos estudantes do mestrado que estão desenvolvendo sua dissertação com foco em uma das funções da cidade”.

De acordo com Elenise, o projeto incentiva o despertar do acadêmico, para que ele perceba a cidade como um objeto de estudo jurídico, um local de efetivação dos direitos humanos, de como esse ambiente pode ser melhorado.

Com relação à população, o projeto busca despertar a participação da comunidade nos contextos de decisões sobre a cidade. Através de consultas populares e audiências públicas, ouvir a população sobre o que pensam a respeito das instalações, da inexistência ou da necessidade de equipamentos urbanos em locais próximos da sua moradia ou trabalho. “A lei do estatuto da cidade prevê a gestão democrática, mas de que maneira ela pode acontecer? Vamos pensar na necessidade do município, por exemplo, ampliar o perímetro urbano ou incentivar a criação de um novo loteamento. Que tipo de loteamento vai ser esse? Para que extrato social será direcionado? Quais equipamentos urbanos serão disponibilizados a essa população? Será que ela quer uma praça bem grande, com brinquedos para crianças, ou prefere uma unidade de saúde?”, indaga a professora.  


Projeto da Unijuí visa reduzir o uso de defensivos e elevar a qualidade na produção da aveia

Apesar de ser coadjuvante entre as cultivares de inverno no país, a aveia está entre as principais culturas da Região Sul. Os estados do Paraná e do Rio Grande do Sul, em especial, se destacam na produção do grão. No estado gaúcho, segundo a Emater/RS-Ascar, há a expectativa do aumento da área de cultivo de aveia para a safra de 2017.

No ano passado, foram cultivados 227,6 mil hectares do grão. Na região noroeste do estado a produção também tem destaque. É por isso que, na Universidade Regional do Estado do Rio Grande do Sul – Unijuí, em Ijuí, o projeto de pesquisa desenvolvido dentro do Departamento de Estudos Agrários busca aliar novas tecnologias à uma produção mais sustentável.

O professor José Antônio Gonzalez da Silva é um dos coordenadores do projeto “Avanços Tecnológicos na Produção de Aveia na Região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul”. O objetivo é fomentar a cadeia de produção levando, aos agricultores, elementos que possam reduzir o uso de defensivos agrícolas e elevar a qualidade da produção. 

A Escola Fazenda da Universidade (Irder) destinou uma área experimental de dois hectares para que os estudos sejam aplicados. Há dois anos sendo desenvolvido, o projeto já realiza as atividades de teste. Atualmente, mais de 20 experimentos estão sendo feitos a campo e nos laboratórios da Universidade.

O projeto foi aprovado por meio dos Polos Tecnológicos e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado com um valor de cerca de R$1.300.000,00. A partir desse valor foram adquiridos equipamentos como a semeadeira e a colheitadeira de parcela, multiplantadeira, tratores, roçadeiras, trilhadeiras, descascadoras, estação meteorológica, enxadas rotativas, pulverizadores, medidores de umidade do solo, sensores de medição de clorofila, entre outros.

Os estudos buscam uma proposta de recomendação do redutor de crescimento em aveia e também a combinação mais ajustada entre nitrogênio e redutor de crescimento. De acordo com o professor, o uso do nitrogênio é importante para o aumento da produtividade, porém pode causar alguns transtornos na produção “além de favorecer o aumento da produção ele faz com que a planta cresça demais, se desenvolva demais e consequentemente forçando ela a acamar” comenta.

Acamamento é o termo usado quando a aveia cresce demais, se curva e toca o solo. O contato com o solo, e com a umidade, faz com que o produto deprecie, ou seja, perca o valor de qualidade. O objetivo, então, é combinar condições de uso de regulador de crescimento junto com melhores doses do uso de nitrogênio. “Usar melhores doses não significa aumentar as doses”, ressalta o professor. Outro ponto fundamental, de acordo com ele, é mudar a recomendação de densidades de cultivo da aveia atual. Essa, desenvolvida em 1990.  “A gente percebe que essa densidade de recomendação não condiz com o que é hoje o biotipo dessa aveia. Então a ideia é aumentar a quantidade de semente para verificar até que ponto se consegue mostrar o melhor padrão de qualidade, mas também “abafar” e não permitir que venha uma maior quantidade de espécies invasoras” explica o professor.

