A pandemia da Covid-19, além dos impactos na saúde, atinge fortemente a economia mundial. Para acompanhar as mudanças ocorridas no mercado da soja, milho e trigo, por exemplo, produtores, pesquisadores e estudantes contam com relatórios produzidos pela Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), por meio do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional (PPGDR), do Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação (Dacec) da Unijuí. O material é disponibilizado ao público no blog: http://ceemaunijui.blogspot.com/.
O relatório é produzido semanalmente e divulgado nas quintas-feiras, ao final do dia, ou durante o transcorrer das sextas-feiras, dependendo do fuso horário com os Estados Unidos, pois a análise é feita sobre o comportamento das cotações da Bolsa de Cereais de Chicago. De acordo com o professor doutor em Economia Internacional, Argemiro Luis Brum, coordenador da Ceema, o relatório traz informações sobre o que aconteceu durante a semana no mercado dos três produtos e, por meio disso, são indicadas possíveis tendências futuras. “O mesmo aborda o mercado internacional, nacional e, quando necessário, o regional. Nele colocamos estatísticas (preços de produtos de Chicago e do mercado brasileiro por regiões) e comentários a respeito”, explica o professor.
Com a quarentena, a produção do relatório, além de uma coluna de economia semanal continua, porém, por meio do home office, ou trabalho em casa. “Antes da quarentena, com toda a infraestrutura disponível na Ceema, colocávamos ainda gráficos do comportamento mensal das cotações em Chicago, porém, no momento não estamos colocando tais gráficos em função das dificuldades logísticas do home office”, afirma Argemiro. Com a análise é produzido um material semanal entre sete a dez páginas que pode ser acessado no blog.
Sobre a Ceema
A Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário existe na Unijuí desde 1993 e há alguns anos ela foi integrada ao PPGDR/Dacec. Dentre as diferentes atividades realizadas, encontra-se a produção de um comentário semanal sobre o mercado da soja, milho e trigo, produzido no mesmo modelo desde o início dos anos 2000. O relatório, assim como a coluna de economia semanal, é difundido a uma cadeia de sites nacionais, além de e-mails. Além disso, essas análises são utilizadas em entrevistas, palestras, orientações aos estudantes de graduação, pós-graduação lato e strictu senso, entre outros.
Por Manuela Joana Engster, acadêmica de Jornalismo e estagiária da Usina de Ideias
Site e banco de dados facilita doações de alimentos, produtos de higiene, agasalhos e remédios a quem necessita em Ijuí. Acesse neste link.
Conectar quem precisa a quem pode doar, além garantir que a doação seja exatamente o que mais se precisa. Sim, isso já é possível de se fazer localmente, graças a um banco de dados e site desenvolvido por empreendedores vinculados à Incubadora de Empresas de Inovação Tecnológica da Unijuí, a Criatec. A ideia surgiu e foi desenvolvida no fim de semana passado, durante o Startup Weekend, evento que registrou mais de 100 ideias para o enfrentamento da pandemia de Coronavírus em diversas partes do país, simultaneamente.
O projeto da equipe SOS - Covid, constituída por Andressa Palharini Machado, egressa do curso de Ciências Biológicas da Unijuí, Janiel Ceretta Foleto, egresso do curso de Ciência da Computação da Unijuí e vinculado à empresa Infinitum, além de César Augusto Fenterseifer, engenheiro ambiental, doutor em Engenharia Agrícola, incubado na Criatec pela empresa AgexTec, ganhou vida para além do evento, pela importância de conectar quem precisa de alimentos, produtos de higiene, agasalhos e medicamentos, com quem pode contribuir, usando a tecnologia para facilitar a ação solidária na comunidade.
Já está no ar, com cerca de 100 famílias de Ijuí cadastradas, o site https://www.ijuiajuda.com.br/. Quem desejar doar pode conferir, no endereço eletrônico, os produtos mais necessitados pelas pessoas cadastradas. E, para realizar este cadastro, os presidentes de bairros e entidades assistenciais do município estão auxiliando. “Para quem deseja fazer suas doações, apresentamos uma tabela atualizada, contendo as quantidades das principais necessidades dos bairros mais próximos da sua residência”, observa Andressa Palharini Machado.
