Um importante estudo, desenvolvido por professores e estudantes da Unijuí, foi compartilhado com a comunidade acadêmica internacional em um evento que aconteceu no fim do ano passado: o 5º Encontro do Observatório da Deficiência e Direitos Humanos (ODDH) do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa – Portugal. O evento aconteceu sob a temática “A deficiência face à crise pandêmica: desafios e respostas”.
Escrita pela mestranda em Direito, com área de concentração em Direitos Humanos, e bolsista Capes/Prosuc, Schirley Kamile Paplowski; pela professora doutora Anna Paula Bagetti Zeifert, docente no curso de Direito e no Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos da Unijuí; e pela acadêmica do curso de Direito e bolsista voluntária de iniciação científica, Vitória Agnoletto; a pesquisa “Cuidar de quem cuida: por uma prática do cuidado desperta à desigualdade de gênero” foi apresentada na modalidade comunicação oral, no quinto painel, que tratou do tema “Cuidados e apoios às pessoas com deficiência e cuidadores”.
A pesquisa integra o conjunto de atividades desempenhadas no projeto de pesquisa "Justiça Social: os desafios das políticas sociais na realização das necessidades humanas fundamentais", coordenado pela professora Anna Zeifert, assim como as atividades do grupo de pesquisa "Direitos Humanos, Justiça Social e Sustentabilidade", coordenado pelos professores Daniel Cenci e Anna Zeifert.
“Neste estudo, tratamos sobre a prática do cuidado, com uma atenção para quem a desempenha. O tema é muito caro para as teorias de justiça e para a justiça de gênero, considerando que este trabalho é desempenhado majoritariamente por mulheres e meninas, de forma não remunerada, ou, quando o é, com baixa remuneração”, explicou a mestranda Schirley Kamile. “Apresentamos que o cuidado se baseia em uma prestação essencialmente humana e uma necessidade que possuímos em pelo menos três momentos da vida - infância e adolescência, nos períodos de adoecimento e na velhice; exceto com relação a pessoas com deficiência, as quais poderão depender deste cuidado por períodos maiores.”
O cuidado, conforme explica a jovem, compreende assistência, amparo e auxílio no atendimento do conjunto básico das necessidades humanas. A questão gira em torno de quem desempenha historicamente as atividades inerentes ao cuidado e como tais prestações são (des)valorizadas pela sociedade e pelo Estado. Em documento informativo da organização Oxfam Brasil, de 2020, foi apontado que as mulheres são responsáveis por mais de três quartos do cuidado, não remunerado, ao passo que compõem dois terços das atividades de cuidado remuneradas.
“Discutimos que nossas sociedades necessitam partilhar o trabalho do cuidado, para que ele não se restrinja às mulheres e meninas, tendo em vista que são todos, igualmente, que dependem de auxílio em determinadas circunstâncias. Ou seja, redistribuí-lo na família. Também se faz necessário reconhecer este trabalho como tal e representar as cuidadoras mais marginalizadas”, reforçou a mestranda.
Pensando nisso, o problema investigador consistiu em: quais medidas podem lidar com as situações de necessidade e dependência humanas, que sejam compatíveis com a autoestima daqueles que têm necessidade de cuidados e que não explorem as cuidadoras?, através do método hipotético-dedutivo, com técnica de pesquisa bibliográfica, onde foi delineada uma solução provisória que sugere mudanças no sistema econômico, educacional, em benefícios, no desenvolvimento de sistemas nacionais de cuidado e em práticas que desafiem normas sexistas. “Essas medidas viriam a beneficiar não somente cuidadoras e cuidadores, mas quem recebe o cuidado, porque quanto mais qualificado ele for, mais se assegura a dignidade das pessoas envolvidas”, conclui Schirley.
A apresentação está disponível neste link.
Na última quarta-feira, dia 3 de março, o Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos da Unijuí recepcionou os estudantes vinculados aos cursos de Mestrado e Doutorado, ingressantes no ano de 2021.
A atividade aconteceu online, em decorrência das limitações impostas pela pandemia de covid-19, e contou com a participação dos professores do programa, que tiveram a oportunidade de apresentar aos alunos suas pesquisas, disciplinas e campos de atuação no cenário da Pós-Graduação em Direito.
