Com palestra sobre o tema “O Desafio da mudança”, que será realizada pelo médico Fábio Franke (HCI), o Campus Três Passos vai sediar o Pré-Congresso Internacional em Saúde da Unijuí. O evento será realizado no auditório do Campus, a partir das 14h da próxima segunda-feira, dia 18.
O evento serve como preparação ao Congresso Internacional em Saúde, que neste ano chega em sua sexta edição. “Será um momento importante para a atualização e compartilhar conhecimentos que antecedem a discussão temática do Congresso Internacional. O médico Fábio Franke é da nossa região e com renome internacional, ele tem contribuído com a ciência ao longo dos anos”, observa a coordenadora do evento, professora Eliane Winkelmann. Os interessados poderão participar desta atividade com inscrição gratuita, no local.
Fábio Franke possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1995), Residência Médica em Oncologia Clínica (1999) pelo Hospital Nossa Senhora da Conceição, Título de Especialista em Oncologia Clínica (2001) pela Sociedade Brasileira de Cancerologia. Atualmente é Médico e Coordenador do Centro de Alta Complexidade em Oncologia (CACON) do Hospital de Caridade de Ijuí , Investigador Principal do Centro de Pesquisa Clínica do CACON.
A organização também irá realizar outro evento Pré-Congresso em Santa Rosa, no mês de abril.
O 6º Congresso Internacional em Saúde é um evento promovido pelo Departamento de Ciências da Vida (DCVida) da UNIJUI e pelos Programas de Pós-Graduação: Mestrado em Atenção Integral à Saúde (UNICRUZ/ UNIJUI), Mestrado e Doutorado em Educação nas Ciências (UNIJUI) e Mestrado em Direito (UNIJUI). O mesmo ocorrerá de 14 a 17 de maio de 2019, no Campus da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI), em Ijuí, Rio Grande do Sul, Brasil. Este evento é de fluxo contínuo, sendo que sua primeira edição ocorreu em 2011. Desde então o evento passou a acontecer a cada dois anos, sendo sua segunda, terceira e quarta edição respectivamente nos anos de 2013, 2015 e 2017. Em julho de 2018, ocorreu a 5º Edição do Evento na Universidade do Minho em Portugal. Em 2019, o evento volta a ser realizado no Brasil e terá como tema: Vigilância em Saúde: Ações de Promoção, prevenção, diagnóstico e tratamento.
Mais detalhes e inscrições no site do evento, no Portal da Unijuí.
A Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da Unijuí vai realizar, no dia 26 de março, o primeiro Ciclo de Formação para a Pesquisa e Extensão em 2019. Na oportunidade, também será realizada a Certificação dos Trabalhos Destaque do Salão do Conhecimento 2018.
No evento, que será realizado no Salão de Atos do Argemiro Jacob Brum, no Campus Ijuí, das 15h às 17h, também será transmitido aos Campi Santa Rosa, Panambi e Três Passos. A programação contará com a palestra “Empreendedorismo Sustentável”, pelo Me. Marçal Paim da Rocha, fundador e diretor da Químea - Santa Maria/RS.
Após a palestra, ocorrerá a Certificação dos Trabalhos Destaque do Salão do Conhecimento 2018. Os autores destes trabalhos estão convidados a comparecer no evento para receber a certificação.
Segundo a Vice-Reitoria, o Ciclo de Formação tem o objetivo de oportunizar a qualificação da atuação dos estudantes envolvidos em projetos de pesquisa e de extensão.
Informações nos seguintes canais:
E-mail: pibic@unijui.edu.br
Ramal Interno: 2045, Fone: 3332-0323
Confira os trabalhos Destaque do Salão do Conhecimento 2018:
As inscrições para submissão de trabalhos no 6º Congresso Internacional em Saúde se encerram no dia 19 de março. O evento acontece de 14 a 17 de maio, na Unijuí, Campus Ijuí. O objetivo do evento é proporcionar espaços de discussão interdisciplinar e multidisciplinar sobre Vigilância em Saúde e sobre aspectos relacionados à promoção, prevenção, diagnóstico e tratamento, com vistas às ações que resultem em melhorias na assistência à saúde da população, em nível mundial.
