Neste ano, ocorreu a 8ª edição da Aula Magna do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unijuí, organizada pelos professores Matheus Cargnelutti e Tarcísio Dorn de Oliveira, em conjunto com a coordenação do curso. O evento ocorreu de forma online, no dia 1º de abril, trazendo a palestra “100 Anos de Modernismo no Brasil” com as arquitetas Paula Olivo e Juliana Pádua.
O evento trouxe uma reflexão sobre a importância e o legado deixado pelo movimento modernista na Arquitetura e no Urbanismo. Paula Olivo é arquiteta e urbanista pela UFRGS, mestre e doutora em Arquitetura pelo Propar -UFRGS, e Juliana Pádua é arquiteta e urbanista pela UFRGS e mestre em Planejamento Urbano pelo Propur -UFRGS. Ambas são sócias do Plano Atelier em Porto Alegre e atuam paralelamente como professoras do magistério superior.
Cemitérios são lugares indispensáveis para toda e qualquer sociedade, mas, por serem ambientes que desencadeiam um alto risco de poluição e grande impacto psicológico, sempre foram motivos de preocupação. Em seu Trabalho de Conclusão de Curso, a recém-graduada no curso de Arquitetura e Urbanismo da Unijuí, Rayanna Rizzardi Ribas, buscou uma solução sustentável e compacta para o sepultamento dos cadáveres.
A ideia surgiu após a acadêmica ler dois comentários em uma postagem nas redes sociais, que diziam “urbanização de cemitérios” e “crematórios”. “Logo após, comecei a pesquisar as tendências sobre o assunto e encontrei uma nova proposta para cemitérios, que os verticaliza. Portanto, estava aí meu tema, um cemitério vertical”, comenta.
Na pesquisa, intitulada “Ciclo Memorial: proposta arquitetônica de um cemitério vertical para o município de Ijuí - Rio Grande do Sul”, Rayanna explica que “há uma necessidade no setor mortuário”. “Dentre elas, estão a ampliação de vagas para os sepultamentos e a posterior compactação da área territorial ocupada pelos túmulos. Assim, obtém-se uma solução que resulta em uma nova concepção de cemitérios, agora em âmbito vertical”, explica.
Segundo Rayanna, o empreendimento proposto possui 7.419 vagas para sepultamento e, considerando a mortalidade no município de Ijuí, equivale a aproximadamente 10 anos de uso. “Posteriormente, poderiam ser construídos novos pavimentos, adequando o prédio à necessidade da cidade”, relata.
O local também possui um sistema de coleta e tratamento dos gases cadavéricos, visando ser um empreendimento correto, trazendo uma solução sustentável e compacta para o sepultamento dos cadáveres. “Além disso, o local possui ambientes agradáveis que contemplam as necessidades básicas dos visitantes e um memorial, em homenagem a todos que já se foram”, acrescenta.
Com o diploma em mãos, a arquiteta afirma que já iniciou sua carreira profissional. “Abri um escritório de arquitetura, em parceria com minha amiga e colega, Paola Baseggio Estevo. Vamos realizar projetos arquitetônicos, urbanísticos e de interiores. Hoje me sinto muito feliz com a profissão que escolhi, tendo prazer em poder trabalhar na área da construção civil, projetando e executando os sonhos de nossos clientes”, finaliza.
Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo da Unijuí
Visando propor um espaço inovador e necessário para a sociedade, a recém-graduada no curso de Arquitetura e Urbanismo da Unijuí, Camile Iris Koch, desenvolveu seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) com o tema “Donas – Centro de Referência de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência para o Município de Ijuí”. A monografia apresenta um ambiente que busca combater a violência contra as mulheres, além de prestar todo suporte necessário às vítimas de agressões.