A apresentação do site mostra bem a intenção dos empreendedores:
Grande parte dos municípios do país acabam enfrentando dificuldades semelhantes nos períodos de crise, de pandemia e desemprego como o que estamos enfrentando. Nesses momentos são comuns os desencontros entre as necessidades das famílias carentes e as doações recebidas, ou seja, a doação correta para a necessidade não chega a quem precisa e o doador não sabe o que doar. Essa falta de clareza e integração das informações, gera retrabalho, reduzindo significativamente a eficiência do uso dos recursos destinados para as doações.
De acordo com Cesar Augusto Fenterseifer, a ideia é fazer um levantamento para que empresas ou pessoas que queiram doar, ao invés de gastar o dinheiro em cestas básicas, possam otimizar doações por meio de informações e de dados. “Nossa ideia é propor, de fato, uma doação de precisão, tentando sempre atingir e impactar o máximo de pessoas que estejam precisando”, complementa. O grupo também está empenhado em ir atrás de possíveis entidades colaboradoras para as doações, complementando o trabalho do site.
Sobre o evento Startup Weekend
Um final de semana cheio de ideias inovadoras, tecnologia e empreendedorismo no Global Startup Weekend, que aconteceu de forma online no Brasil nos dias 17, 18 e 19 de abril. A Unijuí, em parceria com a Techstars, fez parte da organização do evento que reuniu mais de mil participantes de todos os lugares do país. Cerca de 100 ideias foram submetidas com o objetivo de solucionar problemas provocados pela pandemia do coronavírus.
A coordenadora da Incubadora de Empresas de Inovação Tecnológica da Unijuí (Criatec), Maria Odete Santos Garcia Palharini, representante da Unijuí na organização do evento, destacou a importância de trazer essas oportunidades para perto dos estudantes e da comunidade regional. “A participação da Unijuí foi importante também para reafirmar o seu compromisso com o ecossistema de inovação e de empreendedorismo”, destaca.
Cerca de 500 máscaras de TNT foram doadas à Fundação Municipal de Saúde de Santa Rosa para ajudar no combate à pandemia da Covid-19. Essa produção partiu de uma empresa incubada na Criatec da Unijuí campus Santa Rosa, a Simbiozy, que tem como foco principal a produção de roupas e acessórios para pets.
Com a disseminação do novo coronavírus, a empresa viu a necessidade de ajudar a comunidade e passou a produzir máscaras de TNT. A produção é voluntária e são entregues a profissionais da área da saúde vinculados à Fundação Municipal de Saúde de Santa Rosa (Fumssar). O material necessário para a produção foi custeado pela Fumssar.
Além do trabalho voluntário, a startup produz máscaras de tecido para comercialização. É o que explica a sócia da Simbiozy, Patrícia Schorr: “Estamos produzindo essas máscaras para que a população tenha acesso, já que nas farmácias o acesso é limitado”.
Incubadas da Criatec de Ijuí e Santa Rosa no enfrentamento à Covid-19
Outras ações foram desenvolvidas por incubadas da Criatec para ajudar no combate à Covid-19. A empresa Investus, por exemplo, cedeu a impressora 3D própria para a impressão de Face Shields para doação.
Além disso, a startup do empresário Rafael Dumcke produz tubulações “Y” com duas saídas. “A ideia das conexões Y para respiradores é que possam multiplicar as saídas dos respiradores, assim um respirador pode ser utilizado por mais de um paciente”, comenta Rafael. Assim como a incubada Sacada 3D, que faz a impressão de máscaras e peças para equipamentos hospitalares. A empresa Doled também se preocupou com a proteção dos profissionais e desenvolveu um equipamento para proteção daqueles que estão em contato com pacientes infectados.
Baseados em um protótipo desenvolvido no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, os empresários Dirlean Ribeiro dos Santos e Danieli Rhodenos, proprietários da Avansee e da Hex, também pensaram em alternativas para contribuir com essa luta. Desenvolveram um protótipo de um ventilador mecânico. Esse equipamento está sendo desenvolvido para que profissionais da área da saúde utilizem em casos de emergência no Hospital Bom Pastor, de Santa Rosa, inicialmente. O protótipo foi custeado por empresários da cidade, que participam de todos os processos.
