Nesta segunda rodada Ijuí novamente não registrou nenhum caso positivo nos testes realizados pela equipe de pesquisa. Porém, registrou aumento no número de pessoas que relatam sair de casa diariamente.
Na manhã desta quarta-feira, dia 29 de abril, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, durante transmissão ao vivo pela internet, com participação das secretárias de Planejamento, Orçamento e Gestão, Leany Lemos, e da Saúde, Arita Bergmann, além do reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPeL), Pedro Hallal, realizou a divulgação dos resultados da segunda etapa da pesquisa que mapeia o avanço da Covid-19 no Estado. Os números da segunda etapa da pesquisa por amostragem para estimar o percentual da população do Rio Grande do Sul infectada pelo novo coronavírus estimam que o Estado tenha 15.066 pessoas com anticorpos – ou seja, que já tiveram contato com a Covid-19 –, equivalente a um infectado a cada 769 habitantes, taxa de 0,13%. Dos 4,5 mil testes aplicados entre os dias 25 e 27 de abril, seis testaram positivo, nenhum deles em Ijuí. Os seis casos positivos foram identificados em Porto Alegre, Pelotas, Santa Maria e Canoas. As pessoas que dividem residência com os seis casos positivos também foram testadas – 12 familiares, dos quais nove também tiveram resultado positivo para a Covid-19. Esses 12 familiares não fazem parte dos 4,5 mil selecionados para a pesquisa e, por isso, não ficam contabilizados no resultado.
As nove cidades onde foram realizadas as coletas – Caxias do Sul, Canoas, Ijuí, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, Santa Maria e Uruguaiana - representam 31% da população gaúcha, ou seja, 11,3 milhões de habitantes. O estudo reflete uma realidade do avanço da doença de duas semanas atrás. Com os resultados da segunda etapa é possível estimar que, para cada 1 milhão de habitantes do Rio Grande do Sul, existam 1,3 mil infectados, dos quais somente 108 foram notificados. Para cada notificado, existem até 12 não notificados (há uma margem de erro que varia entre 5 a 26 não notificados).
Segundo a coordenadora da pesquisa em Ijuí, professora do Departamento de Ciências da Vida (DCVida), Evelise Berlezi, foram visitados 500 domicílios na cidade nesta segunda etapa. “Os dados mostram que, comparativamente com a primeira rodada, tivemos um aumento de infecção na população, em termos de Estado”, observou. A próxima etapa será realizada nos dias 09 e 10 de maio e, novamente, a Unijuí abre inscrição para voluntários que desejem participar. Acesse o formulário neste link e participe!
Distanciamento social
Responsável por coordenar o trabalho da epidemiologia da Covid-19, o reitor da UFPel abordou também os aspectos que evidenciam uma mudança no comportamento dos gaúchos para se prevenirem contra o contágio. Segundo a pesquisa, houve um aumento significativo das pessoas que passaram a sair de casa diariamente: eram 20,6% dos pesquisados na primeira consulta e, agora, esse percentual saltou para 28,3%. O contingente de pessoas que declaram sair apenas para as necessidades essenciais caiu de 58,3% para 53,4% dos entrevistados. Recuo semelhante ocorreu neste intervalo de duas semanas entre aqueles que disseram cumprir o isolamento total: eram 21,1% e, agora, são 18,3%.
Segundo os dados apresentados, Ijuí, Passo Fundo e Santa Cruz do Sul foram as cidades que tiveram um aumento mais significativo de relatos de que a população sai de casa todos os dias, chegando a cerca de um terço dos entrevistados.“Os dados de Ijuí mostram que tivemos um aumento de quase 10%, em relação a primeira etapa (de 24% para 33,8%) de pessoas que saem diariamente de casa, isso nos chamou muito a atenção”, salienta a professora Evelise Berlezi, professora da Unijuí, que coordena o estudo em Ijuí.
Letalidade
A pesquisa trouxe a primeira estimativa de letalidade. Se o cálculo for baseado nos casos notificados – 49 óbitos e 1.350 casos confirmados no dia 28 de abril –, a letalidade estimada seria de 3,6%. Isso significa que, a cada cem pessoas que contraírem o vírus, entre três e quatro iriam a óbito.
