A Unijuí participou da primeira reunião do ano do Fórum de Pró-Reitores de Pesquisa do Rio Grande do Sul – Foprop, na Universidade do Vale do Taquari, na última segunda-feira, 11. A Universidade foi representada pelo professor Fernando Jaime González, Vice-Reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão.
O evento reuniu representantes de cerca de 20 instituições gaúchas. Na abertura, o vice-reitor da Univates, no exercício do cargo de reitor, Carlos Cândido da Silva Cyrne, deu as boas-vindas aos participantes. Em seguida, a diretora de Inovação e Sustentabilidade da Univates, Simone Stülp, que também é presidente do Conselho Superior da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs), falou sobre um dos assuntos que foi discutido na reunião: a elaboração de um guia de boas práticas de pesquisa.
Já o diretor-presidente da Fapergs, doutor Odir Antônio Dellagostin, falou sobre a produção científica no Rio Grande do Sul, que representa 11% da produção nacional. Ele também ressaltou que Estado é o quinto a fazer pedidos de patente de inovação em 2017.
Dellagostin também apresentou as ações planejadas pela Fundação para o ano de 2019, como o lançamento de editais de fomento à pesquisa que são realizados permanentemente e outros que são novidade para este ano. “Ao todo são cerca de 20 ações que somam um investimento de mais de R$ 65 milhões, dos quais R$ 28 milhões são de recursos da Fapergs”, observou.
A reunião discutiu de assuntos gerais do Fórum e da minuta sobre o Código de Boas Práticas de Pesquisa.
Com informações da Univates
Com o objetivo de discutir o tema “Responsabilidade social, empresarial e a geração de valor para as empresas”, a Unijuí recebeu o professor Diego Vázquez Villamediana, da Universidade de Valladolid, na Espanha, na última semana.
A palestra foi realizada em dois momentos: na quinta-feira, dia 07, no Campus Santa Rosa, no Espaço CoWorking e na sexta-feira, dia 08 de março, na sede da sede da Incubadora de Empresas de Inovação Tecnológica da Unijuí (Criatec), em Ijuí. O evento foi desenvolvido por meio de uma parceria entre a Unijuí e a Unam (Universidade Nacional de Missiones) e conta com o apoio da Agência de Inovação Tecnológica da Unijuí (Agit), Criatec e European Region Action Scheme for the Mobility of University Students (Erasmus).
O professor também participou de agenda com professores do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional, discutindo interações de pesquisa, além de realizar uma fala aos ingressantes deste Programa. Por fim, também esteve reunido com o Escritório de Relações Internacionais da Universidade, tratando sobre intercâmbios e possibilidades de parceria com a Unijuí.
A Unijuí recebeu, nesta quinta-feira, a aprovação, pelo MEC, do Doutorado em Direito. Com esta aprovação, a Universidade passa a ofertar seu quarto curso de Doutorado, além dos seis cursos de Mestrado. Na área jurídica a Instituição possui, também, o Mestrado em Direitos Humanos.
“Já temos historicamente o curso de Graduação, desde 1985, com uma grande trajetória e formação de profissionais de toda a região. Uma trajetória muito importante, e que agora vai poder completar a verticalização do ensino na área jurídica, com formação da graduação ao Doutorado. Isso é um grande diferencial da Unijuí, é uma inovação para a área na região”, avalia o coordenador do Programa, professor Gilmar Bedin.
São objetivos do Programa, a geração e a consolidação da pesquisa e da produção científica, por meio da formação de pesquisadores, de docentes e de outros profissionais qualificados para atuação no Direito e em áreas afins, tendo como referência metodológica a interdisciplinaridade, e como temática fundamental, a questão do reconhecimento, institucionalização, crítica, proteção e efetivação dos direitos humanos na sociedade complexa.
Dessa forma, duas linhas de pesquisa são desenvolvidas pelo Programa:
Fundamentos e Concretização dos Direitos Humanos: problema da fundamentação dos direitos humanos. Historicidade e universalidade dos direitos humanos. Estado, cidadania e direitos fundamentais. Estado, políticas públicas e inclusão social no Brasil. Diversidade cultural, minorias e reconhecimento. Corpo, identidade e direitos humanos. Vulnerabilidade social, violência e cidadania. Biopolítica, biopoder e direitos humanos. História, memória e direitos humanos. Estado, políticas públicas e direito à saúde. Bioética e dignidade humana.