O coordenador do Programa, professor Maiquel Dezordi Wermuth, também apresentou aos ingressantes as estruturas curriculares dos cursos, dinâmicas de funcionamento dos percursos de formação e informações importantes.
Para os dias 25 e 26 de março, estão agendadas duas conferências, com convidados internacionais, que integrarão as atividades da Aula Inaugural dos cursos.
Atuando há 12 anos no mercado financeiro, Cícero de Moura Shumann ingressou em uma especialização quando decidiu que queria evoluir na carreira. Egresso do curso de Administração da Unijuí, buscou na Instituição a Pós-Graduação Lato Sensu em Finanças e Mercado de Capitais.
“Iniciei a carreira em um grande banco e fiz transições, em algumas instituições, ao longo dos anos. Hoje atuo como gerente de agronegócio. Eu percebi, em determinado momento da minha vida profissional, que faltava algo. Que para crescer, para fazer um movimento na minha carreira, eu precisava me qualificar. E foi então que busquei o curso”, conta o profissional, que entende que, diante de um mercado concorrido, com bons profissionais, é necessário estar sempre se qualificando.
“O curso me trouxe boas oportunidades. Antes mesmo de concluir a pós-graduação, consegui fazer um movimento importante na empresa em que estava. E o curso também foi um diferencial no processo seletivo de outra empresa. Consegui elevar meu nível de conhecimento e também consegui ter contato com outros profissionais, não apenas professores como colegas.”
Como atua na área de agronegócio, neste momento, Cícero já pensa em buscar uma nova qualificação. “Não pretendo parar de estudar”, garantiu.
Para quem busca, assim como Cícero, uma nova colocação no mercado de trabalho, a Unijuí oferta diferentes cursos de pós-graduação lato sensu. Na modalidade Ensino a Distância (EaD), são ofertados os cursos de Marketing, Engenharia de Avaliações e Perícias e Gestão Bancária e Negócios.
No campus Ijuí, estão abertas as inscrições para Estética Avançada e Minimamente Invasiva; Finanças e Mercado de Capitais; Saúde Mental; Controladoria e Gestão Empresarial; Fisioterapia Neurofuncional; Hematologia Laboratorial; Urgência, Emergência e Trauma; Direito do Trabalho, Processo do Trabalho e Previdenciário; Auditoria e Planejamento Tributário; e Psicologia Clínica: Práticas Clínicas nas Instituições.
Por meio do campus Três Passos, são ofertadas as especializações em Coaching e Gerenciamento de Pessoas e Direito do Trabalho, Processo do Trabalho e Previdenciário.
Para mais informações, estão disponíveis o telefone 3332- 0553 e o e-mail educacaocontinuada@unijui.edu.br.
A partir de segunda-feira, dia 8 de março, o Museu Antropológico Diretor Pestana (MADP) vai proporcionar à comunidade, de forma online, em um website específico, uma exposição com temática presente nos debates atuais, mas com uma perspectiva municipal. “As Mulheres que estão no mapa” é o nome da exposição virtual que aborda a visibilidade e representação feminina no contexto das ruas de Ijuí, uma vez que as mulheres representam mais de 50% da população ijuiense.
A mostra é uma reedição, no formato virtual, da exposição que já aconteceu de forma física no espaço temporário do Museu. Essa reedição marca um momento importante na história da Instituição. Neste ano, a comunidade acompanhará mais exposições virtuais reeditadas e que marcaram a história do Museu, como uma forma de comemorar os 60 anos de fundação do MADP.
Como conjunto da exposição, no dia 18 de março acontecerá um webinar, no canal do Youtube do Museu – disponível neste link, com o título “Somos todas feministas! Entendendo os conceitos e a vida prática”. A palestra será ministrada por Ana Maria Colling, doutora e pesquisadora do tema, junto da mediação de Graciele Fabricio, historiadora e integrante da diretoria da APMI - Sindicato dos Professores da Rede Pública de Ijuí, que desenvolverá, em parceria com o Museu, a conversa. O lançamento acontecerá nas redes sociais do Museu Antropológico Diretor Pestana.
