A ciência vem provando ser indispensável e a principal arma no combate à doenças, a exemplo da pandemia de Covid-19. Ao encontro desse contexto, a acadêmica de Biomedicina Catrini Roncalio Fiori optou por fazer o seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) voltado à pesquisa científica buscando uma possibilidade de tratamento contra a doença causada pelo novo coronavírus.
O trabalho, orientado pelo professor doutor Matias Nunes Frizzo, foi intitulado “Proteína C Reativa, Relação Plaqueta Linfócito e D-Dímero como Biomarcadores de Prognóstico e Desfecho em Pacientes com Covid-19” e possui ligação direta com os casos de alta e baixa nos hospitais. O professor doutor Vítor Antunes de Oliveira foi a banca avaliadora do TCC.
Inicialmente, Catrini desenvolveu seu projeto, com o intuito de submeter ao comitê de ética em pesquisa da Unijuí e de um hospital do município de Ijuí. Após a aprovação, iniciou a coleta de dados nos prontuários do hospital, onde coletou variáveis como o sexo, a idade, o desfecho (alta e óbito) e os resultados dos exames laboratoriais desses pacientes.
Os exames laboratoriais avaliados no estudo foram a Proteína C Reativa, que é um marcador inflamatório, contagem de plaquetas e linfócitos, para o cálculo da relação plaqueta linfócito e o resultado do D-Dímero que é um produto da degradação da fibrina e está associado à coagulação. A coleta dos resultados foi realizada em dois períodos: na entrada dos pacientes no hospital e na saída Os resultados foram correlacionados com os desfechos de alta e óbito.
“Analisando as estatísticas obtidas, a estudante concluiu que os pacientes que tiveram o desfecho de óbito haviam ingressado no hospital com um valor de Proteína C Reativa significativamente mais elevado que os pacientes que tiveram alta. Além disso, a relação Plaqueta-Linfócito estava menor, nos pacientes com desfecho de óbito quando comparados aos que tiveram alta, e o D-Dímero estava superior, naqueles que tiveram o desfecho de óbito”, explica Catrini.
Segundo ela, o TCC pode ajudar os profissionais da saúde. “Ao observarem os biomarcadores analisados no estudo ainda na admissão dos pacientes, as equipes de saúde e os médicos terão tempo para avaliar e iniciar o tratamento mais adequado, diminuindo assim as chances de óbito”, finaliza a estudante.
Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo da Unijuí