A pandemia de coronavírus tem causado um grande impacto na economia mundial. No Brasil esse cenário não é diferente, com projeções pessimistas apontadas por especialistas da área para o ano. Diante disso, a Unijuí, como grande parte de outras instituições e empresas das mais diversas áreas, também sente os reflexos econômicos causados pela crise surgida da pandemia.
Para contextualizar e mostrar aos estudantes da Universidade o cenário em que a instituição se encontra, a Unijuí realizou, na noite de terça-feira, dia 12, uma transmissão ao vivo no Instagram, com o objetivo de prestar esclarecimentos sobre questões das mensalidades e do retorno de aulas práticas, com a participação do Vice-Reitor de Administração, Dieter Siedenberg e da Vice-Reitora de Graduação, Fabiana Fachinetto.
Mensalidade é um dos assuntos que mais tem gerado questionamentos dos estudantes. Sobre este importante ponto, o Vice-Reitor de Administração, Dieter Siedenberg, observou que, ainda neste mês de maio, será apresentada uma proposta de desconto, a ser implementada no segundo semestre. “Já que as aulas são síncronas agora, nós temos sim a economia em custos como água, luz e outros, no entanto, quando calculamos o que isso significa no total, representa 1,83% do valor da mensalidade”, observou. O professor complementa que, para este semestre, não foi possível atender este desconto. “Nós precisamos ter condições, neste semestre, de ajudar quem já foi impactado pela crise. O impacto tende a ser maior no segundo semestre, o que exige da instituição outras estratégias. Estamos atentos a essa situação e queremos oferecer um desconto que seja significativo, relacionado a essa economia de despesas que tivemos e que seja, de fato, um auxílio às famílias de estudantes na manutenção do sonho da formação”.
Outro ponto nestas questões analisadas pelo Vice-Reitor se refere a negociações e flexibilizações de pagamento para aqueles estudantes que encontraram dificuldades pela situação econômica do país. “Nós estamos tentando atender todos os alunos que foram atingidos pela covid-19, direta ou indiretamente. Por isso, estamos focados em atender aquelas pessoas que perderam o emprego (elas ou o responsável pelo pagamento da Universidade), sendo assim, todas essas pessoas devem procurar o nosso setor financeiro para, juntamente conosco, encontrar formas de flexibilizar esse pagamento e manter o estudante no processo de graduação”, observou.
Alguns estudantes questionaram, ainda, se a Universidade poderia cobrar aos estudantes do cursos presenciais, que estão com aulas online síncronas, o valor de cursos a Distância, que são mais baixos. “O EaD tem uma modalidade diferente das aulas online que estão sendo ofertadas aos estudantes nesse momento. As aulas online são síncronas, ou seja, as aulas acontecem no mesmo horário da aula presencial, só que de forma online, ao vivo. No EaD as aulas não são onlines, pois o material entregue permite ao aluno estudar em qualquer dia, horário e lugar. Por isso, não podemos adotar a mesma sistemática de pagamento para essas duas modalidades”, reforça.
Os esclarecimentos abrangeram diversas questões acadêmicas, principalmente no que diz respeito às aulas online síncronas e também de atividades práticas neste momento de pandemia, respondidas pela Vice-reitora de Graduação, Fabiana Fachinetto. “Estamos aguardando orientações do Governo do Estado para saber se poderemos voltar ou não a partir do dia 16 de maio com as atividades de educação. Sabemos que o governo do RS adotou esse modelo de distanciamento social controlado. No sábado passado foram anunciados vários setores que poderão retornar, mas ficou de fora o setor da educação. Então, por enquanto, vamos permanecer online, aguardando o retorno do Governo do Estado com novas orientações”, observa.