Se, porém, o cálculo levar em consideração o total de casos estimados pela pesquisa, de 15.066, e o número de óbitos confirmados, de 49 casos, a estimativa de letalidade fica em 0,33%. Ou seja, a cada mil pessoas que contraírem o coronavírus, três iriam a óbito.
O reitor ressalta, no entanto, que a taxa de letalidade varia muito de acordo com a faixa etária, sendo significativamente mais alta entre idosos. “Mesmo com a baixa letalidade, o número é muito relevante na população. De maneira nenhuma significa que pode ser interpretada como um sinal verde para o retorno da vida como era antes do coronavírus. Isso vai demorar muito tempo para acontecer”, destacou Hallal.
A secretária da Saúde, Arita Bergmann, informou que o Laboratório Central do Estado (Lacen) faz a testagem de todos os casos de pacientes internados por síndrome respiratória aguda grave. Quando há um óbito, é notificado. "Os óbitos sempre têm prioridade nas análises. Quando dá resultado negativo para Covid-19, o corpo também é testado para avaliar a existência ou não de outras doenças respiratórias", detalhou. No RS não há demanda reprimida para análise de óbitos.
Foto: Governo Estadual
Pesquisa de campo
O Ministério da Saúde enviou 20 mil kits para viabilizar a aplicação dos testes e já programa replicar o mesmo estudo no restante do país. Além da UFPel, a pesquisa mobiliza uma rede de 12 universidades federais e privadas: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Universidade Federal do Pampa (Unipampa/Uruguaiana), Universidade de Caxias do Sul (UCS), Imed Passo Fundo, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS/Passo Fundo), Universidade de Passo Fundo (UPF) e Universidade La Salle (Unilasalle-Canoas).
O estudo tem um custo estimado em R$ 1,5 milhão e tem o apoio da Unimed Porto Alegre, do Instituto Cultural Floresta, também da capital gaúcha, e do Instituto Serrapilheira, do Rio de Janeiro.
Números da segunda etapa da pesquisa:
• Para cada 1 milhão de habitantes no RS, estima-se que existam 1.300 infectados reais, 108 notificados.
• Para cada caso notificado nas nove cidades da pesquisa, existem cerca de 12 casos não notificados.
• A letalidade da Covid-19 no RS está em 3,6% dos casos notificados (49 óbitos/1.350 casos até 28/4).
Clique aqui e acesse a segunda fase do estudo Epicovid19
Fonte: Governo do Estado
Vivemos um momento delicado, de isolamento social devido ao Covid-19, em que muitas pessoas não podem sair de suas casas e vários estabelecimentos comerciais estão de portas fechadas ou funcionando de forma adaptada. Com isso, surgem as preocupações dos comerciantes e lojistas. Para descobrir como os comerciantes podem se adaptar melhor ao isolamento social, a professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unijuí e pesquisadora em consumo e culturas digitais, consultora em Experience Marketing, Márcia Almeida, destaca algumas questões.
Segundo ela, um dos aspectos mais importantes que devemos considerar durante o isolamento social é a experiência do cliente. Por isso é preciso entender qual o perfil do público atendido pela loja para atender às necessidades dele. “Estamos na “Era da Experiência”, mas é impossível nós gerarmos uma experiência positiva se nós não conhecemos a expectativa dos nossos clientes. ”
Para gerar uma experiência positiva, Márcia considera essencial manter uma comunicação ativa e próxima do cliente, utilizando de redes sociais para estreitar os laços entre o cliente e o atendimento. Várias ferramentas podem ser utilizadas, mas é o vídeo que tem destaque: “É interessante gravar vídeos, fazer lives ou publicar stories para manter a comunicação bem próxima do seu cliente, e fazer essa interação de uma forma que não é nem ao céu e nem à terra, na medida certa. ”afirma.
Por fim, Márcia destaca a empatia pelo cliente. Segundo ela: “É muito importante entender o momento que o cliente vive, não só se preocupar com um funil de vendas ou então etapas do processo decisório de compra, mas realmente ter empatia. “Para isso, é essencial considerar algumas questões, como: Quais são as informações que o cliente precisa? E quais são as necessidades para que ele realize a compra com segurança?
