Em um mundo onde a informação está na palma da mão e cabe dentro do bolso, notícias equivocadas e tendenciosas circulam rapidamente e são capazes de ditar o rumo de uma sociedade. Neste momento é necessário ter responsabilidade para saber identificar e não disseminar essas informações falsas.
A professora do Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação da Unijuí, Gisele Noll, explica como é possível identificar uma notícia equivocada e o que fazer quando identificar.
É possível identificar uma notícia falsa?
Gisele Noll: Sim, é possível identificar uma notícia falsa. Primeiro, precisamos estar alertas para toda informação que chega até nós, principalmente em sites de redes sociais como Facebook e Instagram, além do WhatsApp.
Como identificar uma notícia falsa?
Gisele Noll: A primeira coisa a fazer é pensar sobre o que recebemos sem compartilhar de imediato. Ler a notícia toda, não só o seu título, além de verificar a fonte da informação para saber se vem de um veículo sério e não de páginas que só postam notícias falsas. Inserir o título da notícia no buscador do Google garante que mais informações sobre ela apareçam, e assim, é possível checar se outros meios de comunicação estão falando sobre o assunto.
Se ficarmos em dúvida sobre um aspecto específico da notícia, é importante buscar por ele, pois, às vezes, há pequenos pontos de desinformação e distorções dentro da notícia. Em áudios e vídeos é possível fazer a mesma coisa, buscando por informações no Google ou outros buscadores confiáveis. O importante é ficarmos sempre alertas com tudo que chega até nós e ir atrás de mais informações sobre todas as notícias antes de passar para outra pessoa, cuidando se as informações são muito vagas, extremistas, alarmistas ou antigas.
O que fazer quando identificar uma notícia falsa?
Gisele Noll: Se for em sites de redes sociais, denunciar o post. Se for pelo WhatsApp, alertar a pessoa que enviou que aquela notícia traz desinformação. Além disso, é preciso sempre verificar a fonte da informação quando ela chega através de mensagens privadas, principalmente pelo WhatsApp. É muito importante falar com pais, mães, avós e pessoas próximas sobre a importância da verificação de fontes de informação, apresentando sites de notícias de confiança e agências de fact checking como a Agência Lupa, Estadão Verifica, Fato ou Fake, Uol Confere, entre outras.
O que acontece com quem disseminar notícias falsas?
Gisele Noll: Muitos países ao redor do mundo estão aprovando leis e resoluções para trabalhar com educação midiática. Assim como aprendemos a ler, escrever e refletir sobre distintas disciplinas na escola, deveríamos aprender sobre a mídia desde cedo e não apenas usar ferramentas de comunicação e informação sem problematização.
No Brasil não existe uma lei específica que pune quem dissemina notícias falsas na internet. De acordo com a professora do Departamento de Ciências Jurídicas e Sociais da Unijuí, Joice Nielsson, mesmo que não tenha uma lei específica, a prática pode levar a condenações judiciais.
“Divulgar fake News pode levar à uma condenação criminal quando praticados, por exemplo, crimes contra a honra (calúnia, injúria e difamação) de outras pessoa. E na esfera cível isso pode gerar o pagante de uma indenização reparatória, por exemplo. Por sua vez, a Lei 12.965/2014 - Marco Civil da Internet - estabelece diretrizes, garantias, direitos e deveres para o uso da internet, e autoriza os provedores e locais de hospedagem a removerem conteúdos quando sejam comprovadamente falsos ou adulterados” comenta.
Ainda segundo a professora, a única lei específica contra notícias falsas é a Lei 13.834/19, que torna crime a disseminação de fake news em período eleitoral.
Confira algumas dicas de boas práticas nas redes sociais:
Não repasse informação sem checar a fonte e sua veracidade.
Confie em informações científicas.
Desminta uma notícia que traz desinformação.
Sempre duvide de vídeos, áudios, fotos e notícias. Hoje, praticamente tudo pode ser manipulado.
Acesse informações de fontes confiáveis e não use somente sites de redes sociais como fonte de notícia.
Insira o título da notícia no buscador do Google para que mais informações sobre ela apareçam.