As inscrições e o regulamento da submissão de trabalhos estão disponíveis na página do evento no Portal da Unijuí. As inscrições para participantes se encarram no dia 14 de maio.
Nos meses de abril e maio a Unijuí vai promover o Hackathon, uma maratona de programação que vai envolver estudantes de diversos cursos da Universidade. Nesta edição, a Ceriluz - Ceriluz - Cooperativa Regional de Energia e Desenvolvimento Ijuí Ltda. é parceira na realização. Na manhã desta quarta-feira, na sede da Cooperativa, foi assinado o regulamento da maratona, com a presença do Vice-Reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da Unijuí, Fernando González e do diretor da Ceriluz, Sandro Lorenzoni.
Os participantes do Hackathon terão que cumprir o desafio de resolver um problema real, proposto pela Ceriluz e será relacionado com a área de atuação da Cooperativa. A equipe vencedora ganhará um prêmio em dinheiro e mais a possibilidade de incubar uma empresa na Criatec, Incubadora de Empresas de Inovação Tecnológica.
A primeira etapa será realizada nos dias 26 e 27 de abril e a final no dia 23 de maio de 2019. A iniciativa também marcará os 30 anos do curso de Ciência da Computação e trata-se de uma metodologia inovadora na solução de problemas, inspirada em iniciativas semelhantes desenvolvidas no Vale do Silício, nos Estados Unidos.
O regulamento completo e os detalhes do evento, bem como as inscrições, serão divulgados em breve, no Portal da Unijuí. A promoção é da Unijuí e da Ceriluz, com o apoio da Agência de Inovação e Tecnologia, Incubadora de Empresas de Inovação Tecnológica – Criatec, Departamento de Ciências Extas e Engenharias e curso de Ciência da Computação da Unijuí.
Fotos: Vilson Wagner/Ceriluz.
A partir desta quinta-feira, 14, estará no ar a página das ofertas dos cursos da Unijuí na modalidade EAD. Lá, será possível consultar informações sobre as ofertas, as mensalidades e todas os benefícios oferecidos pela Universidade.
Nesta quarta-feira, uma atividade formativa para técnicos-administrativos dos quatro campi da Unijuí apresentou a campanha de divulgação, a nova plataforma online e os preparou para atender os futuros estudantes.
A formação ficou a cargo da Vice-Reitora de Graduação, Cristina Pozzobon, do Gerente da Coordenadoria de Merketing da Unijuí, Giancarlo Bottega, do Gerente da Coordenadoria de Recursos Humanos, José Luis Bressam, do professor Luciano Zamberlan, coordenador institucional da modalidade EaD e a secretaria acadêmica Cátia Gerhke, responsável técnica pelas ofertas.
Com o objetivo de qualificar as ofertas na modalidade, os estudantes terão a disponibilidade de uma nova plataforma, o Moodle, ambiente virtual que a Universidade passará a usar, garantindo mais conectividade para qualificar a aprendizagem.
Dessa forma, a Unijuí vai ofertar novos cursos, sendo eles:
Administração (Bacharelado)
Ciências Contábeis (Bacharelado)
Gestão Financeira (Tecnologia)
Gestão de Recursos Humanos (tecnologia)
Gestão de Micro e Pequenas Empresas (Tecnologia)
Logística (Tecnologia)
Processos Gerenciais (Tecnologia)
Os cursos são organizados em três módulos no ano, com uma carga horária que permita um bom aproveitamento e aprendizagem do aluno. O estudante poderá agendar sua prova ao final de cada módulo.
As aulas neste ano começarão no dia 22 de abril de 2019.
A FIDENE/Unijuí e o Ministério Público assinaram, na tarde desta terça-feira, 12, Protocolo de Intenções para somar esforços na realização de atividades em projetos de ensino, pesquisa e extensão. As atividades a serem desenvolvidas serão detalhadas, por meio de Convênios e/ou Contratos específicos e/ou outros instrumentos jurídicos, a serem celebrados entre ambas as partes.
Participaram do ato de assinatura, realizado na Reitoria, a Reitora da Unijuí, Cátia Nehring, as promotoras de justiça de Ijuí, Diolinda Hannush e Fernanda Broll Carvalho, o Vice-Reitor de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão, Fernando González, o gerente da Agência de Inovação e Tecnologia da Unijuí, Maiquel Kelm e a coordenadora da Itecsol, Elizandra Pinheiro da Silva.
