Na última sexta-feira, 25 de março, estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unijuí receberam, de forma remota, a arquiteta e urbanista Ediolanda Liedke, que possui vasta experiência na cena patrimonial do Estado. A atividade aconteceu na disciplina de Projeto de Arquitetura VI, sob coordenação dos professores Bruna Fuzzer de Andrade e Matheus Cargnelutti de Souza.
Junto ao Auditório do Museu Antropológico Diretor Augusto Pestana, os estudantes acompanharam o relato da convidada sobre sua trajetória. Ediolanda é formada pela UFRGS, lecionou em cursos de Arquitetura e trabalhou com projetos de inventários em diversas cidades do Rio Grande do Sul. Teve a oportunidade de atuar profissionalmente no projeto de restauro do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs) e Memorial do Ministério Público, entre outras obras.
A palestrante falou sobre o projeto de intervenção que está em andamento na antiga intendência de Ijuí. Comentou sobre o processo de levantamento, especialmente das fachadas e inspeção do telhado e rede elétrica. Na sequência, abordou o processo de medição quando se trabalha em edificações pré-existentes e discorreu sobre as patologias apresentadas. Também comentou sobre a proposta para a edificação e sobre os trâmites que projetos de intervenção exigem, especialmente públicos.
Para os organizadores do evento, professores Bruna Fuzzer de Andrade e Matheus Cargnelutti de Souza, esse foi um momento valioso de colaboração. "Momentos assim vêm agregar na formação dos nossos estudantes e principalmente fazê-los ter contato com experiências reais de mercado, considerando a atuação patrimonial”. De acordo com eles, a noite foi muito rica, pois os exemplos trazidos pela arquiteta aproximam os estudantes do mercado, no Estado e na cidade.
Por fim, a arquiteta respondeu às perguntas dos estudantes e finalizou comentando sua posição em relação aos modos de intervir em edificações pré-existentes, "buscando sempre a mínima intervenção, adequando a edificação ao novo uso, mas identificando claramente a temporalidade das adições e, acima de tudo, preservando de fato o bem imóvel e sua história, sem fazer uma cenografia histórica”.