Na última quarta-feira, dia 17 de agosto, foram entregues materiais escolares e quatro smartphones Samsung Galaxy à Escola Municipal Fundamental Deolinda Barufaldi. A ação integra mais uma fase do projeto “Aplicação de sistemas da informação no desenvolvimento de projetos interdisciplinares no modelo híbrido educacional”, desenvolvido pelos Programas de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Educação nas Ciências da Unijuí, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs) e do Sebrae RS.
Antes da entrega dos materiais, foi realizada uma conversa, online, com a professora Francilda Fonseca Machado, uma das vencedoras do Prêmio Educador Nota 10, que leciona em uma comunidade quilombola no Maranhão. Além da Escola Deolinda Barufaldi, de Ijuí, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Alexandre Tramontini, localizada no município de Espumoso, também é contemplada pelo projeto. Os estudantes do 8º ano das duas escolas participaram, simultaneamente, do bate-papo com a professora.
Diversas ações já foram realizadas dentro do projeto, como uma formação pedagógica com os professores de ambos os educandários, que conta com encontros presenciais e online; uma visita da Escola Deolinda à comunidade quilombola Passo do Araçá, em Catuípe; e uma palestra online com o professor Augusto Kessai Chicava, de Moçambique, intitulada “Desconstruindo o preconceito sobre a África”. Todas as atividades estão relacionadas com a temática que norteia o trabalho nas escolas: racismo estrutural.
Outras ações estão previstas para acontecer até o final de outubro: visita da Escola Alexandre Tramontini a uma comunidade quilombola em Salto do Jacuí; submissão de trabalhos desenvolvidos pelos estudantes na 6ª MoEduCiTec; e uma apresentação, na Expofest, de uma canção que está sendo ensaiada pela Escola Deolinda, juntamente com a Etnia Afro. No dia da apresentação, está sendo planejada a vinda dos alunos de Espumoso à Ijuí. Além de um momento de integração entre as duas escolas, os jovens terão a oportunidade de conhecer a Unijuí, o Museu Antropológico Diretor Pestana e visitar a Expofest.
Segundo a diretora da Escola Deolinda, Lizandra Baiotto, as atividades realizadas pelo projeto foram pensadas de forma dinâmica e interativa, o que conseguiu envolver os alunos. “O projeto está sendo muito bom pelas oportunidades que surgiram, os passeios que fizemos, as pesquisas, o uso da tecnologia que proporcionou. Nós, professores e direção, percebemos que os alunos se envolveram no projeto e estão muito felizes, se sentem gratificados por terem sido escolhidos como a turma piloto”, afirmou Lizandra.
Entenda mais sobre o projeto
O projeto da Unijuí surgiu a partir da dissertação de Mestrado da professora Danieli Biolchi, que agora dá sequência ao trabalho em sua tese no Doutorado em Desenvolvimento Regional. “Além de abordar um assunto tão pertinente, que é o racismo estrutural, o projeto está possibilitando movimentos diferentes nas escolas e trabalhando o que acreditamos ser primordial na educação: a interdisciplinaridade e o movimento híbrido. Então essa possibilidade de levar a Universidade para dentro das escolas, fazer com que os alunos conheçam lugares diferentes, tenham experiências diferentes, é muito importante e certamente vai transformar as percepções deles sobre estudar e sobre educação. É isso que a gente busca na nossa pesquisa”, destacou Danieli.
Para aplicação do projeto foi montada uma equipe de profissionais responsáveis, que conta com Danieli; com os professores doutores Airton Adelar Mueller (pesquisador/coordenador), Sidinei Pithan da Silva (pesquisador/executor) e Edson Luiz Padoin (pesquisador/executor); com apoio técnico do bacharel do curso de Ciências da Computação da Unijuí, Átila Cordeiro Biolchi; e do doutor em Desenvolvimento Regional, Vinicios Gonchoroski de Oliveira.
