Na infância, é normal que se ouça: “o que você quer estudar quando crescer?”. Dali surgem sonhos que se iniciam antes mesmo de se ter noção da importância e amplitude da pergunta. E é através do Ensino Superior que esses desejos tornam-se reais.
Os cursos de graduação da Unijuí oportunizam o desenvolvimento de estudantes com uma variedade de atividades extracurriculares, estimulando-os a serem mais participativos e profissionais especializados e confiantes em suas áreas de atuação.
“A Unijuí fez parte da realização de um dos meus maiores sonhos, o de ser engenheira agrônoma. Foi o curso que possibilitou despertar o meu interesse pela área da pesquisa, a partir das possibilidades que a Universidade oferece de inserção em grupos de ensino, pesquisa e extensão”, comenta a engenheira Agrônoma, egressa da Unijuí, Valéria Escaio Bubans, mestre em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e doutoranda em Agronomia na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP).
Filha de agricultores e apaixonada pela área, Valéria conta que ao longo da graduação atuou como bolsista de iniciação científica por dois anos, participou de monitorias voluntárias e foi presidente do Centro Acadêmico de Agronomia. Além disso, atualmente continua como voluntária no Programa de Melhoramento Genético da Unijuí.
“Hoje eu vejo que o Ensino Superior faz toda a diferença, visto a necessidade cada vez maior de qualificação para o mercado de trabalho. É o momento onde nos encontramos, realizamos sonhos, conhecemos pessoas, trocamos ideias com nossos mestres e colegas durante aulas teóricas e práticas. Isso, ao meu ver, é um diferencial que possibilitou meu crescimento pessoal e profissional. Deixo meu agradecimento aos docentes do curso de Agronomia e à Unijuí pela profissional que sou hoje”, finaliza.
Por Susan Pereira, estagiária da Assessoria de Marketing da Unijuí
A análise biológica do solo é um tema pouco pesquisado, mas, no último ano, ganhou amplitude pela sua importância para o setor agrícola, chamando a atenção da recém-formada no curso de Agronomia da Unijuí, Nathália Dalla Corte Bernardi. O seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) foi intitulado “Impacto de sistemas de cultivo de soja, milho e sorgo em diferentes antecedentes culturais sobre o carbono da biomassa microbiana do solo” e foi orientado pela professora doutora Leonir Terezinha Uhde.
“Escolhi realizar o TCC com análise biológica do solo pois foi um assunto que me interessou durante a graduação. Participar como bolsista do projeto ‘Sistemas sustentáveis de produção com melhor aproveitamento do recursos biológicos e naturais’ também influenciou em minha escolha”, destacou Nathália.
O objetivo do trabalho foi avaliar o carbono da biomassa microbiana, que é uma das formas de avaliação da biologia do solo, em diferentes sucessões culturais, em uma área de plantio direto consolidado, tendo como cultura principal a soja, o milho e o sorgo, além de relacioná-las com o teor de matéria orgânica do solo e biomassa verde da sucessão de inverno.
Segundo Nathália, os microrganismos estão relacionados com a manutenção e produtividade de diversos agroecossistemas, por isso estudar sobre a sua presença no solo é importante. “A diversidade biológica do solo e de sua atividade microbiana proporciona um melhor desenvolvimento das plantas, com maior eficiência na absorção de nutrientes e menores danos causados por estresses bióticos e abióticos. Sabendo que de acordo com as características de cada espécie de planta alguns microrganismos poderiam ser atraídos, gerando uma maior diversidade e atividade microbiana, buscamos explorar as espécies já estudadas pelo nosso grupo de pesquisa”, explica.
A pesquisa permite que o produtor ajuste à sua realidade o uso das plantas em estudo, de acordo com um parâmetro de qualidade do solo. Ao optar por uma determinada espécie no seu sistema de cultivo, estará aprimorando o manejo agrícola em termos de qualidade do solo e proporcionando melhores condições para o desenvolvimento das plantas.
Graduada, Nathália já está realizando o curso de mestrado na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Programa de Pós-Graduação em Fisiologia Vegetal.
Por Evelin Ramos, acadêmica de Jornalismo da Unijuí
Participar de projetos e pesquisas promovidos pela Universidade possibilita aos acadêmicos a troca de conhecimentos, promove interação com a comunidade e prepara o estudante para o ambiente de trabalho. A engenheira agrônoma Luana Pietczak, formada pela Unijuí, participou durante a sua graduação do Projeto Rondon - Operação João de Barro (2019/1), realizada no município de Novo Oriente do Piauí (Pi). Atualmente ela trabalha em uma unidade de produção da família.
