A equipe do Programa de Melhoramento Genético de Plantas, Grãos, Forrageiras e Cobertura de Solo da Unijuí iniciou o ano com diversas metas já definidas. De acordo com o professor Ivan Ricardo Carvalho, passada a pandemia, um dos principais objetivos do grupo é conseguir expandir o Dia de Campo e reunir um número maior de pessoas – chegando, se possível, a 500. “Neste ano, queremos entrar com trabalho em outra cultura, que é o gergelim, com empresas parceiras, e aumentar o envolvimento da comunidade acadêmica em atividades de pesquisa e melhoramento. Queremos, ainda, aprimorar a nossa vitrine de extensão – ou seja, fazer com que o produtor de aveia, de linhaça, tenha um contato maior com as pesquisas e resultados que temos obtido ao longo do tempo”, exemplificou o educador.
Para quem ainda não conhece, o Programa de Melhoramento Genético de Plantas é uma iniciativa que propõe a empresas das áreas de sementes, indústrias de leite e carne, além de cooperativas de agronegócio, um acordo de Cooperação Técnico-Científico, que tem como objetivo a obtenção de novas cultivares para o melhoramento genético de forrageiras e cobertura de solo. Ele está ligado aos cursos de Agronomia, Medicina Veterinária e ao Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade, do Departamento de Estudos Agrários da Unijuí, e conta com o envolvimento de diversos professores, como o docente Ivan, Emerson André Pereira - coordenador, José Antonio Gonzalez e Osorio Lucchese.
“O programa tem diversos objetivos. Uma de suas vertentes é a obtenção de grãos, de espécies para grãos, e outra é a de espécies para produção forrageira. Um dos nossos propósitos é aumentar a produtividade e, com isso, a qualidade, principalmente de grãos, para que consigamos cultivares – tanto de linhaça, quanto de aveia e agora de soja, mais produtivos. E para forrageira não é diferente, especialmente do ponto de vista de ter cultivares específicos para manejos específicos”, explicou o professor Ivan, lembrando que o programa tem obtido bons resultados. No último ano, dentre as principais realizações, está a parceria firmada com uma empresa para melhoramento de linhaça, a Cisbra, e a realização do Dia de Campo, que potencializou alguns parceiros, que estão à espera da cultivar. “Hoje, o programa conta com ensaios de mais de mil linhagens”, reforçou.
Contando com o envolvimento de bolsistas voluntários, de iniciação científica e de iniciação tecnológica, o Programa de Melhoramento Genético de Plantas tem contribuído com a região Noroeste e desenvolvido o agronegócio como um todo, conforme observa o professor. “Além disso, temos alunos mais preparados, do ponto de vista da experimentação do melhoramento genético, para encarar o mercado de trabalho. A comunidade externa tende a ganhar com isso, já que estamos acompanhando as modificações que o mercado exige”, comentou, adiantando que o programa caminha para um grande projeto: “queremos que a Universidade seja pioneira no melhoramento da soja na região Sul do Brasil. E isso já caminha, a pequenos passos, no nosso comitê”, disse.
O melhoramento de plantas é um processo que se desenvolve a longo prazo – 10 anos, pelo menos, para que se produza uma nova cultivar. No Brasil, há poucas universidades que possuem um programa de melhoramento de plantas, em especial na região Sul.