Com o objetivo de esclarecer as dúvidas dos estudantes sobre o formato das aulas e demais atividades na Universidade, a Unijuí reuniu as perguntas frequentes recebidas. Confira:
Até quando as aulas permanecerão online na Unijuí?
Todas as aulas teóricas dos cursos de graduação presenciais permanecem na forma online até 31 de março.
Qual a orientação sobre as aulas práticas?
- Aulas Práticas e Estágios (da área da saúde - rede básica e hospitalar) que acontecem em campo externo à Instituição, permanecem suspensas até o dia 22 de março. Para os demais cursos, no qual o campo de atuação permite, permanece a programação;
- Estágios obrigatórios que ocorrem na UNIR, UNILAB e Farmácia Escola estão suspensos a partir do dia 08 de março até o dia 22 de março, sendo que o atendimento à comunidade e seres vivos será efetuado pelos profissionais do quadro funcional da Unijuí, seguindo os protocolos de biossegurança. A programação destas disciplinas será reorganizada pelos coordenadores e professores oportunamente;
- Estágios obrigatórios que ocorrem na Clínica de Psicologia e no Hospital Veterinário, que envolvem atendimento às pessoas da comunidade e seres vivos, se mantêm seguindo os protocolos de biossegurança;
- Estágios obrigatórios e práticas, que não envolvem atendimento ao público, permanecem temporariamente substituídos por atividades remotas síncronas no que for possível, até o dia 22 de março. A programação destas disciplinas será reorganizada pelos coordenadores e professores.
As aulas práticas podem ser online para os estudantes de grupos de risco ou com familiares em grupo de risco?
Depende do curso em questão. Por isso, o assunto deve ser tratado diretamente com a coordenação do seu curso.
As aulas de pós-graduação são online?
- Aulas dos CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PRESENCIAIS (especializações, MBAs) e STRICTO SENSU (mestrados e doutorados) serão online até 31 de março.
Em virtude da bandeira preta, que representa risco máximo de contágio da covid-19, como está funcionando o atendimento nos campi da Unijuí?
- O atendimento presencial ao público na Instituição, nos quatro campi, será em regime de plantão, mediante agendamento pelos canais oficiais:
Ijuí - (55) 3332-0200; Três Passos - (55) 3522-2122; Santa Rosa - (55) 3511-5200; Panambi - (55) 3375-4466.
O atendimento presencial aos estudantes, pelas coordenações de curso, precisa ser agendado previamente, priorizando os canais online - google meet, telefone, email.
Como ficarão os eventos e formaturas previstas para o primeiro semestre?
- Reuniões e eventos institucionais até abril devem ocorrer somente de forma online;
- Formaturas presenciais estão suspensas até o mês de abril. Qualquer mudança será informada nos canais oficiais da Instituição até novo decreto do Governo Estadual;
Quem quiser, pode continuar online quando as aulas iniciarem a ser presenciais?
A portaria 1.038 do Ministério da Educação determina o retorno presencial para os cursos que são na modalidade presencial. As únicas pessoas que podem ter aula online, conforme a determinação do MEC, são as pertencentes ou que residem com pessoas do grupo de risco.
Tenho familiares no grupo de risco, como comprovo?
É necessário preencher um formulário informando se é ou mora com familiares de grupo de risco. Neste formulário, constam todos os documentos necessários para a comprovação. Caso o familiar possua uma comorbidade, doença elencada como de risco pelo Ministério da Saúde, será necessário anexar junto ao formulário um atestado médico. Se a questão for referente à idade, é necessário anexar uma cópia do documento de identificação do estudante ou familiar idoso, com mais de 60 anos, integrante do grupo de risco. Caso seja um familiar integrante do grupo de risco, o estudante pode anexar também ao formulário uma declaração de residência compartilhada com o familiar, onde o estudante e o familiar devem assinar.
Preciso ir na casa da minha vó com frequência, mesmo não morando com ela. Como posso comprovar a necessidade de aula online?