Sobre a recuperação de atividades, situação que gera angústia nos estudantes, respondeu: “as aulas práticas e estágios serão sim recuperados com toda carga horária. O momento de recuperação é que ainda é incerto, pois não temos autorização do governo do estado para usar nossos laboratórios com as turmas como elas foram projetadas, com 10 a 20 estudantes, por exemplo. O que nos deixa mais tranquilos é que as aulas teóricas estão acontecendo normalmente e vai nos permitir terminá-las dentro do calendário previsto, ou seja, a nossa previsão de recuperação das aulas práticas, seja das disciplinas de 2 a 4 créditos, é que aconteça em julho, ou assim que o governo do estado nos liberar”, disse.
Muitos estudantes questionam especificamente sobre aulas práticas, comuns para a grande maioria dos cursos, principalmente aos estudantes que já estão em estágios mais avançados de formação, a professora esclarece que hoje existem duas situações: “O Governo Federal liberou as práticas e estágios presenciais para a área da saúde, em meio a essa pandemia, por serem serviços mais essenciais. Há também uma orientação de que todas as práticas e estágios possíveis de serem realizadas de forma online, devem ser feitos e a Unijuí tem adotado essa possibilidade. Um exemplo são os cursos das áreas de Licenciatura, Direito, Engenharia e Administração. Já a orientação do Governo do Estado é referente ao uso dos laboratórios, o que pode gerar aglomeração devido ao número de alunos nas turmas. Para isso, estamos aguardando as orientações do governo e já estudando formas de viabilizar esse atendimento de maneira a garantir a segurança dos estudantes”, complementa.
Inclusive, a segurança foi um ponto frisado em diversos momentos da transmissão: “nós já estamos trabalhando com equipamentos de proteção individual, nós estamos produzindo nas nossas equipes internas e com as parcerias externas, máscaras de proteção, estamos trabalhando na aquisição de equipamentos de medição de temperatura caso o governo exija, produtos de higienização, isso tudo a gente já está trabalhando. Também com a construção de grupos menores como uma medida protetiva no caso de retorno às aulas”, reforça.
Diversas questões ainda geram dúvidas aos estudantes neste momento de incertezas. Os dois membros da Reitoria salientaram que a Universidade segue aberta para receber e responder os questionamentos. E, para as perguntas que ficaram pendentes na Live, está sendo organizado um documento que será compartilhado com os estudantes da Universidade.
Estudo estima 2.200 pessoas com anticorpos para Covid-19 a cada 1 milhão de habitantes no RS.
Dados mais recentes coletados pelo estudo que está mapeando o avanço do coronavírus (EPICOVID19) sugerem um aumento na prevalência de pessoas com anticorpos para o coronavírus no Rio Grande do Sul nas últimas semanas. Na terceira fase do levantamento, 0,22% das pessoas testadas apresentaram resultado positivo. Na testagem anterior, realizada no último fim de semana de abril, esse índice havia sido de 0,13%. No primeiro levantamento, há um mês, foi de 0,05%. O aumento da prevalência de pessoas com anticorpos no Estado veio acompanhado de uma diminuição do número de pessoas respeitando as orientações de distanciamento social. Entre o primeiro levantamento e o último, o percentual da população que relatou sair de casa diariamente aumentou de 20,6% para 30,4%.
Nesta terceira etapa, realizada no último final de semana, os pesquisadores realizaram 4.500 entrevistas e testes, dos quais dez apresentaram resultado positivo. Os novos dados estimam que, para cada 1 milhão de habitantes no Rio Grande do Sul, haja 2.200 casos reais de infectados por Covid-19 e apenas 248 casos notificados – ou seja, para cada caso notificado, haveria nove subnotificados. Pela margem de erro, esse número pode variar entre 4 e 16. É importante ressaltar que os números ainda baixos requerem um cuidado extra na interpretação das estimativas.
