Na noite desta quinta-feira, 20 de maio, o curso de Ciências Biológicas realizou sua jornada dentro da programação do 8º Congresso Internacional em Saúde. O evento trouxe a temática “O Futuro depois da pandemia: A educação ambiental para superar a crise”, com palestra do doutor em Educação, biólogo e pedagogo Marcos Sorrentino, da Universidade Federal de São Paulo e mediação da doutora Francesca Werner Ferreira, professora da Unijuí.
Em sua fala, Sorrentino destacou os impactos da pandemia. ”A pandemia coloca muita coisa em risco. Nós estamos inseguros com relação ao futuro. O lado positivo é que ela nos leva a pensar sobre o presente, sobre as causas que nos trouxeram a este momento. A pandemia veio para ficar. A próxima década será impactada fortemente pelos resultados desse momento. Ou seja, se bem administrada, os impactos serão melhores. Se mal administrada, os impactos serão piores”.
Ele frisou que a esperança que se tem é que as mudanças sejam boas para o meio ambiente e também proporcionem melhorias para a população e seu modo de produção. “Precisamos discutir novos caminhos para que o futuro não supere apenas a pandemia, mas, supere também, as causas estruturais que levam às mudanças climáticas, ao aquecimento global e às mudanças socioambientais. Precisamos pensar como a educação ambiental contribui para que utilizemos a nossa capacidade intuitiva”.
O palestrante destacou ainda o papel da educação. “Criem situações em sala de aula. Qual o tipo de ser humano nós queremos formar? Não basta sermos reprodutores daquilo que nos foi dito pelos antepassados. Neste momento, nós devemos ser realistas ativos e esperançosos. As mudanças serão possíveis se investirmos em Educação”. Além disso, Sorrentino abordou os processos revolucionários para que a educação ambiental faça transformações.
O Congresso Internacional de Saúde iniciou no dia 18 de maio e encerra nesta sexta-feira, dia 21.
Recentemente formada no curso de bacharelado em Ciências Biológicas da Unijuí, Mayse Rocha Liscano desenvolveu seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) a partir do tema “Avaliação dos impactos ambientais e qualidade da água do Arroio Espinho, localizado em Ijuí”. A pesquisa parte do interesse da jovem pela área ambiental e se fortalece na importância do estudo.
“O objetivo central desse trabalho foi avaliar o Arroio Espinho e seu entorno, já que ele percorre vários locais da cidade, tanto na área urbana quanto na área rural. O estudo sobre essa área é importante porque existem poucas publicações a respeito”, destacou Mayse, lembrando que o TCC contribui com dados sobre esse ambiente, que podem ser utilizados no gerenciamento, já que a proteção ambiental é uma preocupação muito grande nos últimos anos. “Cada vez mais, os nossos recursos naturais vêm sendo eliminados ou contaminados”, completou.
A partir da pesquisa realizada, Mayse observou que o Arroio Espinho não encontra-se adequado conforme sua classificação, pois sofre impactos da ação antrópica (ação humana sobre o meio ambiente), através do lançamento de esgoto, resíduos sólidos e industriais, além do desmatamento. “O Arroio sofre com a falta de APPs - Áreas de Preservação Permanente, que são de grande importância para proteção e filtragem de impactos externos. Então, é necessário que ocorra uma conscientização, visando a qualidade desse local”, afirmou.
Em comemoração ao Dia do Biólogo, os cursos de Ciências Biológicas (Licenciatura e Bacharelado) da Unijuí, realizam, esta semana, uma série Webinars. O objetivo é debater temas atuais da área e manter os estudantes atualizados nos assuntos.
A transmissão ocorre pelo Google Meet, de forma gratuita e aberta aos interessados. O primeiro evento ocorreu na terça-feira, dia 01, desenvolvendo a temática “Aprendizagem baseada em projetos de pesquisa: a diversidade de espécies do pátio de escolas até a Floresta Atlântica”, realizada pelo professor Julio Cesar Vitolin. Nesta quinta-feira, dia 03, será realizado um segundo seminário, intitulado “Atuação do Biólogo com participação do CRBio-03”, com início previsto para às 19h30.
