Vinculados ao curso de Direito da Unijuí e disponíveis nos três campi da Universidade: Ijuí, Santa Rosa e Três Passos, o Escritório Modelo e o Balcão do Consumidor estão disponíveis à população de cada um desses municípios e das cidades ao seus entornos para prestação de serviços e orientação de dúvidas jurídicas.
No caso do Escritório Modelo, os serviços prestados são de assistência jurídica gratuita à comunidade carente. Este serviço é realizado por estudantes e estagiários do curso de Direito, nos campi de Ijuí, Santa Rosa e Três Passos, com acompanhamento de professores. O objetivo é ampliar o acesso aos direitos sociais e individuais, proporcionando um atendimento aos segmentos sociais vulnerabilizados e/ou excluídos.
Já o Balcão do Consumidor é o responsável pelo atendimento preliminar dos consumidores do município de Ijuí, Santa Rosa e Três Passos, com objetivo de resolver os conflitos resultantes das relações de consumo antes que cheguem até o Poder Judiciário. Todas as questões como, por exemplo, defeito de um produto ou uma má prestação de serviços, podem ser resolvidas no espaço do Balcão. O atendimento é realizado por estudantes de Direito da Unijuí, sob a orientação e coordenação de um analista jurídico e dos professores do curso de Direito.
Interessados poderão buscar mais informações junto ao Escritório de Práticas Jurídicas do curso de Direito em Ijuí (55) 3332-0295, Santa Rosa (55) 3511-5296 ou Três Passos (55) 3522-2122.
Formada em Direito pela Unijuí no segundo semestre de 2021, Valquíria Malinowski realizou um grande sonho em 2022: ficou em segundo lugar em todo Brasil no concurso do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. “O concurso público era algo que eu já almejava antes mesmo de começar a faculdade de Direito. Tive algumas experiências no setor privado e percebi que aquilo não combinava com o meu propósito. Durante a graduação, tive uma experiência muito gratificante no Escritório Modelo da Unijuí e cheguei a pensar em seguir na área da advocacia, mas novamente as experiências da vida me levaram para o sonho original, ser servidora pública”, relata Valquíria.
Para ela, a formação na Unijuí foi essencial para alcançar esse excelente resultado. “Disciplina e organização foram indispensáveis para a aprovação e, no meu caso, uma boa base, por isso a formação que tive na Unijuí foi essencial para esse ótimo resultado. Serei eternamente grata a todos os professores da graduação. Essa aprovação - e as outras que virão - são resultado de tudo que aprendi com grandes mestres”, frisa.
Os próximos passos, como conta a jovem, serão no Estado vizinho, em Florianópolis, com mais duas provas em um curso de formação e a escolha da cidade onde se dará o início do trabalho de fato. Questionada sobre o futuro na área do Direito, Valquíria diz que cada vez mais tentará alinhar sua vocação na área pela paixão pelos concursos públicos. “Vou seguir estudando para concursos, agora com foco exclusivo na minha área de formação”, finaliza.
No dia 7 de dezembro foram conhecidos os vencedores do Prêmio Eladio Lecey de Sustentabilidade, iniciativa da Escola Superior de Magistratura (Ajuris), com o objetivo de disseminar a produção científica, fomentar o debate e contribuir para a implementação de uma cultura de sustentabilidade entre os operadores das Ciências Jurídicas. A cerimônia ocorreu em Porto Alegre, com transmissão online, premiando os participantes nas categorias Graduação, Pós-Graduação e Profissional.
Na categoria Graduação, o estudante do 8º semestre do curso de Direito da Unijuí, Iury Batista do Santos, ficou em terceiro lugar. Com o trabalho "Desenvolvimento sustentável e cultura químico-dependente: uma análise necropolítica do uso indiscriminado de agrotóxicos, suas consequências e alternativas econômico-sustentavelmente viáveis", Iury explorou as consequências biopolíticas das pessoas expostas na problemática e quais alternativas poderiam ser levantadas para uma produção sustentável, à luz dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).
Segundo ele, estar entre os ganhadores foi uma ótima experiência, além de validar sua trajetória na Universidade. “Me senti realizado. Esta foi a recompensa de muito trabalho, esforço, leitura e pesquisa. A premiação para mim, particularmente, foi muito importante porque ajudou a validar a minha caminhada acadêmica. Muitas vezes, quando estamos escrevendo resumos expandidos, artigos, etc, nós nos esforçamos, damos o nosso melhor, mas não temos 100% de certeza que o resultado alcançou um nível de excelência. Ter o meu artigo avaliado por grandes membros da magistratura do Estado, especialistas na área dessa temática, e alcançar este prêmio, mostra que estou no caminho certo”.
O trabalho contou com a orientação da professora Emmanuele de Araujo Malgarim. Para ela, o prêmio Eladio Lecey é uma ótima oportunidade para debater temas socioambientais que estão presentes no sistema de justiça, tendo uma abrangência nacional, o que possibilita ao acadêmico impulsionar sua carreira jurídica, além de ter o trabalho reconhecido nacionalmente mesmo antes de formar-se.
