Engana-se quem pensa que cursar Mestrado e Doutorado leva apenas à docência. Além de seguir a carreira acadêmica, a Pós-Graduação Stricto Sensu proporciona conhecimento aprofundado sobre um tema, levando o profissional a se destacar dentro da sua área de atuação, o que favorece uma boa colocação no mercado de trabalho.
Além disso, o salário também pode melhorar bastante a partir deste tipo de qualificação. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mestres e doutores têm o salário mais de 200% maior se comparado a quem tem apenas graduação.
Segundo o vice-reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da Unijuí, professor Daniel Baggio, as possibilidades são múltiplas. “Quando me perguntam sobre porque cursar uma Pós-Graduação eu respondo que é pelas possibilidades que somente uma Pós-Graduação Stricto Sensu poderá proporcionar. A partir dos títulos de mestre e doutor, por exemplo, é possível trabalhar em empresas ou grandes companhias, assim como se tornar docente e ministrar aulas em uma Universidade”, explicou.
E para iniciar esse caminho de sucesso, o primeiro passo é escolher uma Universidade com cursos conceituados e professores qualificados.A Unijuí conta com seis Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu, em diferentes áreas do conhecimento, os quais poderão contribuir para a sua formação acadêmica e profissional. As inscrições estão abertas e podem ser realizadas no site unijui.edu.br/mestrado-e-doutorado, até o dia 18 de novembro.
O projeto "Saberes e Sabores - Memórias Alimentares Tradicionais de Comunidades do Noroeste do RS" está trazendo à tona histórias e vivências ligadas à comida, que vão muito além de uma simples refeição. Com a condução da Associação de Amigos do Museu Antropológico Diretor Pestana e o próprio Museu, a iniciativa envolve a participação ativa de diferentes grupos comunitários de Ijuí, como o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV). Dentro desse serviço, destaca-se o grupo de Idosos Conviver do CRAS, que reúne moradores de vários bairros, e o grupo Envelhecimento com Protagonismo do Hospital Bom Pastor. A Unijuí também se faz presente com o Programa Integrado para a Terceira Idade (PITI), unindo ainda mais vozes nessa jornada de resgate cultural.
Essas rodas de conversa são verdadeiros encontros de gerações, onde os participantes revivem lembranças saborosas de tempos passados, compartilhando como as refeições não eram apenas momentos de comer, mas de fortalecer laços familiares e transmitir tradições. Cozinhar em grupo era comum, e cada receita levava consigo uma história, passada de pais para filhos, preservando a cultura e a identidade de cada família.
A ideia vai além do simples ato de registrar memórias. Ele estimula reflexões sobre as mudanças que aconteceram com o passar dos anos. Antigamente, os alimentos vinham direto da terra, colhidos nas pequenas propriedades familiares, e o preparo das refeições seguia ritmos bem diferentes dos de hoje. Agora, com a correria do dia a dia e o uso frequente de produtos industrializados, muitos participantes notam o contraste entre as refeições de antigamente e a realidade atual. Mesmo assim, as receitas antigas continuam a ser um ponto de conexão, trazendo à tona as lembranças dos modos de preparo e dos ingredientes que fazem parte da história dessas famílias.
Os encontros têm sido momentos especiais de resgate cultural. Além de relembrar as histórias, há uma troca rica de receitas tradicionais e verdadeiros tesouros gastronômicos que ajudam a manter viva a memória coletiva das comunidades.
O projeto conta com o apoio da Secretaria de Cultura do Estado do Rio Grande do Sul (SEDAC/RS), através do Sistema Estadual Unificado de Apoio e Fomento às Atividades Culturais (Pró-Cultura RS), e é financiado pela Lei Paulo Gustavo. Até agora, as pesquisas já envolveram diversos grupos, incluindo os moradores dos bairros Storch, Ferroviário e o Distrito de Santana, revelando um rico panorama das tradições alimentares da região.
Esse trabalho de resgate das memórias alimentares fortalece o sentido de pertencimento e ajuda a construir pontes entre o passado e o presente, mostrando como a comida continua sendo um elo poderoso que une as pessoas e mantém viva a cultura local.