A princípio, a Unijuí autoriza que permaneça online apenas pessoas que são do grupo de risco ou residam na mesma casa que um familiar pertencente ao grupo de risco.
Se alguém é do grupo de risco e quiser frequentar a aula presencial quando houver o retorno, pode?
A orientação é de que o estudante converse com a coordenação de curso, explique a comorbidade e apresente um atestado médico com a liberação de que o acadêmico pode frequentar a Universidade.
Vai ter desconto de mensalidade?
Não. Continuamos com o orçamento nas mesmas condições, seja para o corpo docente, estrutura e, em virtude das aulas simultâneas, a Universidade está investindo em equipamentos tecnológicos.
Como vocês planejam "controlar" o distanciamento e o uso de máscara durante o intervalo, nas cantinas?
A Unijuí vai fazer o controle a partir da diminuição do fluxo de pessoas nos quatro campi. Nas salas de aula, as classes já estarão nos devidos lugares, com a distância correta entre todos. Com relação ao uso de máscara, haverão funcionários transitando pelos campi para orientação, bem como os professores irão observar o uso e, além disso, a Instituição conta com a responsabilidade de todos para que sejam cumpridos todos os protocolos, como: a utilização de máscaras e higienização das mãos quanto ao respeito do distanciamento controlado.
Mesmo indo na aula presencial posso ter acesso à aula que fica gravada?
Sim, a Unijuí pretende gravar as aulas remotas para fins de complemento de estudo. Mesmo assim, para registro de presença, é necessário que os estudantes que estão aptos a irem às aulas presenciais compareçam, cumprindo cronograma estipulado pela coordenação de cada curso.
Se pegamos covid-19 ou um familiar, como devemos proceder?
O estudante deverá apresentar o atestado sendo do acadêmico ou familiar (se residir na mesma residência do estudante) e passa a acompanhar, durante o período do atestado, as aulas de forma online.
Moro longe de Ijuí e vou de ônibus para a Universidade. A informação que tenho é que o transporte pode ir cheio e meu ônibus não tem janelas para abrir. Posso ficar online neste semestre, caso as aulas voltem a ser presencial ou não há exceções para casos assim?
Não. Quando houver o retorno das aulas presenciais, somente estão permitidas a permanecer com atividades online estudantes que se encontram no grupo de risco pela idade ou apresentam comorbidades em relação à Covid-19, ou que tenham familiar que resida no mesmo endereço nestas condições mediante a apresentação da comprovação. Se você não respondeu o Formulário para estudantes do grupo de risco, poderá contatar a Vice-Reitoria de Graduação, e-mail vrg@unijui.edu.br. Assim como a Universidade deve seguir os Protocolos de Distanciamento Social e a cada semana considerar os decretos, o transporte também deve fazê-lo. Para o transporte as condições são aferição de temperatura e higienização. Todos precisam fazer a sua parte, inclusive todas as pessoas com utilização de máscara e a manutenção do distanciamento em todos os locais - transporte e universidade.
Ainda tá com dúvida?
A gente te ajuda!
E- mail: atendimento@unijui.edu.br
Telefone: 55 3332-0444
Whatsapp: 3332-0200
Enquanto as atenções se voltam à covid-19, um outro problema toma conta dos municípios: a Dengue. E embora a maioria das pessoas esteja mais em casa, em razão do isolamento social, o pátio e possíveis locais de acúmulo de água acabam despercebidos.
“Tudo o que o mosquito Aedes aegypti precisa, para sua proliferação, é calor, água e alimentos. Tivemos boas chuvas neste verão e ainda temos muitos locais que acumulam água – mesmo que seja um pouco, como uma casca de ovo e uma tampa de garrafa. Por isso há ambientes favoráveis ao desenvolvimento do mosquito neste momento”, explicou a professora do curso de Ciências Biológicas da Unijuí, Francesca Ferreira.
Segundo o coordenador da Vigilância Ambiental, Rinaldo Pezzetta, a média do índice de infestação do mosquito se mantém em 2,6% em Ijuí – quando o recomendado é que essa taxa seja inferior a 1%. Neste ano, já são 59 notificações de casos suspeitos e três confirmações da doença na cidade. “Nós pedimos que as pessoas verifiquem os seus pátios e ajudem nossos agentes que, mesmo durante a pandemia, não pararam de realizar as visitas”, disse.
