Educação nas Ciências

Já estão abertas as inscrições para o XXIII Enaced - Encontro Nacional de Educação, que acontecerá de 20 a 22 de maio, no campus da Unijuí em Ijuí, em paralelo com o III Siepe - Seminário Internacional de Estudos e Pesquisa em Educação nas Ciências e com o V Enteci - Encontro de Debates sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado. Interessados podem se inscrever em unijui.edu.br/eventos, onde também está disponível a programação.

Tendo como tema a “Ciência, Tecnologia, Democracia e Decolonialidade: contribuições ao debate educacional”, os eventos serão realizados de modo colaborativo, marcando os 29 anos do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação nas Ciências (PPGEC) da Unijuí.

A realização do evento conta com apoio do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Passo Fundo (UPF); Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ensino de Ciências da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS); Programa de Pós-graduação em Educação Profissional e Tecnológica do Polo IFFAR Jaguari, IFSUL e IFRS; Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade de Brasília (UNB); Centro de Estudos da Criança da Universidade do Minho, Portugal; Grupo de Investigación Conocimiento Profesional del Profesor de Ciencias – CPPC y al Semillero de Investigación Enseñanza de las Ciencias Naturales – ENCINA da Universidad Surcolombiana; Red Internacional de Investigación en Ensino de las Ciencias (RIEC); Maestría en Docencia de la Química da UPN Bogotá; Observatório do Currículo Integrado do IFFAR; Red Latinoamericana en Educación en Ciencias Naturales (REDLAECIN); Secretaria Municipal de Educação de Ijuí, Coordenadoria Regional de Educação - 36ª CRE de Ijuí e Secretaria Municipal de Educação de Balsas, MA.

Os eventos, alinhados à Portaria MCTI nº 6.998, que estabelece as diretrizes para a elaboração da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação para o período de 2023 a 2030, fortalece o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI) por meio de palestras e workshops inovadores para a formação de recursos humanos e a integração de ações. Eles promovem a defesa e a popularização da ciência, a universalização do acesso, benefícios científicos e a difusão de tecnologias para melhorar as condições de vida.

As palestras, que podem ser conferidas na programação, vão mobilizar conhecimentos e reflexões que visam promover avanços na compreensão e constituição do conhecimento de professor num ensino para o desenvolvimento do pensamento crítico no contexto do debate sobre ciência, tecnologias, democracia e decolonialidade na educação básica e superior.

A professora doutora Vidica Bianchi, que atua junto aos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação nas Ciências (PPGEC) e Sistemas Ambientais e Sustentabilidade (PPGSAS) da Unijuí, esteve, juntamente com a doutoranda do PPGEC, Diovana Machado da Silva, visitando o Centro de Investigação em Estudos da Criança (Ciec) do Instituto de Educação da Universidade do Minho, localizada em Braga - Portugal. A viagem de estudos aconteceu de 8 a 19 de janeiro, a partir de um convite da professora doutora Teresa Vilaça, que atualmente é vice-presidente do Conselho Pedagógico e coordenadora do Ciec.

Durante a permanência em Portugal, foram desenvolvidas diversas atividades, como reuniões de planejamento e organização de ações acadêmicas conjuntas nos campos da Educação Ambiental, Saúde e Sustentabilidade; visitas a escolas e entrevista com a professora das escolas sobre os projetos de educação ambiental e para a saúde.

Para além disso, a professora Vidica participou como palestrante na 3ª Ciec Webinar Series 2023/2024 do Instituto de Educação da Universidade do Minho. “Foi possível participar de uma defesa de doutorado e acompanhar a reunião GI-SIEB em que a doutoranda Daniela Reis apresentou seu projeto de doutorado. Na oportunidade, foram entregues livros produzidos no âmbito dos Programas de Pós-Graduação da Unijuí, resultantes de projetos de internacionalização em que professores da UMinho são coautores de capítulos”, explicou a professora Vidica, que pretende, no futuro, realizar um estágio de pós-doutorado e a doutoranda um doutorado sanduíche.