Começou, nesta sexta-feira, 8 de novembro, o Hackathon do Agro e da Saúde. O evento é promovido pelo Impulsa Ijuí - ecossistema de inovação local, em parceria com a Unijuí, Criatec, Prefeitura Municipal de Ijuí, ACI, Sebrae e Citi Hub, e tem o objetivo de propor o desenvolvimento de soluções aplicáveis ao Agronegócio e à Saúde, a partir dos desafios de cada segmento na região. Ele segue até a tarde deste sábado, no Centro de Eventos da Unijuí.
Os desafios dentro da temática do agronegócio e saúde foram determinados uma vez que são setores que são fundamentais para o desenvolvimento socioeconômico da economia local e regional. Nesta tarde, os grupos foram organizados, os quais terão que desenvolver seus projetos com base nos desafios propostos. As apresentações vão acontecer durante o sábado, com o resultado dos melhores projetos divulgados a partir das 16h. As equipes vencedoras irão receber premiações em dinheiro.
Como desafios, as equipes terão que propor soluções para os seguintes problemas: O primeiro, voltado para o setor da Saúde, busca responder a questão “Como transformar a saúde de Ijuí com o uso mais eficiente das informações compartilhadas dos pacientes?”. O segundo pretende responder “Como criar solução de rastreabilidade agrícola que traga mais valor e aumente a adesão do produtor rural?”.
Os desafios foram apresentados por representantes da Cisbra Agroindustrial, pelo presidente do Hospital de Clínicas Ijuí, Douglas Uggeri, e pelo secretário municipal de Saúde de Ijuí, Márcio Strassburger.
“As temáticas são de extrema importância. O Agro e a Saúde passam por processos grandes de transformação, a partir da tecnologia. É uma oportunidade que estamos tendo de colocar os jovens e os participantes em contato com essas possibilidades que se apresentam neste momento”, comenta a coordenadora da Incubadora de Empresas de Inovação Tecnológica da Unijuí - Criatec, Maria Odete Palharini, ressaltando que serão feitos muitos esforços daqui para a frente para trabalhar a inovação em ambas as áreas.
Maria Odete também valoriza a realização do Hackathon como uma oportunidade para os participantes. “Viver a experiência é o que dá mais ganho depois dessa vivência. A metodologia aprendida aqui pode ser aplicada em qualquer outro projeto, são métodos ágeis, que esses participantes podem levar para suas vidas e seus negócios”, comenta.
Durante o mês de outubro, a Unijuí recebeu duas doutorandas em Ciência Educacional da RTU Liepaja, localizada na Letônia. Agnese Laškova e Baiba Birzniece vieram à Instituição para realizar atividades no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação nas Ciências (PPGEC), através do Programa Erasmus+.
Entre os dias 16 e 25 de outubro, elas realizaram um tour pela Unijuí e foram recebidas pelo Escritório de Relações Internacionais (ERI). Realizaram visitas ao Museu Antropológico Diretor Pestana (Madp); aos estudantes da EFA e do Ruizão; e à biblioteca do IFF Santo Augusto.
As doutorandas também participaram de aulas na disciplina "Education and Technology from a socio-cultural perspective", ministrada pela professora doutora Fabiana Diniz Kurtz da Silva no PPGEC; e ministraram as palestras “Leitura e formação no Ensino Médio” e “Biblioteca escolar: desafios do nosso tempo”. Elas fizeram parte, também, do seminário para estudantes do curso de Letras, vinculados ao Programa Professor do Amanhã, com o tema “O papel da leitura em língua estrangeira na formação de professores de línguas".
A vinda das doutorandas é fruto da cooperação internacional entre a RTU Liepaja e a Unijuí, que viabilizou, em fevereiro deste ano, a visita da professora Fabiana à RTU Liepaja. O convênio possibilita a ida de docentes e discentes da Unijuí para o período de mobilidade. Neste semestre, inclusive, há dois estudantes de graduação em Liepaja: Fernanda Krindges, do curso de Letras, e Bernardo Engelmann, do curso de Engenharia de Software, ambos com financiamento da bolsa Erasmus+.
O Diretório Acadêmico Estudantil (DCE) do campus Santa Rosa da Unijuí vai promover, na próxima semana, os Jogos Universitários 2024. A atividade vai envolver estudantes dos cursos de Santa Rosa e será realizada nos dias 11 e 12 de novembro, no ginásio do Sest Senat, das 19h às 22h. As competições terão entrada gratuita para toda a comunidade do município e da região.