O projeto busca, ainda, identificar as variedades de aveia mais produtivas para o mercado consumidor.  Após os estudos e testes realizados, o objetivo do projeto é realizar dois cursos de capacitação para transferência das técnicas e dois dias de campo para a difusão das tecnologias testadas a campo para agricultores, funcionários de cooperativas e agroindústrias.


Pesquisa avalia características empreendedoras de proprietários de empresas de serviços

Pesquisa realizada por estudantes do Curso de Administração da Unijuí avaliou características empreendedoras de 130 gestores e proprietários de empresas de serviços da Região Fronteira Noroeste.


O empreendedor é um indivíduo que é capaz de identificar oportunidades no mercado por meio de uma aguçada sensibilidade no campo dos negócios. Ele busca transformar uma ideia ou oportunidade em uma forma de gerar negócios que procuram atender os desejos de um público consumidor e também satisfazer suas necessidades de realização profissional.

Buscando compreender esse fenômeno, alunos da disciplina de Administração Empreendedora, do Curso de Administração da Unijuí Campus Santa Rosa, realizaram uma pesquisa com 130 empreendedores de empresas de serviços da região Fronteira Noroeste.  O estudo, denominado “Perfil do Empreendedor Setor de Serviços”, objetivou identificar características empreendedoras destas pessoas que criaram seus próprios negócios, cuja análise dos dados foi realizada pelas acadêmicas Caciane Marcon, Caroline Jaster, Ângela Vanzella e Patrícia Rebelatto.

Foram avaliadas as principais características empreendedoras, classificando-as na ordem que os empresários julgavam mais importantes para a obtenção de sucesso em seus negócios. Foram apresentadas aos empresários 30 características, agrupadas em seis dimensões, sendo elas: (1) Comprometimento e Determinação, (2) Obsessão pelas Oportunidades, (3) Tolerância ao Risco e Incertezas, (4) Criatividade, Autoconfiança e Habilidade de Adaptação, (5) Motivação e Superação e (6) Liderança. De acordo com os empresários entrevistados, as 10 características consideradas mais importantes para que se empreenda com sucesso no setor de serviços são:

Além das características empreendedoras, as alunas geraram uma pontuação a partir das respostas de cada empresário, buscando avaliar o desempenho de acordo com uma escala que mede o potencial empreendedor dos pesquisados. Os resultados evidenciaram que 58,5% dos empresários tiveram entre 120 e 150 pontos, o que considera que o indivíduo possui características comuns aos empreendedores de sucesso e tem capacidade de se diferenciar no mundo dos negócios. Um grupo formado por 40% obtiveram de 90 a 119 pontos, o que demonstra a presença de características e comportamento empreendedor, mas que ainda necessita equilibrar pontos ainda fracos com os pontos já fortes. Apenas 1,5% ficaram com pontuação de 60 a 89 pontos, que demonstram que há mais pontos fracos do que fortes no que tange ao comportamento empreendedor.

Para o professor Luciano Zamberlan, coordenador do Curso e que também esteve à frente desta disciplina, pesquisas desta natureza proporcionam aos alunos uma aproximação com os empreendedores, possibilitando compreender como ocorrem as decisões e os processos para a criação de um negócio e também compreender melhor as características dos empreendedores. “Dessa forma é possível discutir, a partir das experiências dos empresários e da fundamentação teórica, quais são os aspectos que mais devem ser levados em conta pelos acadêmicos que pretendem empreender no futuro.  E permitiu desenvolver nos alunos a capacidade analítica e a reforçar aspectos que são importantes para que eles próprios possam vir a empreender no futuro”, finaliza.


Pesquisa avalia confiança de empreendedores de serviços e suas principais necessidades de qualificação

Pesquisa realizada pelos estudantes do Curso de Administração da Unijuí Campus Santa Rosa avalia o Índice de Confiança dos Empreendedores de Serviços (ICES).


Os acadêmicos da disciplina de Administração Empreendedora do Curso de Administração da Unijuí, com o apoio do Laboratório de Gestão, realizaram uma pesquisa com 130 empreendedores do setor de serviços. O objetivo foi identificar o grau de confiança que os entrevistados possuem em relação às suas atividades e também as principais necessidades de qualificação. Esta análise foi realizada pelos acadêmicos: Ricardo Missiak da Veiga, Gilson Lunardi, Lucas Dornelles, Rafael Steffler e Ray Schmidt

De acordo com o professor Luciano Zamberlan, coordenador da pesquisa, o Índice de Confiança é um indicador de antecedência uti­lizado para prever o nível de atividade de uma economia, neste caso, no setor de serviços. “À medida que os empreendedores estão confiantes, eles tendem a aumentar o investimento em seu negócio, melhorando a apresentação do ambiente, adquirindo equipamentos e realizando contratação de pessoal para atender o esperado crescimento na demanda. Para a composição deste índice considera-se o sentimento do empreendedor através de questões que avaliam as condições atuais e as expectativas futuras de sua própria empresa, do setor de atividade ao qual está inserida e da economia brasileira de uma forma geral. Obtidas tais informações, os índices são ponderados e cria-se um indicador geral de confiança que varia de zero a 100 pontos. Valores acima de 50 pontos indicam empreendedores confiantes”, explica o professor.

