A Unijuí visitou na quinta-feira, dia 22, a 17ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Educacional de Santa Rosa (SMDES) para apresentar um aplicativo de jogo que ensina matemática, denominado MathGo. Na CRE a equipe de professores da Unijuí foi recepcionada pela Coordenadora de Educação Beatriz Cancian e sua equipe, e na SMDES pela Secretária Maria da Graça Faccin e equipe da Secretaria, para as quais explanaram sobre o projeto que tem o objetivo de auxiliar escolas e estudantes no ensino e aprendizagem da matemática.
Para o Pró-Reitor do campus Santa Rosa, professor Marcos Paulo Scherer, a Universidade responde a um papel importante no desenvolvimento regional com diferentes projetos de extensão que envolvem a comunidade acadêmica e escolar, e desta vez oferece aos estudantes e professores uma solução inovadora para estudar e até se divertir com a matemática. “Depois de aprenderem bem a funcionalidade da ferramenta, haverá uma competição entre todos os estudantes envolvidos no aplicativo para, ao final, escolherem um vencedor do desafio de matemática”, destaca.
O MathGo foi criado dentro do projeto de extensão Desenvolvimento e Implementação de Software Educacional para o Ensino Fundamental e Médio - (Disefem), e tem como foco principal a construção de softwares educacionais na perspectiva de um trabalho conjunto universidade-escola. As responsáveis pela área da educação básica da região e do município manifestaram total interesse e adesão à proposta apresentada, definindo-se desde já os próximos passos para a implementação do aplicativo nas aulas em todas as escolas que tiverem interesse em melhorar e inovar seus métodos de estudo da matemática, tornando-se assim uma disciplina de melhor compreensão e mais atrativa para os estudantes.
A Unijuí busca, com projetos de extensão, estabelecer uma relação com a comunidade para que o conhecimento e a pesquisa promovam o desenvolvimento e a qualidade de vida local. Uma série de matérias está destacando os projetos de extensão em desenvolvimento na Universidade. Confira os Projetos desenvolvidos pelo Departamento de Ciências da Vida (DCVida).
Texto: Natália Langer, bolsista de Popularização da Ciência da Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão.
Com o objetivo de facilitar o acesso à saúde na comunidade, principalmente para a população idosa, além de crianças e adolescentes em idade escolar, o Departamento de Ciências da Vida (DCVida) desenvolve dois grandes projetos: “Educação em Saúde” e “Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência”. As ações incluem atendimento domiciliar, palestras, mostras de saúde, entre outras ações, visando a educação e a prevenção de doenças.
Abrangendo todas as áreas e cursos do Departamento, o projeto “Educação em Saúde”, coordenado pela professora Angélica Moreira, realiza o acompanhamento de idosos e também desenvolve atividades em escolas. O atendimento a idosos é feito por meio de visita a domicílio, o “home care”, que consiste em levar a equipe de saúde ao lar dos idosos e realizar um acompanhamento com orientações e evitar problemas de saúde nesta população. Já as ações nas escolas consistem na realização de oficinas e mostras, garantindo à população atendida atividades de promoção, prevenção e reabilitação em saúde. Além disso, a partir de convênio firmado entre a Unijuí e a Secretaria de Saúde de Ijuí, a metodologia utilizada para a realização das atividades abrange ações com a população assistida na Estratégia de Saúde da Família (ESF) Assis Brasil e na Escola IMEAB.
Outro grande projeto é o de “Atenção à Saúde da Pessoa Deficiente”, relacionado com a UNIR, uma parceria entre a Unijuí e a Secretaria Municipal de Saúde de Ijuí, financiada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O programa procura dar suporte para pacientes que possuem poucos recursos como, por exemplo, pessoas que possuem alguma deficiência ou mobilidade reduzida e não possuem condições de comprar cadeiras de rodas, muletas ou bengalas, e, por meio da UNIR, conseguem de forma gratuita. Um dos objetivos é divulgar, nas Unidades Básicas de Saúde, as possibilidades para os pacientes que possuem alguma deficiência, buscando que sejam encaminhados à estrutura do UNIR. Além disso, são oferecidas visitas domiciliares.