O objetivo dessas perguntas é perceber e entender o que a compra significa para o cliente, quais são as alternativas que o comerciário ou o lojista podem trazer enquanto parceiro dele nessa relação, para que ela realmente seja uma experiência positiva para ambos. “Adaptação e transformação são as palavras de ordem. É preciso se adaptar para entender o momento, ficar ligado nas pesquisas e olhar para o teu consumidor e fazer o seu dever de casa”. Conclui.
Por Giovanni Pasquali, estudante de Jornalismo e estagiário da Agência Experimental Usina de Ideias.
Em meio à declaração de pandemia provocada pelo novo coronavírus, a educação precisou se reinventar. Como a principal medida de contenção do vírus adotada até o momento é o distanciamento social, a educação superior migrou suas atividades presenciais para o online, com atividades síncronas (mesmo horário, mesmo professor).
Com essa mudança temporária, nas últimas semanas mais de 50 projetos de lei foram protocolados em todo país nas esferas municipal, estadual e federal com propostas de redução das mensalidades dos estabelecimentos de ensino. As informações são do Departamento de Estudos Econômicos do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (DEE/CADE), que divulgou na última sexta-feira (24), uma nota técnica na qual alerta para potenciais efeitos negativos desses projetos de lei.
Segundo a análise do DEE/CADE, apesar deste tipo de interferência à primeira vista ser bem intencionada, é possível que, dependendo do modo como for implantada, haja mais efeitos maléficos do que benéficos. O estudo aponta que a diminuição da mensalidade educacional pode significar, na situação mais otimista, uma diminuição temporária de custos (para os estudantes) e a redução dos salários de alguns professores (e técnicos).
Por outro lado, em um cenário mais pessimista, poderia ocorrer a falência de várias instituições de ensino privado (e comunitário) causando, por consequência, desemprego e dificuldades de realocação dos profissionais no mercado de trabalho, aumento dos gastos públicos com educação e comprometimento do orçamento destinado à saúde, bem como uma infinidade de contratempos de ordem acadêmica aos próprios estudantes.
Além dessas preocupações, o estudo ainda aponta para os riscos decorrentes de uma possível concentração de mercado no ensino superior, uma vez que estabelecimentos privados com fins lucrativos possuem maior poder de barganha.
Diante do exposto e considerando os impactos que ainda se farão sentir pelos efeitos da Covid-19, a Unijuí, a exemplo das demais universidades comunitárias do Rio Grande do Sul, reafirma sua política de procurar atender individualmente aos estudantes que comprovem dificuldades efetivas na manutenção do pagamento de suas mensalidades. Também é necessário considerar todo o esforço que a instituição vem fazendo ao longo dos últimos anos, no sentido de reduzir custos e apresentar mensalidades e possibilidades de financiamento em condições mais favoráveis aos estudantes.
A nota técnica do Conselho Administrativo de Defesa Econômica está disponível, na íntegra, neste link.
Quem é?
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica - Cade é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério da Justiça, que tem como missão zelar pela livre concorrência no mercado, sendo a entidade responsável, no âmbito do Poder Executivo, não só por investigar e decidir, em última instância, sobre a matéria concorrencial, como também fomentar e disseminar a cultura da livre concorrência.
Quais são as suas competências?
Preventiva: analisar e posteriormente decidir sobre as fusões, aquisições de controle, incorporações e outros atos de concentração econômica entre grandes empresas que possam colocar em risco a livre concorrência.
Repressiva: investigar, em todo o território nacional, e posteriormente julgar cartéis e outras condutas nocivas à livre concorrência.
Educativa: instruir o público em geral sobre as diversas condutas que possam prejudicar a livre concorrência; incentivar e estimular estudos e pesquisas acadêmicas sobre o tema, firmando parcerias com universidades, institutos de pesquisa, associações e órgãos do governo; realizar ou apoiar cursos, palestras, seminários e eventos relacionados ao assunto.
Fonte: http://www.cade.gov.br/
No fim de semana, dias 25 e 26 de abril, uma equipe de pesquisa da Unijuí esteve a campo para dar continuidade ao estudo sobre o avanço do Coronavírus no Rio Grande do Sul, realizando a segunda etapa do estudo. O resultado oficial será divulgado pelo Governo do Estado durante esta semana.
Nesta segunda etapa do estudo foram visitados 500 domicílios em todas as regiões da cidade e realizado um teste por família, por meio de sorteio, além de questionário para o levantamento de dados complementares ao trabalho. Os resultados desta segunda etapa serão divulgados primeiramente pelo Governo Estadual e pela Universidade Federal de Pelotas, que coordenam a pesquisa.