De acordo com a docente, os encontros e as discussões foram potentes para a elaboração dos projetos que serão submetidos. A Unijuí tem convênio com a Universidade do UMinho desde 2015 e realiza o Congresso Internacional de Saúde em parceria.

Parte da viagem foi custeada pelo Programa de Apoio à Pós-Graduação (Proap).

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O Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação nas Ciências (PPGec) da Unijuí promoveu, nesta semana, o último webinar da série: “Diálogos sobre Educação e Docência em Tempos Líquido-Modernos: interfaces entre Universidade e Escola”. A atividade faz parte das comemorações dos 28 anos do PPGEC e teve como mediadores os professores Sidinei Pithan da Silva e Paulo Carlan.

A mesa temática teve como debate principal o tema: “Modernidade, Emancipação e Educação: sobre cultura e pseudoformação em tempos líquido-modernos”, tendo como convidados os pesquisadores Emiliano Matías Gambarrota (Universidad Nacional de La Plata), Felipe Quintão de Almeida (UFES), Alexandre Fernandez Vaz (UFSC), e a professora da Escola Estadual de Ensino Médio Ruy Barbosa de Ijuí, Ieda Zimmermann.

O primeiro a falar foi o professor Felipe Quintão de Almeida, que abordou a pseudoformação, com base nos estudos de Theodor Adorno e Zygmunt Bauman. Ele explicou que na formação do meio acadêmico, em especial na pós-graduação, há uma espécie de fraqueza em relação ao tempo. “Os estudantes estão sendo bombardeados de informações em um tempo considerado curto, líquido e flexível, e não têm tempo de se tornarem a si mesmos e o mundo como objetos de problematização”, comentou.

O pesquisador acrescentou que para alcançar o tempo hábil para todos os estudos e problematizações, os estudantes deveriam se afastar do cotidiano, diminuir a sua velocidade no dia a dia, em favor de um tempo formativo que dê efeitos intelectuais.

Já o professor Alexandre Fernandez Vaz complementou lembrando que o tempo só se mantém quando é considerado ficcional. “Isso é um problema sério na questão que envolve a forma de pensar, elaborar conceitos e projetos que têm objetivos em que se possa estabelecer uma ideia e relação entre eles”, finalizou.

A íntegra do debate pode ser acessada no vídeo abaixo:

O Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação nas Ciências (PPGec) da Unijuí promoveu, nessa quarta-feira, 22 de novembro, mais um webinar da série “Diálogos sobre Educação e Docência em Tempos Líquido-Modernos: interfaces entre Universidade e Escola”. A atividade faz parte das comemorações dos 28 anos do PPGec e teve a mediação e coordenação dos professores José Pedro Boufleuer, Ivo dos Santos Canabarro e Sidinei Pithan da Silva.

O encontro, que foi o penúltimo da série, discutiu a temática da “Educação e o Bem Viver nos tempos líquidos modernos: desafios epistêmicos, éticos e políticos”, tendo como convidados as doutoras Fabiana Silva Prestes (Unijuí) e Cláudia Battestin (Unochapecó), os doutores Paulo Evaldo Fensterseifer (Unijuí) e Angelo Cenci (UPF), e o professor e diretor da Escola Estadual de Ensino Médio Ruy Barbosa de Ijuí, Paulo Barcellos.

O debate iniciou com a fala da professora Fabiana Silva Prestes, que é autora de capítulo do livro Docência e Educação em Tempos Líquidos-modernos. Conforme explicou, o mundo vive um contexto compartilhado e este é um dos dilemas da sociedade atual. “A sociedade contemporânea tem consumidores que se transformam em mercadorias e é neste contexto que apenas os interesses particulares são compartilhados. Há uma busca incessante pela satisfação que, quando logo alcançada, é substituída pela novidade do momento, trazendo a liquidez à sociedade e proporcionando uma ruptura das relações que antes existiam”, comentou.