A primeira proposta já está sendo elaborada e tem a coordenação da Incubadora de Tecnologia da Social da Universidade. Trata-se do Projeto piloto “Mudanças de Atitude para Gerar Impactos Positivos na Vida dos Catadores”, que propõe qualificar o processo de descarte de materiais passíveis de reciclagem, por meio de ações a serem desenvolvidas com o quadro de funcionários da FIDENE/UNIJUÍ. O objetivo é potencializar a entrega direta para a Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Ijuí - ACATA Ijuí.
As ações propostas pelo projeto têm como base o item 5 do Plano Municipal de Saneamento Básico de Ijuí, que se refere à Educação Ambiental, e relacionado à meta: Promoção da Educação Ambiental para a população em geral. Nessa meta, relaciona-se à ação específica de “Reforçar as ações de Educação Ambiental aplicadas às temáticas de 3Rs e demais princípios da PNRS, como separação dos resíduos, logística reversa e participação na coleta seletiva pela população, e importância da inclusão social, com divulgação nos meios de comunicação”.
Ser dono do próprio negócio é um dos principais sonhos dos brasileiros, de acordo com os dados da pesquisa do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2016, em parceria com o Sebrae. Fomentar esse sonho significa desenvolver o mercado de trabalho, movimentar a economia e, em consequência disso, desenvolver a região.
Na Universidade, o Programa Viver Empreendedor tem tudo a ver com isso. Ele foi lançado nesta terça-feira, 12, pelo professor Fernando Jaime González, Vice-Reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, Maiquel Silva Kelm, Gerente da Agência de Inovação e Tecnologia – AGIT – e Maria Odete Palharini, Chefe do Núcleo de Empreendedorismo da AGIT, em entrevista ao Programa Rizoma, da Unijuí FM.
O Programa possibilita que estudantes e egressos, de até três anos, com projetos e interesses em abrir seu próprio negócio, tenham a sua disposição 10 horas de consultoria gratuita. O futuro empreendedor irá encontrar consultoria na área da gestão, na área de comunicação e marketing e na área de contabilidade.
De acordo com Maiquel, essas horas possibilitarão que os primeiros passos possam ser dados com clareza para enfrentar os desafios do mundo empreendedor. “Não é tão simples ser um empreendedor, mas nós somos incentivadores do empreendedorismo. Acreditamos que o empreendedorismo é uma mola propulsora para o crescimento da economia”, comenta Maiquel.
O Programa conta com a parceria da Criatec, que irá compartilhar de sua estrutura física e tecnológica com os novos empreendedores. Maria Odete Palharini conta que serão realizadas diversas atividades como, por exemplo, palestras e capacitações. “Com isso a gente pode trabalhar melhor, de uma forma mais intensa, a cultura empreendedora”.
Para participar, estudantes e egressos podem acessar o site da Criatec e responder algumas questões para poder inscrever-se. As respostas servirão como base para entender quais as necessidades do negócio e como as consultorias deverão ser feitas para melhor atender o empreendedor.
Todo estudante pode participar, independentemente do tempo de curso. Conforme o professor Fernando, a Universidade tem, por natureza, um conjunto de atividades e ações que fazem com que o empreendedorismo e a inovação sejam elementos fundamentais. “Trabalhamos para colocar o empreendedorismo como uma marca dos profissionais dessa casa”, salienta.
Confira também uma reportagem especial sobre o tema, intitulada Onde elas estão?
Com o objetivo de promover reflexão e marcar o Dia Internacional da Mulher, a FIDENE/Unijuí organizou diversas atividades nesta sexta-feira. No Campus Ijuí, um ato no Hall de entrada da Biblioteca Mario Osorio Marques, envolvendo bate-papo, música e performance artística reuniu estudantes, professores e técnicos-administrativos.
O ato iniciou com uma apresentação do Coral Unijuí. Em seguida, a Cia. Cadagy fez uma performance artísticas inspirada no musical “A Opera do Malandro”, de Chico Buarque de Holanda. Na sequência, Patrícia Prante Machado, representante do Sicredi, apoiador do evento, fez uma fala. Logo após, ocorreu o bate-papo com delegado Ricardo Miron, intitulada “Papo sobre elas – segurança da mulher é assuntos de todos”. Ele trouxe informações sobre leis, além de apresentar dados sobre violência contra a mulher. Para encerrar o ato, a Reitora da Unijuí fez uma fala: “Um dia de luta, não de comemoração”, frisou. Além do Sicredi, em Ijuí o evento teve o apoio do Sinpro Noroeste e do Sintep Noroeste.
