Imagem retirada do trabalho elaborado por Érica M. Cansi, Luana A. Fernandez e Rafaela L. Kurtz
Acadêmicos dos cursos de Design e Arquitetura da Unijuí produziram, na disciplina “Projeto Integrador: a profissão”, um planejamento que busca revitalizar dois viadutos em Ijuí. Um deles é o viaduto João Cláudio Boniatti, localizado na Rua 14 de Julho, e o outro é o viaduto José Fagundes Mello, situado na Rua 12 de outubro.
O projeto iniciou através de um desafio proposto pela turismóloga Bianca Caneppele. O trabalho é baseado na revitalização dos viadutos, trazendo referências aos contextos histórico e social da cidade. A tarefa dos grupos foi dividida em etapas. A primeira delas foi de estudo histórico da cidade, realizada no Museu Antropológico Diretor Pestana (MADP). A segunda etapa foi de produção de esboços e a última consistiu em aplicar os conceitos nos novos planos desenvolvidos.
Segundo a professora Diane Meri Weiller Johann, coordenadora do curso de Design na Unijuí, estas atividades, em conjunto com a comunidade, reforçam os conteúdos apresentados em sala de aula. “Unir a prática, teoria e problemas reais é muito importante para o amadurecimento, compreensão das necessidades da população e desenvolvimento do estudante,” comenta.
As acadêmicas Aléxia Sobroza Schneider, Aslye Malheiros, Betina Böehm Peruzatto e Camila Kuchak Rosin buscaram transformar um local deteriorado em algo interessante. “A nossa proposta é trazer mais vida e representatividade aos viadutos. Assim as pessoas que passam por ali podem tirar fotos e celebrar alguns símbolos importantes de Ijuí, todos pensados com cores alegres para deixar a cidade ainda mais bonita,” afirmam as estudantes em seu trabalho.
Alguns dos trabalhos feitos pelos estudantes foram expostos na I Mostra de Projetos Integradores, realizada no dia 13 de julho, de forma online. O evento marcou o fechamento do primeiro semestre de implementação da Graduação Mais, novo modelo de cursos de graduação da Universidade.
Gabriel R. Jaskulski, estagiário de Jornalismo da Unijuí
Valéria Bartz realizou, para o seu TCC, a produção de roupas com tecidos que seriam descartados
O interesse pela técnica Upcycling levou a recém-formada no curso de Design da Unijuí, Valéria Bartz, a dedicar seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) ao aprofundamento da temática. A pesquisa leva como título “Coleção e roupas femininas utilizando a técnica de Upcycling: estudo de caso com a marca Dani Holzbach” e foi orientada pela professora Diane Meri Weiller Johann.
“A orientadora do TCC já havia falado sobre esta temática. Comecei a pesquisar sobre moda sustentável e Upcycling e, de repente, eu estava apaixonada pelo tema. Como já havia estudado educação ambiental na escola, a paixão e o cuidado pela natureza sempre andaram comigo”, explica.
Um dos principais objetivos do projeto foi mostrar os benefícios da técnica Upcycling - reutilização criativa - para a indústria da moda e como ela afeta positivamente o meio ambiente. Além disso, esse processo de fabricação ajuda socialmente dezenas de pessoas, gerando emprego e renda. Em suas pesquisas, Valéria utilizou livros ou artigos.
De acordo com ela, os principais diferenciais do seu projeto estão ligados ao Upcycling. “Ele pode ser utilizado em uma gama de materiais, de formas diferentes. Além disso, a economia de matéria-prima também é um diferencial positivo, porque utiliza o que está pronto. No caso da minha monografia, utilizei como matéria-prima tecidos que iriam ser descartados e que serviram para fazer novas peças de roupas”, ressaltou.
Para a graduada, a sua pesquisa pode ajudar a sociedade de duas formas. “Primeiro, gerando empregos nas indústrias têxteis (que seria o caso da minha pesquisa), através de equipes, onde as mesmas iriam desenvolver coleções de moda utilizando como técnica o Upcycling. Além disso, outro fator que ajudaria a sociedade é o fato de ‘retirar’ resíduos têxteis que iriam para aterros, ajudando o meio ambiente também”, completa.
Evelin Ramos, acadêmica de Jornalismo da Unijuí
Acadêmicos de Design da Unijuí, orientados pela professora e coordenadora do curso, Diane Johann, criaram uma marca para o turismo local, juntamente com a Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo. O projeto Turismo por Ijuí conta com um guia turístico da cidade, um mapa temático e um site, além de um aplicativo para celular.