O setor econômico também recebeu atenção. A empresa Guiaci colocou à disposição dos empresários de Ijuí um guia comercial online para divulgação e comercialização de produtos e serviços. A coordenadora da Incubadora de Empresas de Inovação Tecnológica da Unijuí (Criatec), Maria Odete Santos Garcia Palharini, conta que as ações não param e em breve outras atividades serão divulgadas.
Texto elaborado pelas professoras do curso de Psicologia da Unijuí – DHE: Carolina Baldissera Gross e Janete Teresinha de Aquino Goulart.
Imagem: Reprodução da obra Filósofo em meditação, de RembrandtFreud (1929) aponta três grandes fontes de mal-estar, são elas: o corpo, fadado ao fracasso; o mal-estar inerentes às relações sociais e a impotência diante da força da natureza.
A situação que estamos vivendo, de pandemia, traz inúmeras consequências e modificações para as pessoas, famílias, trabalhadores, estudantes, cidadãos, nessas três dimensões: a fragilidade do corpo frente a um vírus com grande poder de transmissão e letalidade; o mal-estar vivenciado no laço social por fatores econômicos, afetivos e sociais; a limitação frente ao desconhecimento e o descontrole das ações humanas que ignoram a força da natureza em suas respostas ao maus tratos ao meio ambiente ou às “inabilidades” humanas.
Tal como entende-se no momento, a forma como cada sujeito irá vivenciar a pandemia é singular, e irá mobilizar os recursos psíquicos existentes, conscientes ou não, para interpretar a situação, e assim trabalhar e se reorganizar no enfrentamento. Isso inclui a vivência da angústia e do sofrimento, mas esses sentimentos/afetos são próprios de situações em que as pessoas se deparam com o desamparo – seja ele derivado de uma suspensão das bases até então vividas, seja pela falta de um ordenador social sólido. O desamparo, se prolongado, produz inseguranças e potencializa a ansiedade que dependendo da intensidade e duração podem alterar significativamente a qualidade de vida.
Neste contexto, algumas pessoas irão vivenciar o isolamento/distanciamento físico e social sem grandes problemas, ressaltamos, sem dispensar a angústia e algum tipo de sofrimento, mas suportando-os. Esse tempo poderá ser um tempo de atualização de projetos de vida, reflexão e ressignificação. No entanto, outras pessoas estarão mais suscetíveis aos sentimentos despertados pela situação. E isso tem relação com toda a história da pessoa, com a forma como esta pessoa vivenciou anteriormente situações de perdas e restrições, a forma como a pessoa se coloca em relação a individualidade e a coletividade, e/ou os laços sociais.
Os laços sociais, também sofrem grande impacto na situação de pandemia, de uma forma muito variada. Nas famílias podem acontecer uma aproximação que exige uma releitura do compartilhamento dos espaços comuns e privados, um reencontro de funções (maternas, paternas, fraternas); papéis (pai, mãe, filho(a), neto(a), genro, nora...) por vezes novas para os tempos atuais, por necessidade. Vivendo um período considerável compartilhado, sem intervalos, sem o habitual “tchau, volto após o trabalho, antes vou passar no mercado, quer algo de lá?”.
Por outro lado, pessoas que afastaram-se fisicamente de seus entes queridos, independente do modo de relacionar-se – amorosamente ou nem tanto - se encontram apenas por compartilhamento de tecnologias virtuais com um... “Olá, como vocês estão?”, “Estamos com saudades”.
No campo do trabalho também houve alterações significativas que, de um modo ou outro, impactam na subjetividade das pessoas e produzem muitos fenômenos com impactos psíquicos. Trabalho aqui inclui o trabalho mental (psíquico) do estudante, desde a infância até a idade adulta.
A casa, para muitos trabalhadores, estudantes, que por vezes era ponto de passagem, em parte passa a ser refúgio do mundo, em parte passa a se configurar como território para todas as experiências, desde às privadas (descanso, prazeres, etc.) até as públicas (trabalho, estudo, etc). Como a casa passa a ser esse território em que o outro se torna virtual, cabe ao sujeito gerir suas atividades, e isso pode ser tarefa não tão fácil...