A partir dos dados obtidos através dos empreendedores do setor de serviços em municípios da Região Fronteira Noroeste, avaliou-se que as condições atuais (economia brasileira, setor de atividade e empresa) obtiveram 50 pontos, e as expectativas para os próximos seis meses (economia brasileira, setor de atividade e empresa) 63 pontos. O índice geral foi de 58,7 pontos, o que indica que os empreendedores se mostram confiantes.

A pesquisa revela que o ICES de 58,7 pontos foi obtido pelo fato dos empreendedores terem Expectativas Futuras de melhora para os próximos seis meses. Porém, na avaliação das Condições Atuais, no qual se questionou sobre a situação atual, em comparação com seis meses atrás, da Economia Brasileira, do Setor de Atividade e da própria Empresa, todos os índices ficaram no limite dos 50 pontos. O indicador que apresentou o menor valor foi o das Condições Atuais da Economia Brasileira, com 26,2 pontos em uma escala que vai de zero a 100.

Além da confiança, os empreendedores de serviços foram questionados a respeito das principais necessidades de capacitação que tinham para que pudessem melhorar a gestão de suas empresas. Foram identificadas 41 carências dos empreendedores a partir da pesquisa. O aspecto que mais necessitaria ser aperfeiçoado diz respeito ao Atendimento ao Cliente, tendo sido mencionado por 35,4% dos entrevistados, seguido de Gestão de Pessoas (33,9%) e Marketing (31,5%). A seguir estão listadas as 10 áreas apontadas pelos empreendedores como sendo as mais carentes em termos de qualificação para a gestão de seus negócios no setor de serviços:


Projeto discute papel formador da escola de Ensino Médio

Qual é o papel da escola e do professor? Ensinar apenas o conteúdo ou também colaborar para transmitir valores? Muitas vezes, gestores escolares e também professores dividem opiniões sobre qual seria a função da escola e da família.

Para entender esse processo, o projeto de pesquisa “Entre ensinar e educar: o papel formador da escola no Ensino Médio”, coordenado pela professora Vânia Lisa Fischer Cossetin, busca discutir o papel da escola e dos professores da rede pública de Ensino Médio no processo formativo de sujeitos.

Na primeira etapa, através da aplicação de um questionário, a pesquisa analisou a compreensão dos docentes sobre o que é a formação, qual sua posição nesse processo e se os papeis poderiam ser compartilhados entre escola e família. Ao todo, responderam o questionário 47 professores. Duas questões em especial foram analisadas pelas pesquisadoras, em meio às 15 elaboradas.

A primeira exigia dos professores que, dentre inúmeras alternativas (ensinar, educar, formar, sancionar, ensinar valores religiosos, ensinar valores morais, cuidar, aconselhar, proteger, informar, disciplinar, ouvir, punir, profissionalizar e humanizar), indicassem quais delas eram apenas de responsabilidade da família, apenas da escola ou de ambas.

                             

A pesquisa destacou três pontos importantes: 1) não há consonância entre as posições docentes; 2) há uma incompreensão sobre a relação entre educação e formação moral; 3) os professores não têm claro a relação entre ensinar e formar. Os professores entendem que a moral deve ser ensinada pela escola (74%), mas não a associam diretamente com as noções de formação e educação.

A segunda questão solicitava que os educandos indicassem, por ordem hierárquica, quais os valores que norteiam a sua prática (religioso, éticos ou científicos/racionais). Foi constatado que os princípios científicos/racionais estão em primeiro lugar, os éticos em segundo e os religiosos em terceiro.

De acordo com Vânia, de uma forma ou de outra, valores são veiculados no processo formativo de um sujeito, porque na própria seleção de conteúdos e metodologias, o professor já está se posicionando valorativamente diante do conhecimento. Há uma orientação moral que o conduz na seleção do que e como será trabalhado.  “O professor encaminha esse processo à revelia do coletivo, cada um faz aquilo que entende que seja moralmente bom e justo. Então fica a critério de cada sujeito formador eleger aquilo que considera como mais recomendável ou ideal”, destaca.