Democracia, Direitos Humanos e Desenvolvimento: estado de direito, direitos humanos e equidade. Sociedade da informação, direitos humanos e democracia. Meio Ambiente, sustentabilidade e desenvolvimento. Sociedade de consumo, proteção ambiental e cidadania. Espaços urbanos, direitos humanos e inclusão social. Direitos humanos, novas tecnologias e resiliências sociojurídicas. Educação em Direitos Humanos, democracia e cidadania. Novos direitos, novas ordens jurídicas e transnacionalização. Direitos humanos, paz e guerra
O Programa possui, ainda, ampla colaboração internacional com instituições de vários países, entre eles Alemanha, Itália, Chile, Argentina, Portugal, entre outros.
Em breve será publicado, no Portal da Unijuí, um edital para o processo seletivo de ingresso de ao curso.
Nesta sexta-feira, dia 07, pesquisadores dos Departamentos de Ciências da Vida (DCVida) e de Estudos Agrários (Deag) da Unijuí apresentaram os resultados do projeto de pesquisa “Desenvolvimento de alimentos sem glúten a partir de grãos cultivados na região Noroeste do RS”. A atividade ocorreu durante o Seminário e Dia de Campo - Produção de Chia, Quinoa e Trigo Sarraceno, no IRDER/UNIJUÍ.
Segundo o professor José Antônio González (DEAG), um dos professores pesquisadores do projeto, o Dia de Campo mostrou as novas espécies de grande potencial para sistemas agrícolas da região. “Tratamos de duas grandes perspectivas no evento. A primeira, sobre a qualidade destes alimentos para a alimentação humana. No segundo momento, os processos agronômicos de produção, principalmente tratando sobre o viés da sustentabilidade, produção orgânica”, observa.
O projeto de pesquisa tem como objetivo estudar a substituição de farinhas convencionais por outras matérias-primas, como chia, quinoa e trigo sarraceno, na elaboração de alimentos sem glúten, como massas e snacks extrusados. De acordo com o Coordenador do Projeto, professor Raul Vicenzi, esses grãos, conhecidos como pseudocereais, podem ser utilizados na substituição da farinha de trigo na elaboração de alimentos glúten free, enriquecendo os mesmos com proteínas, gorduras insaturadas e compostos bioativos, os quais favorecem a saúde, contribuindo para o bom funcionamento do organismo e reduzindo o risco de determinadas doenças.
O projeto de pesquisa é apoiado pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado do Rio Grande do Sul (SDECT) e conta também com a participação da Sociedade Educacional Três de Maio (SETREM) e Instituto Federal Farroupilha – Campus Santo Augusto (IFF).
Segundo os integrantes do Projeto, a produção de alimentos sem glúten vem ganhando importância nos últimos anos, em função do grande número de pessoas que sofrem da doença celíaca, alérgicos ao glúten, ou que por opção preferem se alimentar de dietas isentas de glúten.
Estima-se que, atualmente, cerca de 2% da população é celíaca, mais 3% de pessoas que optam por retirar o glúten da dieta e 15% da população que sofre de sensibilidade não celíaca.
O glúten é uma proteína que faz parte da composição química normal de certos cereais como trigo, cevada, centeio, triticale e possivelmente a aveia e sua substituição na elaboração de alimentos. É um grande desafio tecnológico para as indústrias de alimentos, devido ao papel que ele representa no processamento dos produtos, conferindo uma textura agradável, e assim é um ingrediente importante na elaboração de alimentos panificados como pães, bolos e massas.
Pesquisadores dos Departamentos de Ciências da Vida (DCVida) e de Estudos Agrários (Deag) da Unijuí estarão apresentando os resultados do projeto de pesquisa “Desenvolvimento de alimentos sem glúten a partir de grãos cultivados na região Noroeste do RS”, no dia 07 de dezembro. A atividade acontecerá durante o Seminário e Dia de Campo - Produção de Chia, Quinoa e Trigo Sarraceno, no IRDER/UNIJUÍ, município de Augusto Pestana. O horário das atividades ocorrerá das 8h30 às 17h30.