Em Ijuí, pela primeira vez a pesquisa identificou casos positivos - dois no total - nesta rodada de testes rápidos. Segundo a coordenadora do estudo na cidade, baseando-se na estimativa da pesquisa para o estado - 1 infectado para cada 454 - e considerando uma população de 80 mil habitantes, Ijuí pode ter em torno de 176 casos. A pesquisa também aponta um pequeno aumento no percentual de pessoas que relatam sair de casa todos os dias, de 33,8% para 35,2% dos entrevistados. Foram 500 residências visitadas nesta rodada. “Essas pessoas podem estar disseminando a infecção, por isso a adoção de medidas individuais de proteção é fundamental para se proteger e proteger os outros”, observa Evelise.
Nesta quarta-feira, a equipe de professores que está atuando na pesquisa realizou uma Live, no Facebook da Universidade, para detalhar a terceira etapa para a comunidade ijuiense. Confira:
Sobre os testes
O teste utilizado (WONDFO SARS-CoV-2 Antibody Test) avalia anticorpos produzidos pelo organismo após a infecção, e não identifica o vírus ativo logo após o contágio. Ele pode produzir 15% de falsos negativos e 1% de falsos positivos – ainda assim, foi recentemente avaliado como uns dos melhores no mercado. “Os casos notificados representam apenas uma parcela do total, confirmando a nossa teoria do iceberg de que existe uma parte visível, representada pelas estatísticas oficiais, e uma parte submersa, que precisa ser conhecida para que sejam tomadas as melhores decisões para o seu enfrentamento”, afirma Pedro Hallal, coordenador do projeto.
O Governo estadual preparou um vídeo detalhando os testes. Confira:
A pesquisa ainda está em andamento. A previsão é realizar, até 25 de maio, entrevistas e testes com 18 mil pessoas em nove cidades gaúchas, mas já foram confirmadas pelo menos mais duas fases, cujas datas serão anunciadas em breve. Os dados obtidos no atual estágio da pandemia são similares aos coletados em outros países como Áustria e Islândia. Eles se referem exclusivamente ao estado do Rio Grande do Sul, mas o EPICOVID19 também será replicado no Brasil inteiro.
A primeira fase do estudo nacional vai a campo nesta quinta-feira, 14 de maio. A previsão é coletar amostras em 133 cidades em todos os estados, realizando mais de 33 mil testes em cada uma das três fases, intercaladas por duas semanas, totalizando quase 100 mil pessoas.
O EPICOVID19 é coordenado pela Universidade Federal de Pelotas e pelo Governo do Estado Rio Grande do Sul. O objetivo do estudo é estimar o percentual de gaúchos infectados pela Covid-19; avaliar a velocidade de expansão da infecção; fornecer indicadores precisos para cálculos da letalidade e determinar o percentual de infecções assintomáticas ou subclínicas. O estudo conta com financiamento do Instituto Serrapilheira, Unimed Porto Alegre e Instituto Cultural Floresta.
Fonte: Governo do Estado.
Registros da terceira rodada de testes da pesquisa em Ijuí.
Dinamismo é a marca atual no mundo dos negócios, tanto quanto a incerteza sempre embutida em um mundo cambiante. Na realidade, as empresas carecem de planos para enfrentar contingências. O advento de uma pandemia, na dimensão de um COVID-19, certamente tem sido um fator desestabilizante nos aspectos da saúde, do convívio social e no cenário empresarial. O mundo parou (isolamento social), mas ele está voltando a funcionar e o gestores devem estar preparados, afinal nada será como antes e é preciso sim, se reinventar! Para começar a reestruturar o seu negócio, o primeiro passo é analisar o que acontece fora da empresa, ou seja, como as pessoas estão mudando, adquirindo novos valores, hábitos e costumes.
Conhecer e entender o comportamento do consumidor deixou de ser uma opção e se tornou uma necessidade emergencial de sobrevivência no mercado. Atentas às ocorrências, realizou-se uma coleta de informações, no período de 13 a 17/04, com o intuito de auxiliar as empresas nesse momento de incerteza, trazendo informações que possam integrar e tornar as estratégias empresariais mais assertivas.