O coordenador do projeto, professor Airton Mueller, explicou que o trabalho desenvolvido com os alunos, sobre racismo estrutural, se conecta com o projeto maior, que visa a aplicação de sistemas da informação a projetos interdisciplinares em formato híbrido. “O projeto dentro das escolas não é realizado somente a partir de uma metodologia presencial. É justamente a partir de testes de metodologias híbridas, que conectam o contato pessoal e o contato à distância. Isso implica várias atividades, várias formas de interação com pessoas que estão longe daqui, mediadas por diferentes tipos de tecnologias. É uma alegria poder estar aqui em uma escola municipal e dar esse retorno da Universidade para a comunidade por meio de suas atividades de pesquisa”, completou o professor Airton.
Imagem: Prefeitura de Santa Rosa
Conhecer os potenciais dos municípios e como esses podem ser trabalhados de maneira mais promissora, é um dos objetivos da pesquisa coordenada pelo professor da Unijuí, Ariosto Sparemberger. O projeto de pesquisa idealizado pelo docente iniciou neste ano e deve finalizar no final de 2023, mas existe a possibilidade de ampliação de prazo. Outros professores voluntários da Universidade e, no momento, um estudante bolsista, também trabalham na atividade, que envolve 20 municípios da Região Fronteira Noroeste.
A pesquisa irá investigar e entender a identidade dos municípios a partir de ferramentas de Marketing das Cidades – instrumentos operacionais e elementos do Marketing. Ariosto explica que a maioria dos municípios brasileiros, cerca de 68%, têm menos de 20 mil habitantes. “As pequenas cidades geralmente enfrentam dificuldades relacionadas ao orçamento público, participação nos tributos arrecadados no Brasil, elaboração do plano diretor e ao uso de práticas modernas de gestão pública, por exemplo. Por outro lado, as demandas por parte dos contribuintes, que cobram serviços de qualidade e novos investimentos, são significativas. A arrecadação que já é limitada, torna-se insuficiente para o atendimento de todas as necessidades dos moradores”, destaca o pesquisador.
Muitos desses municípios apresentam potenciais que podem, quando bem trabalhados, tornarem-se atrativos para moradores, indústrias e para novos investimentos, além de gerar visibilidade. Neste sentido, a pesquisa irá auxiliar também no processo de gestão desenvolvido nas cidades, para atender as necessidades e desejos de indivíduos e organizações.
O pesquisador também compartilha os objetivos específicos da pesquisa:
- Analisar as cidades, tendo por base um conjunto de instrumentos operacionais conhecidos pela denominação de Composto de Marketing;
- Investigar o nível de atratividade dos municípios, para as indústrias, o comércio e os prestadores de serviços;
- Sugerir ações voltadas para o desenvolvimento e melhorias no gerenciamento do Marketing dos municípios estudados;
- Propor ações que possam contribuir para a melhoria da atratividade das cidades da Região da Fronteira Noroeste.
Em breve, os municípios devem receber um questionário para coleta de informações. Também estão sendo articuladas outras parcerias e a possibilidade de Trabalhos de Conclusão de Curso de acadêmicos de Administração, investigarem o Marketing na região.
Foto: arquivo Unijuí
Os projetos de pesquisa fazem parte da consolidação do conhecimento científico, necessário para que haja uma melhoria contínua da sociedade e seus desafios, do mercado de trabalho, bem como resgates e projeções. A Unijuí conta com o envolvimento de docentes e estudantes nestas iniciativas e, recentemente, teve a aprovação de três projetos em editais externos, com iniciativas de professores.
O objetivo da chamada “Universal”, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) é contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação do País, em qualquer área do conhecimento. Veja os docentes que tiveram projetos aprovados:
- Cleusa Adriane Menegassi Bianchi Teixeira: Ecofisiologia de Sistema Silvipastoril para promoção de bem estar animal e sustentabilidade ambiental
- Doglas Cesar Lucas: Direitos Humanos e a proteção jurídica das diferenças identitárias nas decisões do STF.
