A cidadania pode ser descrita, basicamente, como a prática dos direitos e dos deveres por parte dos habitantes de um local. Ela é essencial para a convivência em uma sociedade democrática, porém, nem sempre é praticada. Por isso, a área da Comunicação, que busca alcançar um público diverso e amplo com a sua mensagem, pode ser uma importante ferramenta na mobilização para a prática da cidadania. Nesse sentido, foi realizada a “Noite da Cidadania” na última sexta-feira, dia 6 de dezembro, no Centro de Eventos da Unijuí, com apresentações dos trabalhos finais da disciplina Comunicação e Cidadania, ministrada pela professora de Jornalismo Vera Raddatz.
Estar atento aos problemas do local em que reside, como a rua, bairro, município, etc., e buscar melhorar estes ambientes públicos faz parte do papel de cidadão. Porém, atualmente, é difícil sair de um ritmo acelerado da vida para pensar no coletivo. Para Vera, é aí que os meios de comunicação devem atuar, buscando estimular os cidadãos à participação social e interesse pela realidade mais próxima. “Quanto mais comprometida a comunicação for com o coletivo, mais chance de um envolvimento dos cidadãos com a sociedade. Vivemos numa era em que o individualismo perpassa todas as camadas sociais, o que prejudica o senso da preservação de valores importantes como o compromisso com o bem comum. Nesta perspectiva, a comunicação pode contribuir de forma direta por meio de diferentes produções midiáticas”, afirma.
Durante este semestre, estudantes da disciplina de Comunicação e Cidadania desenvolveram produtos jornalísticos e publicitários sobre perfis da cidadania da região, ou seja, pessoas ou grupos que praticam a cidadania de uma forma ou de outra. Para o professor do curso de mestrado em Direitos Humanos Ênio Waldir da Silva, um dos deveres dos cidadãos é, através da sua atuação, melhorar as dinâmicas da ordem social. “A ideia da cidadania que a gente cultiva e compreende é isso: é quando você tem um equilíbrio entre o teu dever e os teus direitos. Cumprindo com nossos deveres, nós temos mais condições de exigir nossos direitos. Exigir nosso direito por ter participado. Para mim é esse jogo entre o teu dever de participar para depois ter direito a aquilo que você ajudou na ação participativa”, explica.
Além da apresentação dos trabalhos, o evento contou com a participação da mestre em Reiki Ana Claudia Scarton e a veterinária Francine Palha, de Catuípe, que contaram suas experiências como cidadãs.
Por Manuela Joana Engster, estudante de Jornalismo