O sistema educacional no Brasil está passando por um momento de mudanças, incertezas e desafios. E um dos obstáculos está relacionado à falta de professores, tanto agora quanto para o futuro.
Para debater esta problemática, o Rizoma desta sexta-feira, 24 de junho, abordou o tema “O apagão nas licenciaturas”. Os convidados do programa foram o coordenador pedagógico da Secretaria Municipal de Educação, José Augusto Fiorin; a coordenadora regional de Educação, Evelise Eberle; e a professora dos cursos de Letras e Pedagogia da Unijuí, Taíse Neves Possani.
Segundo a coordenadora Evelise, a realidade na região é, de certa forma, tranquila, pois possui professores em caso de necessidade. Apesar disso, em outras coordenadorias regionais, existem áreas do conhecimento que possuem lacunas. “Essa demora para realização de concursos também prejudica, pois muitos acadêmicos desistem pela falta de perspectiva de trabalho”, alegou.
O professor Fiorin observa que o fenômeno de esquecimento na hora das escolhas por parte dos vestibulandos não é oriundo do momento pandêmico. “Já estávamos sentindo que havia a possibilidade desse apagão ocorrer. Por vários fatores entendemos o porquê de a docência não ser mais uma profissão ou uma missão de vida tão atrativa aos nossos jovens”, salientou.
Dentre os fatores apontados pelo coordenador está o desmerecimento da profissão como um todo. “Quando se fala em valorização, temos que compreender que é uma valorização que não passa somente pela questão salarial, mas, sim, que perpassa pelas condições de trabalho'', acrescentou.
Segundo a professora Taíse, essa é uma discussão que deve passar pela sociedade. “Nós precisamos assumir a pauta da educação com a seriedade que ela precisa ser tratada, porque é a construção de um mundo, a partir das crianças e jovens, no qual nós devemos nos responsabilizar”, comentou.
Além dos participantes, o Rizoma contou com a participação da professora da rede estadual, Cristina Fiorin Calegaro, que afirmou que esse problema é existente há mais de 20 anos. “As turmas já eram pequenas durante a minha formação acadêmica. Também deve-se pensar que a falta de incentivo nos últimos anos, pelo governo, e a carga horária excessiva são fatores que influenciam nessa desmoralização”, relatou.
Evelise finaliza contando que, como coordenadora regional de educação, não é a primeira vez que escuta professores descrevendo situações dessa natureza. “A narrativa da professora Cristina é uma realidade que escutamos e vivenciamos todos os dias”, completa.
Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo da Unijuí
Confira o Rizoma na íntegra:
O mundo digital vem ganhando espaço e transformando arquivos físicos em documentos inteiramente eletrônicos, e no sistema judiciário não é diferente. De acordo com a ferramenta Painel de Estatísticas do Poder Judiciário, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), apenas duas em cada 100 ações começaram a tramitar em papel ao longo de 2021. Além disso, desde de março de 2022, apenas processos digitais são aceitos pelos tribunais.
O Rizoma Temático desta quarta-feira, 15 de junho, abordou “Os avanços da justiça virtual: os desafios da informatização dos processos judiciais na era pós-papel”. O debate contou com o professor do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito da Unijuí, advogado e coordenador da Comissão de Direito e Tecnologia da Subseção da OAB de Ijuí, Mateus de Oliveira Fornasier; com o juiz da 1ª Vara Crime de Ijuí da Justiça Estadual, Eduardo Giovelli; e o advogado Vander Olson.
Iniciando os debates, Vander lembrou que o Brasil, desde a implantação do sistema de tramitação processual E-Proc, vem gradativamente evoluindo nas formas de lidar com as ações judiciais digitais. “Os processos eletrônicos já possuem 10 anos desde que foram inaugurados. Este é um avanço inevitável. Não se pode abrir mão, no presente momento, em termos, acima de tudo, comodidade para o advogado, pro Judiciário, pro jurisdicionado”, salientou.
De acordo com o professor Mateus, existem muitas adaptações pontuais que são necessárias, mas que a própria prática vai mostrar ao longo do tempo. “A pandemia foi um grande catalisador do processo virtual. Por exemplo, eu conversei com muitos colegas advogados que disseram que nas audiências por videoconferência não estavam conseguindo fazer o trabalho de advogado da melhor forma. Mas sem essa conversão, o Judiciário teria parado”, comentou.
O juiz Eduardo Giovelli admite que com as tarefas gerais do Poder Judiciário sendo realizadas de forma online há um ganho de agilidade nas demandas. “Acredito que os processos andarão e estão andando mais rapidamente, pois nós tínhamos etapas mortas que não existem mais no processo eletrônico. Hoje você alimenta o processo e no minuto seguinte já está disponível para a análise do juiz”, afirmou.