A amostra se constitui de 392 pessoas, residentes em Ijuí, Santo Augusto, Santa Rosa, Três Passos, Panambi e municípios próximos. A maioria dos respondentes são mulheres (72,7%), e a faixa etária total da amostra varia entre 15 a 64 anos, composta por pessoas de diversas ocupações profissionais (empresários, professores, bancários, industriários, donas de casa e outros). Importante destacar que as mulheres são responsáveis pelas compras em 96% dos lares, segundo estudo sobre o comportamento das consumidoras brasileiras (2019) realizado pela Nielsen, empresa global de mensuração e análise de dados.
Os dados indicam que menos da metade dessas pessoas vivem em isolamento parcial (42,9%), apenas 15% em isolamento total, 25% trabalhando em Home Office e 11% estão realizando suas atividades normalmente. A grande maioria dos respondentes teve a experiência de isolamento, mesmo que parcial, sendo assim, essa vivência contribuirá para as comparações entre ambientes de trabalho e consumo.
O advento do Coronavírus e o consequente fechamento das lojas não influenciaram as compras online de 67,6%, de acordo com os pesquisados. Com referência à utilização da internet nesse período, mais da metade, quase 60% afirmaram que não ampliaram suas buscas. Das alternativas com aderência às respostas, podemos inferir que, ou o consumo de alguns bens foi suspenso, ou as possibilidades de venda sem a presença física já vinham sendo praticadas pelas empresas provedoras.
São 73,9% dos respondentes que já costumam comprar pela internet, destaque para as compras realizadas eventualmente e mensalmente, conferindo aos respondentes o status de compradores no ambiente online. A pesquisa legitima a importância para as empresas e marcas dominarem as técnicas de venda pela internet. No período em que as ferramentas digitais de venda estavam sendo vitais, a pesquisa apontou que os consumidores constataram a falta de preparo das empresas para o momento do Covid-19, (63,6%) dos respondentes sentiram que não havia preparo prévio das organizações para o atendimento na nova configuração de compras/vendas.
Quando questionados sobre em qual quesitos as lojas virtuais devem se qualificar, a gratuidade da entrega foi destaque para a maioria (21,2%), seguida da rapidez na entrega (19,1%), estratégias de divulgação (15,2%) e melhores ofertas de produtos (11,5%). Seria pertinentes ao gestor avaliar a cobrança da entrega separada do preço final, integrando o valor total; entregando-se claro, dentro dos prazos de tempo acordados.
Falta preparo e estímulo para vendas e compras pela internet? Uma pergunta importante para todas as empresas daqui para frente. Utilizar estratégias de omnichannel pode ser uma alternativa, pois através delas a empresa opera em vários canais de venda ( WhatApp, Sites, redes sociais…) oferecendo a mesma experiência de encantamento e excelência na prestação de serviço de todos eles.
A pesquisa deixa transparecer que 71,6% consideraram que não investiram um valor mais alto nas compras online comparado ao período pré-Covid-19. Os resultados podem ter relação a diminuição no valor aquisitivo da população, de uma forma geral, conforme noticiado amplamente. Ou ainda, relacionados às expectativas quanto às experiências digitais.
Uma experiência leva em consideração a expectativa dos consumidores - ao entender as expectativas dos clientes - sendo o ideal superar o esperado. A avaliação da experiência das compras online foi considerada favorável, a maioria (74,8 %) considera satisfatória a experiência, inclusive com referências à superação de expectativas (6,3%). Apenas 3% manifestaram insatisfação. A experiência favorável, representa um fator importante e positivo para as empresas da região, mas por outro aspecto, confirma que é preciso mais trabalho e investimento para superar as expectativas dos consumidores no ambiente digital.