A professora destacou ainda que a Universidade busca incentivar os acadêmicos. “O corpo docente do curso de Direito da Unijuí tem a pesquisa como um meio de estimular os alunos na aprendizagem e ainda socializar o conhecimento adquirido com seu estudo, seja na Graduação ou Pós-Graduação. Os trabalhos desenvolvidos não se limitam à obtenção de notas. Este desenvolvido pelo Iury, por exemplo, foi realizado especificamente para o prêmio”, explicou.
Com o 3º lugar, o estudante ganhou uma bolsa parcial de 50% no curso de preparação para Magistratura Aprovajuris na modalidade Ensino a Distância (EaD) e prêmio em dinheiro.
Unir teoria e prática no desenvolvimento de soluções para a sociedade é um dos principais objetivos dos Projetos Integradores (PIs) da Unijuí, que aproximam estudantes da comunidade e da realidade de sua futura profissão. Baseados no tema gerador “Direitos Humanos e Fundamentais no mundo globalizado”, acadêmicos do quarto módulo do curso de Direito, do campus Santa Rosa, puderam vivenciar essa experiência, ao elaborar propostas para desafios envolvendo imigração, violência doméstica e direitos humanos no encarceramento feminino, sob orientação da professora Joice Nielsson.
Um dos projetos resultantes deste semestre, intitulado “Políticas Públicas de Enfrentamento à Violência Doméstica: fortalecimento da Rede no município de Giruá/RS”, promoveu uma capacitação em parceria com o Ministério Público de Giruá e a Rede Municipal de Atendimento à Mulher Vítima de Violência Doméstica. O trabalho foi desenvolvido pelas estudantes Gabriély Camargo, Ana Carolina Dalben e Maria Roseli de Lima, com mentoria da mestranda em Direitos Humanos Milena Cereser da Rosa, como forma de contribuir para a efetividade dos direitos das mulheres.
A “Capacitação para identificar, entender, acolher e ajudar a vítima de violência doméstica e familiar” foi ministrada pela professora Joice Nielsson, na última quinta-feira, 1º de dezembro, no Salão Paroquial da Igreja Sagrado Coração de Jesus, em Giruá. Participaram da formação integrantes da Rede de Proteção à Mulher, como agentes de saúde, policiais, assistentes sociais e psicólogos do município. “Havíamos trabalhado este tema no 3º módulo e, com essa continuidade, tivemos a oportunidade de dar mais um passo na construção de uma temática tão importante, que é o enfrentamento à violência contra a mulher”, relatou a integrante do grupo, Maria Roseli de Lima.
“Em um trabalho conjunto conseguimos apoio do Ministério Público de Giruá e do Conselho da Mulher, nos deixando a certeza de que a semente plantada neste semestre vai render muitos frutos. O projeto propõe a implantação de uma sala de conversa e escuta, onde a mulher vítima de violência possa ser acolhida e saiba que não está sozinha. Percebi que o caminho é longo e que cada passo é importante, mas estou feliz pela oportunidade de fazer parte deste grupo, pois podemos fazer com que muitas mulheres que hoje estão acuadas e indefesas possam ser ouvidas” completa a acadêmica.
Já os estudantes Kamilly Roque, Eduardo Klock e Bianca Stein abordaram no PI a temática “Imigrantes em Santa Rosa: acesso à regularização e aos direitos humanos”. O grupo realizou, juntamente com a Igreja Batista Filadélfia, de Santa Rosa, atendimento a migrantes que residem no município, com informações sobre processos de regularização jurídica da condição destas pessoas e suas famílias. “A Igreja atende mensalmente estas famílias com doações de alimentos e produtos de higiene, e os alunos acompanharam essa atividade, por meio do Projeto Mãos que Servem, fornecendo informações e orientações jurídicas a este público”, explicou a professora Joice.
Além disso, as acadêmicas Lisani Ludescher e Daniela Martinelli desenvolveram o Projeto Integrador “Os direitos humanos das mulheres presas: um olhar a partir do Presídio Estadual de Santa Rosa”. Por meio do trabalho, as estudantes realizaram, também na quinta-feira, 1º de dezembro, a entrega de 30 kits com produtos de higiene para as mulheres apenadas.
Mentora de um dos PIs, a mestranda Milena Cereser conta que este é o terceiro trabalho do qual participa prestando mentoria. “O que se percebe é que os alunos gostam muito desse formato do projeto integrador, uma vez que, como o próprio nome já diz, é uma forma de integrar a Universidade com a comunidade. Os estudantes se sentem importantes, eficientes, pois obtém resultados visíveis com seus trabalhos e percebem que estão contribuindo para sociedade e para eles mesmos enquanto pessoa”, ressalta Milena.