O projeto de pesquisa tem como objetivo estudar a substituição de farinhas convencionais por outras matérias-primas, como chia, quinoa e trigo sarraceno, na elaboração de alimentos sem glúten, como massas e snacks extrusados.
De acordo com o Coordenador do Projeto, professor Raul Vicenzi, esses grãos, conhecidos como pseudocereais, podem ser utilizados na substituição da farinha de trigo na elaboração de alimentos glúten free, enriquecendo os mesmos com proteínas, gorduras insaturadas e compostos bioativos, os quais favorecem a saúde, contribuindo para o bom funcionamento do organismo e reduzindo o risco de determinadas doenças.
Os eventos serão gratuitos, com vagas limitadas e são destinados para agricultores e seus familiares, técnicos agrícolas, engenheiros agrônomos, colaboradores de agroindústrias e cooperativas. As atividades serão conduzidas pelos professores da Unijuí Raul Vicenzi e José Antônio Gonzalez da Silva.
O projeto de pesquisa é apoiado pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado do Rio Grande do Sul (SDECT) e conta também com a participação da Sociedade Educacional Três de Maio (SETREM) e Instituto Federal Farroupilha – Campus Santo Augusto (IFF).
A produção de alimentos sem glúten vem ganhando importância nos últimos anos, em função do grande número de pessoas que sofrem da doença celíaca, alérgicos ao glúten, ou que por opção preferem se alimentar de dietas isentas de glúten.
Estima-se que, atualmente, cerca de 2% da população é celíaca, mais 3% de pessoas que optam por retirar o glúten da dieta e 15% da população que sofre de sensibilidade não celíaca.
O glúten é uma proteína que faz parte da composição química normal de certos cereais como trigo, cevada, centeio, triticale e possivelmente a aveia e sua substituição na elaboração de alimentos. É um grande desafio tecnológico para as indústrias de alimentos, devido ao papel que ele representa no processamento dos produtos, conferindo uma textura agradável, e assim é um ingrediente importante na elaboração de alimentos panificados como pães, bolos e massas.
Estudo do Mestrado em Atenção Integral à Saúde descreve que a planta Guaraná (Paullinia cupana) apresenta perfil de segurança e eficácia antifadiga em indivíduos com doença renal crônica.
O estudo publicado recentemente na revista Journal of Functional Foods, que visa reunir os resultados da pesquisa básica e aplicada sobre alimentos saudáveis e ingredientes alimentares biologicamente ativos, demonstrou que é seguro e efetivo o uso de capsulas de guaraná para a saúde de indivíduos com doença renal crônica.
O estudo de autoria de Ieda Maria Pedroso Dorneles, Biomédica, Fisioterapeuta e egressa do mestrado em Atenção Integral à Saúde, verificou que a maioria dos pacientes que receberam 200 e 400 mg de guaraná por dia relataram aumento da disposição/energia, diminuição da fadiga e aumento do apetite. Além disso, os pacientes apresentaram valores superiores de hemoglobina e hematócrito após 30 dias de suplementação, quando comparado ao grupo placebo (que não recebeu guaraná).
O estudo, orientado pelos professores Eliane Roseli Winkelmann e Matias Nunes Frizzo, contou ainda com a participação da pesquisadora do grupo de pesquisa em Atenção à Saúde (GPAS), Paula Caitano Fontela, e apoio do farmacêutico bioquímico Mateus Batista Fucks. O estudo divulgou que o guaraná, principalmente na dosagem de 200 mg/dia, é seguro e efetivo para melhorar a sintomatologia clínica e manter os valores de hemoglobina e hematócrito.
O estudo está publicado em https://www.sciencedirect.com/journal/journal-of-functional-foods/vol/51/suppl/C https://doi.org/10.1016/j.jff.2018.10.004
No dia 07 de novembro, os estudantes do curso de Direito, que integram o Grupo de Estudos em Mediação de Conflitos da Unijuí Campus de Santa Rosa, participaram do VI Seminário Internacional de Direitos Humanos e Democracia, no Campus Ijuí.