A coordenadora do Núcleo de Extensão do DCVida, professora Elenita Costa Beber, comentou, em entrevista à Unijuí FM, sobre a importância dos projetos. “Temos um nível de educação para não esperar a doença chegar, para poder pensar antes, para ter esse contato prévio. Então, essa é uma diferença dos projetos de extensão do Departamento, os estudantes e professores vão até as casas, até a comunidade, até as pessoas. E isso é muito importante”, salientou.
A professora destaca, ainda, a rede de proteção que é criada na comunidade. “Com a atuação dos Projetos, proporcionamos as condições de reabilitação física, por exemplo, a volta ao trabalho e à vida. Além do auxílio para os pacientes, os alunos envolvidos nos projetos também aprendem, na prática, a se relacionar com a comunidade, dando um resultado positivo para todos os envolvidos no processo”, complementa.
Há mais de 20 anos o projeto Física para Todos leva a toda região mostras interativas. O objetivo é aproximar a comunidade do estudo da física e despertar a curiosidade para outras descobertas científicas. Dessa forma, o projeto é um dos cinco que integram o projeto Ciência para Todos, que promoverá a primeira Mostra Científica Interativa, entre os dias 21 e 25 de outubro, no Campus da Unijuí, em Ijuí.
Em entrevista à Rádio Unijuí FM, o coordenador do projeto Física para Todos, professor Nelson Toniazzo, explicou que os experimentos são intuitivos. “Às vezes as pessoas têm uma explicação para um fenômeno, mas na verdade é um pouco diferente”. Nelson também explicou que a física está presente nas diversas atividades do cotidiano e isso será possível experimentar durante a Mostra.
O professor revelou que, durante a Mostra, o Projeto discutirá dois temas: astronomia e energias renováveis. “Teremos um espaço para energias alternativas com geradores, mini usinas, rodas d’água, objetos de robótica, computação, entre outros. E, na astronomia, teremos um espaço Terra-Lua, um Sistema Solar em escala, projeções em 3D, experimentos sobre gravidade, lançamentos de foguetes de ar comprimido e água, entre outras atrações”, comenta.
A Incubadora de Empresas de Inovação Tecnológica (Criatec) tem como missão alavancar o empreendedorismo e a inovação na região de atuação da Unijuí. O foco da Incubadora é em negócios das áreas de Tecnologia Informação e Comunicação, Energias Renováveis, Automação Residencial e Industrial, Eficiência e Qualidade de Energia, Tecnologia de Alimentos, Saúde, Economia Criativa e Agronegócio.
Nesse sentido, a Criatec vem desenvolvendo diferentes ações, dentre elas, na última semana, realizou no Campus Santa Rosa e Ijuí uma atividade com estudantes de escolas dos níveis fundamental e médio participantes do projeto de extensão “Programe seu Futuro”. O projeto é coordenado pelo professor Marcos Cavalheiro e tem como objetivo despertar o interesse pelo uso da tecnologia, um trabalho conjunto entre Universidade e escolas na perspectiva de gerar uma mudança de paradigma nos jovens estudantes a partir da modificação do seu olhar a respeito da tecnologia, no qual este passará a ser um produtor e não apenas um usuário das ferramentas de informática.
Para a chefe do Núcleo de Empreendedorismo da Criatec, Maria Odete dos Santos Garcia Palharini, a Criatec é parceria no projeto no desenvolvimento de atividades de sensibilização para o empreendedorismo. “No primeiro encontro trabalhamos questões ligadas à equipe, projeto para o futuro e escolha da profissão. Desta vez trabalhamos conceitos de empreendedorismo, criatividade, identificação de oportunidades e inovação colaborativa. Os conceitos foram trabalhados por meio de jogos e dinâmicas com a consultora de empreendedorismo Leonice Parnoff”, destaca.