A pesquisadora ressaltou que a busca pela satisfação evidencia as desigualdades sociais, o que propõe o debate de um novo conceito e estudos em cima dele, o Buen Vivir (Bem Viver). Fabiana detalhou que este é um princípio indígena que traz uma alternativa à liquidez e vai de encontro ao distanciamento do consumismo. “Com esse conceito tentamos produzir respostas capazes de reeducar o olhar ao pertencimento ao mundo, para que se viva em harmonia consigo, com o mundo e com o planeta. É fundamental que as gerações atuais sejam educadas a partir dessa perspectiva e sejam cientes do impacto das suas atitudes reconhecendo o mundo como algo que é comum, que deve ser preservado”, completou.

A íntegra do debate pode ser acessada no vídeo abaixo:

O próximo webinar ocorre no dia 29 de novembro, a partir das 19h, e será o último dos 12 encontros realizados. O tema será “A Modernidade, Emancipação e Educação: sobre cultura e pseudoformação em tempos líquido-modernos”, que terá a mediação dos professores Sidinei Pithan da Silva e Paulo Carlan , e convidados os professores Emiliano Matías Gambarrota, (Universidad Nacional de La Plata), Felipe Quintão de Almeida (UFES), Alexandre Fernandez Vaz (UFSC) e Ieda Zimmermann, da Escola Estadual de Ensino Médio Ruy Barbosa de Ijuí.

Entre os dias 8 e 10 de novembro, o professor José Pedro Boufleuer e o doutorando Gian Eligio Soliman Ruschel, do Programa de Pós-Graduação em Educação nas Ciências (PPGEC) da Unijuí, participaram do II Colóquio Binacional Brasil-Argentina: Educación, Estado y Democracia: Más Allá Del Neoliberalismo, na cidade de Tandil, província de Buenos Aires, na Argentina.

O evento, que teve a Unijuí como co-promotora, integra as ações do grupo de pesquisa em Educação e Teoria Crítica, formado por pesquisadores argentinos e brasileiros de diferentes instituições, no âmbito de um convênio formalmente estabelecido entre a Universidade do Centro da Província de Buenos Aires (Unicem), a Universidade de Campinas (Unicamp) e a Universidade de Passo Fundo (UPF). A participação da Unijuí nas atividades do grupo vem ocorrendo há mais de 10 anos.

O evento, que esteve organizado basicamente na forma de sessões científicas, teve 17 mesas temáticas, tratando especialmente das novas configurações do mundo contemporâneo sob os aspectos econômico, político, social e tecnológico, e seus impactos na formação humana, especialmente em instituições de ensino, como na escola e na universidade. Os participantes da Unijuí apresentaram o trabalho “ChatGPT e a fantasia de aprender por osmose”, analisando os possíveis impactos da Inteligência Artificial no âmbito da configuração da cultura e da sociedade contemporânea e na formação das novas gerações.

O Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação nas Ciências da Unijuí, é perfeito para quem busca desenvolver pesquisas e produção de conhecimento na área da educação que contribuam para a formação de educadores, desenvolvimento de currículos e gestão do sistema escolar. Voltado para profissionais graduados com interesse na área, o PPGEC visa promover a formação continuada.

Para a mestranda e bolsista do Programa, Elisa Friedrich, o curso possibilitou que ela vivenciasse uma mudança profissional e pessoal. “Reforçou a importância da educação continuada na vida dos estudantes e também dos professores, pois ele promove grandes edificações, fazendo com que a gente cresça junto com a instituição e com os colegas”, destacou.

Já a doutoranda e bolsista do PPGEC, Luana Henrichsen, o “programa abre portas tanto para a vida profissional quanto acadêmica, além de reforçar o nosso compromisso com a educação”, frisou.

O PPG em Educação nas Ciências da Unijuí está com inscrições abertas para os cursos de Mestrado e Doutorado. Interessados têm até o dia 20 de novembro para se inscrever em unijui.edu.br/ppgec. Ao todo, são ofertadas 25 vagas para o Mestrado e 15 vagas para o Doutorado.