Para ilustrar tal diferença temporal do andamento do processo físico e do processo eletrônico, o professor Mateus fez uma breve explicação . “Antes, o estagiário ou o setor de logística tinha que ir até o foro, encher o carrinho com uma pilha de processos e levar para o advogado analisar, e dessa forma já se perdiam horas. Quando paramos para perceber, já perdemos um dia em relação ao processo digital”, completou.
Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo da Unijuí
Confira o programa na íntegra:
Visando debater o olhar, as vivências e as histórias femininas na cultura gaúcha, o Rizoma Temático desta quinta-feira, 9 de junho, trouxe convidadas de renome para discutir a temática “Elas na cultura gaúcha: o destaque da mulher no movimento tradicionalista”.
As mulheres vêm tomando espaço em locais que antes eram protagonizados, em sua grande maioria, por homens. Um destes ambientes é a cultura nativista, que cada vez mais ganha representantes femininas, se destacando e oportunizando que outras mulheres ocupem os ambientes tradicionalistas.
A edição contou com a participação da coordenadora do Colegiado Setorial de Música do Rio Grande do Sul e produtora musical, Adriana Sperandir; a cantora e apresentadora de TV, Maria Luiza Benitez; a apresentadora de TV, cantora e jornalista, Shana Müller; e o integrante da Associação Cultural Canto de Luz, comentarista colaborador do projeto Trilha Cultural da Unijuí FM, Vander Olson.
A cantora Maria Luiza Benitez iniciou dando seu ponto de vista sobre o cenário atual do universo musical tradicionalista. “Eu vejo com bons olhos a geração de grandes cantoras, ainda jovens, que está surgindo para nos substituir, mas ainda falta espaço para a mulher, pois são raríssimas as mulheres que ganham bem com shows aqui no Rio Grande do Sul. Ainda falta espaço para mulher para tudo”, comentou.
De acordo com a apresentadora Shana Müller, houve progresso, mas ele ainda não é suficiente. “A gente viu, com o passar dos anos, que o tradicionalismo foi constituído em cima das mulheres, a exemplo do próprio concurso de prendas, que é uma sabatina - para ser prenda a jovem precisa estar preparada. Essa construção foi mostrando dentro do tradicionalismo que as mulheres precisavam ocupar espaços não apenas de ornamentação, mas também para pensar a tradição como um movimento organizado”, salientou.
Adriana Sperandir acrescentou dizendo que essa é uma briga que ocorre em diversos espaços e reafirmou que o objetivo é seguir avançando. “Para as mulheres, no geral, é necessário brigar muito mais para chegar a qualquer setor do mercado. Contudo, vejo com bons olhos as jovens que estão vindo com garra para essa luta, para progredir cada vez mais”, afirmou a coordenadora.
Para Vander, dentre um dos pontos que pode ser alterado é a própria avaliação dos festivais nativistas. “De fato, as mesas avaliadoras de muitos festivais são predominantemente masculinas e muitas vezes são conservadoras em relação às próprias letras”, disse.
Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo da Unijuí
Confira o Rizoma Temático na íntegra:
Sem previsão de término, a guerra entre Rússia e Ucrânia segue impactando as economias de ambas as nações, gerando uma crescente crise humanitária nesses dois países do leste europeu e uma tensão ao redor do mundo.
Para ajudar a esclarecer o conflito, o Rizoma desta quinta-feira, 2 de junho, trabalhou o tema “Guerra na Ucrânia: o reflexo do conflito no resto do mundo”, tendo como convidados o doutor em Ciências Militares, historiador, coronel do exército, ex-comandante do 27º GAC, Sergio Muniz; o professor mestre em História, Jaeme Callai; e o professor do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da Unijuí, doutor em Economia Internacional pela EHESS de Paris (França), Argemiro Luis Brum.
No início do debate, o ex-comandante Sergio comentou que algumas projeções do conflito se concretizaram. “Realizando uma retrospectiva, nós tivemos preocupações confirmadas e mudanças também. Pelos fatos apresentados, a manobra militar russa busca uma derrubada do regime de [Volodymyr] Zelensky, presidente da Ucrânia”, salientou.
De acordo com o professor Jaeme Callai, a guerra está sendo levada pelos interesses. “Os Estados Unidos também estão apoiando com capacidade bélica e estratégica. Tudo indica que eles estão tentando fortalecer a resistência da Ucrânia. Dessa forma, a Ucrânia está sendo destruída, enquanto os Estados Unidos vão vendendo suas armas”, afirmou.
Segundo o professor Argemiro, em um mundo globalizado, os reflexos do conflito se repercutem rapidamente para todo o mundo. “A guerra potencializou uma situação econômica que já não estava tão fácil, por conta da pandemia. Portanto, elevou o preço de commodities que são fundamentais para todos como, por exemplo, o petróleo, o gás e o trigo, e por consequência os preços dispararam”, comentou.