A transformação que vivenciamos é muito ampla e complexa, não abrange somente o consumo, mas as práticas enquanto cidadãos e novas formatações para o trabalho. A maioria dos respondentes (31,9%) está buscando experiências digitais, vivenciar novas formas de entretenimento, serviços e consumo. A pesquisa também aponta para cidadãos em busca de uma sociedade mais justa que valoriza as relações interpessoais (30,1%) e a preocupação com o bem-estar coletivo por meio das ações de doações e ações colaborativas que estão acontecendo em todos os cantos do mundo. A tendência é que as empresas que se demonstrarem mais colaborativas nesse momento de pandemia e crise terão um lugar especial na mente e no coração dos consumidores, sendo lembradas positivamente quando forem consumir.
A vivência em home offices pode transformar as relações e formas de trabalho após o processo da pandemia, aumentando e tornando-se uma perspectiva viável e de continuidade para 19,5% dos respondentes. Aqui abre-se espaço para que alguns tipos de negócios regionais, possam também se reinventar e implantar essa forma de trabalho já adotada em grandes centros por grandes organizações.
A pesquisa traz informações que devem ser administradas com cuidado, empatia e um “olhar” atento sobre os consumidores e seu atual e futuro comportamento. O consumidor nunca ficou tanto tempo em casa, em frente ao computador/celular, então, aproveite para se comunicar. A divulgação neste momento é de vital importância e deve se adequar ao acesso privilegiado por seus clientes potenciais, entretanto, divulgar não significa apenas expor produtos e, sim, gerar conteúdo, demonstrar o propósito da sua empresa e gerar admiração. A diferenciação hoje acontece nas relações, nas experiências, no contato com o cliente, e mesmo à distância, é preciso dizer: estamos juntos nessa! Tudo se resume a um único ponto: entender e adaptar-se à motivação e comportamento do consumidor não é uma opção – é uma necessidade absoluta de sobrevivência competitiva (ENGEL; BLACKWELL; MINIARD, 2000).
Márcia Almeida
Publicitária e Doutoranda em Comunicação
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Administradora e Doutora em Marketing
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Os resultados oficiais serão divulgados pelo Governo Estadual e Coordenação da Pesquisa durante esta semana, em data e horário a serem confirmados. A Unijuí, seguindo os protocolos estabelecidos para o estudo, não comenta ou divulga sobre os casos antes deste anúncio oficial ocorrer.
A primeira pesquisa a estimar o número de pessoas que já contraíram o coronavírus na população teve a sua 3ª fase de testes rápidos neste fim de semana no Rio Grande do Sul. A meta foi testar e entrevistar 4,5 mil pessoas em nove cidades das regiões demográficas do estado, segundo classificação do IBGE: Pelotas, Porto Alegre, Canoas, Caxias do Sul, Passo Fundo, Santa Maria, Ijuí e Santa Cruz do Sul e Uruguaiana.
Em Ijuí, a equipe de pesquisadores é coordenada pela Unijuí, por meio do cursos de Graduação do Departamento de Ciências da Vida (DCVida) e do Mestrado em Atenção Integral à Saúde. Na cidade, a meta é visitar 500 domicílios nesta rodada de testes. “ Contamos com cerca de 30 voluntários no trabalho de campo nesta rodada, com uma excelente participação e receptividade da comunidade”, observa a professora Evelise Berlezi, coordenadora do estudo em Ijuí.
A pesquisa inédita, coordenada pela UFPel a partir de parceria com o Governo do RS, está mapeando os casos de coronavírus e acompanhando, quinzenalmente, a velocidade de disseminação do contágio no estado. “É o primeiro estudo a fazer esse levantamento global, incluindo pessoas sem sintomas, e observar a população das mesmas cidades ao longo do tempo”, comenta o coordenador geral do estudo, Pedro Hallal.
Evidências de etapas anteriores mostraram que os casos notificados da Covid-19 representam uma parcela pequena da população infectada, em comparação com a realidade do número de casos na população. Para cada diagnóstico confirmado da doença no RS, o estudo estima que existem ao redor de doze casos não notificados.