Todas as modificações podem desvelar inúmeros aspectos das relações que as pessoas estabelecem, e que estavam veladas, sob o véu da velocidade do tempo e da quantidade das tarefas. Os desvelamentos são tanto para o bem ou para o mal, quanto objetos de reflexões e ressignificações. Assim, as pessoas ficam expostas a elementos, ou aspectos, que já existiam, já faziam parte das relações, negados ou deixados em um plano secundário, esses elementos, na situação que vivemos, florescem. Assim, a desconfiança, a insegurança, as relações de poder, e outros fatores sensíveis a impactar a subjetividade, tornam-se mais evidentes, e podem produzir sofrimentos psíquicos para além do suportável.
Se temos o resgate de algumas relações, familiares e sociais, muitas vezes sustentadas pelo compartilhamento do ambiente virtual, resgate de histórias familiares e amizades longínquas, também existem ambiguidades na situação de isolamento, que devem ser olhadas atentamente.
A psicologia vem trabalhando para acompanhar os impactos na subjetividade e na condição do sujeito a partir dessa vivência. Uma primeira adaptação vem sendo observada com um suporte virtual à pessoas, empresas e instituições que sofrem de modo mais intenso os efeitos das alterações nos conceitos de tempo e espaço. Há uma suspensão dos processos de luto que ainda virão pela frente. Muitas marcas e cicatrizes vão se produzir a partir desse momento e uma das formas de chegar ao enfrentamento é olhar, pensar e falar sobre essa difícil travessia.
Certamente haverá muitas perdas nessa vivência da pandemia. Apesar da psicologia não trabalhar com a contabilização dos aspectos positivos ou negativos da pandemia, trabalha-se com as escolhas individuais e coletivas desse atravessamento. Vivências, que impactam de algum modo na qualidade de vida e na saúde mental que é de extrema importância para os enfrentamentos e reorganizações que ainda deverão acontecer.
E a elaboração - conversa está apenas começando...
Um final de semana cheio de ideias inovadoras, tecnologia e empreendedorismo no Global Startup Weekend, que aconteceu de forma online no Brasil nos dias 17, 18 e 19 de abril. A Unijuí, em parceria com a Techstars, fez parte da organização do evento que reuniu mais de mil participantes de todos os lugares do país. Cerca de 100 ideias foram submetidas com o objetivo de solucionar problemas provocados pela pandemia do coronavírus.
Umas das ideias inscritas teve a participação do estudante de Administração e da Pós-Graduação em Marketing da Unijuí, Dionato Oliveira, ele e sua equipe desenvolveram uma ideia voltada aos pequenos e médios empreendedores da região. “A nossa ideia busca incentivar e ajudar os negócios locais a se desenvolverem de forma digital e local”, comenta.
O estudante participou da equipe formada por estudantes do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Paraíba. “Eu tive a oportunidade de ajudar a construir uma solução para um problema efetivo, fazer a validação desse problema e dessa solução, conhecer pessoas de diferentes lugares e com pensamentos diferentes. Foi uma experiência inigualável poder colocar em prática aquilo que tanto estudamos. Foram três dias corridos de muito aprendizado, de muita construção, de muita prática”, comenta Dionato.
A Coordenadora da Incubadora de Empresas de Inovação Tecnológica da Unijuí (Criatec), Maria Odete Santos Garcia Palharini, representante da Unijuí na organização do evento, destacou a importância de trazer essas oportunidades para perto dos estudantes e da comunidade regional. “A participação da Unijuí foi importante também para reafirmar o seu compromisso com o ecossistema de inovação e de empreendedorismo”, destaca.
Egressa integrou equipe vencedora
A egressa do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Desenvolvimento Regional da Unijuí, Andréa Bujnick Vieria, fez parte da equipe vencedora da Startup Weekend. A jovem fez parte do desenvolvimento da ideia de uma plataforma para conectar profissionais da saúde com hotéis. Dessa forma o objetivo é possibilitar que os profissionais descansem nesses locais ao invés de irem para casa e assim preservarem a saúde de seus familiares.
A egressa explicou que a ideia também pode auxiliar a economia do setor hoteleiro. A equipe agora disputará o TOP 20 Global - Techstars Innovation Bootcamp, com as 20 melhores ideias do mundo todo.
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