Uma equipe de 26 pesquisadores voluntários, estudantes ligados aos cursos da área da Saúde, orientados por professores da Unijuí (DCVida) e pelo Instituto de Pesquisa e Opinião de Pelotas, realizaram as visitas. Todos os participantes foram testados nesta sexta-feira antes da ida a campo do fim de semana. Para esta rodada, ainda, os pesquisadores ganharam um reforço de segurança, por meio de doação da Criatec e empresa incubada Doled, que produziu máscaras de acrílico, as face shields. Segundo a professora Evelise Berlezi, que coordena as atividades em Ijuí, tudo transcorreu normalmente.
A pesquisa é uma iniciativa da Secretaria de Saúde do RS, da Vigilância Epidemiológica e do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, em parceria com universidades gaúchas. O estudo será realizado em Pelotas, Santa Maria, Uruguaiana, Ijuí, Passo Fundo, Caxias do Sul, Santa Cruz do Sul, Lajeado e Grande Porto Alegre simultaneamente, com a coordenação da UFPel. Trata-se de um estudo inédito, a partir de amostragens epidemiológicas sequenciais, e que permitirá identificar a prevalência da doença por regiões, o contingente de pessoas atingidas pelo novo coronavírus, mas que não apresentam sintomas e projetar a incidência de casos mais graves e até o grau de letalidade da doença. Os professores envolvidos neste estudo pela Unijuí são: Evelise Berlezi, Matias Frizzo, Lígia Franz, Thiago Heck do Mestrado em Atenção Integral à Saúde e Carlos François, do curso de Medicina.
O teste rápido aplicado pelos pesquisadores detecta a presença de anticorpos, que são defesas produzidas pelo organismo somente depois de sete a dez dias da data de contágio pelo vírus. Dentro desse período, o resultado pode apontar negativo, mesmo que a pessoa tenha contraído o coronavírus. Em caso de resultado positivo, os participantes recebem um informativo com orientações e, em seguida, são contatados para acompanhamento e suporte da secretaria de saúde local.
A população das cidades pesquisadas equivale a 31% da população gaúcha. Pesquisadores foram até as casas sorteadas e coletaram uma gota de sangue de um dos moradores para realizar o teste. As próximas fases ocorrerão entre os dias 9 e 11 de maio e entre os dias 23 e 25 de maio. Serão testadas 4500 pessoas em cada fase da pesquisa.
São parceiras do projeto a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, a Universidade de Santa Maria, a Universidade Federal do Pampa, a Universidade Federal do Rio Grane do Sul, A Universidade do Vale dos Sinos, a Universidade de Caxias do Sul, a Imed, a Universidade Federal da Fronteira Sul, a Universidade de Passo Fundo, a Universidade de Santa Cruz do Sul e a Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.
O estudo tem apoio do Ministério da Saúde, da UNIMED de Porto Alegre, do Instituto Floresta e do Instituto Serrapilheira.
Desenvolver ideias inovadoras e criativas é o objetivo do evento Ideathon Covid-19 promovido pela Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Estado do Rio Grande do Sul. O evento será online e deve reunir ideias para melhorar a qualidade de vida em meio à Pandemia da Covid-19.
A maratona online para geração de ideias está com as inscrições abertas até o dia 27 de abril, segunda-feira. As inscrições são gratuitas e com foco nas categorias de Gestão e Marketing, Arquitetura e Design, Saúde e Bem-estar e Educação, para integrantes a partir dos 15 anos de idade. Há também a categoria kids.
Serão nove fases: inscrições individuais: geração de ideias, formação de equipes, mapeamento do problema, detalhamento da solução, modelagem sustentável, protipação (produto mínimo viável), testes de validações finais, apresentação final e premiações. Cada fase deve acontecer durante uma semana. A primeira acontece de 28 de abril a 05 de maio. A final irá acontecer no dia 7 de junho. Todas as equipes que apresentarem seus projetos receberão certificado de participação, e serão destacadas com certificado de premiação as 4 melhores equipes de cada categoria.
Saiba mais sobre a maratona online Ideathon Covid-19 e como fazer a inscrição neste link.
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