O acadêmico de Jornalismo Jeziel Rutsatz Valeski apresentou, na última segunda-feira, dia 14 de dezembro, seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), intitulado “Inclusão Social e Deficiência: História de vida do deficiente visual Jeziel Rutsatz Valeski”, com o objetivo de contar a sua história. O trabalho foi orientado pela professora Marcia Formentini e teve como banca o professor Me. André de Oliveira Gagliardi.
A defesa do trabalho de conclusão de curso de um deficiente visual é um momento muito importante para o curso de Jornalismo e para a Unijuí, sendo que, de acordo com a coordenadora do Núcleo de Acompanhamento e Acessibilidade Institucional (NAAI) da Unijuí, professora Dra. Marta Estela Borgmann, o acadêmico de jornalismo Jeziel Rutsatz Valeski é o primeiro aluno com deficiência visual do NAAI no campus de Ijuí.
Ele conta que foi a professora da sala de recursos da Escola Estadual de Ensino Médio Gustavo Langsch - Polivalente, escola que frequentava na época, a responsável por buscar as primeiras informações sobre o curso de Jornalismo, e a possibilidade de prestar o vestibular fazendo a utilização de programas específicos para a leitura de documentos no computador. E assim foi: Jeziel passou no vestibular de Jornalismo na Unijuí no dia 6 de dezembro de 2015.
Após a aprovação no vestibular, o aluno se deparou com alguns desafios ao longo da sua graduação. O fato de estar em um novo contexto, com pessoas diferentes, e não saber como seria a questão da acessibilidade. No ambiente acadêmico, Jeziel tinha o auxílio da assistente educacional Joceane Maria Fantineli Severo, do NAAI, e de todos os professores do curso de Comunicação.
Ainda sobre seus desafios na graduação, Jeziel conta que o principal deles foi encontrar materiais publicados para desenvolver seu trabalho de conclusão de curso. Além disso, destaca: “foi uma experiência bem boa, diga-se de passagem, superou minhas expectativas”.
Como orientadora, a professora Marcia Formentini destaca que os desafios foram muitos, mas o aprendizado foi valioso e enriquecedor. “A inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho e na universidade fazem parte da nossa realidade. Um grande mérito daqueles que lutam para serem incluídos e aceitos pela sociedade.” Segundo a professora, o estudante exigiu muito de todos os professores da Comunicação. “Saímos da zona de conforto para ensiná-lo, para fazer com que ele pudesse ser inserido e incluído numa sala de aula ‘normal’, e isso gerou um grande envolvimento e aprendizado”.
Ela observa que na orientação do trabalho de conclusão de curso, o aprendizado foi ainda maior, devido ao período de distanciamento social. “As orientações foram feitas, principalmente por áudio, via WhatsApp; e os textos enviados em PDF. Assim, fomos construindo o trabalho, que culminou com uma narrativa muito interessante baseada na metodologia História de Vida do próprio pesquisador”, destaca.
Por Leticia Breunig, acadêmica de Jornalismo e estagiária da Agência Experimental Usina de Ideias
Nesta segunda-feira, 9, começou a Oficina de Jornalismo do Jornal Correio do Povo, que acontece paralelamente a Feira do Livro de Porto Alegre e conta com acadêmicos selecionados de diversas universidades gaúchas. Uma das escolhidas foi a estudante de jornalismo Evelin Ramos, da Unijuí. Os estudantes terão a possibilidade de aliar a teoria à prática, com a coordenação de profissionais do Correio do Povo. Os encontros acontecem de maneira virtual e ocorrem até o dia 13 de novembro.
A seleção dos estudantes se estendeu até o dia 6 de novembro, onde cada estudante deveria enviar sua sugestão de pauta, juntamente com suas informações pessoais. Evelin destaca “estou apenas no quarto semestre de jornalismo e sempre procuro estar envolvida em atividades voluntárias do curso e disposta a participar, porque acredito que isso agregará em minha formação como jornalista, além de conhecer pessoas diferentes com um experiência de anos no campo com quem eu tenho muito a aprender. Minha expectativa é adquirir conhecimento e aproveitar ao máximo a oportunidade”.
Durante a semana os estudantes terão atividades práticas, produzindo matérias jornalísticas e material multimídia para o blog da Oficina de Jornalismo, além disso terão encontros com profissionais que atuam no mercado para tratar de temas como jornalismo impresso e on-line, fotojornalismo, produção de reportagens sobre a importância do profissional multimídia e funcionamento de uma redação. Cada estudante escolheu uma pauta para produção de conteúdo multimídia e Evelin se propôs a fazer uma fotorreportagem, com a pauta, “Resgate histórico da Feira do Livro”, por meio da fotografia (história contatada através da fotografia). A coordenação e edição das atividades ficarão sob responsabilidade dos jornalistas Marcos Santuario, Luciamem Winck e Jonathas Costa.