A estudante escolheu a temática porque, no decorrer do curso, percebeu que “a arquitetura tem poder de impactar além da estética de um prédio bonito, sendo meio para provocar discussões necessárias na sociedade”. A partir de pesquisas, Camile certificou a importância de um local acolhedor às mulheres, visto que o Brasil ocupa o 5º lugar em um ranking de 83 países que mais matam mulheres. O Rio Grande do Sul classifica-se como 4º estado mais violento contra as mulheres no País e Ijuí está entre as 16 cidades mais violentas do Estado.
O aumento significativo de ocorrências e o fato de haver certa dependência financeira da mulher com seu parceiro também chamou a atenção da estudante como um grave problema social a ser trabalhado. “Por esses motivos, propus o projeto de um CRAM - Centro de Referência de Atendimento às Mulheres, na intenção de promover em um só local todo apoio social, psicológico e jurídico a essas mulheres, lhes oferecendo abrigo temporário”, afirma Camile.
A ideia resultou em um projeto de ambiente que se divide em blocos, setorizados em Apoio, Acolhimento e Empoderamento. “No bloco de Apoio, há salas de atendimento psicológico, ginecologista e enfermaria, além de todo apoio de uma Delegacia da Mulher. O bloco de Acolhimento destina-se totalmente para abrigar essas mulheres, com quartos individuais, família e coletivo”, comenta.
No bloco de Empoderamento há salas de cursos profissionalizantes, como informática, gastronomia e demais áreas que estão em ascensão no mercado. “Assim, é possível dar a estas mulheres a chance de conquistar sua independência financeira e recomeçar a vida após deixar o CRAM”, destaca.
Outro diferencial do projeto de Camile é a parte do paisagismo. No CRAM proposto há quatro praças centrais, com diferentes funções. “A praça Força conta com academia e praça infantil; a praça Resistência possui um auditório ao ar livre; a praça Superação dispõe de vegetações e mobiliários que proporcionam conforto às usuárias; e a praça Resiliência conta com totens informativos com conquistas femininas ao longo da história, além de frases de empoderamento”, explica.
Após a Graduação, Camile diz que “vai focar no meu crescimento pessoal e profissional dentro da Arquitetura” e que o trabalho desenvolvido já possui um importante destino. “Quanto ao projeto feito para o TCC, quero doar à Coordenadoria da Mulher, como forma de despertar, de alguma forma, a discussão acerca do tema e deixar à disposição meu projeto caso queiram vir a executá-lo um dia”, finaliza.
Gabriel R. Jaskulski, estagiário de Jornalismo da Unijuí
Com o objetivo de ir além da teoria aprendida em sala de aula, um grupo de estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unijuí, acompanhados pela professora Bruna Fuzzer de Andrade e pelo professor Matheus Cargnelutti, estiveram na serra gaúcha realizando mais uma edição do Arquitetour. O evento promove viagens técnicas voltadas à arquitetura e ao urbanismo por meio da visitação de diversos locais.
Nesta edição, ocorrida entre 30 de abril e 1º de maio, os acadêmicos visitaram os municípios de Antônio Prado, Arvorezinha, Bento Gonçalves, Caxias do Sul e Ilópolis. Dentre os pontos turísticos visitados pelo grupo estão o maior conjunto preservado de exemplares da arquitetura da imigração italiana no Brasil, localizado em Antônio Prado. Ao todo são 49 imóveis tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Os estudantes também visitaram o Instituto Hércules Galló, um conjunto residencial restaurado do bairro de Galópolis, localizado em Caxias do Sul, que também é um centro dedicado à cultura italiana. Em seguida, visitaram o Museu do Pão e o Moinho Colognese, em Ilópolis, o Museu do Tijolo e o Moinho Burille, em Arvorezinha. O último espaço ainda não sofreu intervenções, porém, os acadêmicos puderam visualizar o plano de revitalização.