Para encerrar a programação, a partir das 18h desta sexta-feira, dia 04, ocorre o seminário “Você já conhece as possibilidades da pesquisa com Zebrafish?”, que será realizado pela professora e pesquisadora, Vanessa de Quadros. Inscreva-se por este link e participe. O certificado será enviado ao e-mail cadastrado no momento da inscrição. Na oportunidade também será lançado o curso de Qualificação Profissional na área de Ciências Biológicas.
Mais informações com a Secretaria dos cursos biologia@unijui.edu.br ou no (55) 3332 0200 ramal 3221.
O Centro Acadêmico do Curso de Ciências Biológicas da Unijuí, com o auxílio da coordenação, promoveu uma live, no dia 10 de julho, para marcar o encerramento do 1º semestre de 2020. O tema da live foi a observação de aves como uma ferramenta para educação ambiental, com o observador de aves Gabriel Brutti.
O evento reuniu mais de 150 inscrições e conectou estudantes e profissionais de Ijuí e região, Santana do Livramento, Santa Catarina, São Paulo, Belo Horizonte, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Alagoas, Minas Gerais e muitas outras regiões do Brasil, de forma online.
De acordo com a presidente do Centro Acadêmico do Curso de Ciências Biológicas, Stefani Grutka, "a humanidade se encontra desconectada da natureza, o que leva para além dos problemas pessoais em relação a saúde física e mental, também a falta de consciência em relação a preservação do meio ambiente. Visto isso, o tema é de grande relevância para os profissionais, estudantes da área e comunidade em geral".
A educação ambiental é um processo participativo e contínuo da sociedade, fundamental para a consciência crítica acerca dos problemas ambientais existentes. Sendo assim, atividades ligadas ao meio ambiente, são fundamentais no processo de aprendizagem e conscientização. A observação de aves se apresenta como uma ferramenta sustentabilidade, onde se pode observar não somente a avifauna que ali habita, mas sim, a natureza como um todo e seus processos ecológicos (ou biológicos). Assim, (re)aproximando as pessoas da natureza e trazendo novos entendimentos e sentimentos em relação a mesma.
Desde a terça-feira, 23 de junho, autoridades sanitárias da Argentina emitiram alertas ao Brasil, em especial aqui no Rio Grande do Sul, para uma nuvem enorme de gafanhotos que se desloca próxima da região de Uruguaiana, oriunda do Paraguai. Ela pode chegar ao Estado, ou passar direto ao Uruguai. Este acontecimento gerou muita curiosidade, comentários na internet e na imprensa em geral.
Segundo a professora Vidica Bianchi, mestre em Educação e doutora em Ecologia, do Departamento de Ciências da Vida da Unijuí (DCVida), com atuação nos mestrados de Educação nas Ciências e Sistema Ambientais e Sustentabilidade da Unijuí, esse é um fenômeno que pode acontecer e já existem registros de outras ocorrências, inclusive no Museu Antropológico Diretor Pestana (MADP), décadas atrás. Em diversas partes do mundo o mesmo fenômeno também já foi registrado, segundo esta reportagem do G1.
De acordo com a especialista, trata-se da espécie conhecida popularmente como gafanhoto migratório sul-americano (Schistocerca cancellata), que tem como característica o comportamento coletivo, se deslocando em massa na fase adulta em busca de alimento e abrigo. Cada fêmea pode colocar de 50 a 120 ovos, com um período de 30 dias de incubação, sendo que jovens e adultos vivem em conjunto, se alimentando dos mesmos recursos, com um ciclo de vida total de cerca de 100 dias. “A dinâmica populacional depende de alguns fatores: temperatura e umidade (abióticos), caracterizados pela crise climática, como o calor no inverno, por exemplo, e ausência de predadores (bióticos), esses dois fatores combinados podem ter favorecido a população extraordinária desta nuvem de gafanhotos”, relata.