Francesca lembra que há um risco em se negligenciar o mosquito em meio à pandemia de covid-19: há o perigo de termos, em paralelo, uma epidemia de uma doença viral que também pode matar. “Os serviços de saúde já estão sobrecarregados, já passaram do limite em razão do novo coronavírus. Lembrando que tivemos um surto de Dengue, há alguns anos, e que muitas pessoas correm o risco de uma segunda, terceira infecção, porque existem várias cepas. Há o risco, no caso de uma reinfecção, da pessoa ter dengue hemorrágica. E para a Dengue não existe vacina. Aliás, uma das causas de não existir vacina talvez seja porque a doença não atinge, ainda, países da Europa e dos Estados Unidos. Digo ‘ainda’ porque é uma questão de tempo para que os vetores - Aedes albopictus, principalmente, cheguem em países de climas, por enquanto, mais frios”, reforçou a professora, lembrando que as mudanças climáticas, que o aumento da temperatura média no planeta como um todo, propicia a mudança de temperaturas em locais que ainda não têm ou tinham as espécies vetoras.
Para evitar a proliferação do mosquito, valem as dicas já conhecidas: evitar a presença de ambientes favoráveis para a proliferação do mosquito. “Isso é o mínimo de civilidade que podemos demonstrar. O lixo tem dono. Cada pessoa que gera resíduos é responsável pelo descarte adequado. Os governos locais têm a responsabilidade de fiscalizar, de alertar, de educar, mas a sensibilização é individual”, alerta Francesca.
A ajuda médica deve ser buscada diante dos principais sintomas de dengue, que são: febre alta, dores musculares intensas, dor ao movimentar os olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.
Com o tema ‘Saúde em colapso: um raio-x da pandemia’, o Rizoma Temático desta quarta-feira, dia 3 de março, foi ao ar na Rádio Unijuí FM para buscar respostas sobre os caminhos que nos levaram a uma situação crítica na saúde pública, com um número cada vez maior de casos e mortes pelo novo coronavírus, e sobre o cenário que possivelmente teremos pela frente.
Foram convidados para tratar a temática o secretário municipal de Saúde, Márcio Strassburger; o médico pneumologista e professor no curso de Medicina da Unijuí, Carlos Henrique François; e o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Atenção Integral à Saúde, Thiago Heck.
“Essa é uma situação complexa e há diversos determinantes que nos fizeram chegar a esta situação, como o não respeito ao distanciamento e as aglomerações. A verdade é que, em Ijuí, o sistema de saúde chegou ao seu limite. Estamos na beira do penhasco, com as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) lotadas, com a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com dificuldades para dar conta da demanda e com um crescente número de consultas na Central de Triagem: eram cerca de 60 atendimentos por dia no início de fevereiro e, já na última semana, passamos para 120. Nesta semana, o número deve ter aumentado”, afirmou o secretário de Saúde, lembrando que tanto a pasta quanto os hospitais têm se esforçado para dar conta da demanda. Mas lembra que todo sistema tem o seu limite. “Não falo apenas de limite de estrutura física, mas limite de estrutura humana. Nossos profissionais estão exaustos. Faltam pessoas. Nunca estivemos num momento tão ruim quanto agora.”
O professor Thiago Heck vem acompanhando a evolução da doença por meio das pesquisas que contam com a participação da Unijuí: a Epicovid19-RS, que contou com oito rodadas somente no ano passado, e a Epicovid19-BR.
Ele lembra que, o máximo de testes positivos que a Epicovi19-RS encontrou, num conjunto de 500 pessoas que foram testadas em cada rodada, foram quatro em 2020. Neste ano, na primeira rodada, o número já aumentou consideravelmente. Com a aplicação do teste Elisa, mais sensível, junto com o teste rápido, constatou-se que aproximadamente 10% da população de Ijuí já tem a presença de anticorpos. “A pesquisa Epicovid19-BR também mostrou esse dado e aconteceu em paralelo à outra pesquisa. Casado a estes dados, temos informações sobre o distanciamento social. Entre fevereiro e março de 2020, o índice era de 30%. Chegamos a atingir 70% de distanciamento e isso foi caindo. Em fevereiro deste ano, ficou entre 19 e 29% - índice mais baixo que o período pré-pandemia.”