Por Susan Pereira, acadêmica de Jornalismo.
Nesta quarta-feira, 07 de outubro, os Cursos de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda da Unijuí tem mais uma programação especial comemorativa aos 25 anos do Curso de Comunicação Social. Uma conversa sobre a Transformação digital e convergência: a experiência de GZH, assunto que será abordado pela jornalista Débora Pradella, Gerente de Produto Digital da RBS.
Débora Pradella é formada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), com MBAs em Gestão e Novas Mídias e Gestão Estratégica de Negócios. Atua há mais de 13 anos no Grupo RBS, responsável por gerir os times de Distribuição e Conteúdo Premium e pela transformação digital na Redação Integrada de GaúchaZH, Zero Hora, Rádio Guaíba e Diário Gaúcho.
O tema traz a experiência do Grupo RBS com a integração de mídias, tendo em vista os avanços da tecnologia, assunto que visa contribuir com as discussões sobre a digitalização dos meios de comunicação feitas na disciplina de Cultura Digital e Convergência, ministrada pela professora Marcia Formentini.
A palestra acontece no formato online, via Goole Meet, a partir das 19h30min.
Por Laís Mantovane da Silva, aluna de jornalismo da Unijuí.
A utilização de realidade virtual e jogos digitais na comunicação social será tema de palestra realizada nesta segunda-feira, dia 28, com o professor doutor Giovanni Rocha – especialista em experiências com novos modelos narrativos em ambientes simulados a partir de dispositivos de realidade virtual. A atividade será transmitida ao vivo, a partir das 19h45, no canal do YouTube da Unijuí, integrando as comemorações de 25 anos do Curso de Comunicação Social da instituição (Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas). A previsão de duração da atividade é de uma hora e meia, entre fala e debate posterior à palestra.
De acordo com a professora doutora Gisele Noll, o objetivo da atividade é apresentar e discutir a interseção entre a produção de conteúdo jornalístico e as possibilidade que surgem com tecnologias de informação e comunicação. “Estamos expandindo nossa área de atuação profissional, testando os limites e alcance dos recursos digitais que temos disponíveis no momento. A comunicação sempre se preocupou com a narrativa da vida humana, agora, estamos testando outros formatos, para que estas estórias cheguem ao público de forma inovadora e imersiva”, explica a professora.
O professor Giovanni Rocha enfatiza que essas produções exigem cruzamentos interdisciplinares com técnicas e perspectivas de domínio dos jogos digitais para o seu desenvolvimento. Assim, para chegar a um bom resultado, é necessário demonstrar que o próprio conceito nomeado por realidade virtual, surgido em grande parte a partir do discurso jornalístico dos anos 1990, opera como um agente de imprecisão ao campo de estudos. “É preciso aproximar as técnicas da interatividade e da simulação; a compreensão pelos jornalistas sobre atualizações e qualificações tecnológicas operando como ampliadores das responsabilidades da profissão. O que eu defendo, é a constituição de um jornalismo de exploração”, enfatiza.
O professor e pesquisador reforça que, nesse sentido, as novas tecnologias de produção do jornalismo não tem por objetivo a substituição de práticas tradicionais de apuração ou flexibilização de questões éticas. Pelo contrário, essas novas plataformas aumentam as responsabilidades e o papel do jornalista. O que é necessário, segundo Rocha, é que os jornalistas compreendam e se capacitem para as exigências técnicas e humanas necessárias para a produção de narrativas imersivas a partir de tecnologias como a realidade virtual.
Giovanni Rocha é professor do curso de produção audiovisual e fotografia do Centro Universitário da Serra Gaúcha – FSG. Fotógrafo especializado em imagens corporativas com trabalhos realizados para empresas de serviços, indústrias e publicações da imprensa nacional. Doutor em comunicação pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS-Famecos). Mestre em Processos Midiáticos pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos – (2012) e graduado em jornalismo (2009) pela mesma instituição. Sua tese de doutorado (2016-2019) envolve investiga a capacidade de desenvolvimento de práticas e discursos jornalísticos a partir do emprego da tecnologia denominada como Realidade Virtual, além da a emergência do conceito definido por Jornalismo Imersivo, observando outras perspectivas que envolvem as possibilidades de transposição com o jornalismo e a interatividade das tecnologias digitais.
Fonte: Usina de Ideias dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unijuí;
Na noite de quinta (04/06) a aula de Fundamentos de Jornalismo, do Curso de Jornalismo da Unijuí, abriu espaço para o debate sobre mercado de trabalho, gestão e empreendedorismo na área. O convidado da professora Vera Raddatz para conversar por videoconferência com os alunos sobre estes assuntos, foi o egresso do curso, jornalista e repórter da TV Anhanguera, em Goiânia, Gabriel Garcia.