Outros docentes também tiveram projetos aprovados em edital CNPq, “Produtividade em Pesquisa”, que tem como objetivo valorizar pesquisadores de diversas áreas do conhecimento e incentivar a produção científica, tecnológica e de inovação:
- Adriane Cristina Bernat Kolankiewicz: Transição do cuidado: avaliação, desenvolvimento e implementação de estratégias;
- Ivan Ricardo Carvalho: Avanços científicos e tecnológicos para promover a cadeia orgânica da soja: perfil nutracêutico;
- Jorge Oneide Sausen: Capacidade de absorção do conhecimento e inovação: análise de um ecossistema de inovação em saúde;
- Maria Simone Vione Schwengber: Por uma educação da “não violência” dos corpos: políticas-digitais feministas vão à escola e à universidade;
- Sérgio Luis Allebrandt: Desenvolvimento territorial e controle social em cidades médias de região fronteiriça.
Já no Programa Pesquisador Gaúcho, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), o edital buscava projetos que contribuíssem com o desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação no estado, em qualquer área do conhecimento. Vejo os professores que aprovaram projetos:
- Airam Teresa Zago Romcy Sausen: Modelagem de ensaios não destrutivos e semi destrutivos para estimativa da resistência à compressão de estruturas de concreto;
- Christiane de Fátima Colet: Extração e uso de óleos essenciais brutos e nanoencapuslados e sua ação fungistática no controle sustentável de fungos no armazenamento de sementes de soja;
- Ivo dos Santos Canabarro: Fotógrafos gaúchos: a construção da cultura fotográfica;
- Maria Simone Vione Schwengber: Por uma educação da “não violência” dos corpos: políticas-digitais feministas vão à escola e à universidade (aprovado também em edital CNPq);
- Pedro Luís Büttenbender: O patrimônio territorial como referência no processo de desenvolvimento de territórios ou regiões: um estudo em três regiões do Rio Grande do Sul.
A ciência vem provando ser indispensável e a principal arma no combate à doenças, a exemplo da pandemia de Covid-19. Ao encontro desse contexto, a acadêmica de Biomedicina Catrini Roncalio Fiori optou por fazer o seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) voltado à pesquisa científica buscando uma possibilidade de tratamento contra a doença causada pelo novo coronavírus.
O trabalho, orientado pelo professor doutor Matias Nunes Frizzo, foi intitulado “Proteína C Reativa, Relação Plaqueta Linfócito e D-Dímero como Biomarcadores de Prognóstico e Desfecho em Pacientes com Covid-19” e possui ligação direta com os casos de alta e baixa nos hospitais. O professor doutor Vítor Antunes de Oliveira foi a banca avaliadora do TCC.
Inicialmente, Catrini desenvolveu seu projeto, com o intuito de submeter ao comitê de ética em pesquisa da Unijuí e de um hospital do município de Ijuí. Após a aprovação, iniciou a coleta de dados nos prontuários do hospital, onde coletou variáveis como o sexo, a idade, o desfecho (alta e óbito) e os resultados dos exames laboratoriais desses pacientes.
Os exames laboratoriais avaliados no estudo foram a Proteína C Reativa, que é um marcador inflamatório, contagem de plaquetas e linfócitos, para o cálculo da relação plaqueta linfócito e o resultado do D-Dímero que é um produto da degradação da fibrina e está associado à coagulação. A coleta dos resultados foi realizada em dois períodos: na entrada dos pacientes no hospital e na saída Os resultados foram correlacionados com os desfechos de alta e óbito.
“Analisando as estatísticas obtidas, a estudante concluiu que os pacientes que tiveram o desfecho de óbito haviam ingressado no hospital com um valor de Proteína C Reativa significativamente mais elevado que os pacientes que tiveram alta. Além disso, a relação Plaqueta-Linfócito estava menor, nos pacientes com desfecho de óbito quando comparados aos que tiveram alta, e o D-Dímero estava superior, naqueles que tiveram o desfecho de óbito”, explica Catrini.