Conforme a bolsista Emanuelle Schmidt, nas entrevistas foi percebido que não há clareza da parte dos professores e gestores. “Um exemplo foi uma professora de matemática que por ensinar cálculos ela disse que não precisaria ensinar conteúdos mais formativos e valorativos”, lembra. 

                    

A professora Vânia, que atua no Programa de Pós-Graduação em Educação nas Ciências e a bolsista Emanuelle Schmidt, estudante de Psicologia

Já na segunda, e atual etapa, a pesquisa busca identificar qual o conceito de formação explicito nos documentos legais, averiguar se eles esclarecem o que seja o formativo no processo educacional e se tal noção possibilita ao professor minimamente a compreensão do seu papel nesse contexto.

Durante o período de 1º de agosto de 2016 à 15 de janeiro de 2017, foram trabalhadas leituras de obras relacionadas ao tema, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio e os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (Bases Legais e Ciências Humanas), dentre outros.

A partir das leituras dos documentos legais, foram elaboradas tabelas, com objetivo de demonstrar quantas vezes o conceito de formação aparece nos documentos, relacionado a quais conceitos, como ele pode ser compreendido e qual a relação com a noção de formação expressa pelos professores entrevistados na primeira etapa da pesquisa. 

Desde o início da pesquisa, o projeto vem sendo divulgado em eventos científicos. A bolsista também destaca que, ao realizar a pesquisa, aprofunda os conhecimentos, levando para sala de aula temáticas que podem ser debatidas com colegas e professores. 


Unijuí realiza formação para pesquisadores e extensionistas

O Ciclo de Formação para a Pesquisa e Extensão 2017 realizou mais uma atividade na tarde desta quarta-feira, dia 21, no Salão Azul do Campus Ijuí. A temática trabalhada no evento foi “A Inserção da Pesquisa e da Extensão nas Ações Comunitárias”, visando a interação da Universidade com a sociedade a partir do Ensino, da Pesquisa e da Extensão.

                  

Segundo a professora Ester Eliana Hauser, do Departamento de Ciências Jurídicas e Sociais, que ministrou a palestra, não há dúvida de que o processo de aprendizagem deve se fazer a partir da interação desses grandes campos do fazer universitário. “A partir do olhar sobre as questões locais, dos grandes problemas comunitários, é que a universidade, pela troca de saberes acadêmicos e populares, vai poder produzir conhecimentos, encontrar novos objetos de pesquisa, que possam trazer à tona as grandes questões e também contribuir na produção de respostas para a comunidade”, avalia.

A professora destaca que, dessa forma, a Universidade acaba por cumprir com o seu papel social, garantindo não só a produção de conhecimento para o mercado, mas também para a consolidação da cidadania, dos direitos humanos e da dignidade humana.

Projeto Rondon: Operação Tocantins

Na ocasião aconteceu também a solenidade de certificação dos participantes do Projeto Rondon, que, em janeiro e fevereiro de 2017, estiveram na “Operação Tocantins”. Durante 28 dias os rondonistas realizaram trabalhos de levantamento, pesquisa e assistência, na busca de soluções que contribuam para o desenvolvimento sustentável de comunidades carentes e ampliem o bem-estar da população.

Para um dos coordenadores do Projeto Rondon na Unijuí, o professor Paulo Ernesto Scortegagna, a cerimônia é de suma importância para o Projeto e para a Unijuí.

“Os acadêmicos de diferentes cursos da instituição realizaram uma série de ações e atividades com diversos públicos. Com isso, a Universidade ganha muito, porque eles estão diretamente produzindo cidadania e colocando em prática todos os conhecimentos que adquiriram durante o seu processo de formação”, destaca.

Os estudantes e professores integrantes do Projeto receberam o Certificado de participação, que foi expedido pelo Governo Federal através do Ministério da Defesa. Além disso receberem Certificado de participação expedido pela Unijuí. 

Também foi entregue à Vice-Reitora de Graduação, Cristina Eliza Pozzobon, o Certificado Nacional de Participação da Unijuí no Projeto Rondon e troféu, concedido pelo Ministério da Defesa, que materializa a participação da universidade neste Projeto. Certificados de participação também foram entregues aos professores colaboradores. 