As próximas atividades estão programadas para acontecerem no mês de novembro, por meio do “Desafio de Inovação’. E para o ano de 2020 já estão sendo planejadas novas inserções com oficinas de Canvas, Design Think, entre outros. O projeto acontece em Ijuí e Santa Rosa.
A Unijuí busca, com projetos de extensão, estabelecer uma relação com a comunidade para que o conhecimento e a pesquisa promovam o desenvolvimento e a qualidade de vida local. A partir desta semana uma série de matérias vai destacar os projetos de extensão em desenvolvimento na Universidade. Confira!
Texto: Natália Langer, bolsista de Popularização da Ciência da Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão.
O Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação (DACEC) desenvolve dois importantes projetos: o Gestão Social e Cidadania e o Rádio, Tecnologias e Empreendedorismo, ambos voltados para o desenvolvimento regional, com enfoque no empreendedorismo solidário e na comunicação escolar.
O projeto Gestão Social e Cidadania envolve outros quatro subprojetos, entre eles o de “Economia Solidária”, que está em desenvolvimento desde 2002, mantendo um vínculo de grande importância com a Associação dos Catadores de Economia Solidária (ACATA) e com a Associação de Recicladores da Linha 6, para a capacitação das pessoas e auxílio na manutenção dos negócios. Outra iniciativa assessorada é a Feira de Economia Solidária (FECONSOL), que acontece no Campus Ijuí a cada 15 dias, estimulando empreendimentos de agricultura familiar e de artesãos do município.
A professora coordenadora do núcleo de extensão e cultura do DACEC, Marcia Formentini, explicou, em entrevista à Rádio Unijuí FM, como acontece a organização do projeto. “Essa relação com a comunidade acontece de uma forma muito bem organizada e planejada, realizando um filtro com esses empreendimentos sociais solidários, para capacitá-los. Oferecemos oficinas de higienização, de como podem ser apresentados os produtos, toda a questão de vigilância também. É uma relação que se estabelece junto com o município, que faz esse trabalho”, salientou.
Outro subprojeto é o “Gestão Social, Cidadania, Comunicação e Informação”, que objetiva levar informações relacionadas ao tema de gestão social e cidadania, de políticas públicas, e temas afins ao ar pela Unijuí FM. O Projeto abarca, ainda, a “Assessoria Contábil”, direcionando seu foco em ensinar aos empreendedores como gerenciar os valores que eles arrecadam, de que forma podem fazer a gestão das suas receitas e despesas, além de entender se realmente esses valores estão dando para manter o respectivo negócio, apontando as possíveis dificuldades.
O outro projeto em desenvolvimento no Departamento é o “Rádio, Tecnologias e Empreendedorismo”, com mais de 10 anos de atividades. O Projeto promove a comunicação, estimulando os alunos a contribuírem e pensarem em melhorias para as suas próprias escolas. O cadastro no Projeto é realizado no início do ano e no decorrer do mesmo as equipes envolvidas no projeto vão até as escolas trabalhar com esses alunos. Além disso, também são realizadas, nos laboratórios de comunicação da Universidade, oficinas técnicas de fotografia, vídeo e áudio.
"É um projeto que tem transformado muitas vidas, pois tem um impacto social muito grande. São muitas escolas já atendidas nesses anos de atuação. Nos últimos três anos nós também inserimos as temáticas de empreendedorismo nas atividades para justamente tentar fomentar, dentro do ambiente escolar, a importância de pensar em ser corresponsável por esse espaço”, acrescenta.
O projeto tem valorizado depoimentos de alunos e professores, que podem ser encontrados no site do projeto “Projeto Rádio, Tecnologias e Empreendedorismo na Escola-Unijuí”. Além disso, vem contribuindo para que os alunos reflitam sobre mudanças comportamentais, incluindo questões de preservação do meio ambiente.
As ações da Operação João de Barro em Novo Oriente do Piauí encerraram nesta quinta-feira (25). Na sexta (26) os estudantes retornam à Teresina, onde ocorrerão os cerimoniais oficiais de encerramento.
