Egressa do PPGAIS apresenta resultados de pesquisa desenvolvida no curso de Mestrado - Unijuí

A egressa do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção Integral à Saúde, Laís Sartor, apresentou os resultados da pesquisa desenvolvida por ela durante o curso de Mestrado, em um hospital de Ijuí. A pesquisa foi realizada entre outubro de 2023 e fevereiro de 2024, sendo orientada pela professora Adriane Kolankiewicz. 

O estudo buscou avaliar os fatores de risco de adoecimento de profissionais que atuam no na instituição de saúde e terá continuidade a partir da análise da primeira etapa, a fim de construir e implementar estratégias de intervenção para amenizar os riscos. Para a coleta de dados, foram utilizados um questionário sociodemográfico elaborado pelas pesquisadoras e o Inventário de Trabalho e Riscos de Adoecimento (ITRA). Participaram do estudo 240 profissionais de enfermagem, em sua maioria do sexo feminino (88,3%), com média de idade de 37,7 anos. 

De acordo com os resultados, os profissionais com idade entre 18 e 29 anos e que fazem uso de medicação contínua apresentam indicadores de risco crítico para custo humano no trabalho, principalmente quanto àqueles relacionados ao cognitivo e afetivo. Isso mostra que os profissionais enfrentam situações potencialmente desgastantes decorrentes de sua profissão como risco de morte dos pacientes, perigo constante, decisões imediatas que demandam alta responsabilidade, as quais contribuem para a elevação dos riscos no trabalho.

Os fatores de prazer e sofrimento, bem como de danos decorrentes do trabalho apresentaram-se mais positivos. Dentre os participantes, 75% evidenciaram realização profissional e 67,5% consideraram que são reconhecidos profissionalmente. Estes indicadores contribuem beneficamente para a saúde dos trabalhadores, ao considerar que o trabalho é constituidor identitário

Embora 66,3% dos respondentes tenha avaliação mais positiva em relação aos danos relacionados ao trabalho, a avaliação mais grave estava associada aos trabalhadores que faziam uso de medicação contínua (52,6%) e que já possuíam doença ou disfunção psíquica (26,3%). Já os trabalhadores que residem na cidade onde atuam profissionalmente, com escolaridade técnica e que possuem dependentes que necessitam cuidados especiais, evidenciaram avaliação moderada à crítica para sofrimento no trabalho.

“A partir da conclusão do Mestrado em Atenção Integral à Saúde expresso o quão enriquecedor foi poder contribuir com informações oriundas deste estudo, e de uma temática que trabalho há mais de 12 anos. A partir dele, pode-se levantar as variáveis sociodemográficas e laborais que influenciam nos riscos de adoecimento, o que evidencia a importância de implementar medidas preventivas nas instituições de saúde para melhorar a qualidade de vida dos profissionais que atuam em uma profissão dedicada a cuidar de vidas” destacou a egressa.


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