Vinculado ao Programa de Mestrado e Doutorado em Direitos Humanos e Projetos de Extensão, as ações do Observatório colaboram para o CADÚNICO, em razão da pandemia de Coronavírus. Além disso, os Balcões do Consumidor e Escritórios Modelo estão realizando atendimento e encaminhando demandas na região Noroeste.
Diante da pandemia provocada pela disseminação do novo coronavírus, o Departamento de Ciências Jurídicas e Sociais (DCJS) da Unijuí definiu um conjunto de ações a serem desenvolvidas neste período de quarentena, visando a orientação e auxílio, em especial, à comunidade de Ijuí, Santa Rosa e Três Passos. Uma destas iniciativas, o Observatório de Direitos Humanos (PPGDH), juntamente com os projetos de extensão Cidadania Para Todos, Regulação Fundiária Urbana (REURB) e Conflitos Sociais e Direitos Humanos, do Departamento de Ciências Jurídicas e Sociais (DCJS/Unijuí), estão colaborando com a Secretaria de Desenvolvimento Social do Município de Ijuí/RS, no Cadastro Único (CADÚNICO) dos Programas Sociais do Governo Federal. O objetivo é identificar as famílias e indivíduos de baixa renda que necessitam atenção devido à pandemia da Covid-19. Em Ijuí, a atividade está sendo coordenada pelos professores Joaquim Henrique Gatto, Ester Hauser, Patrícia Borges Moura, Daniel Rubens Cenci e Anna Paula Bagetti Zeifert. Participam, também, mestrandos e bolsistas de pesquisa e extensão dos projetos citados.
A atividade teve início na terça-feira, 14 de abril, e se estende até o dia 20 de abril de 2020, com expectativa de atender em torno de 200 pessoas. Da mesma forma, a atividade será desenvolvida no município de Santa Rosa, sob a coordenação da professora Fernanda Serrer, com a colaboração da Pró-Reitoria local, bem como, em Três Passos, sob a coordenação das professoras Márcia Oliveira e Eliete Schneider, a envolver o Escritório Modelo dos respectivos campi, com apoio do corpo técnico e administrativo.
Segundo o chefe do Departamento, professor Joaquim Gatto, estes materiais contemplam informações acerca das consequências jurídicas dos decretos de calamidade pública; bem como das efetivas mudanças nas regras trabalhistas para este período. "Uma ação muito importante, que é o atendimento direto e pessoal aos indivíduos vulneráveis que, nesse momento, buscam por alternativas como o auxílio emergencial que foi concedido pelo Governo Federal", destacou.
Sob coordenação do Núcleo de Práticas Jurídicas do curso de Graduação em Direito da Unijuí, o Escritório Modelo mantém seus atendimentos, atuando nos municípios de Ijuí, Santa Rosa e Três Passos. De acordo com a coordenadora do Núcleo, Patrícia Moura, o foco atual está em continuar propiciando aos estudantes formação jurídica, via estágio supervisionado, mantendo também a funcionalidade do Escritório.
Neste sentido, optou-se por manter o formato das atividades on-line, por meio do Google Meet, com atividades referentes às demandas que já estavam em andamento. Patrícia explica que, apesar destes prazos terem sido suspensos, continuam sendo movimentados no âmbito da Justiça Estadual, Justiça Federal e Justiça do Trabalho. Desta forma, os prazos seguem sendo cumpridos com a confecção das peças processuais pelos alunos, sob orientação e supervisão de seus respectivos professores. "Felizmente, hoje, temos uma série de processos que já são eletrônicos, o que nos permite o acesso às informações necessárias para que as peças possam ser confeccionadas", completou.
Contudo, a pandemia tem gerado um impacto significativo no volume de atendimentos feitos pelo Escritório. Patrícia afirma que, normalmente, cada unidade costumava atender de um a três clientes novos por turno. Segundo ela, houve uma redução na procura, sobretudo nos escritórios de Santa Rosa e Três Passos. Atualmente, a maior parte dos atendimentos diz respeito à prevenção da Covid-19, em razão de pessoas que precisam do acesso à saúde ou que não têm acesso a medicamentos. Também buscam auxílio no Escritório Modelo as pessoas que necessitam realizar seu cadastro único junto à Receita Federal ou reativar/se inscrever no Cadastro de Pessoa Física (CPF); a fim de que possam ter acesso ao auxílio emergencial, então disponibilizado pelo Governo Federal para pessoas de baixa renda. Ainda estão incluídos, neste grupo, estrangeiros, imigrantes e refugiados que residem na região.