O PPGEC conta com três linhas de pesquisa: Currículo e formação de professores, que investiga a formação de professores na educação básica e superior referente aos processos e produções; Teorias pedagógicas e dimensões éticas e políticas da educação, que aborda as concepções pedagógicas e gestão de processos de ensino e aprendizagem nas suas significações éticas e políticas; e Educação popular em movimentos e organizações sociais, que trabalha concepções e práticas de educação em movimentos sociais, em organizações de solidariedade e espaços escolares.

Para mais informações sobre o processo seletivo, documentação necessária e inscrições, acesse a página do programa, onde está disponível o edital completo, ou entre em contato com a Secretaria do Programa, através do telefone 55 3332-0417 ou pelo e-mail poseduca@unijui.edu.br.

Até a próxima segunda-feira, 20 de novembro, estão abertas as inscrições para o Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação nas Ciências (PPGEC) da Unijuí. Os candidatos, que podem se inscrever em unijui.edu.br/ppgec, vão disputar uma das 25 vagas para o Mestrado ou uma das 15 vagas disponíveis no Doutorado.

Conforme destacou o coordenador, professor doutor Sidinei Pithan da Silva, o PPGEC completa 28 anos em 2023, tendo formado mais de 100 doutores e 700 mestres. Um programa que conquistou nota 5 na avaliação quadrienal 2017- 2020, demonstrando o reconhecimento da Capes diante da sua qualidade na formação de docentes e no desenvolvimento da pesquisa.

“A proposta de formação do PPGEC inclui uma perspectiva inovadora e produtora de autonomia em relação à pesquisa, marcada pelo compromisso social com a educação. Os diferenciais do programa se encontram em sua concepção de educação, e em sua forma de organizar o currículo e projetar a formação, criando as condições para o desenvolvimento de pesquisas que contribuam efetivamente para o desenvolvimento da educação e da construção do conhecimento no Brasil. Além de cursar os componentes curriculares ofertados, o estudante tem a oportunidade de participar de grupos de estudos, redes de pesquisa, eventos e intercâmbios internacionais”, destacou o coordenador, lembrando que, ao longo dos anos, o Programa vem dando continuidade aos seus princípios históricos e fundantes, entre os quais está a constituição de um quadro de professores com formação nas diversas áreas do conhecimento e correntes teóricas que tematizam a educação.

“Essas características do grupo potencializam a formação de professores e pesquisadores para atuar na educação básica, considerando as diferentes áreas do conhecimento. Salienta-se que a vinculação do corpo docente do Programa com suas áreas de origem é mantida por meio de participação em associações científicas, em eventos nacionais e internacionais e com os grupos de pesquisa e parcerias em redes. Mantém-se, assim, um estreito elo com grupos de pesquisa institucionais e interinstitucionais, professores do Ensino Superior, bolsistas de iniciação científica, comunidade regional/local, movimentos sociais e os cursos de Graduação das respectivas áreas de conhecimento dos professores. As produções resultantes das pesquisas do PPGEC expressam a interligação da educação com a área específica de formação e de atuação dos pesquisadores, configurando o processo educativo como constituinte da produção do conhecimento nas diversas áreas”, completou.

Quem ingressa no Programa tem a possibilidade de seguir uma das três linhas de pesquisa: Currículo e formação de professores; Teorias pedagógicas e dimensões éticas e políticas da educação e Educação popular em movimentos e organizações sociais. A partir destas linhas, os estudantes recebem o aprendizado de conhecimentos importantes, que lhes permitem se inserir no debate mundial sobre a educação e o destino humano, compreendendo as diferentes tradições de pensamento, seja em relação ao trato com o conhecimento e suas dimensões éticas, estéticas, sociais, culturais e políticas, ou mesmo em relação à educação e seu vínculo com o currículo, a didática, as políticas públicas, as teorias de ensino-aprendizagem, a formação de professores, a educação básica e os movimentos sociais.