Para Luana, o Projeto Rondon foi uma oportunidade de compartilhar conhecimentos. “Foi uma experiência única, onde consegui compartilhar as experiências adquiridas durante a graduação e também receber algumas. Trouxe para casa um sentimento lindo por ter doado o tempo ao próximo e compreendido tanto, transformando o jeito de pensar e agir. O projeto deixou sentimentos de gratidão e esperança no trabalho voluntário”, explica.
O objetivo da Operação João de Barro era o de promover transformações sociais e contribuir para o desenvolvimento da comunidade onde as ações foram realizadas. Participar dos projetos enquanto universitário é uma oportunidade único, e Luana não mediu esforços para fazer parte da equipe. “Eu sabia que se fosse selecionada o projeto mudaria a minha vida e com certeza mudou, principalmente a forma de pensar e agir. Voltei para casa com outros olhares e tenho muito orgulho de ter feito a diferença na vida de algumas pessoas. Foram grandes experiências, tanto profissional quanto pessoal”, ressalta.
As atividades desenvolvidas durante os projetos permitem experiências importantes para exercer após formados. Segundo a engenheira agrônoma, participar do projeto contribuiu para a sua formação. “Sempre foi meu sonho fazer parte do Projeto Rondon. Vejo ele como uma forma de ajudar o próximo. Quando fui uma das classificadas, fiquei emocionada. Sabia que nesta oportunidade iria compartilhar todo o conhecimento adquirido durante minha trajetória acadêmica. Com certeza, foi muito importante para a minha formação a troca de ideias, experiências e a convivência”, finaliza.
Por Evelin Ramos, bolsista de Popularização da Ciência da Unijuí
Buscando preparar o estudante para o desenvolvimento agrário de maneira sustentável, o curso de Agronomia da Unijuí tem uma formação sólida, focada na capacitação, aprimoramento e desenvolvimento de novas tecnologias que estimulam a atuação crítica, criativa, inovadora e empreendedora a partir dos desafios reais impostos pelo mercado de trabalho. Com cinco anos de duração, o curso na Unijuí disponibiliza uma estrutura qualificada, com vários laboratórios, equipamentos e uma área experimental de ensino, pesquisa e extensão com 236 hectares, a Escola Fazenda da Universidade, o Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR).
Com uma oferta em 10 módulos, os estudantes têm a oportunidade de desenvolver competências e habilidades durante o seu processo formativo. Por meio da disciplina de Projeto Integrador e da participação em Projetos de Pesquisa, Extensão e estágios, os acadêmicos são aproximados da prática profissional, sendo desafiados e desenvolver soluções para problemas reais do mercado de trabalho. A formação possibilita ainda uma integração com os cursos de Medicina Veterinária e Ciências Biológicas, o que eleva o compartilhamento de conhecimento.
A coordenadora do curso, professora Angélica Henriques, destaca que além do IRDeR, os estudantes de Agronomia tem à sua disposição a infraestrutura do Laboratório de Solos e Tecido Vegetal, Laboratório de Sementes, Laboratório de Bromatologia e Nutrição Animal, Laboratório de Produção Vegetal, Laboratório de Topografia, Laboratório de Hidráulica, Irrigação e Drenagem, Laboratório de Botânica, Fisiologia Vegetal, Fitopatologia e Fitossanidade, Laboratório de Zoologia e Entomologia, Laboratório de Microbiologia, Laboratório de Tecnologia de Alimentos, entre outros. “Nossos estudantes são formados para atuar em diferentes áreas, nas esferas públicas e privadas, junto a movimentos sociais e organizações não governamentais, cooperativas de produção agropecuária, empresas de produção familiar, empresas de insumos agrícolas, empresas de assistência técnica e extensão rural, órgãos de ensino e pesquisa e como profissionais autônomos”, finaliza.
O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do recém-formado no curso de Agronomia da Unijuí, Matheus Guilherme Libardoni Meotti, avalia o comportamento das plantas de girassol desfolhadas artificialmente e semeadas em época não preferencial (safrinha). Na pesquisa, foram removidas manualmente todas as folhas das plantas, em diferentes estágios fenológicos, sendo possível avaliar os componentes de produtividade mais afetados em cada fase do ciclo da cultura.
