Foto ilustrativa: Divulgação do Vestibular Unijuí
A UNIJUÍ, através de seu processo formativo na Graduação, das pesquisas institucionais e dos projetos de extensão universitária, tem tornado os acadêmicos mais próximos da comunidade, acompanhando as mudanças e buscando desenvolver soluções para problemas ou desafios da sociedade.
No contexto da pandemia, a área da saúde tem realizado inúmeras ações que resultam em intervenções junto à comunidade, como é o caso dos projetos vinculados à pesquisa institucional “Atenção Integral à Saúde do Idoso”.
Trata-se de um estudo que acompanha idosos usuários da atenção primária, nos bairros Thomé de Souza e Pindorama, em Ijuí e que tem como objetivo avaliar as condições de saúde da população idosa e propor medidas de promoção à saúde, prevenção de doenças, assistência e reabilitação, na busca da manutenção das capacidades físicas, funcionais e cognitivas na perspectiva de uma velhice com dignidade.
Natália Carvalho, acadêmica do 10º semestre do curso de Fisioterapia, da Unijuí, desenvolve um dos trabalhos, avaliando os fatores de risco ambientais para quedas em idosos. Ela explica que as quedas são uma grande ameaça ao bem-estar deste público e podem ocasionar consequências temporárias ou permanentes, influenciando na qualidade de vida, independência e autonomia. “Nossa pesquisa conta com uma visita na residência dos idosos para uma breve avaliação na moradia, para identificar fatores de riscos ambientais para quedas. Acreditamos ser muito relevante identificar, avaliar e reconhecer esses fatores e com esse conhecimento as quedas podem diminuir, sendo esse nosso principal objetivo”, divulga, lembrando que a partir deste dados será produzida uma cartilha digital voltada aos cuidados domiciliares para prevenção.
Ainda focando na saúde dos idosos e que são usuários da atenção primária em saúde de Ijuí, o projeto denominado “Avaliação do risco de fratura por fragilidade óssea em idosos residentes na comunidade” está sendo desenvolvida pela estudante de Fisioterapia, Bruna Meiger, que também é bolsista de Iniciação Científica CNPQ. Através de um instrumento de coleta de dados que visa abordar questões quanto à presença dos fatores de risco para fraturas em idosos, a pesquisa foca no planejamento de ações de prevenção e estratégias de cuidado, conforme explica a estudante. “Com o envelhecimento ocorre a perda de massa óssea, fazendo com que os ossos se tornem mais frágeis e porosos, aumentado o risco de fraturas. Estima-se que essa situação possa piorar nos próximos anos devido à tendência global de envelhecimento da população e pelo aumento da expectativa de vida. Por isso é essencial projetar estratégias e medidas terapêuticas para limitar essas consequências”.
Já a pesquisa sobre o “Programa Inovador de Exercício Multicomponente para Idosos no Espaço Domiciliar”, que integra o Trabalho de Conclusão de Curso da acadêmica em Fisioterapia Rúbia de Oliveira Henicka também vai auxiliar na saúde dos idosos ao oferecer uma diretriz para prescrição de exercícios físicos. Segundo ela, o programa utilizado aborda treinamentos voltados ao exercício de força, equilíbrio, marcha, flexibilidade e resistência aeróbica, por meio de exercícios cardiovasculares. “Esse tipo de intervenção tem por objetivo manter constante a capacidade funcional durante o envelhecimento e também possui eficiência para retardar o declínio cognitivo e a depressão, que é bastante frequente nessa população”, resume Rúbia.
Para saber mais sobre estes projetos que tem intervenção junto à comunidade local, ouça as entrevistas com as acadêmicas, dando o play na playlist abaixo:
Na noite desta quarta-feira, dia 27, aconteceu a Cerimônia de certificação dos trabalhos destaques da Iniciação Científica Ciclo 2019-2020. Os trabalhos destacados são todos referentes ao Salão do Conhecimento 2020, que teve como temática geral “Inteligência Artificial: a nova fronteira da ciência brasileira”.