“Em suma, de acordo com os objetivos do PPGEC, considera-se que a proposta de oferta de Mestrado e Doutorado em educação amplia as possibilidades de produção do conhecimento no campo da educação, com ênfase, também na educação básica, no que se refere ao currículo da educação básica e à formação de professores pelo estudo e reflexão relativo às teorias pedagógicas que sustentam os processos de planejamento, gestão e desenvolvimento do ensino; aos aspectos teórico-práticos que vinculam a educação, o conhecimento e a sociabilidade; aos significados éticos e políticos das organizações e dos movimentos sociais; e à preservação e respeito ao meio ambiente, à saúde e à qualidade de vida”, reforçou o professor Sidinei.

Mais informações podem ser obtidas na página do programa, através do telefone (55) 3332-0417 ou pelo e-mail poseduca@unijui.edu.br.

Inspirados no projeto “Cinema e Educação em Debate”, proposto pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação nas Ciências (PPGEC) da Unijuí, três escolas públicas do município de Bozano uniram-se para propor esta ação aos professores e funcionários como momento de formação continuada e comemoração ao dia do professor (15 de outubro) e servidor público (28 de outubro).

A exibição do filme “O Último Vagão” foi proposto no primeiro encontro do projeto “Cinema e Educação em Debate”, que conta a história de Georgina, uma professora que dá aulas em um vagão de trem na zona rural do México. Para o Programa, o projeto tem como principais objetivos a análise do potencial educativo do cinema, através de temas relevantes para a educação contemporânea, além de auxiliar em um movimento de reflexão sobre a pesquisa em educação, tendo como seu principal vetor potencial o cinema, e assim poder compreender a dinâmica dos novos tempos sociais, por meio de análise do cinema.

A partir da participação de professoras das escolas envolvidas e de de discentes e do PPGEC, as equipes diretivas da Escola Municipal Fundamental Pedro Costa Beber, Escola Municipal de Educação Infantil Bozano e Escola Estadual de Ensino Fundamental São Pio X realizaram, no dia 23 de outubro, uma noite de cinema, no Cult Cinemas, em Ijuí. Na oportunidade, o grupo assistiu ao filme “O Último Vagão”, trazendo reflexões importantes e profundas a respeito da esperança e responsabilidade de quem se dedica a formar cidadãos.

Para as escolas, segundo a professora Cláudia Marchesan, que é mestranda do PPGEC, “proporcionar este momento de cinema e reflexão contribuiu para a formação e reflexão sobre a arte de ensinar e aprender com amor, dedicação e compreensão dos tempos sociais contemporâneos”.

O Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação nas Ciências (PPGEC) da Unijuí esteve representado por docentes, discentes e secretárias na 41º Reunião Nacional da Anped - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação, realizada em Manaus, no Estado do Amazonas, de 22 a 27 de outubro, com o tema “Educação e Equidade: bases para amar-zonizar o país”.

A abertura do evento contou com apresentações culturais, explanações pelas autoridades que compuseram a mesa oficial, com reitores da UFAM-Universidade Federal do Amazonas e da UEA- Universidade do Estado do Amazonas, coordenadores dos Programas de Pós-Graduação em Educação, entre outras autoridades ligadas à educação.

No dia 25 de outubro, a professora Maria Regina Johann participou como convidada de uma sessão especial que tratou da temática "Povos originários e educação em perspectivas descolonizadoras: agendas científicas e políticas". A sessão foi organizada pelos Grupos de Trabalhos: GT10 – Alfabetização, Leitura e Escrita; GT21 – Educação e Relações Étnico-Raciais; e GT24 – Educação e Arte, sob a coordenação da professora Vanderlete Pereira da Silva (UEA), contando, também, com as palestrantes professoras Josélia Gomes Neves (UNIR) e Ione da Silva Jovino (UEPG).