Para ajudar nesse processo, reunimos alguns endereços para ficar bem informado e compartilhar somente o que é verdade. Confira:
Ministério da saúde: Portal oficial de informações do governo federal https://saude.gov.br/
Secretaria da saúde: Portal oficial de informações do governo estadual https://saude.rs.gov.br/coronavirus
ABRASCO: Associação Brasileira de Saúde Coletiva https://www.abrasco.org.br/site/
G1: Portal de notícias da Globo https://g1.globo.com/
El País: Últimas notícias do país e do mundo https://brasil.elpais.com/
Atila Iamarino
Pesquisador com bacharel em biologia e doutor em microbiologia. Fundador da maior rede de blogs de ciência em língua portuguesa, o ScienceBlogs Brasil. Atualmente faz comunicação de ciência no Nerdologia e no próprio canal no YouTube para mais de 2 milhões e meio de pessoas.
Drauzio Varella
Médico oncologista, cientista e escritor brasileiro. Drauzio é conhecido por popularizar a informação médica no Brasil, através programas de rádio, TV e pela Internet, com um site e canal no Youtube.
BBC News Brasil
Atua como provedor mundial de notícias em língua portuguesa e agências de notícias, a BBC Brasil possui recursos como agências físicas instaladas em São Paulo e no Rio de Janeiro e equipe especialmente designada em Londres.
Rizoma
Produzido pela Unijuí e Unijuí FM, o Rizoma traz convidados para debater temas importantes da atualidade, como por exemplo, informações sobre o Coronavírus e a participação de especialistas para retratar este assunto.
NerdCast
É líder de audiência no Brasil, alcançando a marca histórica de 1 bilhão de downloads. Este podcast aborda temas como história, ciência, cinema, quadrinhos, literatura, tecnologia, games, empreendedorismo, educação.
Café da manhã
Mantido pelo jornal Folha de S.Paulo, trata de diversos assuntos, como política brasileira e internacional, cotidiano, economia, ciência, cultura, saúde e outros assuntos.
Novo Coronavírus: perguntas e respostas
Lançado pelo G1, esse podcast busca divulgar áudios de especialistas que respondem de um jeito simples e objetivo, as maiores dúvidas sobre o vírus, os riscos da doença, formas de prevenção, entre outras perguntas enviadas pelo público.
Neste momento de crise provocada pela pandemia de Coronavírus, mais do que seguir as recomendações de especialistas na área, começam a surgir movimentos espontâneos de apoio aos profissionais da saúde, que estão na linha de frente de combate ao vírus. A comunidade está realizando ações locais como, por exemplo, a confecção de máscaras e outros equipamentos para a segurança dos trabalhadores da saúde. Na região Noroeste não tem sido diferente do que se vê mundo afora, e a Unijuí, por meio da Incubadora de Empresas de Inovação Tecnológica - Criatec, unindo esforços a partir da ação voluntária de empreendedores incubados, está procurando dar a sua parcela de contribuição social.
Em Santa Rosa, o campus da Unijuí é parceiro da Fundação Municipal de Saúde - Santa Rosa (Fumssar) na produção de máscaras de plástico, as chamadas face shields, para que profissionais da área da saúde atuem de forma mais segura no combate à pandemia do Coronavírus (COVID-19). O pró-reitor, Marcos Paulo Scherer, conta que a Universidade decidiu trazer para perto um projeto que ganhou visibilidade nas redes sociais, buscando beneficiar mais pessoas. A partir dessa ideia, uniu forças para a produção, que necessitava de impressoras 3D, em um modelo desenvolvido pelo empresário Jailton Jablonski. Ele desenvolveu um modelo de máscara com produção três vezes mais rápida e com custo quatro vezes menor do que o modelo desenvolvido em outros lugares do mundo. De acordo com o pró-reitor, outras instituições participam dessa produção, como a Agência de Desenvolvimento de Santa Rosa, o Instituto Federal Farroupilha (IFFAR), a Hey Peppers e a Azon 3D, com o apoio técnico da InovaTec. “É um movimento colaborativo para solucionar a falta de máscaras face shields, existentes no mercado”, comenta Marcos. A matéria-prima das máscaras foi adquirida pela própria Fumssar, para quem são entregues as máscaras depois de prontas.