Na oportunidade os estudantes realizaram a apresentação de artigos que foram elaborados a partir dos estudos, leituras e debates que ocorrem no grupo de estudos. O evento proporciona aos participantes, um momento de aprendizado, apresentação de suas práticas no dia a dia acadêmico e resultado das pesquisas realizadas em âmbito institucional, bem como de trabalhos acadêmicos de estudantes dos Programas de Pós-Graduação da Região.
A coordenadora do Grupo de Estudos, professora Fernanda Serrer, destaca a importância do grupo e da pesquisa. “O trabalho realizado traduz o espírito universitário de convergência entre o ensino, a pesquisa e a extensão, na medida em que oportuniza aos alunos da graduação um espaço de pesquisa que dialoga com a extensão, reforçando e atualizando os pressupostos teóricos necessários às práticas de intervenção na comunidade local”.
“Meios alternativos de solução de conflitos, um viés à judicialização”, apresentado por Amanda dos Santos Corim, estudante do Curso de Direito; “Mediação escolar: a potência do afeto na relação intersubjetiva”, apresentado por Lisiane Catieli Mazzurana, acadêmica do Curso de Pedagogia; “A justiça restaurativa nos casos de violência contra a mulher”, apresentado por Fernanda Parussolo, aluna do curso de Direito; “Conflito, jurisdição e o sistema multiportas de justiça”, apresentado por Jaqueline Beatriz Griebler, estudante do Curso de Direito. “Patriarcado, racismo e dominação”, apresentado por Raíssa Schadeck, egressa do curso de Direito da Unijuí; “Projeto de extensão universitária nas escolas: conflitos sociais e direitos humanos”, apresentado pelas professoras Fernanda Serrer, coordenadora do grupo de estudos e Francieli Formentini, coordenadora curso de Direito da Unijuí, Campus Santa Rosa.
O evento foi promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da Unijuí e pelo Curso de Mestrado em Direitos Humanos.
O curso de Direito representado pelas estudantes Amanda dos Santos Corim e Jaqueline Griebler, bolsistas do Projeto de Extensão Conflitos Sociais e Direitos Humanos do Campus Santa Rosa, juntamente com as professoras Fernanda Serrer e Francieli Formentini, também realizaram apresentações de trabalhos no dia 9 de novembro, durante o evento promovido pelo Mestrado em Práticas Socioculturais da Unicruz, na cidade de Cruz Alta/RS. Os temas apresentados foram:“Mediação de Conflitos no Espaço Escolar: Um Caminho em oposição à violência” e “Mediação de Conflitos: da Teoria à prática”.
O grupo de Estudos em Mediação de Conflitos, iniciou suas atividades no início do ano de 2018, e atualmente conta com a participação de sete voluntárias, dentre as quais, três acadêmicas do curso de Direito, uma acadêmica do Curso de Pedagogia, uma professora convidada, a professora coordenadora e 1 aluna egressa da Unijuí. Os encontros são realizados quinzenalmente e nestes são debatidos textos que estejam relacionados ao tema. Após o debate são realizados fichamentos e que posteriormente vão se tornando artigos científicos e/ou resumos expandidos. Este grupo trata-se de um espaço de consolidação do referencial teórico que sustenta as práticas de extensão universitária no Projeto “Conflitos Sociais e Direitos Humanos.
Desenvolver alimentos sem glúten a partir de grãos cultivados na região Noroeste do Estado é o principal objetivo de um Projeto de pesquisa desenvolvido na Unijuí, por meio do curso de Nutrição. Para além disso, as ações do projeto também consistem em oportunizar o conhecimento para membros da comunidade regional sobre este tipo de tecnologia. Por isso, nos dias 05 e 06 de novembro, professores e bolsistas do projeto realizaram o curso de transferência de tecnologia para agricultores, colaboradores e proprietários de agroindústrias da região.
A transferência consiste na instrução desses indivíduos para a produção dos alimentos e também na transferência dos resultados das pesquisas. Foram oferecidos dois cursos teórico-práticos no Laboratório de Nutrição. Um de processamento de massas sem glúten e outro de processamento de flocos sem glúten.