Levando em consideração a temática da sessão e a representação do GT Educação e Arte, a professora Maria Regina abordou a questão da antropofagia e o desafio de pensar o mundo em uma perspectiva multi-identitária. Tratou do tema considerando a metáfora da antropofagia como uma referência ainda válida para se pensar os desafios do tempo presente e, para isso, mobilizou as obras e as ideias do artivista contemporâneo Jaider Esbell, falecido em 2021.

Esbell cunhou o termo arte indígena cosmopolítica e, assim, deu um importante indicativo de que essa perspectiva de arte considera a noção de totalidade, de um pertencimento cósmico, de fusão entre humanos, animais e demais elementos da natureza, mas não ignora os desafios e temas emergentes do mundo da vida. Por não separar cognição de estética, os artivistas praticam uma arte de bien viver, um viver que é artístico e estético pela coerência que o sustentam. Nesse sentido, Jaider Esbell afirma que “a arte indígena está essencialmente no dia a dia, na comunidade, na coletividade, nas práticas, que transcendem uma habilidade manual ou oral. Pressupõe todo um composto de vida, onde a arte maior é esse viver harmônico com o ambiente, isso que o Ocidente já separou como natureza”.

Nesse horizonte, a postura do artivista reivindica o direito de “apresentar uma existência plural e contemporânea que acessa o tradicional e que mergulha nesse desafio comum de pensar um mundo viável tanto para índios quanto pretos, mulheres, gays e todas as classes”. O desafio, portanto, é pensar nos grupos ou pessoas que ficaram à margem e em que medida podem se inserir e atuar nos lugares designados para a arte (galerias, museus, salas de exposição) e tensionar os seus valores simbólicos, encharcados de tradição eurocêntrica, contribuindo para a revisão desses espaços e seus sentidos contemporâneos. Do ponto de vista de Jaider, pode ser que através desse lugar, da visibilidade do palco, do lugar da arte europeia, se possa tratar dessas complexidades e dizer que arte é política. Segundo a professora, do seu ponto de vista, o pensamento de Jaider permite pensar no potencial da antropofagia que dialoga com o diferente e dele se apropria, devorando suas potências e saberes e a vida como arte, uma vez que viver é um ato cocriativo, que exige de cada de um de nós a capacidade de reinvenção de si; dimensões que o viver ancestral nos inspira.

A professora Maria Simone Schwengber, com as suas orientandas Joice Drefs, Cauana Conceição e Ana Laura Arnhold, participaram dos GTs - Grupo de Trabalhos. A doutoranda Cauana Conceição apresentou o trabalho “As violências da (des) integração dos negros no município de Jóia/RS”, no GT21 - Educação e Relações Étnico-Raciais. E a doutoranda Ana Laura Arnhold apresentou o trabalho com o título “(In)justiça ambiental e a desigualdade de gênero: enunciações na BNCC”, no GT23 - Gênero, Sexualidade e Educação.

Já as secretárias Carmen Antunes e Thaís de Souza Lasch participaram do V ENSEC - Encontro Nacional das Secretárias(os) dos Programas de Pós-Graduação em Educação, com palestrantes e temas relacionados à função das mesmas, como Avaliação dos PPGEs; Plataforma Sucupira; Competência, Habilidade e atitudes dos profissionais; socialização de experiências entre os profissionais que atuam nas Secretarias dos PPGEs, entre outros.

O grupo do PPGEC, participante do evento, ressalta que viveu uma experiência singular. “Retornamos da Anped 2023 com alguns temas de casa, tais como: descaravelizar e reflorestar as Universidades” (Alva Rosa TuKano); desaprender como as mulheres das florestas (Marcela da Silva Barbosa); des-amar como as mulheres angoleiras (Alessandra Ferreiras). Enfim, integrar a luta indígena é defender nossa cultura e ancestralidade” .

A Anped é um dos maiores eventos de educação do país e participar de tal evento permite contatar com diversos pesquisadores e suas temáticas, o que enriquece pontos de vista e amplia o diálogo entre professores, estudantes, pesquisadores e secretárias, potencializando parcerias interinstitucionais e pesquisas.