Segundo ela, o TCC pode ajudar os profissionais da saúde. “Ao observarem os biomarcadores analisados no estudo ainda na admissão dos pacientes, as equipes de saúde e os médicos terão tempo para avaliar e iniciar o tratamento mais adequado, diminuindo assim as chances de óbito”, finaliza a estudante.
Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo da Unijuí
Visando o bem-estar animal, surgiu em 2018 o Grupo de Pesquisa em Produção e Bem-Estar Animal na Unijuí, com estudantes e pesquisadores que atuam na área de produção e qualidade de vida de um animal. As temáticas estudadas variam entre análise de dados aplicada à produção animal; etologia - produção e bem-estar animal; nutrição e alimentação animal.
O grupo visa atuar no cuidado com a saúde animal, trabalhando em pesquisas que buscam aumentar a sanidade dos animais, envolvendo parceria com empresas e a participação de cerca de 20 estudantes por semestre. Estes estudantes dedicam-se às pesquisas aplicadas à solução de problemas de campo ou à elucidação de dúvidas em relação a novas tecnologias do setor.
Conforme a coordenadora do grupo, professora Denize da Rosa Fraga, essas atividades são de extrema importância para a formação dos estudantes, pois impactam diretamente no fazer profissional após a formação. “O contato com a pesquisa proporciona ao estudante ver a profissão de uma nova perspectiva, sendo desafiado por problemas do campo”, destaca.
Atualmente, o grupo desenvolve a pesquisa “Perfil microbiológico de vacas com mastite de acordo com as condições climáticas”, que busca diagnosticar os agentes causadores de mastite em vacas e relacioná-los com condições climáticas. Os dados de um ano serão sistematizados a partir do banco de dados gerado pela Agropecuária Agro Estância, do município de Santo Cristo, a fim de gerar esclarecimentos acerca desta que é uma das patologias que mais impacta na produção leiteira de qualidade.
Por Susan Pereira, estagiária da Assessoria de Marketing da Unijuí
Foto produzida pelo grupo antes da pandemia
O Grupo de Pesquisa Competitividade e Gestão Estratégica para o Desenvolvimento teve seu início em 2002, juntamente com a criação do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Desenvolvimento Regional da Unijuí. O grupo reúne professores da Linha de Pesquisa em Gestão de Organizações e Dinâmicas de Mercado e conta, por semestre, com aproximadamente 40 estudantes, sendo 30 de Mestrado e Doutorado e 10 de graduação.
O grupo trabalha com duas linhas de pesquisa: o primeiro é Gestão Estratégica, que visa o desenvolvimento de temáticas como a acumulação de competências tecnológicas, agregação de valor, competitividade de cadeias produtivas, inovação e empreendedorismo; e Responsabilidade Socioambiental das Organizações e Capital Social, que envolve responsabilidade organizacional frente às dimensões econômica, social e ambiental, governança corporativa e territorial, gestão estratégica de custos.
Os estudantes, além do trabalho de investigação realizado junto com professores do Programa, também estabelecem relações com a rede de pesquisa, cujo grupo está vinculado às Relações Internacionais. “Trabalhamos o entendimento e a compreensão da realidade das organizações da região, e da própria região como um todo, de modo a analisar como acontecem os processos de desenvolvimento das organizações da região, no que tange à concepção e implementação das estratégias de mudança e adaptação ao contexto competitivo, bem como as estratégias de desenvolvimento local e regional que envolvem processos de reconhecimento, integração e aplicação do conhecimento para a geração de competências e capacidades de diferenciação competitiva”, explica o professor e coordenador do grupo, Jorge Oneide Sausen.
De acordo com o professor, à medida que os estudantes conhecem novos modelos, metodologias e abordagens teóricas de análise, eles acabam sendo preparados e qualificados para pesquisar e estudar as organizações de sua região, integrando “os processos de desenvolvimento nas organizações e na região, propondo estratégias que possam contribuir para o crescimento econômico e social da região, nos seus diferentes segmentos.”