Foram utilizados os seguintes grãos para as pesquisas e produções: chia, quinua e trigo sarraceno, produzidos em sistemas orgânicos como base e outros ingredientes sem glúten. Os produtos desenvolvidos estão sendo analisados pelos pesquisadores em relação a nutrientes, presença de agroquímicos e análises microbiológicas.
Participaram dos cursos proprietários e colaboradores de agroindústrias, produtores rurais familiares, entre outros. A atividade e o Projeto são financiados pela Secretaria do Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (SDECT) do Estado do RS.
O projeto de pesquisa “Desenvolvimento de alimentos sem glúten a partir de grãos cultivados na região Noroeste do RS” tem como proposta inovadora para a região o desenvolvimento de produtos alimentícios isentos de glúten a partir de grãos não convencionais na região, cultivados preferencialmente em sistema orgânico e/ou agroecológico, por agricultores familiares integrados em algum tipo de organização, seja na forma de cooperativa ou de associações. Com as tecnologias geradas neste projeto será possível ampliar a gama de produtos isentos de glúten no mercado e contribuir para melhorar a qualidade de vida de pessoas celíacas ou que preferem dietas sem glúten. Com os resultados obtidos pretende-se contribuir para validar as experiências locais com agricultura orgânica e agroecológica e fomentar a ampliação destas experiências para toda a região noroeste do estado do Rio Grande do Sul.
O projeto tem como parceiros na equipe, pesquisadores das Instituições: Sociedade Educacional Três de Maio; Instituto Federal Farroupilha - Campus Santo Augusto e apoio da Giroil Ltda, localizada no município de Entre Ijuís (RS), pela Cooperativa UNICOOPER, localizada no município de Santa Rosa (RS) e/ou compradas no mercado local e IRDeR-Unijuí.
Projetos de pesquisa como esse, desenvolvidos na Universidade e com resultados efetivos na comunidade, fazem da Unijuí uma Universidade completa e com excelente avaliação do Ministério da Educação.
Por falar em avaliação, de acordo com o Ranking Universitário Folha (RUF), uma avaliação anual do ensino superior no Brasil, o Curso de Nutrição foi considerado, pelos critérios do Ranking, como o melhor do estado e do país entre as instituições privadas.
São atividades como essa de pesquisa, além das de extensão e de ensino, que contribuem para o desenvolvimento da região, formação e qualificação do profissional formado na área e que fazem do curso de Nutrição um dos melhores do país.
Uma dúvida frequente na comunidade científica é: “Para qual revista devemos submeter nosso artigo?” Esta dúvida persegue professores e alunos dos cursos de Graduação e Pós-Graduação em todo o Brasil e, possivelmente, no mundo. Com a transição do formato impresso para o formato on-line, ocorreu também a multiplicação exponencial de revistas em todas as áreas do conhecimento, embaralhando ainda mais essa escolha. Neste cenário, surgiram também revistas meramente comerciais, sem nenhum rigor científico, mas com forte apelo para o recebimento de artigos, independente do tema, área, consistência ou novidade científica a ser comunicada. Neste contexto, a má escolha da revista para envio do trabalho final, honesto e bem-realizado, leva-o a correr o risco de ser publicado em periódicos que pouco contribuem para a ciência.
Para o professor Thiago Gomes Heck, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Atenção Integral à Saúde da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), a escolha da revista pode e deve ser feita antes mesmo de se iniciar a execução de um projeto de pesquisa, mesmo que de modo “inconsciente”. O professor explica que, ao fundamentar uma proposta de pesquisa, os autores leram e sustentam esta em artigos de determinadas revistas. Assim, seria lógico que os autores desejassem que, ao término do seu Trabalho de Conclusão de Curso, Especialização, Mestrado ou Doutorado, seu estudo fosse publicado nos mesmos meios de comunicação, ou seja, nos periódicos nos quais está construindo seu referencial. Assim, sua pesquisa tem chance de ser referencial para a área e para os autores que trabalham na mesma temática. “Desse modo, dificilmente os alunos e professores acabariam escolhendo uma revista de baixa ou nenhuma expressão no debate científico nacional ou internacional, ou seja, se evitaria cair nas mãos de revistas predatórias”, avalia.