A cerimônia iniciou com a fala do professor coordenador do Programa de Pós-Graduação em Direito da Unijuí, Maiquel Wermuth, sobre a importância e relevância da Iniciação Científica no processo de formação dos acadêmicos. “Por meio das pesquisas que são realizadas neste nível, o estudante de graduação tem a chance de aperfeiçoar seus conhecimentos teóricos e técnicos dentro da sua área de atuação”, comentou o professor. Além disso, foi abordado sobre o diferencial que a Iniciação Científica representa a nível profissional, especialmente para aqueles que objetivam a área acadêmica.
A ex-bolsista de Iniciação Científica da Unijuí, Caroline Soschinski, foi convidada para relatar sobre a sua experiência com a pesquisa e a relevância da mesma em sua formação. Atualmente, Caroline está cursando doutorado no Texas, Estados Unidos, e afirmou que o ponto de partida para a sua relação com a pesquisa foi na Unijuí, especialmente no Salão do Conhecimento. “A Unijuí proporciona que os alunos conversem sobre pesquisa e isso é muito importante como um direcionador, porque para mim abriu um novo horizonte.”, comentou Caroline. Ainda, ela comentou sobre bolsas que conseguiu tanto para o mestrado quanto para o doutorado, sendo elas conquistadas pelos méritos com a iniciação científica.
Após isso, os bolsistas destacados por área de conhecimento foram certificados e parabenizados. Na área de Ciências Agrárias: Joélen Assmann Cavinatto, Claudia Vanessa Argenta, Anderson Dal Molin Savicki, Julio Daronco Berlezi e Carolina dos Santos Cargnelutti. Ciências Biológicas: Juliana Furlanetto Pinheiro. Ciências da Saúde: Bruna Schubert Megier, Gabriela Ceretta Flores, João Vinicius Müller Kaufmann, Lauren de Oliveira Machado, Pâmella Pluta, Vanessa Dalsasso Batista Winter, Welerson Roberto dos Reis, Ana Luiza Pess de Campos, Elisa Regina Buratti Basso e Felipe Rafael Passos. Ciências Exatas e da Terra: Diovana Jarosezwski da Rosa, Lucas Schwertner, Luís Gustavo Bohn e Suriel Artur Rogowski Gonçalves. Ciências Humanas: Karina Andressa Cavalheiro Zimmermann, Micheli Rohr, Giovana Smolski Driemeier, Luciana Rodrigues Lara e Emanuel dos Santos. Ciências da Engenharia: Pedro Gelati Pascoal, Patrick de Paula Borges, Edmilton Oliveira Stein e Cristina Schoefer Dessbesell. Ciências Sociais Aplicadas: Regis Natan Winkelmann, Kethlyn Mayara Mohnschmidt, Eduarda Franke Kreutz, Manuela Hamester Pause, Mariana Emilia Bandeira, Fernanda Viero da Silva e Quézia Celeste Vanzin.
Por fim, foi apresentado um vídeo da reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que aconteceu entre os dias 18 e 24 de julho de 2021 e traz a experiência de quatro dos bolsistas de Iniciação Científica da Unijuí que participaram do evento: Claudia Vanessa Argenta, com o trabalho “Inteligência Artificial na previsão da produtividade de grãos de trigo considerando indicadores biológicos e ambientais”; Lauren Oliveira Machado, com o trabalho “Restrição calórica altera contagem de linfócitos em ratos wistar machos obesos”; Pâmella Pluta, com o trabalhos “Análise por questões dos instrumento CTM-15 na perspectiva de pacientes oncológicos de um hospital geral do sul do Brasil”; e Welerson Roberto dos Reis, com o trabalho “Jejum intermitente de dias alternados não altera o consumo hídrico em animais alimentados com ração hiperlipídica”.
Por Krislaine Baiotto, acadêmica de Jornalismo da Unijuí
A Unijuí, por meio da Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, divulgou neste mês o Edital VRPGPE nº 23/2021, que dispõe sobre a seleção de professores doutores e mestres da Unijuí para serem contemplados com horas do Fundo Institucional de Pesquisa no período de 2022-2023.