Por Susan Pereira, acadêmica de Jornalismo da Unijuí
Com o intuito de desenvolver trabalhos voltados ao estudo do marketing em âmbitos local, regional e internacional, foi criado em 2012 o Grupo de Pesquisa NEM – Núcleo de Estudos de Marketing na Unijuí. As pesquisas estão relacionadas às linhas de marketing de serviços e marketing e desenvolvimento, e visam trazer descobertas para o mundo acadêmico e contribuir para o gerenciamento das organizações. No âmbito internacional, o grupo é atendido com o foco na pesquisa em parceria com a entidade alemã Fachhochschule Gelsenkirchen, onde se estabelecem trocas de estudantes e professores.
O projeto inicialmente foi coordenado pela professora Lurdes Marlene Seide Froemming e atualmente conta com a participação do professor, coordenador do projeto, Ariosto Sparemberger. Para o desenvolvimento, participam estudantes dos cursos de gestão, professores e empresas, visando analisar problemas, descobertas, diagnósticos e alternativas.
Desde 2018, um dos temas estudados é o Comportamento Disfuncional do Consumidor no Setor Varejista. Conforme explica o professor, "o principal objetivo é identificar as consequências do comportamento disfuncional do consumidor para outros consumidores, funcionários e organizações, segundo a percepção dos gestores, que é o ambiente utilizado para o ato disfuncional do cliente.”
Segundo o professor, os resultados têm proporcionado um conjunto de informações que ajudam no processo de tomada de decisão dos gestores do varejo da região, fornecendo reflexões e análises estratégicas.
Para os estudantes das áreas de gestão e da comunicação, o marketing é considerado fundamental para formação. Neste sentido, “estudos e pesquisas desenvolvidos pelos estudantes, com orientação dos professores da área, além do que o curso já proporciona, agrega conhecimento e competências necessárias para que o profissional esteja apto a assumir funções específicas do marketing, gerando resultados competitivos para a organização”, segundo o professor.
Por Susan Pereira, acadêmica de Jornalismo da Unijuí
Foto ilustrativa: Divulgação do Vestibular Unijuí
A UNIJUÍ, através de seu processo formativo na Graduação, das pesquisas institucionais e dos projetos de extensão universitária, tem tornado os acadêmicos mais próximos da comunidade, acompanhando as mudanças e buscando desenvolver soluções para problemas ou desafios da sociedade.
No contexto da pandemia, a área da saúde tem realizado inúmeras ações que resultam em intervenções junto à comunidade, como é o caso dos projetos vinculados à pesquisa institucional “Atenção Integral à Saúde do Idoso”.
Trata-se de um estudo que acompanha idosos usuários da atenção primária, nos bairros Thomé de Souza e Pindorama, em Ijuí e que tem como objetivo avaliar as condições de saúde da população idosa e propor medidas de promoção à saúde, prevenção de doenças, assistência e reabilitação, na busca da manutenção das capacidades físicas, funcionais e cognitivas na perspectiva de uma velhice com dignidade.
Natália Carvalho, acadêmica do 10º semestre do curso de Fisioterapia, da Unijuí, desenvolve um dos trabalhos, avaliando os fatores de risco ambientais para quedas em idosos. Ela explica que as quedas são uma grande ameaça ao bem-estar deste público e podem ocasionar consequências temporárias ou permanentes, influenciando na qualidade de vida, independência e autonomia. “Nossa pesquisa conta com uma visita na residência dos idosos para uma breve avaliação na moradia, para identificar fatores de riscos ambientais para quedas. Acreditamos ser muito relevante identificar, avaliar e reconhecer esses fatores e com esse conhecimento as quedas podem diminuir, sendo esse nosso principal objetivo”, divulga, lembrando que a partir deste dados será produzida uma cartilha digital voltada aos cuidados domiciliares para prevenção.