Sem que se pudesse perceber, o tempo passou rápido e as atividades do Projeto Rondon – Operação João de Barro, chegaram ao fim. Com a passagem da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí) em Novo Oriente do Piauí, a rotina do município de pouco mais de 6 mil habitantes mudou em torno das inúmeras oficinas de capacitação que foram realizadas diariamente desde do dia 15 de julho.
Dezenas de pessoas dividiram-se entre as atividades que foram realizadas simultaneamente no perímetro urbano da cidade e nas comunidades interioranas. A coordenadora do grupo de universitários da Unijuí, Luciana Viero, avalia como positivas as atividades. “Observamos que os moradores e gestores estavam ansiosos a nossa espera. De forma positiva retribuímos a expectativa deles com as atividades que preparamos em Ijuí”, destaca. Ela ainda faz uma reflexão a respeito da imersão no cotidiano das comunidades. “Esse momento é muito importante para os estudantes. É a vivência do Brasil real, distanciado das telas das televisões. Esses jovens têm contato com uma realidade muito diferente e saem daqui transformados. Todas as nossas aspirações foram superadas”, enfatiza. Para a coordenadora adjunta, Maria Aparecida Zasso, o retorno que os moradores deram após cada oficina resultou em um sentimento de dever cumprido.
Foram diversos os momentos emocionantes pelos quais os rondonistas passaram. Um deles foi o relato de Maria do Espírito Santo, professora que contou ao grupo sobre as dificuldades pelas quais sua escola passava. “Passamos um período muito difícil. Várias vezes pensamos em desistir, mas a cada oficina, abraço ou conversa, nosso ânimo revigorava e nos sentíamos inspiradas a seguir nosso trabalho, nossa missão de educar”, comenta.
Para o representante do Ministério da Defesa e coordenador da operação realizada no Piauí, tenente-coronel Marcelo Martins Soares, foi um momento de exercício prático para os estudantes, que puderam exercer o que aprendem em suas Instituições de Ensino Superior (IES). Segundo ele, se inicia um processo de capacitação que fomenta o desenvolvimento sustentável em comunidades que necessitam desse trabalho, de modo que a troca de conhecimentos se alastra por todo o país.
“A troca de conhecimentos científicos e culturais que ocorre entre esses grupos, tanto de universitários, quanto dos próprios moradores, resulta num processo de humanização e progresso pessoal de todos os envolvidos”, afirma. O coronel destaca que a avaliação das atividades do Rondon no Piauí é positiva. “As expectativas foram alcançadas. O planejamento foi atendido e de um modo geral observamos a satisfação e a alegria dos moradores que acolheram os rondonistas. Os comentários são de que todos aprenderam algo novo e de que foi proveitoso e transformador”, declara.
Em Novo Oriente do Piauí, a Unijuí trabalhou em conjunto com a Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), as duas instituições foram responsáveis pelas ações no município. A coordenadora da equipe mineira, Sandra Pereira, afirma que com o findar da Operação João de Barro fica o sentimento de gratidão: "não há outra forma de expressar tudo o que vivemos nessas duas semanas de convivência com as comunidades", pontua.
Sobre as experiências marcantes Sandra explica que o acolhimento na comunidade de Caraíbas foi único. "Uma demonstração de carinho, bondade e respeito, num grande gesto de agradecimento das pessoas pelo que estávamos fazendo", conta. Ela também ressalta sobre a integração entre as universidades. "Pareciam que todos já se conheciam, houve um entrosamento satisfatório. Creio que isso se dá devido ao fato de todos terem colocado o bem comum e o interesse coletivo em ajudar o próximo em primeiro lugar", conclui.
Atividades do Projeto Rondon estão sendo realizadas no município de Novo Oriente do Piauí, no nordeste do país.
Texto: Róbson Gomes – rondonista e estudante de Jornalismo da Unijuí
Olhos atentos acompanhavam o momento em que os pés dos rondonistas pisavam pela primeira vez as ruas de terra de Caraíbas - comunidade interiorana do município de Novo Oriente do Piauí. Os universitários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí) e da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) desceram do ônibus em frente à escola José Rodrigues Sobreira, onde se encontraram com a população local.