Os Jogos Universitários 2024 do campus Santa Rosa terão as disputas das modalidades de Futsal Masculino e Feminino, Vôlei Misto e Truco em Duplas. Serão mais de 15 equipes disputando as competições em cada noite.
Ocorreu nesta quarta-feira, 6 de novembro, a premiação do Concurso Literário realizado pela Rádio Unijuí FM em parceria com o curso de Letras: Português e Inglês, da Unijuí. O evento foi realizado no Salão de Atos Argemiro Jacob Brum, onde mais de 200 alunos e professores do Ensino Fundamental de escolas de Ijuí e região estiveram presentes.
Neste ano, o concurso contou com a temática “Meio Ambiente: 50 anos de passado e de futuro”, homenageando a Associação Ijuiense de Proteção ao Ambiente Natural (Aipan), que celebrou recentemente 50 anos de atuação. A proposta do concurso girou em torno da personagem “Aipanzinha”, criada especialmente para esta edição do evento, que convidava o estudante a escrever um conto resgatando o passado, projetando o futuro e refletindo sobre o meio ambiente.
Para a cerimônia, a “Aipanzinha”ganhou vida, sendo interpretada pela Cia Cadagy - Corpo e Movimento, da Unijuí, recepcionando os convidados. Após a premiação, os alunos e professores participaram de oficinas de comunicação que abordaram conhecimento sobre radiojornalismo, roteiro e efeitos sonoros, locução e edição de áudio, propaganda e criatividade, vídeos, redes sociais, podcasts, entre outros.
A vice-reitora de Graduação da Unijuí, professora Bruna Comparsi, reforçou o compromisso da Rádio Unijuí FM e da Universidade com os estudantes da Educação Básica no que se refere à pesquisa, leitura e escrita. “Este evento marca a história da própria Rádio, do curso de Letras e da Biblioteca Mário Osório Marques. E é com alegria que recebemos estes jovens conectados com a temática ambiental com protagonismo e criatividade”, destacou.
A premiação foi financiada com recursos oriundos do edital de Chamamento Público nº 004/2023, do Município de Ijuí, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. O projeto também tem o apoio da Secretaria Municipal de Educação, 36ª Coordenadoria Regional de Educação, Yázigi Ijuí, Unimed Noroeste RS, Fonte da Ilha e Unijuí.
Entre os prêmios estão: Para o 1º lugar, um Tablet Kindle - leitor de livros; 2º lugar, uma Alexa Echodot; e para o 3º colocado, um Relógio Smart Watch. Todos os dez selecionados ainda foram agraciados com um fone de ouvido bluetooth, troféu, certificado e kit dos apoiadores. Os textos também serão transformados em radionovelas, a serem veiculados na programação da emissora.
Confira os vencedores do Concurso Literário 2024:
1º lugar
Conto: Eu vejo por cima da árvore…
Aluno: Mariane Dias Jesus
Escola: Escola Municipal Fundamental Tomé de Souza
Ano: 9º ano
Professora Orientadora: Carla Riethmüller Haas
2º lugar
Conto: Futuro em suas mãos
Aluno: Ana Júlia Sebastiany de Souza
Escola: Centro de Educação Básica Francisco de Assis (EFA)
Ano: 9º ano
Professor Orientador: Leandro Renner de Moura
3º lugar
Conto: Um sonho, uma batalha, uma vitória: a realidade.
Aluno: Bernardo Bandeira Avi
Escola: Centro de Educação Básica Francisco de Assis (EFA)
Ano: 6º ano
Professora Orientadora: Rosana Silva Barros
4º lugar
Conto: A protetora
Aluno: Danielle Vitória Schmidt de Moraes
Escola: Instituto Municipal de Ensino Assis Brasil
Ano: 8º ano
Professora Orientadora: Leila Aparecida de Ataides
5º lugar
Conto: Não é preciso voltar ao passado para fazer a diferença ou apagar nossos erros, o planeta precisa de nós!