O guia do turista tem por objetivo facilitar o deslocamento dos visitantes que vêm ao município e encontram dificuldades em encontrar os pontos turísticos e outros serviços essenciais. O projeto se baseia no fato de que os guias com referências geográficas estão desatualizados, contêm muitas informações e possuem uma identidade visual antiga, o que dificulta a sua compreensão.
O mapa temático demonstra o município com diversos ícones, cada um representando um local da cidade, junto com dados importantes, que podem auxiliar no planejamento do visitante. O conteúdo do mapa também será exibido no guia, no site e no aplicativo. Todas essas opções estarão disponíveis em inglês e espanhol.
No site, será possível conhecer um pouco da história da cidade, os eventos que estão ocorrendo na região e conferir uma galeria de fotos dos turistas que tiveram a oportunidade de conhecer o local. Além disso, é possível encontrar na página os atrativos naturais, com localização, uma lista com opções de hospedagens e todos os materiais criados pelo projeto.
Segundo a professora Diane Johann, os estudantes desenvolveram a marca para incentivar o turismo, utilizando o conceito de mosaico cultural, em função das etnias e das culturas diversificadas. A partir da marca, desdobraram-se todas as outras criações, como o site, o guia e o mapa temático.
Gabriel R. Jaskulski, estagiário de Jornalismo
Com ênfase na formação de excelência por meio da prática profissional desde início da graduação, o curso de Design da Unijuí prepara os estudantes para atuar no campo do design gráfico e do produto. Com oito semestres, ou seja, quatro anos, a oferta é disponibilizada no campus de Ijuí e possui uma moderna estrutura de laboratórios para realização de atividades práticas, desde a fabricação, modelagem, prototipagem até recursos de computação gráfica.
Um dos grandes diferenciais da formação é a possibilidade de participar das disciplinas de Projeto Integrador, onde o estudante tem um contato direto com os desafios impostos no mercado de trabalho. Além disso, os estudantes contam com o Escritório de Design, ambiente acadêmico voltado para prática da teoria aprendida em sala de aula. “No curso de Design da Unijuí, o estudante irá aprender fazendo. O curso prepara para projetar, planejar, executar e administrar projetos gráficos e de produto. Nele também há os projetos integradores, onde o estudante vai atuar em projetos envolvendo situações reais da comunidade, vai entrar em contato com diversos clientes e compreender as mais diversas necessidades da região”, explica a coordenadora do curso de Design, Diane Meri Weiller Johann.
O profissional de Design formado pela Unijuí é capacitado para atuar em escritórios de design, de arquitetura de interiores, também no ramo da indústria, desenvolvendo projetos de produtos mobiliários, embalagens primárias e secundárias, objetos, equipamentos e ferramentas, além de agências de propaganda, birôs, indústrias gráficas e editoras.
Com qualificado corpo docente, o curso de Design da Unijuí estimula ainda o envolvimento dos estudantes em atividades interdisciplinares por meio da participação em atividades de pesquisa e extensão, além de estreitar os laços da formação com o mercado de trabalho por meio dos estágios dentro e fora da instituição.
Para saber mais sobre o curso de Design da Unijuí acesse o link.
Por Susan Pereira, acadêmica do curso de Jornalismo.
O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da recém-formada no curso de Design da Unijuí, Lurdes Fátima Burdzinski, está relacionado à sua identificação com o mundo da moda. Inspirada na Era Vitoriana, ela decidiu pesquisar o vestuário e a moda e apresentar uma coleção de lingerie. Intitulada “Desenvolvimento de Coleção de Lingerie inspirada na Era Vitoriana para o aumento da autoestima e empoderamento feminino”, a pesquisa foi orientada pela professora Diane Meri Weiller Johann.
Segundo Lurdes, o universo da lingerie é amplo e possui um mercado diferenciado, dirigido a um público feminino cada vez mais exigente em qualidade, conforto e exclusividade. “O trabalho surgiu com a finalidade de evidenciar a importância do design na criação de uma coleção independente, abordando os fundamentos imprescindíveis para a construção de uma lingerie funcional, dotada de beleza estética e capaz de atender a um público feminino exigente. O destaque da pesquisa se volta à confecção de lingeries que respeitam os mais diversos tipos de corpos, incluindo tamanhos plus size, contribuindo com o aumento da autoestima e empoderamento feminino”, explica Lurdes.
