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Drama do Ensino Superior no Brasil é tema do Rizoma

Na contramão de outros países, o Brasil parece estar recuando na área da Educação Superior. Com um número cada vez menor de jovens nas universidades ou já graduados, o País patina para sair da crise, agravada pela pandemia de covid-19. O índice de desemprego é alto e a falta de mão de obra qualificada só aumenta. O que está acontecendo, afinal?

Para discutir o tema “O drama do Ensino Superior no Brasil”, o Rizoma Temático desta quinta-feira, 28 de outubro, convidou o presidente do Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (Comung) e reitor da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Evaldo Antônio Kuiava; o vice-reitor de Administração da Unijuí, professor Dieter Siedenberg; e o professor de Economia da Universidade, Argemiro Luís Brum. 

De acordo com Evaldo, há uma preocupação com a desorganização da sociedade e a falta de um projeto de formação de Estado, de País. “Vivemos um processo, na área do Ensino Superior, de comoditização. A educação passou a ser vendida por muitos  como um saco de soja, de milho, como ações na bolsa. Como se a formação humana pudesse ser vendida à luz destes critérios. Nos preocupa a falta de rumo que estamos tendo no contexto brasileiro”, afirmou o presidente do Comung.

O vice-reitor de Administração, Dieter Siedenberg, lembra que o Brasil não possui nem 20% da população de jovens, que deveriam estar no Ensino Superior, cursando uma graduação. Há diversas instituições - sejam públicas, privadas ou comunitárias que prestam uma educação de qualidade. No entanto, algumas, que tratam a educação como mercadoria, acabam colocando todo o restante em xeque. “Precisamos pensar o que está afastando o jovem do Ensino Superior. Muitas pessoas deixam de estudar em razão da dificuldade, mas, por outro lado, existem vagas ociosas na universidade pública e o acesso facilitado em comunitárias. Há, portanto, também um desânimo diante da formação superior”, aponta o professor.

Como lembra o professor Argemiro Brum, toda a vez que temos uma sociedade mal formada, no sentido da educação, do conhecimento e da ética, caminhamos mal na economia e na igualdade. “As decisões econômicas são tomadas por pessoas mal preparadas e todo despreparo gera consequências, em qualquer setor da vida. E o Brasil tem sido ‘contemplado’ com gerências muito ruins. A política educacional é um desastre e a situação do Ensino Superior mostra isso”, afirma o professor, lembrando que o País só vai se desenvolver por meio da educação. “Como vamos querer que o Brasil cresça, se desenvolva, com 33% da sua população sendo analfabeto funcional, conforme aponta a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e 6,6% de analfabetos totais?”, questiona.

Para conferir o Rizoma na íntegra, acesse:


Impacto das mudanças climáticas no futuro do planeta foi tema do Rizoma

O mundo está passando por muitas mudanças. Há cerca de um ano vivemos as intensas transformações provocadas pela pandemia de covid-19. Paralelamente a isso, há uma transformação silenciosa e constante, perceptível por ações naturais antes muito pequenas, mas agora, cada vez mais presentes, como inundações, tempestades e furacões. 

“O mundo está mudando: como as mudanças climáticas estão afetando nosso futuro?” foi o assunto que norteou o Rizoma Temático desta quinta-feira, 21 de outubro. Os convidados para o debate foram a professora do curso de Agronomia e do Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade da Unijuí, Cleusa Bianchi; o professor do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos da Unijuí, Daniel Cenci; e a graduanda do curso de Ciências Biológicas, Stéfani Grutka.

A professora Cleusa Bianchi afirma que existem várias evidências, em diversas partes do planeta, de que o clima se alterou, inclusive consequências disso puderam ser observadas recentemente no Brasil. “Um exemplo clássico que passamos agora foi essa grande seca na região central do país. Praticamente em 90 anos não haviam registros de períodos tão longos de falta de precipitação, então essa é uma amostra do que está acontecendo com nosso clima”, declara.

O professor Daniel Cenci acredita que, devido à grande oferta de bens ambientais no Brasil, existe a falsa impressão de que essa oferta é infinita. “Nós extraímos as riquezas como se a capacidade do planeta fosse eterna e agora nós sabemos que é limitada, que há uma condição estrutural. As pessoas dizem: ‘sempre houve chuva de pedra, vendaval e enchente’. Porém, hoje há uma crescente desses episódios catastróficos que são decorrentes daquilo que se mede como gases de efeito estufa”, evidencia.

Já a acadêmica Stéfani Grutka relata que a fase de discutir se existem ou não mudanças climáticas passou e que agora a discussão é sobre o que é possível fazer com o cenário existente. “A crise climática é um evento de emergência, porque não afeta só o meio ambiente, afeta a vida humana em vários aspectos, como saúde e economia. E a gente sabe qual é a classe mais atingida com isso, então é importante que se incentive a formação de profissionais que pensem em tecnologias que minimizem esses efeitos”, ressalta.