No Campus Santa Rosa, no turno da tarde, foi realizada a atividade “Mulher, Integração e práticas corporais”, com o objetivo de realizar uma integração entre as mulheres que atuam no Campus, através de práticas corporais alternativas, visando o autoconhecimento corporal e a importância deste para a qualidade de vida. A atividade foi desenvolvida pelo Laboratório de Atividade Física e Promoção à Saúde (AFPS) juntamente com o Núcleo de Eventos do curso de Educação Física.
A data também gerou atos na EFA, Escola mantida pela FIDENE. No início do dia, as turmas dos anos finais tiveram um momento com a professora de Literatura, Anamaria Moreira, e conversaram sobre a origem da luta das mulheres, principalmente sobre o empoderamento feminino, sobre conquistas e lutas. Para ilustrar esse debate a professora usou como exemplo a evolução dos personagens femininos, que antes apresentavam o estereotipo de “princesa delicada” e que agora vem se desvencilhando dessa imagem, mostrando evolução, com personagens independentes e sem estereótipos.
Já o grupo de alunos do Ensino Médio foi recebido e convidado para uma séria reflexão: foram colocados 140 pares de calçados no auditório da Escola, representando o número de mulheres assassinadas até esse momento em 2019 no país. Em seguida, foram convidados a refletirem sobre a violência contra a mulher, o machismo, o silenciamento das mulheres escritoras, bem como sobre o empoderamento feminino, tendo em vista a importância das ainda frágeis conquistas e do reconhecimento do fundamental papel da mulher na sociedade. A atividade foi organizada pelas professoras Anamaria Moreira, Sandra Nunes e Eliana Biolchi.
Fotos: Unijuí e Sicredi das Culturas
Quantas mulheres em cargos de chefia você conhece?
Em 2018 o IBGE divulgou os resultados da pesquisa Estatística de Gênero, que revelam que as mulheres ocupam 37,8% do topo da hierarquia do setor público e privado. No entanto, as mulheres são maioria entre os trabalhadores brasileiros, representam cerca de 51%.
As razões por diferenças tão significativas entre homens e mulheres podem ter várias explicações, a maioria são explicações culturais. A maneira como a sociedade impôs o papel da mulher, lá nos primeiros anos da vida em sociedade, se reflete até hoje.
Gradativamente, mulheres conquistaram muitos direitos a partir de sacrifícios, dores e lutas. Tudo isso para que outras mulheres pudessem ter o direito de poder simplesmente concordar ou não com essa luta. E essa luta precisa ser diária, constante.
Na FIDENE, Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação do Noroeste do Estado, mulheres coordenam e chefiam as quatro mantidas da Fundação: Unijuí, Rádio Unijuí FM, EFA e Museu Antropológico Diretor Pestana.
Cátia Maria Nehring, professora Presidente da FIDENE e Reitora da Unijuí, acredita que apesar das conquistas significativas, nós (sociedade) temos muito a avançar efetivamente em termos de igualdade, respeito e liberdade. “Ainda há muitas lutas a serem travadas e muitos ‘dias das mulheres’ a serem colocados em pauta, como um dia de reflexão, de discussão, de busca pelo respeito, pela igualdade, pela colaboração entre os diferentes”.
A professora comenta, ainda, que as lutas por igualdade, respeito e liberdade precisam ser também de negros, pobres, homossexuais. Minorias que em muitas situações são maiorias.
Também na reitoria da Universidade, a professora Cristina Eliza Pozzobon ocupa o cargo de Vice-Reitoria de Graduação. Esse caminho já foi percorrido por Eronita Barcelos, primeira presidente da FIDENE e primeira reitora da Unijuí nas gestões de 1999-2001 e de 2002-2004. “É preciso novas atitudes e posicionamento para demonstrar os efeitos positivos daquelas conquistas. Em síntese: novas lutas”, alerta Eronita.