O mesmo passa a acontecer em Ijuí, por iniciativa da empresa incubada da Critec, a Sacada 3d e do empreendedor Alberto Durão, que já atua com impressão 3D para a área da saúde. Ele explica que após fazer contato com alguns médicos da cidade chegou a seu conhecimento quais eram os equipamentos necessários para a atuação profissional da área na saúde. Também buscou informações sobre os equipamentos que estão sendo usados na Itália, um dos principais epicentros do Coronavírus da atualidade. “O material é fundamental nessa corrida contra o vírus. É importante vivenciar esse momento e ter a oportunidade de auxiliar os profissionais da saúde”, reflete. Além das máscaras de proteção (face shields), outros equipamentos necessários foram demandados, como a produção de peças importantes para respiradores, entre eles, os conectores e um tampão.
O trabalho dos empreendedores não se resume apenas à produção de materiais de segurança para os trabalhadores da saúde. Algumas empresas estão desenvolvendo soluções tecnológicas para somar esforços no combate ao COVID-19. Uma ideia modelada na Criatec por empreendedores entra nesta batalha: o GuiaACI, que busca criar alternativas aos negócios locais.
No GuiACI é possível encontrar, com facilidade, empresas e prestadores de serviços na internet. Nele estão disponíveis os contatos de todos os negócios associados à ACI (Ijuí). Neste momento de dificuldade, segundo o desenvolvedor da solução, Mathias Berwig, a divulgação é gratuita para empreendimentos nos ramos de saúde (principalmente farmácias, hospitais e profissionais com atendimento online), mercados e alimentação (restaurantes e/ou deliveries). “Devido às mudanças necessárias para tentar conter a pandemia, muitas empresas estão movendo, ao menos parte de suas operações, para o ambiente digital, divulgando seus produtos ainda mais na internet. O delivery está fortalecido neste período: restaurantes oferecem entregas gratuitas; mercados flexibilizam a oferta de entrega de mercadorias; e profissionais de diversas áreas adaptam seus serviços para realizá-los via internet com videoconferências. O GuiACI possibilita que o cidadão ijuiense encontre esses negócios com mais facilidade: sem precisar procurar nas redes sociais, perguntar diretamente aos amigos ou pesquisar no Google”, observa.
Diferenciais do app:
as empresas e anúncios do GuiACI passam por curadoria, de modo a atenderem um nível mínimo de qualidade e refletirem as promoções atuais disponíveis na cidade;
o GuiACI oferece integração com outros aplicativos, como redes sociais, mensageiros e deliveries: com um só toque, é possível chamar a empresa desejada no WhatsApp, ver seu perfil no Instagram ou até mesmo fazer um pedido de comida via aiqFome;
não é preciso instalar o app, ele pode ser acessado ao pesquisar por guiaci.app ou acessar diretamente no endereço www.guiaci.app.
Todos os dias, seja pelo noticiário ou pelas redes sociais, recebemos diversas informações sobre o enfrentamento ao Coronavírus no Brasil e no Mundo. Como os governos estão agindo? quais medidas de segurança adotas? e como as pessoas estão vivendo em meio a esta pandemia?
A Unijuí, por ser uma instituição de ensino com forte inserção no cenário internacional, possui diversos estudantes (Graduação, Mestrado e Doutorado) realizando atividades acadêmicas em países mundo afora, de diferentes continentes, sem falar em egressos que foram em busca de atividades profissionais fora do Brasil. Dessa forma, recebemos diversos depoimentos de como está sendo a vida em alguns países: China, Inglaterra, Espanha, Irlanda, Portugal e Suécia são alguns deles.
Confira um giro do Rizoma pelo mundo neste enfrentamento ao Coronavírus:
O Programa, que vai ao ar na Unijuí FM e está disponível em diversas plataformas de streaming da internet, também deu um panorama da situação aqui na região, o que irá acontecer semanalmente daqui para a frente. Acompanhe!
Quem diria? Um vírus de dimensões insignificantes (míseros 0,12 micrômetros de diâmetro - um fio de cabelo tem entre 100 a 150 micrômetros de diâmetro) sendo capaz de causar uma catástrofe mundial... Não há praticamente nada que ainda não tenha sido drasticamente afetado pela pandemia provocada pelo Covid19. Ações e medidas só imagináveis em filmes de ficção científica estão se tornando diretrizes da noite para o dia, deixando populações inteiras atônitas.