Jaeme acrescentou que ainda não se pode dizer que o conflito é uma terceira guerra mundial, mas que não resultará em boas coisas. “Cada lado quer aumentar seu esforço de guerra, porém, ninguém quer aumentar seu esforço de paz. E quando o papa fala em paz, ninguém ouve”, completou.
Confira o programa completo:
Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo da Unijuí
O Profissional do Futuro 2022 movimentou o campus de Ijuí de 24 a 26 de maio, com diversas atividades voltadas a estudantes do 3º ano do Ensino Médio. Os jovens tiveram a oportunidade de explorar possibilidades de escolhas profissionais para o seu futuro, através de palestras, oficinas, minicursos e bate-papos que apresentaram os quase 30 cursos presenciais da Graduação Mais da Unijuí. Na próxima terça-feira, 31 de maio, o campus de Santa Rosa irá receber os futuros profissionais para auxiliá-los na busca pela sua vocação.
A Unijuí FM integrou a programação oficial do Profissional do Futuro com o projeto Hora do Recreio. Tradicionalmente, a equipe da emissora visita escolas de Ijuí e região levando um pouco do rádio para esses locais, por meio do projeto que conta com apoio de Totem Vestibulares, Yázigi Ijuí e Aiqfome. Durante os três dias de evento, as dinâmicas do Hora do Recreio foram realizadas com o público presente em frente ao prédio da Biblioteca Mário Osório Marques.
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Além das brincadeiras educativas, a equipe da Rádio também realizou a cobertura do evento. Em entrevista concedida à Unijuí FM, a coordenadora da Assessoria de Marketing da Fidene, Talita Mazzola, fez uma avaliação sobre o Profissional do Futuro. “Nós estamos muito felizes com a receptividade das escolas e dos quase 5 mil alunos que passaram pelo campus de Ijuí”, destaca. Ela também agradeceu aos professores e estudantes da Graduação que se envolveram nas oficinas. “Eles se empenharam de maneira exemplar para que o Profissional do Futuro acontecesse da maneira que aconteceu, trazendo a prática profissional de fato e fazendo com os estudantes que vieram nos visitar vivenciassem o que é uma Universidade”.
A vice-reitora de Graduação, professora Fabiana Fachinetto, ressaltou a alegria de, após dois anos de pandemia, retornar com o Profissional do Futuro à presencialidade. “É um momento bastante festivo para nós, as nossas equipes se prepararam muito, programaram oficinas com bastante prática, para que realmente os estudantes do Ensino Médio tenham a oportunidade de vivenciar um pouquinho de cada profissão e possam começar a pensar na sua escolha profissional para o futuro”, analisa.
Um dos apoiadores da cobertura do Profissional do Futuro no rádio foi o Aiqfome. O responsável pelo aplicativo no município, Gian Frick, salientou o grande movimento observado no campus. “Ficamos maravilhados com a quantidade de futuros profissionais que passaram por aqui. Estamos orgulhosos dessa galera que está procurando se informar sobre o que vai ser no futuro. Somos uma empresa voltada para o público jovem, gostamos de ver esse brilho no olhar”, evidenciou o empreendedor. Além do Aiqfome, as empresas Hey Peppers, Totem Vestibulares, TopWay English School e Yázigi Ijuí também apoiaram a cobertura realizada pela Unijuí FM.
Confira a cobertura completa abaixo:
A UNIJUÍ FM abre a edição 2022 do projeto Trilha Cultural, que realiza transmissões de shows e eventos ao vivo no rádio. De 27 a 29 de maio, o Carijo da Canção Gaúcha, de Palmeira das Missões irá trazer informação, música, cultura e tradição à programação da emissora, a partir das 21h.
O festival, realizado no Parque de Exposições Telmo José Schardong, é um dos mais antigos do Estado sem sofrer interrupção e recebe milhares de visitantes do país e da América Latina. Até sábado, as Rondas da Fase Local e da Fase Geral, serão apresentadas sempre às 21h. Serão 28 músicas no total, sendo que a final do Festival, que acontece no domingo (29), contará com quatro canções selecionadas da Fase Local e doze da Fase Geral. Intérpretes como Angelo Franco, Joca Martins, Kako Xavier, Flávio Hanssen, Robledo Martins, Lú Schiavo, entre outros consagrados cantores do Estado estarão presentes nesta edição.
A transmissão do Festival Carijo da Canção Gaúcha, integrando o projeto Trilha Cultural da UNIJUÍ FM, tem apoio de Posto do Ganso Leal Madeiras e Rustic Móveis.
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