Ainda focando na saúde dos idosos e que são usuários da atenção primária em saúde de Ijuí, o projeto denominado “Avaliação do risco de fratura por fragilidade óssea em idosos residentes na comunidade” está sendo desenvolvida pela estudante de Fisioterapia, Bruna Meiger, que também é bolsista de Iniciação Científica CNPQ. Através de um instrumento de coleta de dados que visa abordar questões quanto à presença dos fatores de risco para fraturas em idosos, a pesquisa foca no planejamento de ações de prevenção e estratégias de cuidado, conforme explica a estudante. “Com o envelhecimento ocorre a perda de massa óssea, fazendo com que os ossos se tornem mais frágeis e porosos, aumentado o risco de fraturas. Estima-se que essa situação possa piorar nos próximos anos devido à tendência global de envelhecimento da população e pelo aumento da expectativa de vida. Por isso é essencial projetar estratégias e medidas terapêuticas para limitar essas consequências”.
Já a pesquisa sobre o “Programa Inovador de Exercício Multicomponente para Idosos no Espaço Domiciliar”, que integra o Trabalho de Conclusão de Curso da acadêmica em Fisioterapia Rúbia de Oliveira Henicka também vai auxiliar na saúde dos idosos ao oferecer uma diretriz para prescrição de exercícios físicos. Segundo ela, o programa utilizado aborda treinamentos voltados ao exercício de força, equilíbrio, marcha, flexibilidade e resistência aeróbica, por meio de exercícios cardiovasculares. “Esse tipo de intervenção tem por objetivo manter constante a capacidade funcional durante o envelhecimento e também possui eficiência para retardar o declínio cognitivo e a depressão, que é bastante frequente nessa população”, resume Rúbia.
Para saber mais sobre estes projetos que tem intervenção junto à comunidade local, ouça as entrevistas com as acadêmicas, dando o play na playlist abaixo:
Na noite desta quarta-feira, dia 27, aconteceu a Cerimônia de certificação dos trabalhos destaques da Iniciação Científica Ciclo 2019-2020. Os trabalhos destacados são todos referentes ao Salão do Conhecimento 2020, que teve como temática geral “Inteligência Artificial: a nova fronteira da ciência brasileira”.
A cerimônia iniciou com a fala do professor coordenador do Programa de Pós-Graduação em Direito da Unijuí, Maiquel Wermuth, sobre a importância e relevância da Iniciação Científica no processo de formação dos acadêmicos. “Por meio das pesquisas que são realizadas neste nível, o estudante de graduação tem a chance de aperfeiçoar seus conhecimentos teóricos e técnicos dentro da sua área de atuação”, comentou o professor. Além disso, foi abordado sobre o diferencial que a Iniciação Científica representa a nível profissional, especialmente para aqueles que objetivam a área acadêmica.
A ex-bolsista de Iniciação Científica da Unijuí, Caroline Soschinski, foi convidada para relatar sobre a sua experiência com a pesquisa e a relevância da mesma em sua formação. Atualmente, Caroline está cursando doutorado no Texas, Estados Unidos, e afirmou que o ponto de partida para a sua relação com a pesquisa foi na Unijuí, especialmente no Salão do Conhecimento. “A Unijuí proporciona que os alunos conversem sobre pesquisa e isso é muito importante como um direcionador, porque para mim abriu um novo horizonte.”, comentou Caroline. Ainda, ela comentou sobre bolsas que conseguiu tanto para o mestrado quanto para o doutorado, sendo elas conquistadas pelos méritos com a iniciação científica.