"Sempre que possível, priorizamos o atendimento aos clientes via telefone e whatsapp", reforça a coordenadora. Em Ijuí, o contato com o Escritório Modelo pode ser feito pelo número 3332.0292; em Santa Rosa, pelo 3511-5296; e em Três Passos, pelos telefones 3522-2415 ou 9 9607-4305.
Balcão do Consumidor
Desde o início da pandemia, o Balcão do Consumidor segue atendendo as comunidades de Ijuí, Santa Rosa e Três Passos, viabilizando o acesso à informação e esclarecimentos sobre os direitos do consumidor. No entanto, durante a quarentena, esse atendimento vem sendo feito de forma não presencial. Segundo Maria Luísa Viana, assessora jurídica da unidade de Ijuí, nas últimas semanas houve um aumento das reclamações referentes ao preço do álcool gel e máscaras de proteção, por exemplo. Algo que, segundo ela, não era tão comum. Também dentro deste contexto, o Balcão de Três Passos encaminhou um ofício a todas as farmácias do município, requisitando informações acerca dos preços praticados nos meses de fevereiro e março, bem como as notas de compra dos últimos seis meses, relativas aos produtos em questão.
O Código de Defesa do Consumidor caracteriza como prática abusiva elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços. No entanto, ao considerar que as empresas estão dentro do prazo de resposta às notificações apresentadas pelo Procon, ainda não é possível identificar se a alta no preço foi decorrente de abuso ou aumento de custo da matéria-prima. Verificada a cobrança abusiva, cabe ao Procon a fiscalização, abertura de processos administrativos, fixação de multas e, em alguns casos, a interdição do estabelecimento.
O Balcão do Consumidor, por sua vez, é responsável pelo registro das denúncias e reclamações, que podem ser feitas com ou sem a identificação do consumidor. Caso o cidadão se depare com valores abusivos de produtos ou serviços relacionados ao combate do coronavírus, poderá registrar sua reclamação entre 12h e 16h30 da tarde, por meio do telefone (55) 3333-0725, ou pelo e-mail balcaodoconsumidor@unijui.edu.br.
Profissionais da área da saúde começaram a realizar o teleatendimento da população santarosense para casos relacionados ao Coronavírus. O lançamento do Teleatendimento Covid-19 aconteceu na manhã desta quinta-feira, 16, no campus da Unijuí em Santa Rosa e foi transmitido ao vivo pela Fanpage da Unijuí no Facebook.
O Pró-Reitor da Unijuí campus Santa Rosa, Marcos Paulo Scherer, destacou a trajetória da Unijuí e o papel da Universidade na promoção do desenvolvimento por meio de ações que reforçam o compromisso com a comunidade de Santa Rosa e região. “É um momento em que, mais do que nunca, sentimos a necessidade de apoiar a comunidade. Fomos em busca das lideranças do município e colocamos toda a infraestrutura da Universidade à disposição da comunidade”, comentou. Marcos ainda salientou o trabalho desenvolvido pelas incubadas da Criatec para auxiliar a população no enfrentamento a Covid-19.
O prefeito de Santa Rosa, Alcides Vicini, que participou por videoconferência, destacou a parceria entre a Fundação Municipal de Saúde de Santa Rosa (Fumssar) e Unijuí: “A Unijuí, através de sua estrutura, está articulada com profissionais ligados à Fundação para que ninguém fique sem respostas”.
O serviço é uma parceria entre a Fumssar e a Unijuí. A iniciativa tem o objetivo de desafogar o sistema de saúde e evitar que pessoas com sintomas do novo Coronavírus precisem se deslocar para receber informações. A estrutura, que deve contar com profissionais da área da saúde vinculados à Fumssar e residentes do Programa de Residência Multiprofissional e Médica da Unijuí, está montada no Campus da Universidade, onde os profissionais têm acesso a todos os equipamentos necessários para fazer o atendimento via telefone.
A linha telefônica 55 3511 5222 conta com dez canais de atendimento. O grupo responsável pelo teleatendimento é formado por profissionais de diferentes áreas da saúde. O primeiro contato com esses profissionais é para esclarecer dúvidas sobre a doença, sobre sintomas e sobre o comportamento dos pacientes. Caso os multiprofissionais avaliem que o paciente necessita de uma análise aprofundada, agendarão um atendimento por videochamada com um médico especialista.