As inscrições se estendem até o dia 17 de setembro e, nesta etapa, o professor interessado em concorrer ao edital precisa manifestar o interesse por meio do preenchimento de formulário eletrônico, disponível em unijui.edu.br/pesquisa/editais e estar com seu currículo atualizado na Plataforma Lattes/CNPq. Podem concorrer professores efetivos da Universidade, com titulação de mestrado e doutorado e regime de trabalho em tempo integral ou parcial (mínimo 32 horas).
Serão selecionados nove professores para serem contemplados com horas do Fundo Institucional de Pesquisa pelo período de até dois anos (2022-2023). Do total de vagas disponíveis, até seis são destinadas às áreas em que a Unijuí mantém seus Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu (PPG), sendo uma vaga por área; e no mínimo três vagas para outras áreas.
Na avaliação para classificação e seleção dos pesquisadores, é considerada a produção científica individual do candidato no período de 2017 a 2021, bem como patentes e aprovação de projetos com fomento externo. Esses dados compõem o Indicador de Produtividade (IndProd), que é calculado pela Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão segundo os parâmetros explicitados no Edital. Para concorrer a uma das vagas por área de PPG, o candidato deverá apresentar IndProd mínimo de 1,0.
A divulgação do resultado está prevista para o dia 18 de outubro. Após a divulgação, os professores selecionados devem apresentar um plano de trabalho para o período de dois anos. Este plano é analisado e deve ser aprovado pelo Comitê Stricto Sensu e Pesquisa.
O edital completo, bem como o link de inscrição, estão disponíveis em unijui.edu.br/pesquisa/editais. Outras informações podem ser obtidas junto à Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão.
Nesta quinta-feira, 24 de junho, aconteceu o Ciclo de Formação para Iniciação à Pesquisa e Extensão 2021, promovido pela Vice-reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da Unijuí. Participaram do evento os bolsistas de Iniciação Científica, Iniciação Tecnológica e Inovação (Fapergs, CNPq e Unijuí) e os Bolsistas de Extensão (Pibex). A transmissão foi realizada pelo canal no Youtube da Universidade.
A temática da capacitação foi “Redação, resumo expandido para o Salão do Conhecimento”, ministrado pela coordenadora dos cursos de Letras, Pedagogia e História da Unijuí, professora Taíse Neves Possani. Foram abordados fatores essenciais para a produção de uma redação acadêmica, tais como: a importância de encontrar um tom apropriado para dialogar com o leitor, como organizar a produção textual, além de estratégias de comunicação e apresentação.
A professora enfatizou a importância de variar as fontes, e buscar informações não apenas em pesquisas feitas no Google, mas optando também por explorar o banco de dados em revistas e nos periódicos da Capes. “Quando se pretende produzir um texto acadêmico é importante pensar no impacto das fontes dentro da sua área do conhecimento. As melhores produções são aqueles que trazem um alto fator de impacto, um Qualis A ou B e também são indexados”, explicou.
Durante a capacitação ela indicou aos acadêmicos o uso do Guia Unijuí de Formatação de Trabalhos Científicos, que está disponível gratuitamente para os acadêmicos da Universidade na página da loja virtual da Editora Unijuí. Finalizando a formação, a professora auxiliou os estudantes em suas dúvidas sobre a produção textual.
Por Évelin Ramos, acadêmica de Jornalismo da Unijuí.
A Vice-reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da Unijuí promove na próxima quinta-feira, dia 24 de junho, o Ciclo de Formação para Iniciação à Pesquisa e Extensão 2021.
Com início às 17h e transmissão pelo canal da Unijuí no Youtube, o Ciclo contará com uma capacitação sobre redação e resumo expandido, em preparação ao Salão do Conhecimento, que acontecerá de 26 a 29 de outubro. O evento já recebe inscrições de participantes que desejam submeter trabalhos, até o dia 9 de agosto. Interessados devem acessar o endereço unijui.edu.br/salao.