Na avaliação de Carlos Henrique François, Ijuí caminha para a situação caótica de outros municípios. “As UTIs estão lotadas e os hospitais estão tentando abrir mais leitos para atender os pacientes mais graves. É possível chegarmos a ter que fazer a escolha de quem vai receber o cuidado intensivo. Lembrando que não vamos conseguir escapar do aumento de mortes. Não vamos conseguir parar a conta do que aconteceu há 15 dias. O que podemos fazer é agir para mudar as próximas duas semanas”, reforçou o médico.
Confira o debate completo no podcast abaixo:
Nesta sexta-feira, dia 5 de março, o Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção Integral à Saúde realiza sua aula inaugural, no formato online. O programa é um projeto interinstitucional, com característica interdisciplinar, realizado em associação ampla entre a Unijuí e a Universidade de Cruz Alta (Unicruz).
O evento acontece em diferentes momentos: às 14h, haverá apresentação do programa para os alunos da Turma 2021. Já às 15h, serão organizadas várias salas no Google Meet, para que o orientador possa conversar com seus mestrandos.
À noite, às 19h, acontece a palestra ‘Cuidado integral, interdisciplinar e baseado em evidências científicas: desafios contemporâneos', com a doutora Edvane Birelo Lopes de Domenico, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A palestra é gratuita e aberta a qualquer pessoa que tenha interesse, por meio deste link.
Graduada, mestre e doutora em Enfermagem, Edvane é professora associada junto ao Departamento de Enfermagem Clínica e Cirúrgica da Escola Paulista de Enfermagem, da Unifesp, e possui experiência técnica e em pesquisa nas áreas de Oncologia e Enfermagem na Saúde do Adulto, Educação Profissional e em Saúde. É orientadora do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Escola Paulista de Enfermagem e consultora Ad Hoc do CNPq, desde agosto de 2019.
Mais informações por meio do telefone 3332-0200 – Ramal 3214 ou pelo e-mail ppgais@unijui.edu.br.
Nesta segunda-feira, dia 1º de março, durante a Aula Inaugural e o Seminário Temático promovidos pelo Programa de Pós-Graduação em Educação nas Ciências (PPGEC) da Unijuí, de forma online, foi realizado o lançamento do livro “Escrita e pesquisa em Educação nas Ciências: experiências do Pós-Doutorado”.
Publicada pela Editora Ilustração, a obra, inicialmente, apresenta a constituição do Programa de Pós-Graduação em Educação nas Ciências a partir do olhar do atual coordenador, professor Sidinei Pithan da Silva, e de três ex-coordenadores: José Pedro Boufleuer, Helena Copetti Callai e Eva Teresinha de Oliveira Boff. A partir destas perspectivas, são explicitados os 25 anos de história do programa.
O livro começou a ser pensando em 2020. Em novembro, foi realizado o 1º Encontro de Pós-doutores do PPGEC, o qual integrou a programação do 21º Encontro Nacional de Educação (Enaced) e o 1º Seminário Internacional de Estudos e Pesquisa em Educação nas Ciências (Siepec). Neste espaço de memórias e socialização de pesquisas, foi idealizada a publicação desta obra, a fim de que os resultados das pesquisas pudessem ampliar as percepções e contribuir na busca de soluções para os problemas enfrentados pela sociedade.
Assim, sob inspiração do professor Mario Osorio Marques, a partir das obras “Escrever é preciso: o princípio da pesquisa” (1997) e “Educação nas Ciências: interlocução e complementaridade” (2002), bem como na ideia de formação de uma cultura de pesquisa e da valorização da formação continuada, com ênfase ao estágio pós-doutoral, os organizadores Fabiane da Silva Prestes, Fábio César Junges, Helena Copetti Callai e Sidinei Pithan da Silva estenderam o convite aos egressos do Estágio Pós-Doutoral e seus supervisores para produção de uma obra conjunta, que acabou por ser lançada nesta segunda-feira.