No mercado de trabalho há outros desafios para as mulheres. De acordo com a mesma pesquisa, apresentada em 2018, uma mulher recebia 76,5% do rendimento dos homens em 2016, apesar de terem, em média, melhor formação: 16,9% delas têm ensino superior completo, frente a 13,5% dos homens.
Para que mudanças possam ser feitas nas relações trabalhistas, a representação política precisa ser efetiva. Entretanto, apenas 15% das vagas da Câmara dos Deputados foram preenchidas por mulheres na última eleição, em outubro de 2018. Houve um aumento em relação à última gestão que possuía 10%, mas longe de uma equidade se levarmos em consideração que mulheres representam cerca de 51% da população total.
Para Cláudia Cristina Bohrer, Diretora da Unijuí FM, as mudanças também precisam ser cotidianas. “A sociedade como um todo tem papel fundamental na igualdade de salários e de carga horária de trabalho, bem como na divisão da responsabilidade nas tarefas da casa e criação dos filhos”, comenta. Por falar em tarefas domésticas e filhos, esses são alguns dos motivos que fazem com que mulheres optem por jornadas de trabalho flexíveis e deixem de ingressar em algum curso de qualificação profissional, por exemplo.
Enquanto a representação política não é efetiva com relação à equidade de gênero, outras frentes se levantam. Grupos feministas ganham cada vez mais notoriedade. E a sociedade reage, seja para criticar, seja para apoiar.
Falar sobre mulheres e suas lutas é falar sobre pessoas. Maria do Carmo Pilissão, Diretora da EFA – Centro de Educação Básica Francisco de Assis – acredita que a sociedade precisa, constantemente, falar, discutir e refletir. “Como educadora acredito que tudo o que se relaciona à cidadania, diversidade e direitos humanos precisa estar colocado nas práticas pedagógicas”, salienta.
O caminho para uma sociedade equiparada é longo e a construção é agora. “Só teremos resultados por meio de debates na área econômica, social e cultural, e por meio da participação nas decisões que influenciam a cidadania, de maneira humanitária”, comenta a Diretora do Museu Antropológico Diretor Pestana, Stela Zambiazi.
Então, vamos falar sobre mulheres, sobre seus projetos e, mais importante, vamos ouvi-las. Confira, na íntegra, a entrevista com cinco mulheres que fizeram e fazem parte do desenvolvimento regional por meio da educação: Cátia Maria Nehring, presidente da FIDENE e reitora da Unijuí; Cristina Eliza Pozzobon, Vice-Reitora de Graduação; Eronita Barcelos, primeira Presidente da FIDENE e primeira reitora da Unijuí; Cláudia Cristina Bohrer, Diretora da Unijuí FM; Maria do Carmo Pelissão, Diretora da EFA; e Stela Zambiazi, Diretora do Museu Antropológico Diretor Pestana.
Cátia Maria Nehring, Presidente da FIDENE e Reitora da Unijuí
Entendo que tivemos muitos avanços desde que a data do dia internacional da mulher foi instituída a partir de um incêndio em uma fábrica têxtil de Nova York, no qual cerca de 130 operárias morreram carbonizas. A partir deste fato, muito triste, se marca uma trajetória das lutas feministas ao longo do século 20.
Conseguimos muitos avanços, tivemos o direito de votar, de frequentarmos uma escola, de termos uma profissão, de decidirmos ou não por casarmos, ou termos ou não filhos. Termos "controle" sobre nosso corpo e decidirmos nossas profissões, sem dependermos de um homem de nossas famílias.
Mas ainda, apesar dessas conquistas significativas, temos muito a avançar efetivamente em termos de igualdade, respeito e liberdade, não se resumindo somente às mulheres, mas também aos negros, aos pobres, aos homossexuais, às minorias que em muitas situações são maiorias.
Ainda há muitas lutas a serem travadas e muitos dias das mulheres a serem colocados em pauta, como um dia de reflexão, de discussão, de busca pelo respeito, pela igualdade, pela colaboração entre os diferentes. Não é um dia de darmos rosas, mas de nos colocarmos no enfrentamento de questões muitas vezes veladas.