À frente da capacitação estará a coordenadora dos cursos de Letras, Pedagogia e História da Unijuí, professora Taíse Neves Possani. O evento pode ser acompanhado neste link.
Quatro estudantes, bolsistas do Programa de Iniciação Científica (PIBIC) da Unijuí, foram selecionados para apresentar seus trabalhos na 73ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Cerca de 1,5 mil trabalhos foram inscritos e 300 selecionados para apresentação no encontro, que acontecerá de 18 a 24 de julho, de forma virtual.
Os trabalhos foram selecionados para apresentação na Jornada Nacional de Iniciação Científica (JNIC), que é uma das atividades da 73ª Reunião Anual da SBPC e que congrega estudantes indicados e vencedores das jornadas das instituições de ensino brasileiras. A Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão realizou a indicação de oito trabalhos para o evento, que foram destaques no Salão do Conhecimento de 2020, com base em critérios de área e avaliação da Comissão Científica do evento e de consultores externos.
A estudante do curso de Agronomia, Cláudia Vanessa Argenta, foi selecionada com o trabalho “Inteligência Artificial na previsão da produtividade de grãos de trigo pela dose de fornecimento de nitrogênio com indicadores biológicos e ambientais”, orientado pelo professor José Antonio Gonzalez da Silva.
A acadêmica de Farmácia, Lauren de Oliveira Machado, participará com o trabalho “Restrição calórica altera contagem de linfócitos em ratos wistar machos obesos”, orientado pela professora Mirna Stela Ludwig.
Sob orientação da professora Adriane Cristina Bernat Kolankiewicz, a estudante de Enfermagem, Pâmella Pluta, foi selecionada com a “Análise por questões do instrumento CTM-15 na perspectiva de pacientes oncológicos de um hospital geral do Sul do Brasil”.
O quarto trabalho selecionado, “Jejum intermitente de dias alternados não altera o consumo hídrico em animais alimentados com ração hiperlipídica”, é do acadêmico do curso de Medicina, Welerson dos Reis, orientado pelo professor Thiago Gomes Heck.
Com transmissão pelo canal da SBPC no Youtube – com exceção dos minicursos, transmitidos pelo Moodle e Zoom, a reunião contará com uma programação científica composta por conferências, mesas redondas, painéis, minicursos e sessão de pôsteres, que inclui a Jornada Nacional de Iniciação Científica.
Realizada desde 1949, a Reunião Anual da SBPC tem o objetivo de debater políticas públicas nas áreas de Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação e de difundir os avanços da Ciência nas diversas áreas do conhecimento para toda a população. O evento é aberto ao público e somente há taxa de inscrição para quem quiser participar de minicursos ou submeter um trabalho.
Para mais informações, acesse portal.sbpcnet.org.br.
Inscrições estão disponíveis para participantes que desejam submeter trabalhos
Já estão abertas as inscrições para o Salão do Conhecimento 2021 da Unijuí – um dos maiores eventos institucionais de divulgação da produção em pesquisa e extensão e que reúne participantes da região, do Estado, do País e do exterior.
Agendado para acontecer entre os dias 26 e 29 de outubro, de forma totalmente virtual, o evento recebe inscrições de participantes que desejam submeter trabalhos, até o dia 9 de agosto. Interessados devem acessar o endereço unijui.edu.br/salao.
A submissão de resumos expandidos pode ser realizada na XXII Jornada de Extensão, XXIX Seminário de Iniciação Científica e XI Seminário de Inovação e Tecnologia. Já a submissão de trabalhos completos pode ser realizada exclusivamente na XXVI Jornada de Pesquisa, sendo que o autor responsável pela inscrição deve ser, no mínimo, graduado. Em ambos os casos, o participante deve conferir as normas e utilizar o template disponível na página.
A divulgação dos trabalhos aprovados está prevista para o dia 27 de setembro, enquanto que a divulgação do cronograma de apresentações ocorrerá até o dia 15 de outubro.