Aluno: Júlia Cocenski Lauxen
Escola: Escola Municipal Fundamental Tomé de Souza
Ano: 9º ano
Professora Orientadora: Carla Riethmüller Haas
6º Lugar
Conto: A Fonte da Vida
Aluno: Rafaela Honisch Sperotto
Escola: Colégio Estadual Comendador Soares de Barros / Ajuricaba
Ano: 9º Ano
Professora Orientadora: Maristela Sisti Stephanini
7º Lugar
Conto: Lembrança e Esperança…
Aluno: Ágatha Gabriely Lopes da Rosa
Escola: Escola Municipal Fundamental João Goulart
Ano: 9º Ano
Professora Orientadora: Carla Riethmüller Haas
8º Lugar
Conto: O Século das Mudanças
Aluno: Otávio El Ammar
Escola: Colégio Evangélico Augusto Pestana
Ano: 8º Ano
Professora Orientadora: Bianca Terra
9º Lugar
Conto: Olhando para o Futuro…
Aluno: Maria Luisa Rocha Schröer
Escola: Colégio Sagrado Coração de Jesus
Ano: 8º Ano
Professora Orientadora: Cláudia Giovana Ferreira da Silva
10º Lugar
Conto: Aipanzinha e o Coração da Floresta
Aluno: Isabelli da Silva Eneas
Escola: Escola Estadual de Ensino Médio São Geraldo
Ano: 9º Ano
Professora Orientadora: Giovana Agertt
A Unijuí finalizou em outubro a terceira etapa do “Estudo de biomarcadores de efeitos através das alterações de proteínas exossomas plasmáticas e da epigenética em expostos ocupacionais a agentes químicos”, executado pelo Projeto de Pesquisa em Plantas Medicinais e Medicamentos da Unijuí (Plamedic), em parceria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e apoio da Prefeitura Municipal de Ijuí.
A pesquisa busca investigar a saúde dos agricultores que têm contato recorrente com agrotóxicos em suas atividades. A terceira e última etapa ocorreu no dia 9 de outubro, onde 50 pessoas foram submetidas a entrevistas, coleta de sangue, urina e saliva. Com isso, 180 agricultores participaram ao todo da pesquisa.
Segundo a coordenadora do Plamedic, professora Christiane Collet, a realização do estudo foi positiva. “As etapas da pesquisa foram bastante satisfatórias, no contexto onde conseguimos aprimorar algumas técnicas analíticas. Também foi positiva a aceitação dos agricultores em participar e a satisfação que eles demonstraram ter em fazer parte do estudo. Além disso, é muito importante a relação entre as universidades e patrocínio que possibilitaram o desenvolvimento de uma pesquisa mais completa que trará um resultado mais resolutivo”, explicou.
Com relação aos próximos passos da pesquisa, a professora destaca que serão analisados os dados, retorno aos agricultores com os resultados e por fim, a divulgação das informações.
A Unijuí - campus Panambi, em parceria com a Saur Equipamentos, deu início ao curso de capacitação em Inspeção de Soldagem. O curso teve início no mês de outubro e se prolongará até março de 2025, sendo da modalidade de Educação Continuada, com o objetivo de capacitar pessoal para terem competência do processo completo de soldagem, não especificamente executar solda, mas dominar todos os processos que a envolvem. O curso tem 70 horas e teve como base o curso de Formação de Inspetores Nível 2 da FBTS.
O curso é dividido em módulos teóricos e práticos. Na parte teórica, abrande conteúdos como atribuições dos inspetores de soldagem N1 e N2; terminologia da soldagem; simbologia da soldagem e de END’s; processos de soldagem, corte e goivagem; metalurgia da soldagem; entre outros. Já a parte prática acontece nos laboratórios do campus Panambi da Unijuí, com conteúdos sobre acompanhamento de soldagem, de testes de tração e dobramento, solda robotizada, avaliação de soldadores, e outros.
“A Unijuí está comprometida com a formação de pessoas competentes. Segundo nosso conceito, a Universidade foca a educação no conhecimento, habilidade e atitude. Temos a filosofia de que conhecimento deve ser aplicado na vida real e gerar resultado, ou seja, competência, e isso é uma realidade, em especial a partir desta capacitação tão importante”, comenta o diretor do campus Panambi, professor Paulo Cesar Mayer.
