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Impacto das fake news é debatido no Rizoma Temático

         O impacto de uma notícia falsa tornou-se ainda mais preocupante durante a pandemia de covid-19. Acreditando na ineficácia de máscaras, muitas pessoas deixaram de utilizá-las. Da mesma forma, muitos estão se recusando a fazer a vacina, por questionar sua segurança ou os efeitos que causa, e até por considerar a alteração no DNA. E estes são apenas alguns pontos que fomentam as Fake News mundo afora.

         Para debater os reflexos da desinformação na pandemia, o Rizoma Temático da Unijuí FM recebeu nesta quinta-feira, dia 1º de julho, Tiago Protti Spinato, mestre em Direito, membro da Comissão de Novas Tecnologias da OAB e mentor do Projeto Integrador sobre Fake News; a acadêmica de Direito Taís Ramos, que participa do grupo; Talita Mazzola, jornalista e coordenadora da Assessoria de Marketing da Unijuí; e Andreia Amorim, enfermeira sanitarista e ex-secretária municipal de Saúde.

         Conforme destacou Tiago, as notícias falsas têm um grande poder para destruir pessoas - e citou como exemplo a repercussão da notícia de que o presidente Joe Biden teria aberto a fronteira dos Estados Unidos para qualquer pessoa. Pelo menos 18 pessoas perderam a vida nas águas do Rio Grande,  buscando chegar à margem americana.

         Por meio do Projeto Integrador, segundo Taís, busca-se aprofundar as discussões sobre notícias falsas. E lembrou que muitas pessoas acabam compartilhando uma informação sem confirmar a sua autenticidade, por estarem de acordo com o que o texto diz. 

         Questionada se os jornalistas seriam responsáveis por parte deste cenário, Talita Mazzola afirmou que não, mas que a decisão do Supremo Tribunal Federal, de 17 de junho de 2009, de derrubar a exigência do diploma para exercício da profissão de jornalista, deu início a essa proliferação de desinformação. “A Agência Nacional de Jornais (ANJ) comemorou a decisão por entender que isso ia ao encontro da liberdade de expressão, e uma coisa não ter nada a ver com a outra”, destacou, lembrando que os jornalistas contribuem, na verdade, para esclarecer os fatos.

         Na avaliação de Andreia Amorim, houve uma mistura entre ciência e política no País, que considera “inadmissível”. Esse fato acabou facilitando a desinformação e contribuindo para o descrédito da ciência. “O uso da máscara é uma ação simples, mas eficaz. Eu, trabalhando na área da saúde, não tive a doença exatamente por adotar as medidas de prevenção. Sem cuidado, vamos ter a pandemia por muitos anos”, afirmou.

Para conferir o Rizoma Temático na íntegra, acesse:


UNIJUÍ FM produz vídeos em comemoração aos 20 anos

          Entramos no mês de aniversário da UNIJUÍ FM. Neste dia 20 a emissora comemora duas décadas de fundação. Com o objetivo de celebrar a data, foi lançada, nesta quinta-feira, 1º de julho, uma série de vídeos e chamadas especiais para o rádio que relembram acontecimentos significativos desses 20 anos, por meio de depoimentos de pessoas que, de uma forma ou de outra, fazem parte da história da Rádio.

          Foram realizadas entrevistas com professores, ex-funcionários, ouvintes, apoiadores, colaboradores que participaram de coberturas marcantes, como a do Festival de Cinema de Gramado e do Fórum Social Mundial, ganhadores de promoções e concursos promovidos pela Rádio, entre outros. 20 fatos que representam os 20 anos de história. 

          Os relatos foram transformados em vídeos que serão publicados toda segunda e quarta-feira, no Facebook, YouTube e Instagram da Rádio UNIJUÍ. Também foram produzidas chamadas que podem ser conferidas durante a semana na programação da 106.9 FM.

          O primeiro vídeo divulgado foi o da reitora da UNIJUÍ, professora Cátia Nehring, que falou sobre o papel da emissora como rádio educativa na região Noroeste gaúcha e destacou alguns momentos de sua trajetória. Confira abaixo:

          Além desse conteúdo, ao longo de todo o ano, a UNIJUÍ FM está promovendo ações em alusão ao seu aniversário, como promoções e programas especiais, seguindo o mote da campanha de 20 anos: “Tocando histórias”. Para ficar por dentro das produções, acompanhe as redes sociais da emissora.


UNIJUÍ FM produz programetes em alusão ao Dia do Orgulho LGBT+

         No dia 28 de junho é celebrado o Dia Internacional do Orgulho LGBT+. Para marcar esta importante data de reflexão e luta por igualdade e respeito, a UNIJUÍ FM, em parceria com a Astral Produções, elaborou uma série especial de programetes que apresenta artistas LGBT+ que utilizam sua voz e talento para dar visibilidade a causas da comunidade.

         O quadro vai ao ar na programação da 106.9 FM, a partir desta segunda-feira, 28 de junho, até a próxima sexta-feira, 02 de julho. Ao todo, foram produzidos 15 programetes, que trazem a história de artistas nacionais e internacionais, de diferentes gêneros musicais e épocas, como Pabllo Vittar, Liniker, Cazuza, Freddie Mercury, Lady Gaga e Sam Smith. 