Por Amanda Thiel, estagiária de Jornalismo da Assessoria de Marketing

Ouça o programa na íntegra:


Rizoma Temático promove debate alusivo ao Outubro Rosa

Todos os anos, no mês de outubro, as discussões sobre prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama e do câncer de colo do útero ganham evidência. A cor rosa e as fitinhas que simbolizam a campanha Outubro Rosa invadem as redes sociais e ações de conscientização são realizadas em diversas instituições. Mas qual a importância de, ano após ano, repetir esse movimento?

Para debater a temática “Outubro Rosa e saúde da mulher: uma reflexão necessária”, os convidados do Rizoma Temático desta quinta-feira, 14 de outubro, foram a professora do curso de Enfermagem da Unijuí e coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Oncologia, Bruna Nadaletti; o médico ginecologista e mastologista, professor do curso de Medicina, Gerson Delazeri; e a psicóloga do Centro de Oncologia da Unimed Noroeste/RS, Débora Andrade.

O professor e médico Gerson Delazeri chama atenção para o fato de que o câncer de mama é o câncer de maior mortalidade para as mulheres no Brasil, seguido pelo câncer de colo do útero. “A campanha Outubro Rosa começou com o câncer de mama e se estendeu para o câncer de colo do útero, justamente por essa preocupação. A campanha deste ano, da Sociedade Brasileira de Mastologia, é ‘quanto antes melhor’. Quanto antes melhor para o diagnóstico, pois o tratamento acaba sendo menos agressivo e as chances de cura são maiores”, enfatiza.

A professora Bruna Nadaletti traz outro índice preocupante: segundo o Ministério da Saúde, em 2018, apenas 24,1% das mulheres entre 50 e 69 anos realizaram o exame de mamografia. “Culturalmente, a mulher tem a tendência de buscar mais por serviços de saúde do que o homem. No entanto, dados nos alertam que ainda existe muito a ser feito, na perspectiva de sensibilização e estímulo à prevenção. Precisamos continuar o trabalho incansável de disseminar a importância do exame da mamografia para detecção precoce, visto que ela impacta significativamente no prognóstico da paciente."

Já a psicóloga Débora Andrade destaca a importância do apoio familiar durante o tratamento da doença, uma vez que os fatores psicológicos influenciam muito. “A família vai precisar de uma reorganização geral,  porque não é só o paciente que adoece, a família acaba entrando junto nesse adoecimento. Então toda essa readaptação precisa ser feita em conjunto, porque nesse momento é importante que a paciente não tenha nenhum fator estressor além da doença, para que ela se sinta confortável e confiante para seguir seu tratamento."

Por Amanda Thiel, estagiária de Jornalismo da Assessoria de Marketing

Confira o programa na íntegra:


Convidados do Rizoma Temático debatem sobre universidade para todos

O sonho de ingressar no Ensino Superior parece cada vez mais distante para uma parcela da população. De um lado, a sociedade enfrenta uma crise econômica agravada pela pandemia, que fez com que muitas famílias perdessem o emprego e, consequentemente, a possibilidade de dar sequência aos estudos. De outro, faltam políticas públicas que incentivem o acesso e a permanência no Ensino Superior. O que fazer, então?

Para debater o assunto “Universidade para Todos”, o Rizoma Temático desta quinta-feira, 7 de outubro, recebeu como convidados a reitora da Unijuí e representante do Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (Comung), professora Cátia Maria Nehring; a reitora da Urcamp e presidente do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub), Lia Herzer Quintana; e o estudante de Medicina e bolsista ProUni, Evandro Tatim.

A professora Cátia Nehring evidencia que, apesar dos avanços recentes, o Brasil ainda apresenta um enorme descompasso na formação superior e profissionalizante em relação aos países da América Latina, destacando a importância do ensino para o desenvolvimento da sociedade. “A educação é um dos principais pilares se queremos falar em desenvolvimento socioeconômico de qualquer país, por isso entendo que esse debate, da universidade para todos, deveria ser de fato atrelado à política pública, para trazermos efetivamente um Brasil em desenvolvimento”.

O acadêmico de Medicina, Evandro Tatim, avalia que a desigualdade no acesso ao ensino é consequência de uma série de questões intrínsecas ao processo de globalização, ressaltando que medidas de acesso aos estudantes são essenciais e precisam ser ampliadas para que essa realidade seja mudada. “Políticas de inclusão, aumento de vagas nas universidades públicas, políticas públicas como ProUni e Fies são extremamente importantes para reduzir essas desigualdades de acesso”, pontua.

A reitora Lia Herzer reforça a perspectiva de que, com a pandemia, os impactos na educação irão afetar o desenvolvimento do país. “Nós já vivíamos um cenário de queda no Ensino Superior e com esses quase dois anos de pandemia, isso ficou muito forte, por conta de várias situações e principalmente o fato de que o Brasil é um país pobre e temos que ter também algum tipo de incentivo, de financiamento”, considera.

Por Amanda Thiel, estagiária de Jornalismo da Assessoria de Marketing

Confira o programa na íntegra: 


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