As críticas e problemas ligados ao sistema presidencialista de governo, vigente no Brasil, motivaram o recém-formado no curso de Direito da Unijuí, Luiz Gustavo Lippi Sarmento, a produzir o seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) sobre “A Constituição Brasileira de 1988 e adoção do sistema presidencialista: em busca de uma alternativa político institucional para o país”.
Luiz Gustavo buscou estudar os problemas ocasionados pelo sistema presidencialista, que é uma forma de governo comum nas repúblicas, onde se configura a separação das três esferas de poder: Executivo, Legislativo e Judiciário. Nos regimes presidencialistas, o Poder Executivo é liderado pelo presidente da República, que exerce tanto a função de chefe de Estado, como a de chefe de Governo. A partir da avaliação, Luiz Gustavo apontou uma alternativa ao atual modelo: o sistema semipresidencialista.
Ele conta que procurou estudar tudo aquilo que a Constituição Federal buscava para o Brasil e, a partir disso, analisar se o sistema atendia a esses anseios. “Após essa análise, o objetivo foi propor um novo sistema, que já é utilizado em outros países do mundo e que está sendo excelente para evitar crises institucionais. Ao final do trabalho, concluí que o sistema presidencialista de governo deve ser substituído e, em seu lugar, deve ser adotado o sistema semipresidencialista de governo”, comenta.
O sistema semipresidencialista é adotado em países como França, Portugal, Romênia, Mongólia, Rússia, Argélia, Egito e Moçambique. Nele, o presidente divide as obrigações da administração pública, ou seja, do Poder Executivo do Estado, com um primeiro-ministro. Os dois têm poder de decisão no governo e são responsáveis por funções que se complementam.
Para o agora graduado, o sistema poderá trazer governabilidade ao país já que, necessariamente, para que o primeiro-ministro esteja no seu posto, tem de haver maioria no Congresso. “Além disso, a solução para os impasses pode se dar de forma rápida e tranquila, de modo a dissolver o Congresso ou o governo”, acrescenta.
Luiz Gustavo diz que realizou muitas leituras para chegar a tais conclusões, além de muitos debates com seu orientador, o professor Gilmar Bedin. “Logicamente, a conclusão não foi fácil, pois nos baseamos na realidade de outros países. Porém, como foi referido no trabalho, se o sistema adaptar algumas coisas à cultura brasileira, não há por que dar errado”, complementa.
Apaixonado pela área, Luiz Gustavo pretende seguir advogando, mas tem grande apreço pela docência e também quer seguir essa carreira posteriormente. “Concluir a graduação, depois de tanto estudo - e o estudante de Direito é um eterno estudante, poucas horas de sono e com o sentimento de que aproveitei ao máximo a graduação, transmite um sentimento gratificante”, finaliza.
Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo da Unijuí
Estudante do curso de Direito da Unijuí, Vitória Agnoletto se inscreveu para o 35º Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para avaliar qual seria seu desempenho na 1º fase, equivalente à prova objetiva. Para sua surpresa, acertou 53 das 80 questões e passou para a 2ª fase, onde atingiu a nota 9,24, de 10, na prova prático-profissional.
“Me inscrevi com o objetivo de saber qual seria meu desempenho na prova objetiva e me surpreendi positivamente quando consegui passar para a próxima fase. No segundo momento, já fiz uma preparação mais intensa, visando a aprovação, e por isso ‘passar’ não foi chocante, mas atingir uma nota relativamente alta foi inesperado”, explicou a acadêmica, destacando que para a primeira etapa confiou nos estudos realizados durante o curso.
“Parti do pressuposto de que a graduação tinha me preparado para a prova, o que se comprovou. Para a prova prático-profissional, comecei um curso preparatório no dia seguinte à aprovação. Porém, com a rotina de trabalho e as aulas, não consegui assistir às aulas de revisão, então optei por me dedicar aos simulados, às questões de revisão e às aulas de direito processual. Coincidentemente, no mesmo semestre, eu estava cursando disciplinas de civil e processo, que acabaram colaborando com o resultado. Mas o mais importante, o direito material, tomei por base o que absorvi do curso”, completou.
Aprovada, Vitória diz que se sente “aliviada” por ter passado por esse difícil exame, e acredita que o resultado é um retorno positivo a todos os esforços despendidos no decorrer de cinco anos de estudos. “Existe um sentimento de gratidão aos professores e colegas que me incentivaram, além de todo o apoio que tive em casa e no trabalho”, afirmou, destacando que a aprovação na OAB lhe abriu novas possibilidades, dando-lhe mais segurança para o aprofundamento da área em que atua.
Vitória trabalha na assessoria jurídica do Hospital de Caridade de Ijuí (HCI) e realiza a seleção para ingresso no Mestrado em Direitos Humanos do Programa de Pós-Graduação em Direito da Unijuí. A expectativa da jovem é continuar os estudos e pesquisas na Universidade, sem deixar de lado a atuação na área do direito.
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