Projeto busca entender práticas de negócio de pequenos empreendimentos e empresas familiares

Abrir um empreendimento não é uma tarefa fácil. Diversas questões precisam ser analisadas pelos idealizadores de um negócio. Estudar o mercado, assim como o público do negócio, demanda pesquisas e dedicação.

Para entender um pouco da realidade do pequeno empreendedor, o Projeto de Pesquisa Práticas de Gestão em Pequenos Empreendimentos e em Empresas Familiares, coordenado pela professora Denize Grzybovski, desenvolveu uma forma diferente de atender a estas demandas.

           

Você já ouviu falar em primeiro compreender a prática e depois transformar em teoria? A teoria da administração é resultado de uma prática na sociedade. Este grupo de pesquisa propôs justamente a aproximação da realidade vivida para evitar produzir descontextualizações.

Segundo Denize, entender as práticas dos pequenos empreendimentos e das empresas familiares brasileiras e a dinâmica própria desse tipo de organização, é um desafio tanto para os pesquisadores e alunos de graduação do curso de Administração, quanto para os mestrandos e doutorandos. “Enfatizamos os pequenos empreendimentos e familiares porque são atípicos. Eles não seguem a mesma lógica das grandes empresas. No momento em que estudamos as práticas, estamos conseguindo apreender a realidade, trazer para um debate teórico entre os membros do grupo de pesquisa e devolver isto ao empresário”, destaca.

O impacto da ação acontece na troca de informações que o grupo realiza durante o processo de coleta de dados junto aos empresários, por meio de comentários, dicas, trocas de ideias e de como é possível melhorar o jeito de administrar. Provocando, assim, uma reflexão do modo de gerenciar os recursos e de pensar criticamente sobre o que estão fazendo. Ou seja, o empresário se aprimora do conhecimento do pesquisador, fornece a informação e a equipe o orienta. “Não dá para pensarmos em trabalhar com a pequena empresa, dando cursos, aulas e palestras, apenas seguindo o modelo tradicional de ensino e aprendizagem, porque a realidade das pequenas empresas é maior do que isso. São eles que nos ensinam”, relata a coordenadora.

Foram pesquisadas empresas dos diferentes ramos: comércio, indústria, prestadoras de serviços e empreendimentos rurais, que atuam nas regiões dos Coredes Produção e Noroeste Colonial.

Os estudos sobre a temática começaram a ser desenvolvidos ainda durante a década de 90. Desde 2006, o projeto é realizado em parceria com as Universidades de Passo Fundo e Federal da Fronteira Sul. Ele surgiu através da proximidade dos temas entre as pesquisadoras Denize Grzybovski (PPGAdm/UPF e PPGDR/UNIJUI), Enise Barth Teixeira (UFFS) e Adriane Fabricio (UNIJUI e PPGA/UFSM), que fazem parte do Grupo de Estudos e Pesquisas em Organizações, Gestão e Aprendizagem (GEPOG). As pesquisadoras têm as mesmas preocupações teóricas (empreendedorismo, práticas de gestão e gestão de pessoas), atuam em cursos de graduação, especialização e mestrado nas suas instituições.

A evolução desses negócios acompanha também a evolução das pesquisas do projeto. O estudo busca entender, também, o progresso dos empreendedores com o passar do tempo: que crises enfrentam e quais são as dificuldades diárias.  “Os empresários das décadas anteriores são muito diferentes dos de agora. Hoje temos pessoas mais instruídas , a mulher que até então era simplesmente coadjuvante, hoje gerencia os pequenos negócios”, finaliza.

Resultados:

Durante o desenvolvimento da pesquisa, foram realizadas diversas publicações cientificas, entre artigos, capítulos de livros e dissertações de mestrados. Palestras sobre o assunto, com o apoio de outras entidades, também foram executadas.

Nos últimos dois anos, foram estudados alguns casos:

1) sobre práticas de sustentabilidade empresarial, foram estudados 3  
casos em Ijuí.

2) Sobre práticas de liderança humanizada, foi estudada em  
profundidade uma empresa familiar de Horizontina.

3) Sobre o exercício do voluntariado, foram estudadas 3 organizações  
da economia social, sendo elas APAE (Passo Fundo), Rotary (Carazinho)  
e Cáritas Diocesana também em Carazinho.

4) Sobre sustentabilidade em pequenas propriedades rurais familiares,  
foram estudados 3 casos em Rondinha

5) Sobre estilo de gestão das mulheres executivas em empresas  
familiares, foram pesquisadas 94 mulheres em diferentes cidades da  
região noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

6) Sobre perdas produtivas e inovação organizacional em padarias, foi  
estudada em profundidade uma empresa familiar.