O que impressiona, além da quantidade gigantesca de insetos que se deslocam na nuvem, viajando de 100 a 150 km em um dia - estima-se 40 milhões de animais em um quilômetro quadrado de área - é o estrago que podem fazer em plantações. “Podem consumir pastagens que 2 mil vacas ou uma população de 350 mil pessoas comeriam em um dia, segundo biólogos que estão observando o fenômeno na Argentina”, observa. Porém, a professora salienta que o grupo de insetos não apresenta perigos diretamente aos seres humanos. “Como se alimentam da vegetação, podem causar grandes prejuízos econômicos, até porque podem se alimentar de um número variado de espécies de plantas. Para evitar fenômenos como estes é preciso um alerta com os cuidados ambientais. A conservação da biodiversidade é essencial, precisamos equilíbrio entre as espécies”, afirma a professora.
Monitoramento
Segundo notícia publicada no site da Gaúcha ZH, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou que a nuvem de gafanhoto que ameaça chegar ao Rio Grande do Sul deve seguir em direção ao Uruguai. Conforme a pasta, a informação foi repassada pelo Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa).
O Museu Antropológico Diretor Pestana (MADP) possui registros históricos preservados em seu arquivo, em fotografia e também em notícias do jornal Correio Serrano, que mostram que um fenômeno semelhante já aconteceu em Ijuí. Conforme o Relatório da Intendência Municipal, no verão de 1917, nuvens de gafanhotos atacaram as colônias, propriedades agrícolas do município de Ijuí e todos se empenharam no combate à praga, inclusive a prefeitura contratou trabalhadores assalariados para atuar no combate. Em setembro de 1933 uma nuvem de gafanhotos atingiu, inclusive, o espaço urbano. O Relatório do Posto Agropecuário de 1946 se refere a gafanhotos que atingiram as plantações de trigo plantados na tarde, mas que foram atingidas outras espécies de plantas.
Espécie: popularmente como gafanhoto migratório sul-americano (Schistocerca cancellata)
Quantidade: estimativa de 40 milhões de animais em um quilômetro quadrado de área
Deslocamento: 100 a 150 km em um dia
Alimentação: podem consumir pastagens que 2 mil vacas ou uma população de 350 mil pessoas comeriam em um dia
De onde surgiu? Relata-se que esta nuvem específica seja oriunda bioma do chaco, no Paraguai, região com condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento da espécie e vem se deslocando por províncias do nordeste da Argentina, em direção ao sul.
O laboratório de Zoologia da Unijuí recebeu, na terça-feira, 19, a visita de crianças da Educação Infantil da Escola Municipal Fundamental Joaquim Porto Vila Nova, do Bairro Lambari, de Ijuí. As professoras da escola marcaram a visita pela curiosidade das crianças em estudar dois grupos de insetos: as “JOANINHAS” e as “ABELHAS”.
No Laboratório foram recebidas e acompanhadas pela técnica, estagiaria, bolsistas PET-BIOLOGIA e pela professora Vidica Bianchi. Além da visita ao laboratório para fazer perguntas e ouvir resposta às inquietações das crianças, observar com lupas os exemplares destes grupos de insetos da coleção didática seca, as crianças também tiveram a oportunidade de visitar os jardins temáticos (espiral de ervas e a rosa dos ventos) mantidos pelo Grupo PET, com apoio do Setor de Patrimônio da Unijuí. Este se tornou um local de visitas, discussões e estudos sobre diversas temáticas. As crianças observaram as joaninhas e abelhas visitando as flores dos jardins. Esta vivência, de interação com o conhecimento que trazem da escola, produz outros significados aos saberes na constituição dos sujeitos enquanto cidadãos capazes de refletir sobre o mundo que os cerca.
“Foi impressionante a curiosidade das crianças e a compreensão da dependência que a humanidade tem destes dois grupos de insetos na produção de alimentos. As joaninhas, pelo seu hábito alimentar predador, que se alimentos de insetos que consomem vegetais, e as abelhas, pelo seu importante papel de polinizadores. O curso de Ciências Biológicas se sente reconhecido por poder prestar este atendimento e percebe o empenho da equipe de educadores das escolas, às quais merecem nossa valorização e respeito”, observa a professora Vidica Bianchi.
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