De acordo com a professora Bruna Fuzzer, “a viagem certamente foi muito rica, porque foram visitados locais conhecidos, inéditos e os ambientes que ainda irão passar pelo processo de restauração. Os estudantes puderam ver como se preserva a cultura e a memória de um povo de forma respeitosa, focando nas comunidades e pessoas e suas histórias”. “Agradecemos a equipe da Associação, que nos recebeu com tanto carinho e mobilizou meios para proporcionarmos uma oportunidade ímpar aos nossos acadêmicos”, finaliza.
Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo da Unijuí
Estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo apresentaram na última quinta-feira, 28 de abril, no Espaço + Inovação Unijuí, os projetos desenvolvidos na disciplina de Paisagismo II, e que propõem melhorias ao Bosque dos Capuchinhos.
A mostra contou com a presença da professora coordenadora do componente, Tenile Piovesan; do vice-reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da Unijuí, professor Fernando Jaime González; do coordenador do Espaço + Inovação Unijuí, professor Peterson Cleyton Avi; do vereador Rodrigo Noronha; e dos secretários municipais de Planejamento e Regulação Urbana, Luis Francisco Schoer, e de Meio Ambiente, Yuri Pilissão.
Conforme explica a professora Tenile, no início do semestre ela lançou a proposta aos estudantes, de trabalhar na revitalização do Bosque durante a disciplina, que tem exatamente o objetivo de desenvolver projetos de paisagismo em espaços livres urbanos, como praças e parques. “Antes de os projetos serem realizados, os acadêmicos realizaram um estudos sobre parques, bosques, analisaram modelos, espaços, e partir daí, marcamos uma visita técnica ao local, uma conversa com os moradores, para verificar o que eles gostariam que fosse feito, e com o poder público, para apresentar a proposta e também saber se havia algum projeto previsto”, explicou.
Três grandes grupos foram formados a partir de um conceito geral: água. Eles receberam os nomes de Drop (gota), Caminho das Águas e Chiaro (claro). Um dos grupos trabalhou a acessibilidade no lado de fora do bosque, enquanto que os demais estudantes trabalharam em propostas urbanísticas e de paisagismo para a área interna.
“Eu sou de Ijuí e, na minha infância, utilizei o bosque. Um espaço que tem grande relevância para a comunidade, mas que acaba por não ser muito utilizado, principalmente por questões de segurança. Se ele for realmente revitalizado, teremos um grande espaço à população, capaz de atrair pessoas de todas as idades”, explicou a professora, lembrando que a ideia é ter um encontro com os moradores nas próximas semanas, pensando em alternativas para colocar algumas propostas em prática. Há, como explica, a necessidade de investimentos futuros por parte do poder público.
Acadêmicos do 9º semestre do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unijuí realizaram, no último mês, uma viagem de estudos para o Shopping Praça Nova, em Santa Maria. A atividade fez parte da disciplina de Projeto de Arquitetura VIII, que tem o shopping como temática.
De acordo com o professor responsável pelo componente, Igor Norbert Soares, os estudantes conheceram as instalações e o funcionamento do shopping, a partir de uma visita guiada pelo engenheiro Davi Rafael e pela arquiteta Jaqueline Pires, responsáveis pela parte de gestão e manutenção do local.
“Fomos recepcionados com um café da manhã e, após uma fala do engenheiro Davi Rafael e da arquiteta Jaqueline sobre alguns números do shopping, fizemos um tour pelo empreendimento, mostrando como os produtos chegam e abastecem as lojas. Eles mostraram o fluxo de serviço e dos funcionários, como funciona a parte de refrigeração de toda edificação, o recolhimento de lixo e a quantidade, além da parte de reciclagem do lixo seco. Os alunos andaram pelos corredores de serviço e foram até a cobertura; olharam como é o telhado da edificação e verificaram a telha clipada e seu acabamento, além do fechamento e material utilizado nas paredes”, explicou o professor.
A partir dessa visita, segundo Igor, os estudantes podem ter uma percepção de como organizar o layout e distribuição dos espaços necessários de um shopping.
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