O conceito de revistas predatórias surgiu nos últimos anos, quando pesquisadores começaram a submeter trabalhos falsos (relatos de descobertas absurdas ou produto de metodologias esdrúxulas), de autores falsos (pessoas falsas, animais de estimação), de instituições inexistentes (assinados como sendo de universidades ou até países que não existem), para revistas científicas de todo o mundo. Em um número grande delas, esses trabalhos foram aceitos imediatamente, e os autores falsos passaram a receber convites das revistas para publicar nas mesmas, apesar da produção do pesquisador não ter nenhum alinhamento com o escopo do periódico (exemplo: um pesquisador de Bioquímica Celular recebe convite para uma publicação na área de Engenharia de Materiais).
Movidos pela pressão de publicação, fenômeno mundial, muitos membros da academia estão atendendo ao chamado das “revistas predatórias”, publicando seus trabalhos nas mesmas, apesar de ser bastante evidente que estas não operam dentro dos parâmetros de publicações sérias e reconhecidas na área.
Esse cenário tem por trás o seguinte mecanismo: os pesquisadores devem atingir metas, números e índices de publicações. De outro lado, há editoras interessadas em lucrar com publicações de trabalhos sem exigir qualidade, e por um valor “razoável”. O texto até pode ser bom, mas não passa por uma avaliação que possa atestar tal condição.
Crédito imagem: extraído de Universo Abierto
Em relação a este fenômeno, o professor Thiago comenta: “O problema é que o número de brasileiros que têm seus trabalhos publicados nessas revistas aumentou três vezes nos últimos cinco anos, o que, na prática, representa um desserviço para a sociedade e a ciência em geral. Trata-se de um autoengano, pois, assim, pode ser considerado que a formação dos alunos e que os resultados das pesquisas são um sucesso, quando, na verdade, não passou por uma avaliação que realmente pudesse consolidar a ciência e a formação na Graduação e Pós-Graduação”.
Existem sites e listas que divulgam as revistas “potencial e provavelmente predatórias”. O professor Thiago explica: “usam esses termos potencialmente e provavelmente predatórias pois se tratam de listas não formais ou oficiais de um órgão regulador, mas, de qualquer modo, é muito provável que nenhum pesquisador tenha lido um artigo publicado nas revistas dessa lista; então por qual razão escolher publicar lá?” Embora não sejam informações referendadas ainda pelas instituições maiores do Brasil relacionadas à pesquisa (como Ministérios de Ciência e Tecnologia, CNPq e Capes), algumas áreas de avaliação dos Programas de Pós-Graduação da Capes (que avaliam cursos de Mestrado e Doutorado no Brasil) já penalizaram cursos, rebaixando a nota na avaliação e, consequentemente, cortando recursos e bolsas.
A atenção deve ser redobrada, pois ainda “escaparam” revistas predatórias nas últimas avaliações, e as mesmas estão consideradas passíveis de indexação em bases de dados confiáveis e até mesmo listadas com uma boa avaliação no sistema Qualis-Capes, que avalia os periódicos nos quais os pesquisadores brasileiros publicam seus trabalhos. O professor Thiago assim avalia: “estas inconsistências são devido ao grande número de revistas que são avaliadas por um número reduzido de avaliadores, que limita a capacidade de detecção, deixando passar alguns casos inexplicáveis, mas acredito que, já na próxima avaliação da Capes, mais algumas revistas serão detectadas”.
Outra confusão bastante comum é entender que se uma revista cobra uma taxa de publicação é uma revista predatória. “Geralmente uma predatória visa a apenas o lucro e não a ciência, portanto cobra algum valor, mas muitas revistas cobram, e cobram até 2.000 dólares, mas rejeitam 98% dos trabalhos, aceitando somente o que passou por uma avaliação rigorosa. Então, as cobranças por taxas de publicação não indicam diretamente se uma revista é predatória ou não”, observa o professor.