A última etapa confirmou também a alta transmissibilidade do vírus no ambiente doméstico. Pela primeira vez, foram testadas as pessoas que moravam com as que tiveram teste positivo para Covid-19. No total, 75% dos que dividiam a residência com o participante com teste positivo apresentaram o mesmo resultado no exame. Além disso, a pesquisa indica queda da adesão às recomendações de distanciamento social. Dos 4.500 entrevistados, 28,3% disseram sair de casa todos os dias. Na primeira etapa, a proporção era de 20,6%. As cidades onde as pessoas mais saem às ruas diariamente foram Passo Fundo, Ijuí e Santa Cruz do Sul.
Para conhecer em detalhes os resultados da última etapa da pesquisa, acesse a apresentação dos dados em https://bit.ly/EPICOVID19-2ªetapa.
Registros da terceira rodada de testes, que foi realizada neste fim de semana em Ijuí
O cronograma inicial prevê quatro rodadas de exames e entrevistas. As duas primeiras foram realizadas nos fins de semana de 11-13 de abril e 25-27 de abril, e a quarta fase está programada para 23-25 de maio. Ao todo, serão testadas 18 mil pessoas. No entanto, a coordenação da pesquisa e o Governo do RS estudam dar sequência aos acompanhamentos em junho.
A pesquisa tem apoio de uma rede de doze instituições de ensino superior pública e privadas: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA); Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos); Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc); Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ); Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); Universidade Federal do Pampa (Unipampa/Uruguaiana); Universidade de Caxias do Sul (UCS); IMED e Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS/Passo Fundo), Universidade de Passo Fundo (UPF) e Universidade La Salle (Unilasalle).
Os custos do estudo, de R$ 1,5 milhão, têm financiamento da Unimed Porto Alegre, do Instituto Cultural Floresta, também da capital, e do Instituto Serrapilheira, do Rio de Janeiro.
Nesta semana, a Unijuí realizou uma live em sua página no Facebook trazendo como pauta “Alimentação saudável em época de isolamento”. A professora convidada para a fala foi Eilamaria Libardoni Vieira, do curso de Nutrição e Gastronomia da Universidade e extensionista do projeto Gestão Social e Cidadania da Unijuí. Esta iniciativa tem como objetivo trazer informações à comunidade que se encontra em isolamento diante da pandemia do novo coronavírus.
A professora iniciou ressaltando que mesmo em casa devemos seguir uma alimentação saudável, pensar nas escolhas alimentares e preferir consumir frutas, alimentos in natura ou minimamente processados, além de realizar receitas caseiras. Algumas sugestões foram no sentido de incluir aveia, chia, quinoa, azeite de oliva e alimentos da época, ricos em vitamina C, como limão, bergamota e laranja que ajudam na melhora do sistema imunológico.
No entanto, sabendo que pessoas com doenças crônicas encontram-se mais frágeis à Covid-19, é essencial manter uma dieta saudável, priorizando produtos da agricultura familiar que são os alimentos mais naturais, que incluem o feijão, arroz, mandioca, batata doce, cebola, frutas, hortaliças e também vitaminas, minerais e fibras. Na sequência, a professora Eilamaria, respondeu aos questionamentos referentes à higienização dos alimentos, que é um processo fundamental, pois ajuda a controlar a contaminação.
A professora, que também faz parte da equipe do Projeto de Extensão “Gestão Social e Cidadania” , destacou que está sendo elaborado um material educativo para a comunidade, com dicas relacionadas à alimentação saudável, orientações sobre a higiene de alimentos em tempos de pandemia e o processo de fabricação de sabão com restos de óleo, visto que o sabão é um aliado na lavagem e higienização correta e frequente das mãos, roupas e acessórios. Contudo, após desfazer alguns mitos sobre a alimentação, destacou que em tempos de coronavírus, para além de manter o distanciamento social, utilizar máscara, álcool em gel, água e sabão, devemos manter uma alimentação saudável para melhorar a saúde e qualidade de vida de todas famílias.
Confira a live na íntegra:
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