Com o público lotando as dependências da escola, a Unijuí realizou oficinas com temas voltados às doenças dos animais, produção de horta comunitária, produção de leite, benefícios e malefícios do açúcar, bem como atividades de recreação. Com 67 participantes, o Cine Rondon encantou e quebrou a rotina dos moradores de Caraíbas, que assistiram aos filmes atentos.
A ex-aluna da escola, Talita Souza, não perdeu a oportunidade de provar um mate. "No começo achei muito diferente, mas aprendi a gostar bem ligeirinho, até ronquei a cuia", afirmou rindo. Ela não deixou de falar sobre as ações do Rondo na comunidade. "Achei lindo vocês terem vindo, precisávamos. Achei muito bom, principalmente porque as equipes trazem muito conhecimento para a população daqui", declarou.
Líder comunitário, Willer Brito destacou que há muito os moradores esperavam a presença dos rondonistas. "Representa um momento de aprendizado e conhecimento. Vemos nos semblantes das pessoas a alegria em participar dessas oficinas”, destacou. Ele concluiu mandando saudações para o Rio Grande do Sul em agradecimento pela presença dos gaúchos no Piauí. "Só temos a agradecer aos gaúchos. A cada oficina somos transformados em novas pessoas. Devemos isso a vocês", concluiu.
As oficinas de criação de peixes chamaram a atenção, assim como a de hortas comunitárias, que tem por objetivo esclarecer a respeito de métodos de produção e manejo de solo, a fim de potencializar a produtividade. Os acadêmicos da Unijuí foram até a horta comunitária do bairro Gil Max, em Novo Oriente do Piauí, para fazer o reconhecimento do local e realizar um preparo de solo.
Sem uma única nuvem no céu, o sol brilhava forte maltratando a terra que era cuidadosamente trabalhada pelos moradores, que já acostumados com o calor intenso davam sequência a mais um dia de trabalho. Ao receber os universitários gaúchos, disponibilizaram canteiros para o início de aplicação prática das técnicas que antes aprenderam na oficina, de forma teórica. Luana Pietczak e Gustavo Muzialowski, estudantes de Agronomia da Unijuí, acompanhados da coordenadora adjunta do grupo, Cida Zasso, realizaram a preparação do solo para que seja utilizado em uma nova prática, que consiste em realizar um sistema de plantio direto. O sistema não é utilizado pela comunidade e pode representar uma melhora significativa na produtividade. Um dos cuidadores da horta, Francivon da Silva, explica que a rotina de trabalho é das 6h às 16h, com o único propósito de fazer a terra produzir e consequentemente gerar recursos por meio da venda dos produtos. “Nós temos muita dificuldade, não sabemos o modo certo de trabalhar com a terra. Perdemos muitas hortaliças, não sabemos como regrar a produção e assim temos prejuízo”, explica Francivon.
Rondonistas representam incentivo e auxílio - Sobre a inserção de rondonistas na realidade local, a professora Maria do Espírito Santo Nogueira, que dá aula na Escola Adelaide, onde as oficinas são realizadas diariamente, afirma ser este um momento de aprendizado. “Meu sentimento é de gratidão, nosso município passa por diversas dificuldades e nesse momento o projeto se faz luz porque nos ajuda bastante. Enquanto as oficinas são ministradas, surgem novas ideias para nós. A escola terminou o semestre se arrastando e as formações dos rondonistas revigoram nosso ânimo e nos inspiram a seguir em frente”, disse. Ela declarou que o mais impressionante é que mesmo que os universitários sejam de tão longe, conseguem trabalhar suas temáticas e exemplificar a partir da realidade dos novo-orientinos. A professora concluiu desejando a sequência do projeto, para que o mesmo possa seguir enriquecendo diversos municípios pelo país.