Após isso, os bolsistas destacados por área de conhecimento foram certificados e parabenizados. Na área de Ciências Agrárias: Joélen Assmann Cavinatto, Claudia Vanessa Argenta, Anderson Dal Molin Savicki, Julio Daronco Berlezi e Carolina dos Santos Cargnelutti. Ciências Biológicas: Juliana Furlanetto Pinheiro. Ciências da Saúde: Bruna Schubert Megier, Gabriela Ceretta Flores, João Vinicius Müller Kaufmann, Lauren de Oliveira Machado, Pâmella Pluta, Vanessa Dalsasso Batista Winter, Welerson Roberto dos Reis, Ana Luiza Pess de Campos, Elisa Regina Buratti Basso e Felipe Rafael Passos. Ciências Exatas e da Terra: Diovana Jarosezwski da Rosa, Lucas Schwertner, Luís Gustavo Bohn e Suriel Artur Rogowski Gonçalves. Ciências Humanas: Karina Andressa Cavalheiro Zimmermann, Micheli Rohr, Giovana Smolski Driemeier, Luciana Rodrigues Lara e Emanuel dos Santos. Ciências da Engenharia: Pedro Gelati Pascoal, Patrick de Paula Borges, Edmilton Oliveira Stein e Cristina Schoefer Dessbesell. Ciências Sociais Aplicadas: Regis Natan Winkelmann, Kethlyn Mayara Mohnschmidt, Eduarda Franke Kreutz, Manuela Hamester Pause, Mariana Emilia Bandeira, Fernanda Viero da Silva e Quézia Celeste Vanzin.
Por fim, foi apresentado um vídeo da reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que aconteceu entre os dias 18 e 24 de julho de 2021 e traz a experiência de quatro dos bolsistas de Iniciação Científica da Unijuí que participaram do evento: Claudia Vanessa Argenta, com o trabalho “Inteligência Artificial na previsão da produtividade de grãos de trigo considerando indicadores biológicos e ambientais”; Lauren Oliveira Machado, com o trabalho “Restrição calórica altera contagem de linfócitos em ratos wistar machos obesos”; Pâmella Pluta, com o trabalhos “Análise por questões dos instrumento CTM-15 na perspectiva de pacientes oncológicos de um hospital geral do sul do Brasil”; e Welerson Roberto dos Reis, com o trabalho “Jejum intermitente de dias alternados não altera o consumo hídrico em animais alimentados com ração hiperlipídica”.
Por Krislaine Baiotto, acadêmica de Jornalismo da Unijuí
A Unijuí, por meio da Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, divulgou neste mês o Edital VRPGPE nº 23/2021, que dispõe sobre a seleção de professores doutores e mestres da Unijuí para serem contemplados com horas do Fundo Institucional de Pesquisa no período de 2022-2023.
As inscrições se estendem até o dia 17 de setembro e, nesta etapa, o professor interessado em concorrer ao edital precisa manifestar o interesse por meio do preenchimento de formulário eletrônico, disponível em unijui.edu.br/pesquisa/editais e estar com seu currículo atualizado na Plataforma Lattes/CNPq. Podem concorrer professores efetivos da Universidade, com titulação de mestrado e doutorado e regime de trabalho em tempo integral ou parcial (mínimo 32 horas).
Serão selecionados nove professores para serem contemplados com horas do Fundo Institucional de Pesquisa pelo período de até dois anos (2022-2023). Do total de vagas disponíveis, até seis são destinadas às áreas em que a Unijuí mantém seus Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu (PPG), sendo uma vaga por área; e no mínimo três vagas para outras áreas.
Na avaliação para classificação e seleção dos pesquisadores, é considerada a produção científica individual do candidato no período de 2017 a 2021, bem como patentes e aprovação de projetos com fomento externo. Esses dados compõem o Indicador de Produtividade (IndProd), que é calculado pela Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão segundo os parâmetros explicitados no Edital. Para concorrer a uma das vagas por área de PPG, o candidato deverá apresentar IndProd mínimo de 1,0.
A divulgação do resultado está prevista para o dia 18 de outubro. Após a divulgação, os professores selecionados devem apresentar um plano de trabalho para o período de dois anos. Este plano é analisado e deve ser aprovado pelo Comitê Stricto Sensu e Pesquisa.
O edital completo, bem como o link de inscrição, estão disponíveis em unijui.edu.br/pesquisa/editais. Outras informações podem ser obtidas junto à Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão.
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