No que diz respeito à educação, em praticamente todos os países as aulas presenciais em todos os níveis foram suspensas, pelo menos temporariamente, como uma medida de isolamento social que visa refrear o ímpeto do contágio, causando os mais diferentes contratempos para todos os envolvidos.
Mas, este contexto caótico também está fazendo emergir um conjunto de possibilidades até então largamente resistidas: desenvolver atividades curriculares de forma online. Além da necessária e veloz adaptação a esse novo sistema, o desafio é garantir a manutenção da qualidade e agregação de valor na educação superior, responsável pela formação dos novos profissionais.
Na Unijuí, este contexto adverso foi convertido em reptos que estão trazendo respostas surpreendentes à tona! A velocidade com que professores e estudantes conseguiram se adaptar ao novo e temporário esquema foi “algo” de grandioso e significativo: as aulas presenciais foram suspensas na segunda-feira (16/03) e retomadas em sua integralidade no formato online na quinta-feira (19/03). Empenho, suporte técnico, responsabilidade, dedicação, aprendizagem, criatividade e muita colaboração estão sendo palavras-chave nesta transformação ainda em curso.
Inúmeros depoimentos de professores e estudantes falam por si: “Estou com ótimas expectativas; vai dar tudo certo.” manifestou um docente diante do desafio. Outro recomendou: “Mais do que só usar as ferramentas [online disponíveis] é necessário pensar em como envolver os estudantes”. Após a primeira experiência, outro docente constatou assombrado: “Estamos aprendendo juntos; está funcionando super bem”, algo que não necessária e automaticamente se verifica em aulas presenciais. Os estudantes também foram elogiados: “Os estudantes estão colaborando e entendendo este momento, interagindo no chat, se esforçando para que as aulas sejam produtivas”. Outro professor disse: “Foi muito boa minha experiência hoje. Trabalhei com o meet e o classroom em duas disciplinas e a avaliação dos alunos foi muito boa... inclusive, estão postando em suas redes sociais que o resultado foi muito positivo”.
Ao constatar os primeiros resultados do trabalho, a consultora externa para a transformação digital da Unijuí, que auxilia neste caminho desde 2018, não deixou por menos: “Gente, eu tenho vontade de chorar de alegria de ver vocês tão engajados. Tem muita gente fazendo educação a distância, mas, trabalhar de forma colaborativa online como vocês, são poucas instituições que estão entendendo e se desafiando a fazer. Parabéns a todos!”.
O comprometimento e engajamento dos estudantes no processo de ensino e da aprendizagem também foi evidenciado por outra docente nos seguintes termos: “Na aula de hoje, numa Unidade Integradora, os próprios alunos ajudaram a organizar o estudo no meet, entre eles próprios, a partir da orientação do tutor. Além disso, que orgulho, estão organizando uma ‘formação/treinamento’ para toda a turma, pois já entenderam que vão precisar disso. Que os professores vão utilizar as ferramentas e eles mesmos vão usar isso como recurso de estudo em grupo. Estão se colocando à disposição para ajudar os colegas. Estou orgulhosa deles”.
Em termos quantitativos, o número de estudantes que passou a interagir com a Universidade via online foi grande. Na última sexta feira o responsável técnico pelos controles de acesso informou que em menos de 48 horas as contas do @sou.unijui.edu.br quintuplicaram, passando para mais de 5.000 estudantes com conta ativa. É basicamente através deste acesso que os estudantes interagem com os professores nas diferentes ferramentas do Classroom.
Evidentemente todas estas mudanças estão exigindo muito comprometimento e dedicação: “Dá mais trabalho do que aulas no presencial. Mas, até que gostei!”. De forma similar, a recompensa e os desdobramentos do esforço realizado foram evidenciados por um docente nos seguintes termos: “No fim das contas acredito sinceramente que esta será uma experiência muito interessante para todos: professores e alunos”.
Mesmo quem não estava diretamente envolvido com a problemática estabelecida, como foi o caso de uma mãe de estudante que o acompanhou em casa, com muita curiosidade, e diante de todas estas mudanças em curso, constatou satisfeita: “Foi muito show o que eu vi hoje! Parabéns para Unijuí. Às 19 horas a professora já estava lá, chamando, interagindo e respondendo os alunos, e ficou até passado das 22h40min postando coisas e atividades interessantes. Meu filho se entusiasmou com as possibilidades. Eu nunca vi ele tão interessado no curso como dessa vez! Até (me) deu vontade de voltar a estudar”.