Cromossomo 21, filme de egresso da Unijuí, encanta Novo Oriente - A emoção tomou conta do cine Rondon, oficina em que a comunidade se reúne para assistir filmes com cunho educativo. Mais uma vez a exibição cinematográfica contou com a participação da comunidade, que dessa vez assistiu ao filme Cromossomo 21 – escrito e dirigido pelo egresso da Unijuí, Alex Duarte. O filme aborda a vida de uma jovem com Síndrome de Down e levanta diversas discussões sobre inclusão, superproteção, preconceito e, acima de tudo, amor. Ao final do filme, o público presente gravou um pequeno vídeo dizendo: “somos todos Cromossomo 21” – o que relembrou a campanha mobilizada durante o processo de produção do filme. As oficinas de recreação, de saúde animal, de criação de animais para produção de leite, horta comunitária, benefícios e malefícios do açúcar, entre outras, continuam chamando atenção da comunidade que não deixa de se fazer presente nas formações.
Recepção dos rondonistas no município contou com presença significativa da população.
Texto: Róbson Gomes – rondonista e estudante de Jornalismo da Unijuí
A escola Adelaide de Souza Martins, em Novo Oriente do Piauí, abriu seus portões aos rondonistas da Unijuí e a toda comunidade local. Com corações ansiosos, pessoas de todas as idades receberam os jovens acadêmicos que deram início na manhã de segunda-feira (15) às oficinas de capacitação da operação João de Barro, do Projeto Rondon.
Foi um momento especial, como afirmou a universitária de Nutrição Diovana Noremberg. “Foram dois meses de preparação intensa, agora finalmente começamos a pôr em prática tudo aquilo que preparamos”, disse. Pela manhã, as primeiras atividades abordaram os temas que visavam, por meio de discussões com os participantes, mapear os principais problemas do município. Simultaneamente ocorreu a oficina de cooperativismo e associativismo, que demonstrou funções e objetivos de uma cooperativa.
Segundo o diretor da escola, Antônio Márcio, a presença do Rondon é de significativa importância para a comunidade novo-orientina. “A presença de universitários enriquece a população com conhecimento. Estamos todos felizes de estarem aqui trabalhando em prol da população. Só nos resta agradecer”, externou.
No saguão principal da escola, crianças entravam em um novo mundo, colorido à muita tinta, diversão e amor, mudando a segunda-feira e os tons da rotina. Os olhos das meninas brilharam com cada nova pintura no rosto, enquanto eram maquiadas pelas acadêmicas da Universidade que, além disso, também fizeram desenhos e pintura facial.
Durante a tarde, novas capacitações foram realizadas. O líder comunitário e agente endêmico, Zé Ferreira, participou da oficina sobre zoonoses e as principais doenças dos animais. Para ele, foi um momento de formação. “Possuíamos pouco conhecimento sobre a temática e agora que ela foi abordada de uma forma muito clara e consistente, poderei repassar para todos os colegas que atuam no combate a endemias”, declarou.
Outra avaliação foi feita por José Nilton, morador da localidade, que assistiu à oficina que abordou a criação de peixes, ao que declarou ser uma oportunidade enriquecedora. “Uma experiência única. Enriqueceu o nosso conhecimento e tirou dúvidas para que possamos incentivar agricultores a produzir com melhor qualidade. Tínhamos deficiência de informações sobre como criar os peixes, a respeito da oxigenação da água, sobre reservatório”, disse. Ele declarou que os produtores não têm essas informações técnicas. “Muitos têm vontade de potencializar e expandir sua produção e renda. A partir da capacitação que tivemos, isso poderá ser possível”, enfatizou.
A chegada em Novo Oriente do Piauí movimentou o município
Os rondonistas da Unijuí chamaram a atenção em Novo Oriente do Piauí. Com seus olhares atentos, alegres e esperançosos, os moradores acompanharam os acadêmicos que percorreram ruas e bairros enquanto dirigiam-se à praça do município. Na localidade, um público massivo admirava-se com as pilchas de dois universitários que usavam trajes característicos da cultura sul rio-grandense. Junto com a Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), os universitários da Unijuí chegaram à cidade no domingo (14) pela manhã.