O Teleatendimento Covid-19 está disponível de segunda-feira a sexta-feira nos turnos da manhã, das 8h às 11h30, e tarde, das 13h30 às 17h30. Confira como foi o lançamento:
Mais três etapas da pesquisa ainda serão realizadas nas próximas semanas, quando serão feitos novos testes.
Os resultados da primeira etapa da pesquisa que está mapeando o avanço do Coronavírus no Rio Grande do Sul foram divulgados nesta quarta-feira, dia 15 de abril. Segundo o Governo do Estado, em anúncio durante a tarde, a primeira rodada da pesquisa por amostragem estima que 5.650 pessoas já estejam contaminadas pela Covid-19. As projeções levam em conta o resultado de 4.189 testes aplicados em nove cidades de diferentes regiões e apontam para uma relação de um caso para cada grupo de 2 mil habitantes.
O estudo inédito encomendado pelo Governo do Estado e coordenado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), com participação de diversas outras universidades, entre elas a Unijuí, terá outras três fases, com o objetivo de identificar a prevalência da Covid-19 e projetar a incidência de casos mais graves e até o grau de letalidade da doença. Dos testes aplicados entre sábado (11/4) e segunda-feira (13/4), dois casos deram resultado positivo para a Covid-19 no Estado, o que representa 0,05%. Em Ijuí, nenhuma pessoa testou positivo para a doença nesta primeira rodada, em um total de 500 pessoas testadas.
O estudo está ocorrendo em Pelotas, Santa Maria, Uruguaiana, Ijuí, Passo Fundo, Caxias do Sul, Santa Cruz do Sul, Lajeado e na grande Porto Alegre simultaneamente, com o objetivo de mapear o avanço da pandemia no Estado. O teste, de fácil aplicação, utiliza uma amostra de sangue (uma gota) da ponta do dedo do participante, que será analisada pelo aparelho de teste em aproximadamente 15 minutos. Enquanto o resultado é processado, os entrevistadores aplicam um breve questionário sobre informações sociodemográficas básicas, sintomas da Covid-19 nas últimas semanas, busca por assistência médica e rotina da família em relação às medidas de prevenção e isolamento social.
“Para Ijuí, cerca de 2,5% da população será testada, considerando os quatro ciclos da pesquisa, dois mil testes no total. Teremos, além dos testes, dados relacionados à faixa etária, sexo, categorias sócio-demográficas, que nos ajudarão a fazer uma leitura mais ampla do cenário na cidade”, salientou a professora Evelise Berlezi, a coordenadora da pesquisa pela Unijuí. Os professores pesquisadores do Departamento de Ciências da Vida (DCVida), ligados também ao Mestrado em Atenção Integral à Saúde, Evelise Berlezi, Thiago Heck e Matias Frizzo, fizeram uma transmissão ao vivo para comunicar questões da pesquisa em Ijuí. Confira na íntegra:
Saiba mais sobre a Pesquisa
A pesquisa mobiliza uma rede de 11 universidades federais e privadas: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Universidade Federal do Pampa (Unipampa/Uruguaiana) e Universidade de Caxias do Sul (UCS), Imed Passo Fundo, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS/Passo Fundo) e Universidade de Passo Fundo (UPF). O estudo tem um custo estimado em R$ 1 milhão e tem o apoio da Unimed Porto Alegre, do Instituto Cultural Floresta, também da capital gaúcha, e do Instituto Serrapilheira, do Rio de Janeiro.
Composta por professores pesquisadores vinculados ao Departamento de Ciências da Vida (DCVida), o trabalho em Ijuí também conta com a participação de 25 estudantes dos cursos de Graduação e Pós-Graduação da área da saúde da Universidade e do mestrado em Atenção Integral à Saúde. Os professores envolvidos neste estudo pela Unijuí são: Evelise Berlezi, Matias Frizzo, Lígia Franz, Thiago Heck, do Mestrado em Atenção Integral à Saúde, e Carlos François, do curso de Medicina.
Números da pesquisa
• Para cada 1 milhão de habitantes no RS, estima-se que existam 500 infectados reais, 65 notificados e 1,2 óbito.