Que este dia não seja entendido como um dia de comemorar, mas que ele seja de fato um dia utilizado para refletirmos, debatermos, conversamos sobre a necessidade do respeito, da solidariedade, da ética entre todos nós humanos. Que possamos entender que a diferença é constitutiva do ser humano. Somos diferentes como condição de sermos humanos e não somos a centralidade do planeta. O respeito e a necessidade de equidade social deveriam ser pontos inegociáveis.
Cristina Eliza Pozzobon, Vice-Reitora de Graduação da Unijuí
O Dia Internacional da Mulher deve ser lembrado pela luta que continua, pela garantia das condições humanas de igualdade e liberdade. Nesse sentido, é necessário reconhecer que houve bastante avanço em todos os campos, contudo ainda há bastante a ser feito, tanto na esfera social quanto profissional, para que mulheres e homens tenham as mesmas condições de trabalho, remuneração e reconhecimento.
Desejo que a data nos faça refletir sobre a condição de sermos todos humanos, independente de gênero e de opções.
Eronita Barcelos, primeira Presidente da Fidene e Primeira Reitora da Unijuí
Temos avançado muito, sem dúvidas, mas ainda há que fazer esses avanços serem reconhecidos não só como conquistas femininas, mas como uma nova compreensão da ética humana. Entendo que em se tratando de ética não é possível aceitar que gênero seja indicador de inferioridade dos seres humanos.
O grande avanço, na minha visão, é o acesso à educação que humaniza, alarga horizontes, liberta e oportuniza autoria e protagonismo nas diversas esferas sociais. Portanto, todas as demais conquistas que vêm se construindo como novas possibilidades de presença da mulher no contexto social.
No entanto, é importante destacar que conquistas desorganizam o "status quo" e então há um conjunto de ações reativas. Novamente é preciso novas atitudes e posicionamento para demonstrar os efeitos positivos daquelas conquistas. Em síntese: novas lutas.
Claúdia Cristina Bohrer, Diretora da Unijuí FM
As conquistas são muitas, apesar de ainda serem insuficientes. Creio que o fato de as mulheres hoje poderem estar onde quiserem, no que diz respeito a trabalho, por exemplo, é o reflexo de que sempre tiveram condições de fazer qualquer coisa, porém não tinham a oportunidade para tal.
O resultado é hoje se ter mulheres a frente de cargos elevados, em qualquer profissão, a frente de empreendimentos de sucesso, do desenvolvimento de comunidades, de pesquisas de ponta, etc. O acesso à educação é o que alavancou isso tudo, oportunizando à mulher a independência financeira.
A universidade tem papel importante neste contexto, para além da formação profissional, mas também como espaço de diálogo e troca de experiências. É preciso cada vez mais diálogo para que a informação sobre o real conceito de feminismo chegue às pessoas para assim reduzir os tabus e até mudar o senso comum sobre o assunto.
É um trabalho de formiguinha em que cada sujeito deve fazer a sua parte no seu local para que a médio e longo prazos tenhamos novos avanços. A sociedade como um todo tem papel fundamental na igualdade de salários e de carga horária de trabalho, bem como na divisão da responsabilidade nas tarefas da casa e criação dos filhos.
Que falemos e nos preocupemos com essa temática não só no dia 8 de março. Que, individualmente, possamos agir com coerência buscando um mundo mais livre, mais justo, mais humano.
Maria do Carmo Pelissão, Diretora da EFA
É evidente que a luta das mulheres pelo fim da discriminação e pela igualdade de gênero vem transformando a realidade em muitos países e também no Brasil, conquistando assim novos direitos, equivalência de gênero, políticas públicas que contribuíram grandemente para a redução da discriminação e das desigualdades de gênero. Neste contexto de lutas destaco o crescimento da escolarização das mulheres em todos os níveis de ensino como um fator primordial para os avanços e conquistas nas lutas desbravadas pelas mulheres em todos estes anos.
A sociedade como um todo precisa constantemente debater, refletir e buscar caminhos para que a igualdade de gênero seja uma realidade. Como educadora acredito que tudo o que se relaciona à cidadania, diversidade e direitos humanos precisa estar colocado nas práticas pedagógicas. É necessário debate e diálogo para termos ações propositivas nas escolas desenvolvendo ações voltadas à humanização, respeito, solidariedade e empatia que contribuirá para que a igualdade de gênero se torne uma constante realidade.