Gabriel destacou que hoje o mercado oferece múltiplas possibilidades de atividades para o jornalista, que deve estar preparado para realizar, dentro de uma mesma empresa, diferentes funções. “É importante aproveitar as oportunidades que o curso oferece e aprender ao máximo sobre todas as coisas, seja a teoria, ou áudio, vídeo, foto, texto, pois o mercado exige que você compreenda os processos e as rotinas jornalísticas, para se adaptar a qualquer situação. Não há um padrão, você precisa saber de tudo”, afirma o jornalista.
A professora Vera salienta que, hoje, o jornalismo vive um momento de ressignificação de suas práticas e valores, pois os profissionais estão sendo confrontados todos os dias quanto aos modos de produção da notícia e sua credibilidade. “O jornalismo precisa, nesse momento crucial da sociedade, continuar confirmando sua importância, justamente pela ação que o caracteriza e o distingue de quaisquer outras formas de difusão de conteúdos, ou seja, apurar e checar as informações, oferecendo à sociedade uma informação de qualidade, que corresponda ao interesse público”, afirma Vera Raddatz.
Se o mercado é imprevisível e muda tão rapidamente, exige então que os profissionais tenham uma noção clara de quais habilidades precisam ser desenvolvidas pelo jornalista. Gabriel Garcia afirma que “o mercado busca um perfil de jornalista versátil, flexível e com facilidade para mudanças, ativo, disponível e que tenha personalidade”. E sobre este aspecto, declara que o “jornalista, antes de tudo, precisa se comunicar com o seu público como se estivesse contando uma história”. Com isto, quer dizer que é preciso se autoconhecer, descobrir seu estilo e investir nisto, deixando sua identidade na produção.
O mercado também é competitivo, então, é necessário focar nos objetivos e fazer a gestão do tempo, da carreira e do trabalho. Hoje, no jornalismo, tudo funciona melhor em equipe, mas cada profissional é sua própria marca. Segundo Gabriel, Proatividade é a palavra que melhor define o que o mercado espera do jornalista.
A cidadania pode ser descrita, basicamente, como a prática dos direitos e dos deveres por parte dos habitantes de um local. Ela é essencial para a convivência em uma sociedade democrática, porém, nem sempre é praticada. Por isso, a área da Comunicação, que busca alcançar um público diverso e amplo com a sua mensagem, pode ser uma importante ferramenta na mobilização para a prática da cidadania. Nesse sentido, foi realizada a “Noite da Cidadania” na última sexta-feira, dia 6 de dezembro, no Centro de Eventos da Unijuí, com apresentações dos trabalhos finais da disciplina Comunicação e Cidadania, ministrada pela professora de Jornalismo Vera Raddatz.
Estar atento aos problemas do local em que reside, como a rua, bairro, município, etc., e buscar melhorar estes ambientes públicos faz parte do papel de cidadão. Porém, atualmente, é difícil sair de um ritmo acelerado da vida para pensar no coletivo. Para Vera, é aí que os meios de comunicação devem atuar, buscando estimular os cidadãos à participação social e interesse pela realidade mais próxima. “Quanto mais comprometida a comunicação for com o coletivo, mais chance de um envolvimento dos cidadãos com a sociedade. Vivemos numa era em que o individualismo perpassa todas as camadas sociais, o que prejudica o senso da preservação de valores importantes como o compromisso com o bem comum. Nesta perspectiva, a comunicação pode contribuir de forma direta por meio de diferentes produções midiáticas”, afirma.
Durante este semestre, estudantes da disciplina de Comunicação e Cidadania desenvolveram produtos jornalísticos e publicitários sobre perfis da cidadania da região, ou seja, pessoas ou grupos que praticam a cidadania de uma forma ou de outra. Para o professor do curso de mestrado em Direitos Humanos Ênio Waldir da Silva, um dos deveres dos cidadãos é, através da sua atuação, melhorar as dinâmicas da ordem social. “A ideia da cidadania que a gente cultiva e compreende é isso: é quando você tem um equilíbrio entre o teu dever e os teus direitos. Cumprindo com nossos deveres, nós temos mais condições de exigir nossos direitos. Exigir nosso direito por ter participado. Para mim é esse jogo entre o teu dever de participar para depois ter direito a aquilo que você ajudou na ação participativa”, explica.
Além da apresentação dos trabalhos, o evento contou com a participação da mestre em Reiki Ana Claudia Scarton e a veterinária Francine Palha, de Catuípe, que contaram suas experiências como cidadãs.
Por Manuela Joana Engster, estudante de Jornalismo
Utilizamos cookies para garantir que será proporcionada a melhor experiência ao usuário enquanto visita o nosso site. Ao navegar pelo site, você autoriza a coleta destes dados e utilizá-los conforme descritos em nossa Política de Privacidade.