Promovido pela Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da Unijuí, o Salão do Conhecimento permite a socialização de experiências e a reflexão sobre atividades desenvolvidas na Universidade e em outras instituições participantes, em diversas áreas do conhecimento, possibilitando aos autores – pesquisadores, extensionistas, estudantes de Graduação e Pós-Graduação – um espaço de diálogo e de troca de saberes e experiências entre si e com a comunidade externa.
O artigo produzido por professores dos Programas de Pós-Graduação em Atenção Integral à Saúde e Modelagem Matemática da Unijuí, em parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), foi publicado em uma prestigiada revista científica, a The Public Library of Science ONE (PLOS ONE), e enviado pelo próprio veículo de comunicação à Organização Mundial da Saúde (OMS).
O artigo leva o título de “Insufficient social distancing may contribute to COVID-19 outbreak: the case of Ijuí city in Brazil”, ou Distanciamento social insuficiente pode contribuir para o surto de Covid-19: o caso da cidade de Ijuí no Brasil, em tradução livre.
A publicação apresenta um conjunto de análises dos resultados de diferentes indicadores de distanciamento social em Ijuí. Neste estudo, estão incluídos os resultados da primeira metade da pesquisa Epicovid19-RS, realizada em Ijuí entre abril e junho de 2020. No período, 2.222 pessoas foram testadas quanto à presença de anticorpos contra o novo coronavírus e também responderam a um questionário sobre a adesão ao distanciamento social, rotinas preventivas diárias, características sociodemográficas e presença de comorbidades. Em paralelo, o estudo mostrou o nível de distanciamento social registrado pelos sinais de celulares da comunidade, e o número de casos de Covid-19 no município, de acordo com os casos oficiais da doença, disponibilizados pela prefeitura municipal de Ijuí. Além disso, o artigo mostra os efeitos esperados em diferentes níveis de adesão ao distanciamento social, de acordo com modelos matemáticos.
O estudo demonstra que, antes da pandemia, a parcela da população que ficava sempre em casa era de aproximadamente 30%, segundo registro do deslocamento de celulares no mês de fevereiro e primeira quinzena de março. Na segunda quinzena de março, o isolamento social atingiu 70% no final de semana e 54% em dias úteis. No entanto, o estudo mostra que em junho os níveis voltaram ao patamar pré-pandemia (31%).
O estudo demonstra, ainda, a diminuição de 11% da parcela da população que relatou que permanecia o tempo todo em casa ou saía apenas para atividades essenciais entre início de abril e final de maio. Os dados indicam que 64% da população se considerava aderindo ao distanciamento social no início da pandemia, diminuído para 53% em maio. Embora com valores diferentes, a mesma diminuição, em média, pode ser vista no distanciamento social pelo registro do deslocamento dos telefones celulares (de 44% para 34%). A diferença entre o registrado pelos celulares e o relatado pelas entrevistas é explicado pela própria diferença de compreensão da população sobre estar ou não aderindo às medidas. No mesmo período, Ijuí passou de 25 casos na última semana de maio para 245 casos ao final de junho.
O estudo mostrou que o não cumprimento do distanciamento social recomendado poderia estar associado ao aumento no número de casos da Covid-19 na cidade, de modo a sobrecarregar o sistema de saúde. Segundo as predições matemáticas, com uma adesão apenas parcial da população às medidas de proteção e diminuição insuficiente da taxa de transmissão registrada em maio e junho, Ijuí poderia chegar a 511 mortes no final do ano. Ainda, com adesão suficiente, porém tardia (30 dias após o 100° caso), Ijuí registraria 62 mortes em outubro. No entanto, com uma adesão adequada rapidamente (em até 15 dias após o 100° caso), as predições estimavam 27 mortes em outubro, quando Ijuí registrava oficialmente 25 mortes por Covid-19. Estes dados sugerem que o distanciamento social praticado inicialmente tenha evitado um grande número de mortes.