A recepção oficial na comunidade ocorreu às 19h, oportunidade em que a praça local contava com público significativo. A professora coordenadora da equipe da Unijuí, Luciana Viero, externou o convite a toda população para que participem das oficinas de capacitação que serão ministradas pelo grupo. No perímetro urbano, as atividades serão na escola Adelaide, já na zona rural, nas localidades de Aprazível, Saco, Areias, Pé da Serra, Serrote e Caraíbas. As oficinas contemplam as áreas de agronomia, medicina veterinária, nutrição, engenharia civil e ciências biológicas.
Confira como foram os primeiros dias dos rondonistas da Unijuí no Piauí.
Texto: Róbson Gomes – rondonista e estudante de Jornalismo da Unijuí.
A abertura oficial do Projeto Rondon - Operação João de Barro 2019, no Piauí, foi calorosa, e isso não se refere apenas ao clima típico da região, mas também à alegria contagiante dos piauienses. A abertura oficial teve início às 9h de sábado (13), na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), mas antes disso vários outros momentos foram vividos pelos rondonistas da Unijuí.
A chegada em Teresina
A recepção aos rondonistas iniciou intensa em Teresina (PI), na quinta-feira (11). Com carinho e alegria, sob às luzes de cinegrafistas e diante da expectativa de repórteres, os jovens foram recebidos no aeroporto Senador Petrônio Portella pelos "anjos" - oficiais do Exército que coordenarão cada equipe que participará da operação João de Barro, em diversas comunidades do Piauí.
Entre euforia e gritos de guerra, muitas fotos e entrevistas. Na oportunidade, a acadêmica de Biologia da Unijuí, Caroline Krahn, concedeu entrevista à TV Brasil. Ela destacou a importância do projeto e falou sobre as expectativas e motivações para participar do Rondon. Após a recepção, todos foram encaminhados para o 25° Batalhão de Caçadores (25°BC). Os rondonistas da Unijuí ficaram alojados no local até o domingo (14), quando foram para a comunidade de Novo Oriente.
Uma sexta-feira radiante
Na sexta-feira (12), o sol já brilhava forte às 6h da manhã, adentrando as frestas dos dormitórios, convidando centenas de rondonistas ao primeiro dia na cidade. Nesse instante, os jovens de 25 Instituições de Ensino Superior (IES) ganharam os pátios do batalhão e acompanharam o hasteamento da bandeira do Brasil. No decorrer da manhã e da tarde, os universitários fizeram o reconhecimento do batalhão e preparam suas apresentações de grito de guerra para a solenidade de abertura.
O fim da tarde começou com apresentação da banda do Exército, que fez releituras de músicas de sucesso, ao passo em que os estudandes uniram-se e cantaram em uma só voz. Logo após, às 19h, os rondonistas acompanharam uma formatura militar, que também integrava o cronograma de recepção aos acadêmicos que atuarão em 12 municípios, nos quais desenvolverão atividades em 28 áreas do conhecimento.
O comandante do 25° BC, Márcio Vieira Costa, desejou a todos uma excelente missão, a fim de que todos os objetivos sejam plenamente alcançados. O coordenador geral do projeto Rondon, Vice-Almirante, Barros Coutinho, falou sobre o espírito participativo e solidário: “Vocês deixaram suas residências para conhecer um pouco mais do país e ajudar pessoas". Elencou ainda a importância dos professores na formacão das equipes e afirmou que cada rondonista tem como primeira conquista a participação no projeto. Segundo ele, os personagens centrais mudarão vidas e farão diferença nos municípios de respectiva atuação. Para Barros Coutinho, todos os rondonistas irão transmitir experiências, mas, sobre tudo, serão estes os maiores beneficiados, uma vez que conhecerão realidades distintas do país.
O “anjo” das equipes da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí) e Estadual de Minas Gerais (UEMG), Janiel Darlan, declarou esperar o pleno sucesso de todas as atividades. "Desejamos que as expectativas de todos sejam correspondidas, tanto as dos alunos, como as das comunidades que serão assistidas, no sentido de alcançarmos todos os objetivos esperados", disse.