Embora existam algumas formas de reconhecer uma revista predatória, como observando se a editora é confiável, se ela tem importantes publicações, se as informações dos editores são verídicas, ainda assim essa análise não é 100% efetiva. O modo mais simples e direto de analisar se a revista é predatória, portanto, pode ser respondendo a duas perguntas: Algum estudo que é parte do meu referencial vem desta revista? Algum pesquisador conceituado da área do meu estudo já publicou lá? Se não atender a essas questões, pode ser mais adequado buscar uma revista que responda a esses requisitos. Ao não procurar atender a esses pressupostos, podemos estar nos encaminhado para uma formação científica com preceitos equivocados do papel da divulgação de novidades científicas. “Este é um desafio de todos os professores e alunos na defesa de uma divulgação que possa trazer reconhecimento para a qualidade da pesquisa feita no Brasil. E para aqueles que já caíram nessa rede, como eu, entendo que ainda é tempo de mudar de rumo, ” salienta o professor.
Consultado sobre o tema, o professor Fernando Jaime González, vice-reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da Unijuí, salientou que este tópico é uma preocupação para as universidades, e que está no planejamento da Vice-Reitoria discutir o assunto com a comunidade acadêmica em geral, em especial com a comunidade da Pós-Graduação. Nesse sentido, o professor afirma: “nos próximos meses desenvolveremos um seminário sobre a produção de conhecimento e a publicação em revistas internacionais, onde este assunto, necessariamente, fará parte do temário”.
“Um assunto bastante discutido no exterior há vários anos já começa a tomar espaço nas discussões dos Programas stricto sensu e nas rodas de conversas de pesquisadores brasileiros. De um lado pressionados pela Capes (órgão que avalia a Pós-Graduação no Brasil) e, de outro, pelas IES, que estão cobrando cada vez mais produtividade em revistas qualificadas, muitos pesquisadores são levados a publicar, às vezes por desconhecimento, outras vezes por julgar que é um caminho mais simples, em revistas predatórias. Existem vários sites na internet que discutem e apresentam as armadilhas usadas por esses periódicos para atrair pesquisadores, que vão desde logotipos semelhantes a revistas tradicionais até falsos fatores de impacto.
A discussão acadêmica em relação ao assunto gira em torno da linha tênue que existe entre o desconhecimento do pesquisador, que o leva a ‘cair nas teias das revistas predatórias’, e, muitas vezes, sua ‘vista grossa’ em relação aos fortes indícios que estas revistas apresentam e que todo pesquisador deveria conhecer.
Existem, inclusive, erros grotescos de avaliação da própria Capes quando da divulgação do ‘ranqueamento’ das revistas a partir do seu sistema eletrônico, conhecido como Webqualis, no qual não é difícil encontrar, ainda hoje, revistas predatórias não apenas relacionadas a, mas também classificadas em estratos superiores em determinadas áreas. O que os pesquisadores devem ter em mente é que esta lista (Webqualis), como todo e qualquer sistema de classificação por pares, está suscetível a erros de interpretação, e que, principalmente, sofre modificações/aperfeiçoamentos com o passar dos anos, várias vezes, inclusive, no transcorrer de uma quadrienal de avaliação. Isto pode reverter, inclusive de forma retroativa, toda a avaliação da produtividade de um pesquisador e, consequentemente, do programa e da instituição em que o mesmo está inserido.
Neste sentido, a pergunta que fica é: Como irei ter segurança de que a revista em que eu publico não é predatória? Bem, existem vários sites na internet que disponibilizam listas – as famosas ‘Blacklist’ – destes tipos de revista. Outra dica simples é verificar se a revista possui política de cobrar taxas para publicação; muitas vezes essa cobrança é disfarçada na forma de disponibilização no formato ‘open access’. Nestes casos, o pesquisador deve minimamente verificar se existe fator de impacto e se este é validado por uma entidade de respeito. Também duvidar quando a resposta de aceite ocorre de forma muito rápida. Infelizmente ainda hoje o retorno de uma revista de alto fator de impacto e com boa reputação demora meses, e não é difícil encontrar casos de anos. Neste sentido, excluídas raríssimas exceções, o rápido retorno de uma avaliação e o aceite sem recomendações já pode ser considerado um forte indicativo da prática predatória, principalmente se a mesma vem acompanhada de um pedido de auxílio financeiro (leia-se taxa de publicação).