Ao longo de 10 capítulos do livro são socializadas algumas pesquisas desenvolvidas por pesquisadores nos Estágios de Pós-Doutorado, construídas com a contribuição significativa de seus supervisores. Portanto, a obra conta com contribuições dos seguintes doutores: Ivan Carlos Bagnara, Claudionei Vicente Cassol, Martin Kuhn, Fabiane da Silva Prestes, Maristela Maria de Moraes, Cênio Back Weyh, Cláudia Eliane Ilgenfritz Toso, Livio Osvaldo Arenhart, Cristhian Moreira Brum e Fábio César Junges, e dos supervisores: Paulo Evaldo Fensterseifer, Sidnei Pithan da Silva, Helena Copetti Callai, Walter Frantz e José Pedro Boufleuer.
A obra já se encontra disponível para download no site da Editora Ilustração, por meio deste link.
Em sua quinta edição, o curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Saúde Mental da Unijuí surge com uma carga horária ampliada em campos de prática, nos estágios nominados de Atividades de Dispersão I e II. As mudanças acontecem após o projeto do curso ter sido avaliado pela coordenação e pelos próprios pós-graduandos da quarta edição. “Essa alteração acaba por favorecer e propiciar o diálogo e a interação de diferentes profissionais de saúde, com o intuito de prepará-los para atuar em equipe, de forma inter e transdisciplinar, em dois momentos do curso”, explicou a coordenadora do curso, professora Eniva Fernandes Stumm. O curso conta com uma carga horária total de 360 horas.
A Pós-Graduação Lato Sensu em Saúde Mental visa qualificar profissionais de nível superior, que atuam ou que pretendem trabalhar na área de saúde mental, qualificando-os para a atividade de docência e de pesquisa na área. “O curso possui o compromisso com a desconstrução do paradigma manicomial e a introdução de novas concepções e formas de intervenção junto ao sujeito em sofrimento psíquico e sua família, na perspectiva da inserção social e do resgate da cidadania”, explicou a coordenadora, lembrando que, como se trata de um curso já consolidado, os docentes que atuam nele possuem, em sua maioria, expertise na área e encontram-se na linha de frente do cuidado ao paciente em sofrimento psíquico, tanto em hospitais quanto na rede de atenção em saúde, clínicas, Centros de Atenção Psicossocial (Caps), dentre outros.
“Costumamos afirmar que esse curso abre portas no mercado de trabalho devido à interação que se estabelece entre os sujeitos envolvidos no processo de aprendizagem: docentes, profissionais e pós-graduandos, o que é maravilhoso, tanto que essa relação permanece após o término do curso. Neste sentido, quando temos profissionais recém-formados, que não se inseriram ainda no mercado, os colegas, gradativamente, buscam alternativas e possibilidades de favorecer a inserção”, destacou Eniva, reforçando que, a cada nova edição, a turma anterior é convidada para recepcionar os novos estudantes.
Este é apenas um dos cursos de Pós-Graduação Lato Sensu ofertados pela Unijuí e com inscrições abertas. No EaD, há as opções de Marketing e Engenharia de Avaliações e Perícias.
No campus Ijuí, estão abertas as inscrições para Estética Avançada e Minimamente Invasiva; Finanças e Mercado de Capitais; Controladoria e Gestão Empresarial; Urgência, Emergência e Trauma; Fisioterapia Neurofuncional; Hematologia Laboratorial; Direito do Trabalho, Processo do Trabalho e Previdenciário; Auditoria e Planejamento Tributário; e Psicologia Clínica: Práticas Clínicas nas Instituições.
Por meio do campus Três Passos, são ofertadas as especializações em Coaching e Gerenciamento de Pessoas e Direito do Trabalho, Processo do Trabalho e Previdenciário.
Inscrições podem ser realizadas em unijui.edu.br/pos. Informações podem ser obtidas pelo telefone 3332- 0553 ou e-mail educacaocontinuada@unijui.edu.br.
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