Em meio a tantas notícias alarmantes, fakes & fatos, todos estes depoimentos evidenciam, com muita clareza, que a UNIJUÍ está “acertando a mão” no que diz respeito ao enfrentamento desse múltiplo desafio: adaptar-se a um modelo emergencial mantendo a sua reconhecida qualidade no ensino e, ainda, agregando valor pelo empenho e aprendizagem coletiva ao seu fazer acadêmico.
Ainda há percalços e contratempos? Sim, mas nestes tempos do “fique em casa”, o que seria de nós sem estes desafios? Assim, só resta agradecer e parabenizar a todos pelos resultados alcançados!
Neste momento em que o mundo enfrenta a pandemia de coronavírus, a informação é uma grande aliada para tomar atitudes positivas, que colaborem especialmente para a prevenção. A Unijuí, atenta às dúvidas que surgem e utilizando o conhecimento produzido na Universidade, está buscando deixar a comunidade bem informada. Confira o que diz a coordenadora do curso de Farmácia da Universidade, professora Christiane Colet, sobre o uso da hidroxicloroquina para tratamento do Coronavírus (Covid-19).
Desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a hidroxicloroquina, medicamento utilizado para tratamento da malária, poderia ser testado para tratamento do Covid-19, houve uma corrida às farmácias e os medicamentos já desapareceram das prateleiras aqui no Brasil, mesmo sem sua eficácia contra o Coronavírus ser comprovada. De acordo com a coordenadora do curso de Farmácia da Unijuí, Christiane Colet, além de ser utilizado no tratamento da malária, a hidroxicloroquina é também usado como um imunossupressor em alguns pacientes com doenças autoimunes, como é o caso do lúpus e da artrite reumatoide. Pacientes com essas patologias fazem uso contínuo dessa medicação e já estão com dificuldade para encontrar a hidroxicloroquina nas farmácias do país.
Professora Christiane Colet, coordenadora do curso de Farmácia da Unijuí
A professora explica que a partir dos estudos e dos casos registrados na China e na Itália, surgiram algumas pesquisas publicadas em bases internacionais, ou seja, existem artigos já publicados, nos quais foram relatados o uso da hidroxicloroquina juntamente com a azitromicina, que é um antibiótico. Nesses casos, foi observado que os pacientes hospitalizados em casos graves, que utilizaram essa medicação, tiveram menor chance de óbitos e de intercorrências, quando comparados a pacientes que não fizeram o uso. “Contudo, é preciso observar que foram pacientes graves, foi um teste ainda piloto, a amostra dos estudos é bastante pequena, e não há nenhum dado que indique que o uso prévio do medicamento teria algum fator de proteção contra o vírus, então ele não é um medicamento antiviral, ele foi um medicamento eficaz para tratar pacientes com o vírus e com problemas respiratórios graves”, alerta.
Apesar dos estudos não serem conclusivos, o estoque de hidroxicloroquina está esgotado nas farmácias do Brasil e também nas distribuidoras de medicamentos. “Esse medicamento está em falta no Brasil hoje, o que gera um problema de saúde pública muito grande, uma vez que os pacientes que realmente precisam utilizar não estão conseguindo comprar. Segundo relatos de médicos reumatologistas de Ijuí, muitos pacientes que precisam estão sem medicamento, em detrimento de várias pessoas que estão tomando essa medicação que gera vários efeitos colaterais e possui várias contra-indicações, para uma finalidade que não foi comprovada ainda”, destaca.
No Brasil, um hospital declarou nesta semana que está fazendo o teste em seus pacientes hospitalizados em estado grave e em uso de respiradores, relata Christiane. No entanto, ela ressalta que não há nenhum trabalho que indique a hidroxicloroquina como forma de prevenção. “É importante que as pessoas não saiam tomando hidroxicloroquina, a não ser que tenham uma doença para a qual esse medicamento é indicado por um reumatologista, lembrando ainda que o maior conselho para o momento é seguir as medidas de barreira e não utilizar medicamentos sem indicação, pois não há nenhum que seja comprovadamente eficaz na prevenção desse vírus”, ressalta.
Confira ainda informações sobre o uso do ibuprofeno em caso de coronavírus e também sobre produção de álcool em gel:
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