Por outro lado, a diminuição gradativa dos níveis de distanciamento gerado por uma “fadiga de quarentena” contribuiu para não conter a pandemia na cidade. O atual cenário, que conta com mais de 4 mil casos e mais de 70 óbitos pela doença é, portanto, simultaneamente resultado da proteção inicial gerada pela boa adesão ao distanciamento social da população e resultado da fadiga deste sistema de contenção de pandemia, aponta o coordenador do estudo, professor doutor Thiago Gomes Heck – também coordenador do Programa de Pós-Graduação em Atenção Integral à Saúde e professor do Programa de Pós-Graduação em Modelagem Matemática e Computacional.
O artigo dos autores Thiago G. Heck, Rafael Z. Frantz, Matias N. Frizzo, Carlos Henrique R. François, Mirna S. Ludwig, Marilia A. Mesenburg, Giovano P. Buratti, Lígia B. B. Franz e Evelise M. Berlezi está disponível neste link.
Esta quinta-feira, dia 11 de fevereiro, marca o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência
Professoras Rosane Porto Carvalho e Márcia Binelo
Desde 2015, a Organização das Nações Unidas (ONU) utiliza a data de 11 de fevereiro para marcar o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. Um dia de homenagens, é verdade, mas também de reflexão, já que ainda há muitas disparidades entre homens e mulheres neste campo, que ficam ainda mais evidentes em algumas áreas. Para se ter uma ideia, em todo o mundo, as mulheres ainda representam 28% dos graduados em engenharia e 40% dos graduados em ciências da computação e informática. Os dados constam no Relatório de Ciências da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), divulgado nesta quinta-feira.
“As mulheres, desde o início do desenvolvimento científico, atuaram de forma corajosa e decisiva, e podemos citar como exemplos cientistas como Marie Curie, Nise da Silveira e Ada Lovelace. No entanto, isso aconteceu em meio a muita dificuldade, pois o preconceito presente na sociedade acaba permeando também o meio científico. Felizmente, as mulheres têm conquistado cada vez mais espaço, mas há ainda muito a conquistar. Eu tenho a felicidade de trabalhar em uma universidade em que diversos cargos de comando são ocupados por mulheres, como a coordenação do Programa de Pós-Graduação onde atuo e a própria reitoria da instituição. O caminho do reconhecimento das mulheres na ciência não é fácil, mas com coragem e determinação elas têm feito história”, opinou a professora do Programa de Pós-Graduação em Modelagem Matemática da Unijuí, Márcia Binelo, que é licenciada em Matemática, mestra e doutora na área de Modelagem Matemática.
Para a professora Rosane Porto Carvalho, do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos da Unijuí e com atuação no curso de Direito, as mulheres ainda precisam avançar muito dentro da ciência “É essencial que as mulheres se reconheçam e acreditem nas suas potencialidades. O desafio está no enfrentamento de resistências que não permitem que elas ocupem espaços de gestão. Nós, mulheres, somos capazes de fazer ciência, de contribuir com a humanidade, de sermos gestoras, de ocuparmos diferentes funções, conciliando tudo isso à maternidade, sim. Infelizmente, hoje, a maternidade impede que muitas mulheres ocupem espaços laborais, de gestão, na sua maioria assumidos por homens.”
Pós-doutora em Direito, Rosane trabalha na área do Direito do Trabalho e Processo do Trabalho. Atualmente, se debruça na área do sistema de justiça, nas formas alternativas ou complementares de resolução de conflitos e, especialmente, na mediação sanitária, em razão da pandemia de covid-19 – que vem ocasionando, desde o último ano, demissões em massa. Ela comenta que uma das principais conquistas em sua trajetória foi ser selecionada para atuar nos cursos de Mestrado e Doutorado em Direitos Humanos da Universidade, um espaço que, na sua avaliação, não só traz contribuições para a sociedade, como também permite fazer ciência. “Me sinto uma pessoa realizada e consciente da responsabilidade que tenho, de pensar e consolidar projetos que sejam agregadores e satisfatórios para a Universidade, para a comunidade, para professores e estudantes que se somam nessa constituição de pensar, por meio de projetos, um amanhã diferente”, disse.