Relato: estágio sanduíche em Kassel, Alemanha

No último dia 13 de maio completei um mês de Estágio Sanduíche na Alemanha. Praticamente tudo tem sido um grande aprendizado. Kassel é uma cidade do Estado de Hessen, região centro-oeste da Alemanha. Sua população é de aproximadamente 200 mil habitantes, com uma quantia significativa de estrangeiros, que vêm em busca de trabalho, estudo e melhores condições de vida.

           

A Universität Kassel conta com 25 mil alunos, matriculados em dois campi localizados em Kassel e outro na cidade vizinha de Witzenhausen. Muitos estudantes provêm de outros países. Um exemplo é o curso de alemão que eu estou fazendo na própria Universidade: na turma, tenho colegas de 16 países. Se nos entendermos na língua materna é difícil, então dá para imaginar o esforço de cada um para dialogar em um idioma que não é o seu. Tem sido um complexo exercício de intersubjetividade.

Na Universität Kassel, participo do grupo de trabalho-estudo do Prof. Dr. Werner Thole, vinculado ao Departamento de Educação (Erziehungswissenschaft) e ao curso de Serviço Social (Zoziale Arbeit). Somos em torno de 10 doutorandos, (co)orientados pelo Prof. Werner Thole. Além das atividades de pesquisa, seminários, colóquios, práticas, o grupo costuma se reunir para almoçar no Mensa, o Restaurante Universitário.

O propósito de minha estadia de 4 meses na Alemanha é conhecer textos e autores vinculados ao pensamento de Hannah Arendt e à temática da educação escolar; além dos estudos na Universität Kassel, tenho planejado visitar bibliotecas, museus, centros e arquivos diretamente ligados à vida e às obras dessa autora de origem judaica-alemã. Complementarmente, tenho aprofundado o idioma alemão e reservado alguns períodos para passeios e viagens.

Enfim, a expectativa é de um período muito proveitoso de estudo, de conhecimento de pessoas e de relativa imersão na cultura da Alemanha.

Por: Óberson Isac Dresch, doutorando em Educação nas Ciências


Projeto da Unijuí adquire computador de alto desempenho para pesquisas

Possuindo uma capacidade computacional centenas de vezes maior que um computador pessoal, foi instalado, no fim de maio, na Unijuí, um computador de alto desempenho do projeto "Servidor para Simulação e Experimentação Computacional de Alto Desempenho".

Os recursos para a compra do equipamento foram obtidos por meio de edital Pró-Equipamentos da Capes destinado ao apoio à pesquisa em programas de pós-graduação, cujo projeto foi submetido pelos professores do DCEEng Dr. Oleg Khatchatourian, Dr. Manuel Osório Binelo, Dr. Rafael Zancan Frantz, Dra. Fabrícia Roos Frantz, Dr. Paulo Sergio Sausen e Dr. Sandro Sawicki.

                     

Este computador possui 384 GB de memória RAM e 40 núcleos de processamento, e destina-se à simulação de modelos matemáticos e experimentação computacional de alto desempenho necessários em projetos de pesquisa dos programas de pós-graduação da Unijuí.

De acordo com o professor Dr. Manuel Osório Binelo, a simulação numérica de modelos matemáticos permite que um grande sistema, equipamento ou processo possa ser avaliado com alto grau de realismo, de forma virtual, sem o custo da criação de protótipos físicos, ou o teste em situações reais que poderiam envolver riscos. “Entre esses modelos é possível citar como exemplos: a simulação do escoamento de grãos em grandes armazéns e silos, podendo fazer a simulação física de bilhões de grãos simultaneamente; a simulação do fluxo de ar e sistemas de aerodinâmica, a simulação de sistemas de eventos discretos com alta complexidade computacional, experimentação de ambientes de computação em nuvem; entre diversos outros tipos de simulações e experimentação virtual”, relata.

Os grupos de pesquisa da Unijuí que necessitarem em seus projetos fazer uso desse novo equipamento poderão solicitar o acesso ao computador e acessá-lo por meio da rede interna de computadores da Unijuí.


Utilizamos cookies para garantir que será proporcionada a melhor experiência ao usuário enquanto visita o nosso site. Ao navegar pelo site, você autoriza a coleta destes dados e utilizá-los conforme descritos em nossa Política de Privacidade.