Impacto das mudanças climáticas no futuro do planeta foi tema do Rizoma - Unijuí

O mundo está passando por muitas mudanças. Há cerca de um ano vivemos as intensas transformações provocadas pela pandemia de covid-19. Paralelamente a isso, há uma transformação silenciosa e constante, perceptível por ações naturais antes muito pequenas, mas agora, cada vez mais presentes, como inundações, tempestades e furacões. 

“O mundo está mudando: como as mudanças climáticas estão afetando nosso futuro?” foi o assunto que norteou o Rizoma Temático desta quinta-feira, 21 de outubro. Os convidados para o debate foram a professora do curso de Agronomia e do Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade da Unijuí, Cleusa Bianchi; o professor do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos da Unijuí, Daniel Cenci; e a graduanda do curso de Ciências Biológicas, Stéfani Grutka.

A professora Cleusa Bianchi afirma que existem várias evidências, em diversas partes do planeta, de que o clima se alterou, inclusive consequências disso puderam ser observadas recentemente no Brasil. “Um exemplo clássico que passamos agora foi essa grande seca na região central do país. Praticamente em 90 anos não haviam registros de períodos tão longos de falta de precipitação, então essa é uma amostra do que está acontecendo com nosso clima”, declara.

O professor Daniel Cenci acredita que, devido à grande oferta de bens ambientais no Brasil, existe a falsa impressão de que essa oferta é infinita. “Nós extraímos as riquezas como se a capacidade do planeta fosse eterna e agora nós sabemos que é limitada, que há uma condição estrutural. As pessoas dizem: ‘sempre houve chuva de pedra, vendaval e enchente’. Porém, hoje há uma crescente desses episódios catastróficos que são decorrentes daquilo que se mede como gases de efeito estufa”, evidencia.

Já a acadêmica Stéfani Grutka relata que a fase de discutir se existem ou não mudanças climáticas passou e que agora a discussão é sobre o que é possível fazer com o cenário existente. “A crise climática é um evento de emergência, porque não afeta só o meio ambiente, afeta a vida humana em vários aspectos, como saúde e economia. E a gente sabe qual é a classe mais atingida com isso, então é importante que se incentive a formação de profissionais que pensem em tecnologias que minimizem esses efeitos”, ressalta.

Por Amanda Thiel, estagiária de Jornalismo da Assessoria de Marketing

Ouça o programa na íntegra:


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