A proposta do projeto é apresentar uma coleção de lingeries confortáveis, românticas e sensuais, trazendo atenção aos detalhes que compunham o figurino das roupas das rainhas, com o intuito de oferecer uma experiência de beleza e conforto para as mulheres contemporâneas, capaz de despertar a autoestima, resgatando a sensualidade da mulher urbana, através de um projeto eficiente. A fábrica de lingeries Maria Klein, empresa localizada em Santo Augusto, e as modelos, também designers, Carla Mafalda e Yasmim Zangelorami, deram forma ao projeto e compartilharam conhecimento na área da costura e modelagem.
“As peças possuem uma versatilidade que, combinadas com outras ou entre si, podem ser usadas como roupas para sair, num movimento slow fashion (moda lenta) e a roupa inside out (roupa de baixo usada por cima). A ideia é repensar como vemos o universo feminino, conscientizar que existem novas formas de incentivar a mulher a explorar a sua beleza real e verdadeira e conscientizar o mundo de que a moda, atualmente, busca alternativas de consumo mais lento, trabalhando em favor do meio ambiente, construindo moda com propósito, versatilidade, valorização da mão de obra e cultura regional, assim como uma forte aliada para o empoderamento feminino”, ressalta.
A pesquisa tem um caráter qualitativo, uma vez que propõe a resolução de problemas pontuais, com a apresentação de uma proposta, em formato de coleção, levando em conta o conforto e a funcionalidade pensadas efetivamente para contribuir e demonstrar a capacidade da lingerie de elevar a autoestima da mulher.
“Quando o projeto de coleção de lingerie começou a ganhar forma, aspectos que entendo como fundamentais em qualquer produto ou serviço já se faziam presentes: propósito, respeito, coerência e legitimidade. A pesquisa revela que a mulher busca encontrar na moda a sua essência, originalidade e inclusão. Das diversas categorias da lingerie, a pesquisa aponta resultados positivos, contrários à vulgaridade, para a moda de deixar corpetes à mostra, sobrepondo com um blazer, por exemplo. Assim, é possível entender a tendência das empresas da indústria da moda de roupa íntima em produzir peças para o dia a dia, primando por lingeries bonitas, utilizando materiais mais sofisticados, confortáveis e interessantes, sem, contudo, deixar de lado o luxo que expressa a mulher contemporânea”, explicou.
Para além Design de Moda, Lurdes conta que também tem seu interesse no Design de Interiores, área pela qual a criatividade e a capacidade de planejamento de espaços são transformadoras. “Com o fim do curso, o ponto de partida é a criação da minha marca e, neste sentido, a atuação como designer na área da moda é uma das possibilidades que está em desenvolvimento. O trabalho de conclusão foi fundamental para despertar esse interesse que já era latente, sobre moda com propósito, com mão de obra local, fortalecendo a cultura regional”, afirma.
Por Evelin Ramos, bolsista de Popularização da Ciência da Unijuí
A pandemia de covid-19, que levou muitas pessoas a trabalharem em home office, inspirou produções na disciplina de Projeto Mobiliário e Ambiente, do curso de Design da Unijuí.
Tendo como plano de fundo este novo cenário, os acadêmicos foram desafiados a pensar em mobiliários para uso residencial, a partir do conceito ‘faça você mesmo’ - ou DIY (Do It Yourself, em inglês). “A ideia era que os alunos pudessem considerar possibilidades como a multifuncionalidade, a modularidade, o cuidado com a montagem e a desmontagem, além de ter a preocupação com a sustentabilidade”, explicou o professor José Paulo Medeiros da Silva.
O conceito de DIY, como explica o docente, surgiu em 1912, nos Estados Unidos, mais como um método de manutenção ou melhoria das residências, onde buscava-se utilizar materiais e ferramentas disponíveis aos moradores. “O conceito começou a se popularizar, principalmente, a partir da década de 1950, com o cenário punk, underground, e ainda na década de 1970, com a popularização dos ideais anticonsumismo e anticapitalismo. E esse conceito chegou aos anos 2000, com o crescimento da internet e com a disseminação de práticas relacionadas à redução de custos, produção manual e importância da sustentabilidade. Hoje, isso é utilizado como um diferencial competitivo, que agrega valor a produtos e marcas”, explicou o professor, lembrando que inúmeras empresas trabalham com essa temática e oferecem produtos a partir destes referenciais. “Há comunidades online que compartilham estes conhecimentos e incentivam que as pessoas desenvolvam estas propostas a partir daquilo que possuem em suas casas.”
Projetos e maquetes foram produzidos pelos estudantes e avaliados pelo designer de produto Wagner Barcelos Moreira, pós-graduado em Gestão de Design e com atuação, há 17 anos, na elaboração de projetos, produção e montagem final de móveis sob medida na cidade de Santa Maria.
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