Nem tudo, todavia, está perdido. O simples fato de estarmos preocupados com a existência destas revistas já é um alento ao futuro ético da pesquisa no Brasil. Felizmente, em pesquisas recentes da Fapesp (Agência de Fomento à Pesquisa no Estado de SP), foi verificado que, na média, menos de 2% dos pesquisadores brasileiros publicam neste tipo de revista; claro que este percentual varia nas diferentes áreas de conhecimento e Estados do Brasil, mas mostra que a maioria dos pesquisadores ainda tem a preocupação em publicar seus trabalhos em revistas respeitáveis. Outro indicativo positivo, neste sentido, é a discussão, tanto pela comunidade acadêmica quanto pela Capes, da necessidade de não mais avaliar quantidade de publicações, mas, sim, sua qualidade, que está vinculada diretamente ao impacto que a pesquisa tem na sociedade, como, por exemplo, quantas vezes sua pesquisa foi citada e referenciada em outras pesquisas, ou, ainda, métricas associadas ao fator de impacto da revista e também ao índice-H do pesquisador.
Bem, finalizando, gostaria de reforçar a importância de trazer este assunto à tona na nossa universidade, até como forma de orientar nossos pesquisadores para que não caiam nas armadilhas que, muitas vezes, são montadas e arquitetadas por estas revistas, ao mesmo tempo que reforça a discussão da ética na pesquisa.”
O resultado de uma pesquisa desenvolvida pela Unijuí evidencia a incidência no setor varejista do Comportamento Disfuncional do Consumidor (CDC). O comportamento em ambientes de consumo considerados inadequados pela empresa e pela sociedade pode ser chamado de CDC. Também pode ser entendido como o comportamento em ambientes de troca que viola as normas, geralmente são marcos percebidos em descrédito pelos profissionais de marketing e pela maioria dos consumidores.
Os dados foram obtidos por meio de entrevistas aos gerentes do setor varejista durante o primeiro semestre de 2018. Durante a pesquisa realizada alguns entrevistados mencionaram:
“As consequências também estão relacionadas ao stress que a situação provoca em especial para o gestor. Muitas vezes há o envolvimento com a polícia, abordagens, ação judicial, intervenção e furto, gerando uma situação constrangedora para todos os envolvidos. Além da necessidade da instalação de câmaras de segurança”.
“Os clientes possuem suas particularidades nas questões relacionadas ao comportamento. Há clientes que são agressivos, querem resolver as coisas com alteração de voz, com maus tratos aos colaboradores. Os casos que mais acontecem são os relacionados a pagamentos e garantia de produtos”.
De acordo com o professor Ariosto Sparemberger, coordenador da pesquisa, os danos podem estar relacionados com os gastos referentes às avarias à propriedade, perdas com roubos e fraudes, investimentos em segurança, redução da produtividade, custos de retenção, contratação e treinamento de funcionários e impactos negativos para a marca. Os diversos danos não são restritos apenas ao curto prazo, pois em longo prazo, podem afetar a lucratividade e o crescimento em vendas, causar a redução da satisfação e da lealdade dos clientes.
“Foram constatados impactos negativos para as organizações do varejo, provocados pelo CDC e que precisam ser observadas com atenção pelos gestores e funcionários com vistas a minimizar os problemas gerados”, ressalta Ariosto.
A pesquisa orienta para a necessidade do desenvolvimento de estratégias por parte das organizações varejistas, para que estas possam combater e prevenir o CDC, devido principalmente, este tipo de comportamento, provocar ações semelhantes por parte de outros consumidores e até de funcionários. Resultando em uma desordem repetitiva para todos os públicos envolvidos neste segmento.
Segundo Ariosto, por se tratar de um setor que requer inovação e mudanças constantes, os gestores precisam atingir resultado positivo, entre outras ações, buscar a fidelização do cliente, fazendo com que este retorne constantemente a fazer seus negócios com o estabelecimento comercial.
O estudo está sendo desenvolvido via projeto de pesquisa liderado pelo professor Dr. Ariosto, do Curso de Administração da Unijuí e pela bolsista, Ângela Maria Vanzella, acadêmica do curso. O tema sobre comportamento disfuncional do consumidor que no Brasil ainda é pouco explorado, motivou universitários a realizarem seus Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) nesta área do marketing.
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