O dia Internacional da Mulher deve ser comemorado com a certeza de grandes conquistas, mas não deixemos de estar atentas no intuito de germinar ações que garantam o respeito, a integridade e igualdade da mulher, na busca constante de uma sociedade mais justa e fraterna.
Stela Zambiazi, diretora do Museu Antropológico Diretor Pestana
As mulheres tiveram muitas conquistas até hoje alcançadas com passos lentos, que são resultados da mobilização e do engajamento nos diversos movimentos que se formaram ao longo dos tempos. As últimas décadas foram marcadas por profundas transformações que impactaram positivamente na vida das mulheres.
Apesar dessas conquistas, a mulher está muito longe de atingir sua autonomia. A luta pelos seus direitos é permanente. É uma longa caminhada que só terá resultados por meio de debates na área econômica, social e cultural, e por meio da participação nas decisões que influenciam a cidadania, de maneira humanitária.
Precisamos de políticas públicas relacionadas com todas as esferas da sociedade, destinadas à apoiar a promoção da igualdade entre homens e mulheres, que devem ter os mesmos direitos e obrigações, as mesmas oportunidades e a mesma qualidade de vida.
Não podemos desistir de nossos sonhos e de nossos ideais. Temos que lutar pelos nossos direitos e por um país mais justo e fraterno, onde todos somos irmãos independentemente de cor, raça ou gênero. Com pequenas mudanças vamos conquistando nossos espaços.
Merecemos respeito, reconhecimento e admiração todos os dias, pois somos guerreiras, buscamos nossos espaços, corremos atrás, temos objetivos, enfrentamos dificuldades, mas não desistimos, mesmo quando parece que estamos carregando o mundo nas costas. Parabéns a todas as MULHERES!
Mulheres admiráveis
Conheça algumas mulheres admiradas por nossas entrevistadas.
Cátia Maria Nehring – “Tenho várias mulheres que admiro por diferentes razões. Mulheres que fizeram parte de minha constituição de mulher, mãe, profissional. Início por duas pessoas mais próximas. A minha vó paterna, Vó Olguinha, pela sua alegria de vida.
Por nos ensinar que a alegria estava em pequenas coisas, que a música e a dança deveriam se fazer presentes sempre, apesar da dureza da vida. A minha mãe, que nos mostrou o valor do trabalho, do respeito com o outro e da solidariedade como condição necessária de convívio entre as pessoas.
Profissionalmente destacaria a prof. Dra. Esther Grossi, como educadora matemática, pesquisadora, política, escritora, coloridade (sim Esther é reconhecida pelos seus cabelos coloridos e por sempre estar de salto alto), por me possibilitar conhecer teoricamente a didática francesa (principalmente a teoria dos campos conceituais) e o grande diferencial que um professor pode fazer na vida de uma pessoa, se permitir a ela aprender”.
Stela Zambiazi – “Zilda Arns Neumann foi uma mulher guerreira, de força e coragem. Reconhecida como uma das maiores humanitárias do Brasil, foi sanitarista, missionária brasileira e uma pediatra importante para a redução da mortalidade infantil no país. Foi a fundadora da Pastoral da Criança, programa de ação social que se expandiu por diversos países”.
Cláudia Cristina Boehrer - "Admiro Malala Yousfzaa, paquistanesa, hoje com 21 anos, que desde os 15 anos luta pela defesa dos direitos das mulheres e acesso à educação. Sua trajetória pública começou quando foi baleada na cabeça por talibãs, ao sair da escola, quando tinha 15 anos. Muitas mulheres são destaque por fazerem a diferença na sua época, porém, destaco Malala, por ser um símbolo contemporâneo da luta pelos direitos das mulheres e do direito das meninas de ir à escola, tendo recebido o Nobel da Paz aos 17 anos”.
Cristina Eliza Pozzobon - "Admira Eronita, Cátia e Onilse. Admiro a todas que humana e constantemente se reinventam, "sacodem a poeira e dão a volta por cima", com garra e sem perder a ternura. Para citar nomes, na esfera profissional sou inspirada pelas duas mulheres que ocuparam/ocupam o cargo de Reitora da Unijuí, professoras Eronita e Cátia. Na esfera pessoal, faço referência à Onilse, minha mãe. Percebo que as três mencionadas, no seu tempo, sabiamente sempre zelaram e lutaram por avanços e condições de igualdade a todos”.