• Para cada caso notificado nas nove cidades da pesquisa, existem cerca de quatro casos não notificados.
• No dia 1° de abril, o RS tinha 384 casos confirmados. O resultado da pesquisa demonstra que o contágio é 15 vezes o número de casos confirmados ou 11 vezes o número de casos coletados.
Fonte: Governo do Estado
A Fundação Municipal de Saúde de Santa Rosa (Fumssar), em parceria com a Unijuí campus Santa Rosa, a partir de quinta-feira, 16, passa a atender a população por meio do Teleatendimento Covid-19. A iniciativa tem o objetivo de desafogar o sistema de saúde e evitar que pessoas com sintomas do novo coronavírus precisem se deslocar para receber informações. A estrutura, que deve contar com profissionais da área da saúde vinculados à Fumssar e residentes do Programa de Residência Multiprofissional e Médica da Unijuí, estará montada no Campus da Universidade, onde os profissionais terão acesso a todos os equipamentos necessários para fazer o atendimento via telefone.
A linha telefônica 55 3511 5222 contará com dez canais de atendimento. O grupo que fará o teleatendimento é formado por profissionais de diferentes áreas da saúde. O primeiro contato com esses profissionais será para esclarecer dúvidas sobre a doença, sobre sintomas e sobre o comportamento dos pacientes. Caso os multiprofissionais avaliem que o paciente necessita de uma análise aprofundada, agendarão um atendimento por videochamada com um médico especialista.
O Teleatendimento Covid-19 estará disponível de segunda-feira a sexta-feira nos turnos da manhã, das 8h às 11h30, e tarde, das 13h30 às 17h30. O lançamento do serviço será feito na quinta-feira, 16, às 10h na Fanpage da Unijuí no Facebook.
Durante o mês de março, com o avanço da pandemia da Covid-19, considerando que o foco deve estar na saúde das pessoas, foi necessário fechar empresas e negócios para evitar a propagação do vírus. Mesmo necessária, a medida acabou fazendo com que muitas organizações encontrassem dificuldades financeiras, e por isso, buscam alternativas para continuar seus negócios.
Para o professor de Administração Daniel Knebel Baggio, muitas empresas já possuíam problemas financeiros originados pelo fluxo de caixa, ou seja, já havia falta de recursos no período de atividade normal de suas operações. “Em determinados momentos a organização fica sem caixa para arcar com as suas despesas de curto prazo. Isso é originado, principalmente, pelo estoque muito alto, ou em decorrência também de dar prazos maiores para os seus clientes, que faz com que alguns pagamentos não sejam recebidos”, explica. E esta situação acaba ficando mais difícil com a falta de entrada de recursos devido ao fechamento das empresas.
Por isso, Daniel aponta algumas medidas que podem aliviar a situação financeira. Segundo ele, a primeira medida deve ser identificar todas as dívidas e despesas, seja de curto, médio ou longo prazo. “A partir daí eu preciso negociar prazos com clientes, mas principalmente com meus fornecedores, e as pessoas com quem eu tenho dívida. Então eu tenho que renegociar essas dívidas”, afirma. Além disso, é necessário buscar outras maneiras de agregar e alavancar a receita, como por exemplo, realizar promoções, considerando o estoque. “Fora isso, uma outra alternativa que se tem é procurar as instituições financeiras e pensar determinados empréstimos de longo prazo para colocar um recurso dentro do caixa, mas com juros menores, juros inferiores”, explica Daniel. Já para quem não puder contar com empréstimos, uma alternativa é se desfazer de alguns patrimônios ou buscar refinanciamentos.
Neste momento complexo, o professor lembra que, para sair da crise, é preciso pensar no fluxo de caixa e se organizar, pensar e projetar utilizando a criatividade, e buscando novas alternativas de produtos, novas formas de oferecer os produtos e serviços para os clientes. “Iremos superar e iremos retomar as nossas atividades, mas nunca esquecendo: fluxo de caixa, mesmo pós-crise, tem que ser olhado com muito carinho. Nós precisamos nos organizar, ter sempre um caixa e uma reserva financeira boa, pois quem a fez ao longo do período está usufruindo dessa reserva neste momento. Quem não a tem, precisa achar alternativas, negociações, juros menores para conseguir fazer e estar bem nesse momento”, conclui.
Por Manuela Joana Engster, estudante de Jornalismo e estagiária da Usina de Ideias
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