Márcia, por sua vez, trabalha no Grupo de Automação Industrial e Controle (GAIC) da Unijuí e dedica-se, principalmente, aos modelos matemáticos e computacionais ligados a sistemas sustentáveis de energia. A educadora, que tem a sua formação em Matemática como uma das principais conquistas até hoje – já que foi neste momento em que teve início a sua admiração pela ciência -, além dos cursos de mestrado e doutorado, quer continuar o seu trabalho, buscando sempre campos de pesquisa cujos resultados tenham impactos positivos para a sociedade e para o meio ambiente.
A equipe do Programa de Melhoramento Genético de Plantas, Grãos, Forrageiras e Cobertura de Solo da Unijuí iniciou o ano com diversas metas já definidas. De acordo com o professor Ivan Ricardo Carvalho, passada a pandemia, um dos principais objetivos do grupo é conseguir expandir o Dia de Campo e reunir um número maior de pessoas – chegando, se possível, a 500. “Neste ano, queremos entrar com trabalho em outra cultura, que é o gergelim, com empresas parceiras, e aumentar o envolvimento da comunidade acadêmica em atividades de pesquisa e melhoramento. Queremos, ainda, aprimorar a nossa vitrine de extensão – ou seja, fazer com que o produtor de aveia, de linhaça, tenha um contato maior com as pesquisas e resultados que temos obtido ao longo do tempo”, exemplificou o educador.
Para quem ainda não conhece, o Programa de Melhoramento Genético de Plantas é uma iniciativa que propõe a empresas das áreas de sementes, indústrias de leite e carne, além de cooperativas de agronegócio, um acordo de Cooperação Técnico-Científico, que tem como objetivo a obtenção de novas cultivares para o melhoramento genético de forrageiras e cobertura de solo. Ele está ligado aos cursos de Agronomia, Medicina Veterinária e ao Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade, do Departamento de Estudos Agrários da Unijuí, e conta com o envolvimento de diversos professores, como o docente Ivan, Emerson André Pereira - coordenador, José Antonio Gonzalez e Osorio Lucchese.
“O programa tem diversos objetivos. Uma de suas vertentes é a obtenção de grãos, de espécies para grãos, e outra é a de espécies para produção forrageira. Um dos nossos propósitos é aumentar a produtividade e, com isso, a qualidade, principalmente de grãos, para que consigamos cultivares – tanto de linhaça, quanto de aveia e agora de soja, mais produtivos. E para forrageira não é diferente, especialmente do ponto de vista de ter cultivares específicos para manejos específicos”, explicou o professor Ivan, lembrando que o programa tem obtido bons resultados. No último ano, dentre as principais realizações, está a parceria firmada com uma empresa para melhoramento de linhaça, a Cisbra, e a realização do Dia de Campo, que potencializou alguns parceiros, que estão à espera da cultivar. “Hoje, o programa conta com ensaios de mais de mil linhagens”, reforçou.
Contando com o envolvimento de bolsistas voluntários, de iniciação científica e de iniciação tecnológica, o Programa de Melhoramento Genético de Plantas tem contribuído com a região Noroeste e desenvolvido o agronegócio como um todo, conforme observa o professor. “Além disso, temos alunos mais preparados, do ponto de vista da experimentação do melhoramento genético, para encarar o mercado de trabalho. A comunidade externa tende a ganhar com isso, já que estamos acompanhando as modificações que o mercado exige”, comentou, adiantando que o programa caminha para um grande projeto: “queremos que a Universidade seja pioneira no melhoramento da soja na região Sul do Brasil. E isso já caminha, a pequenos passos, no nosso comitê”, disse.
O melhoramento de plantas é um processo que se desenvolve a longo prazo – 10 anos, pelo menos, para que se produza uma nova cultivar. No Brasil, há poucas universidades que possuem um programa de melhoramento de plantas, em especial na região Sul.
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