Maria do Carmo Pelissão - "Admiro Madre Teresa de Calcutá. O nome Teresa foi adotado em 1931, quando a madre foi para a Índia, dando início à sua vida de missão humanitária. Foi professora e onze anos após sua chegada, deixa o convento para fundar a congregação religiosa das Missionárias da Caridade. As primeiras a se juntarem a ela nesse trabalho foram suas antigas alunas. Assim, foi morar nas favelas indianas e a partir da década de 50 trabalha na construção de locais de acolhimento, hospitais e escolas. Dedicou sua vida aos pobres, crianças e doentes”.
Eronita Barcelos – “Mulheres admiráveis temos muitas, mesmo no tempo em que precisavam superar a submissão como o grande "mérito" de terem nascido mulheres. Mas ser mulher sempre foi mais que isso. É ter a ousadia de mostrar seus talentos frutos de sua reflexão e criatividade, mesmo auridas nas vivências cotidianas, como fez Cora Coralina, por exemplo. Há escritoras, militantes sociais, religiosas, professoras, pesquisadoras, médicas e de outras tantas áreas que eu poderia dizer que admiro muito. Hoje, porém, quero registrar duas mulheres admiráveis que me inspiraram: minha mãe Othilia e a primeira professora com quem tive contato, Gessi Bueno, ambas já falecidas”.
A reitoria da Unijuí, juntamente com a coordenação do curso de Letras- Português/Inglês e o Escritório de Relações Internacionais, deu boas-vindas às professoras americanas Laura Gilbert e Marykate Melanson, participantes do projeto English Teaching Assistant - Fulbright/Capes e a estudante paraguaia Débora Myrian Casco Ledesma, da Universidade Autônoma de Encarnación – UNAE, como parte do processo de internacionalização do ensino superior.
Na ocasião, a Reitora da Universidade, professora Cátia Nehring, e o Vice-Reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, professor Fernando González, reforçaram o compromisso da Unijuí com a internacionalização e em tornar as línguas estrangeiras cada vez mais presentes no cotidiano dos acadêmicos, sendo esse um diferencial formativo requisitado pelo mercado de trabalho.
O Programa Fulbright/Capes de Assistente de Ensino de Língua Inglesa (English Teaching Assistant - ETA) para Projetos Institucionais busca selecionar projetos de instituições de ensino superior (IES) brasileiras. As IES recebem assistentes de ensino de língua inglesa (cidadão estadunidense – falante nativo), com intuito de contribuir para a elevação da qualidade dos cursos de bacharelado e/ou licenciatura em Letras - Língua Inglesa, na perspectiva de valorizar a formação e a relevância social dos profissionais do magistério.
Já a UNAE, de Encarnación, Paraguai, tem um acordo de cooperação com a Unijuí, firmado no segundo semestre de 2018. O acordo prevê vários benefícios para os estudantes de ambas instituições que desejam realizar intercâmbio acadêmico, tais como: isenção de taxas e mensalidades nos estudos, alojamento gratuito e bolsa mensal que auxilia no pagamento de despesas, como a de alimentação. Para o próximo semestre, a Unijuí selecionará dois estudantes para realizarem intercâmbio na UNAE.
Dentre as atividades de fomento à internacionalização, a Unijuí disponibiliza aos acadêmicos e egressos o curso de Inglês no Campus, ofertado pelo Laboratório de Ensino de Línguas da Unijuí (LELU), além de grupos de conversação. Por meio do Escritório de Relações Internacionais, a Unijuí viabiliza convênios para intercâmbios com universidades de diversos países, aproximando fronteiras e ampliando conhecimentos.
Para obter mais informações sobre cursos de Inglês acesse este link.
Lelu - Laboratório de Ensino de Línguas da Unijuí: Sala C2, campus Ijuí, fone (55)3332-0200 ramal 3019, ou https://www.facebook.com/lelu.unijui
Para informações sobre intercâmbio.
https://www.unijui.edu.br/institucional/mundo
ERI - Escritório de Relações Internacionais: Hall da biblioteca Mário Osório Marques, campus Ijuí, fone: (55)3332-0329 ou eri@unijui.edu.br.
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