Com o objetivo de capacitar os profissionais para atuarem de maneira integrada e efetiva em todas as etapas do cuidado oncológico, desde a promoção e prevenção até os cuidados paliativos, sempre com um enfoque na assistência ao paciente e sua família, a Unijuí está com inscrições abertas para a Especialização em Oncologia.
O curso é destinado a enfermeiros, assistentes sociais, fisioterapeutas, biomédicos, dentistas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos, farmacêuticos e nutricionistas. A Pós-Graduação também é capaz de enriquecer a prática assistencial dos profissionais, preparando-os para os desafios complexos da oncologia contemporânea, com uma formação que alia teoria e prática de forma integrada.
A proposta curricular inclui estudos detalhados sobre a epidemiologia do câncer, fisiopatologia das neoplasias, métodos de diagnóstico, classificação e estadiamento das diferentes formas de câncer, além de modalidades terapêuticas, tanto convencionais quanto inovadoras. Além disso, serão abordados temas como suporte ao paciente e à sua família, cuidados paliativos, aspectos éticos e legais do tratamento oncológico e pesquisa em Oncologia.
As inscrições podem ser feitas até o dia 6 de abril de 2025 neste link.
Para mais informações sobre esta e outras especializações, acesse unijui.edu.br/estude/educacao-continuada/mba-e-especializacao ou entre em contato pelo telefone (55) 3332-0553, WhatsApp (55) 99180-6755 ou pelo e-mail estude@unijui.edu.br.
Preparo do Fuá, comida tradicional presente na alimentação do povo Kaingang. Registro da pesquisa de campo realizada na Terra Indígena do Guarita, 17 de setembro de 2024.
A culinária que hoje enriquece as mesas brasileiras carrega, muitas vezes sem que percebamos, a forte influência dos povos indígenas. Alimentos como milho, mandioca, feijão e amendoim, tão presentes em nosso dia a dia, são heranças diretas das práticas agrícolas e alimentares desses povos que, além de cultivarem esses ingredientes, desenvolveram técnicas de preparo e conservação compartilhadas entre gerações.
Com o intuito de registrar e valorizar essas tradições, o Museu Antropológico Diretor Pestana (Madp) deu início a um projeto de pesquisa financiado pela Lei Paulo Gustavo e fomentado pela Secretaria da Cultura do Estado do Rio Grande do Sul – SEDAC/RS, por meio do Concurso SEDAC nº 11/2023 – Pesquisa, Registro e Memória. Intitulado "Saberes e Sabores - Memórias alimentares tradicionais de comunidades do Noroeste do RS", o projeto busca documentar e destacar a riqueza das práticas alimentares indígenas da região, promovendo um reencontro com a cultura que moldou grande parte da alimentação contemporânea.
O trabalho de campo teve início na Terra Indígena do Guarita, o maior território indígena do Rio Grande do Sul, que abrange parte dos municípios de Tenente Portela, Redentora e Erval Seco. Com a autorização do Cacique Valdones Joaquim, a equipe de pesquisa visitou diversas áreas da comunidade, guiada por Laisa Sales Ribeiro, integrante do corpo técnico do projeto.
Laisa enfatizou a importância de vivenciar essas tradições diretamente no território: "Nós passamos a manhã visitando o território indígena do Guarita e tivemos a oportunidade de degustar pratos típicos do povo Kaingang. Esse é um momento crucial para o projeto, pois o trabalho parte da prática, não apenas da teoria. Isso fortalece não só o nosso projeto, mas também a cultura indígena, que não é algo do passado, mas está viva e se projetando para o futuro."
Essa imersão no cotidiano das comunidades indígenas, que envolveu visitas a casas e a observação de artesanatos, culminou com a degustação de pratos tradicionais, demonstrando a relevância de integrar a prática à pesquisa acadêmica. O contato direto com os alimentos e as técnicas tradicionais é fundamental para compreender a profundidade e a continuidade dessas práticas culturais.
Ao unir passado, presente e futuro, o projeto vem para ressaltar que a sabedoria alimentar indígena é uma parte viva da nossa cultura. A valorização dessas práticas ancestrais é essencial não só para a preservação das tradições, mas também para promover uma alimentação sustentável e práticas de relação e valorização da natureza.
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