O trabalho, intitulado "Efeito do desfolha artificial na produtividade do girassol semeado em época não preferencial”, foi orientado pelo professor doutor Ivan Ricardo Carvalho. O experimento foi conduzido no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural – IRDeR, a Escola Fazenda da Unijuí, onde Matheus obteve auxílio dos funcionários na semeadura e controle fitossanitário.
O interesse de Matheus pelo tema surgiu durante uma aula da disciplina de Plantas de Lavoura II. “A temática me chamou atenção depois de um questionamento a respeito do comportamento das plantas de girassol. Como base, utilizei livros e outros artigos científicos, trabalhos de conclusão de cursos, dissertações e teses”, explica.
O principal objetivo da pesquisa foi avaliar a dinâmica da relação fonte-dreno e a contribuição dos fotoassimilados armazenados na haste (caule) para a manutenção da produtividade. Além disso, foram realizadas correlações das variáveis climáticas que mais influenciaram no incremento da produtividade e elaborados modelos que permitem estimar a produtividade antes mesmo de realizar a semeadura, utilizando dados meteorológicos.
Para Matheus, a sua pesquisa destaca a importância da cultura do girassol para o sistema produtivo, benefícios biológicos para o solo, sendo uma espécie adaptada para cultivo na região Noroeste do Estado. “Minha pesquisa se enquadra como alternativa para a rotação de culturas com sistema radicular agressivo e abundante em volume para explorar, estruturar o solo e ciclar nutrientes. Diferente das plantas de cobertura de solo, tem a possibilidade de ser colhido e trazer benefícios econômicos diretos para as propriedades rurais. Também ajuda a sociedade auxiliando na difusão do cultivo do girassol na região em uma época após a safrinha de milho. Muitas vezes os produtores têm área em pousio (sem cultivo), e esta é uma opção de espécie com benefícios de uma planta de cobertura de solo e com a possibilidade de colheita e retorno econômico direto”, finaliza Matheus.
Por Evelin Ramos, bolsista de Popularização da Ciência da Unijuí
Disciplinas que têm como característica a prática em campo tiveram que ser totalmente revistas no ano de 2020, como é o caso da Olericultura, do curso de Agronomia, segmento da horticultura que engloba a exploração e produção de legumes, vegetais e hortaliças. Conforme explicou o professor Osório Lucchese, no primeiro semestre, as aulas foram quase que totalmente virtuais. “Fazíamos filmagens, fotos, e postávamos durante algumas aulas. Foi um esforço muito grande, que fez com que percebêssemos a importância das aulas presenciais, práticas, para que os alunos consigam vivenciar, fazer observações e refletir sobre o sistema de cultivo de hortaliças”, explicou.
A disciplina está estruturada em três partes: a primeira é organizada geralmente no período de férias, onde os acadêmicos têm um conjunto de conteúdos básicos para produzir uma proposta de itinerário técnico – ou seja, uma proposta para produção de um sistema de cultivo de hortaliças. Os estudantes se dividem em duplas e são sorteadas culturas, como alface e cenoura, para que eles iniciem o trabalho. “A segunda parte envolve a instalação do sistema de cultivo. Os acadêmicos acompanham todas as etapas do sistema, até a colheita, e em cima disso, fazem a sua própria proposta de itinerário, que é apresentada em um seminário”, destacou o professor.
Na terceira etapa da disciplina, ocorre a sistematização das informações, com a produção de artigos, que são escritos nos moldes do Salão do Conhecimento da Unijuí. “Os estudantes estão sempre aprendendo na prática. A partir dos problemas que vão aparecendo, eles buscam soluções”, comenta Lucchese.
Toda essa parte prática é realizada na Horta Didática da Unijuí, sendo que a produção fica para o Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR). “O volume não é muito grande. Alguma coisa pode eventualmente ser doada e algumas produções os alunos levam para casa, para mostrar aos pais”, comenta o professor, lembrando que, por semestre, cerca de 10 culturas são estudadas – já que, cada dupla, trabalha uma específica. “Lembrando que toda essa horta que temos é de base agroecológica. Não usamos agrotóxicos. Todos os tratamentos ou controles que precisam ser feitos são realizados com produtos referenciados pela agricultura orgânica, como a utilização de produtos biológicos ou receitas alternativas”, reforça.
Utilizamos cookies para garantir que será proporcionada a melhor experiência ao usuário enquanto visita o nosso site. Ao navegar pelo site, você autoriza a coleta destes dados e utilizá-los conforme descritos em nossa Política de Privacidade.