Para finalizar a noite, muita festa, cultura e diversão no clube do Marquês, onde os jovens acompanharam apresentações culturais típicas do Piauí, como o Boi Bumba. Por fim, não foi preciso de convites para que os jovens e coordenadores fossem para a pista de dança, onde vibraram ao som de clássicos da música nacional.
A abertura oficial
A abertura oficial do Projeto Rondon ocorreu na manhã do sábado (13). O evento ocorreu na Ordem dos Advogados do Brasil- Secção Piauí. O momento contou com palestras que apresentaram, com cronologia e história, o Projeto Rondon. Temáticas como sustentabilidade, comunicação social e interdisciplinaridade também foram abordadas. Para encerrar, cada equipe de voluntários apresentou seu grito de guerra. A Unijuí, em conjunto com a UEMG, vibrou alto e declarou a todos os presentes: "UEMG e Unijuí somando no Piauí". Esse é apenas o começo da passagem de 250 rondonistas pelo Estado, onde devem permanecer até o dia 28 deste mês.
Conheça o grupo que desenvolverá oficinas do Rondon no município de Novo Oriente do Piauí.
Texto: Róbson Gomes – rondonista e estudante de Jornalismo da Unijuí
O dia esperado chegou e a ansiedade dá lugar à expectativa da realização de um trabalho construtivo pelo bem comum. Embarcam com destino ao Piauí, nesta quinta-feira (11), um grupo de acadêmicos e professores da Unijuí, que integram a Operação João de Barro, do projeto Rondon.
Os oito universitários e as duas professoras coordenadoras são esperados em Teresina, para a abertura oficial da Operação. Simultaneamente, a espera é a mesma na comunidade de Novo Oriente do Piauí, onde os rondonistas da Unijuí desenvolverão oficinas e diversas atividades. “Conseguimos perceber uma ansiedade da população com a vinda do Rondon. Há um desejo coletivo por essas oportunidades de aprendizado. Conhecemos nossa realidade, mas nosso conhecimento é comum, vocês vêm com o científico e isso agregará muito. Temos um desejo de aprender e participar intensamente das oficinas”, declara Wilk Brito, um dos líderes da comunidade.
Conheça os universitários e as professoras que viajarão ao Piauí:
O objetivo dos estudantes é promover o bem-estar social, a troca de informações, o desenvolvimento local sustentável e a promoção da cidadania, por meio da integração entre população e Instituições de Ensino Superior (IES), compactuando com as diretrizes do Projeto. Na quarta-feira (10) toda a equipe que coordena o desenvolvimento do projeto na Universidade, bem como os jovens participantes, reuniram-se para fazer a foto oficial antes do embarque.
A viagem iniciou nesta quinta-feira (11), às 8h, com saída de Ijuí. Já às 17h40, os jovens embarcam no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre. Após, fazem conexão em direção ao destino final – Teresina, onde chegam às 23h40.
Para o Vice-Reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, Fernando Jaime González, participar do Rondon é o sonho de muitos acadêmicos e professores, o que faz desta uma oportunidade única na vida universitária, profissional e pessoal de cada integrante. Elencou ainda o compromisso assumido pelos participantes: “Muito importante que cada um desenvolva um bom papel, a fim de garantir a continuidade do Projeto. A Universidade confia e tem orgulho de vocês”. Os participantes foram bastante incentivados ao embarcar. “Contem conosco. Estaremos à disposição em tudo que for necessário e esperamos que todos possam aproveitar a experiência, pois ninguém volta de lá do mesmo jeito. Aproveitem, é um momento de formação muito especial”, concluiu o Vice-Reitor.
As atividades terão início na cidade de Novo Oriente na segunda-feira (15). Antes disso, no sábado (13) e domingo (14), o grupo passará por diversas capacitações ministradas pelos coordenadores do Projeto. A Unijuí desenvolverá ainda atividades conjuntas com a Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG).
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