         O objetivo da iniciativa é incentivar os ouvintes a conhecerem mais sobre a trajetória desses cantores, que são referências de representatividade e grandes nomes da música mundial, além de destacar o papel que eles desempenham na luta pelos direitos da comunidade LGBT+, seja através de sua arte, das letras das músicas, da visibilidade que possuem ou de suas performances.

         Além dos programetes, a Rádio e a Astral Produções veicularam em suas redes sociais publicações em alusão a data. A UNIJUÍ FM, bem como a UNIJUÍ e o Museu Antropológico Diretor Pestana, também alteraram a foto de perfil de seu Instagram, mudando o fundo da logomarca para a bandeira LGBT+, como forma de ampliar o debate sobre as questões de diversidade.

         Abaixo, confira alguns dos programetes da série “Orgulho LGBT+: Artistas que trazem visibilidade para a causa por meio da música”:


Marco Legal das Startups é assunto do Rizoma Temático

         No início do mês de junho, o presidente Jair Bolsonaro sancionou o Marco Legal das Startups e do Empreendedorismo Inovador. O texto apresenta medidas de estímulo à criação de novas empresas inovadoras e estabelece incentivos aos investimentos por meio do aprimoramento do ambiente de negócios no país. Mas o que muda, na prática, e qual a percepção de quem atua no setor?

         Para debater sobre o assunto, o Rizoma Temático desta quinta-feira, 24 de junho, trouxe como convidados o advogado que realiza assessoria à Incubadora de Empresas de Inovação Tecnológica (Criatec), Plínio Gomes; o diretor do Departamento de Gestão da Inovação na Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (SICT) do Rio Grande do Sul, André França; e o diretor de Novos Ambientes de Inovação na Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), Carlos Eduardo de Souza Aranha.

         O advogado Plínio Gomes ressalta que o Marco Legal das Startups definiu pela primeira vez o conceito legal de startups no Brasil. “O benefício que essa lei traz é justamente a desburocratização para criação dessas empresas. Agora nós temos uma lei que viabiliza investimentos, sem que o investidor tenha uma insegurança jurídica. Isso o impedia, muitas vezes, de investir seu capital em uma startup”, explica Plínio, que considera, nesse sentido, o Marco Legal positivo tanto para investidores quanto para quem busca empreender. 

         O diretor do Departamento de Gestão da Inovação na SICT, André França, destaca a segurança que o Marco Legal também oferece a instituições governamentais. “O fato de hoje termos uma definição clara do que é uma startup dá segurança a todos, incluindo o setor público, sobre como vamos fazer para promover essas empresas. A partir desse momento, o governo do Estado, Município, enfim, todos os entes públicos podem promover ações e políticas”, afirma André.

         O diretor de Novos Ambientes de Inovação na Anprotec, Carlos Eduardo de Souza Aranha, também vê a criação dessa lei de forma positiva. “Com essas padronizações, conceitualizações e capítulos, da forma como o Marco Legal foi constituído, com certeza vai ajudar o ecossistema de inovação a ganhar força”, avalia Carlos.

Confira o Rizoma Temático na íntegra:


Rizoma Temático traz discussão sobre impacto da pandemia no cinema

         Assim como outros setores, o cinema foi duramente impactado pela pandemia de covid-19. Salas de cinema tiveram que ser fechadas, estreias adiadas, festivais cancelados e filmagens paralisadas. Ao mesmo tempo, no entanto, a busca por entretenimento dentro de casa aumentou. De acordo com pesquisa realizada pela Kantar Ibope Media, 58% dos usuários de internet disseram, 12 meses após o início da pandemia, que viram mais vídeos e TV online em streaming pago durante o período de isolamento. O tempo em frente à televisão aumentou 37 minutos diários e cada indivíduo passou cerca de 1h49 por dia assistindo a conteúdos em plataformas.

         Para avaliar todo este cenário, o Rizoma Temático da Unijuí FM abordou nesta quinta-feira, dia 17 de junho, o tema “Reinventando a Sétima Arte: as transformações do cinema”. Foram convidados para o bate-papo o pesquisador de História do Cinema, doutorando em Comunicação pela UFSM e produtor do Instagram Cinemacc - Uma viagem cinematográfica, Alexandre Maccari; o roteirista, jornalista, assistente de direção-geral e diretor de Comunicação do Festival de Roteiro Audiovisual de Porto Alegre (Frapa), Alessandro Engroff; e a doutoranda na Unioeste, pesquisadora de cinema e outras artes e integrante do projeto Cinema e Direitos Humanos, do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos da Unijuí, Fabiana Domingos Pedrolo.

         Alexandre destacou que, em momentos como este, de pandemia, o cinema, a música e as artes em geral ganham importância frente à população. O que não é decisivo, como aponta, para que as pessoas reconheçam, de fato, o valor da produção cinematográfica. “Somos formados no cinema hollywoodiano e é muito difícil quebrar esse tipo de formação. No entanto, o momento é propício para que as pessoas busquem coisas novas e, entre elas, está o cinema brasileiro, que ainda carrega muito preconceito. Muitos ainda têm a ideia de que o cinema nacional é só nudez e pornografia, herança dos anos 1970 e 1980, mas nossa produção é muito mais que isso”, destacou.

         Para Fabiana, o impacto financeiro no cinema só será sentido no futuro. Ela destaca que a maior perda, neste momento de distanciamento social, foi a de experiência coletiva, de ir ao cinema em grupos. “E há mais uma questão: apesar de o streaming ter garantido acesso a mais produções, as pessoas estão se acostumando a assistir a um filme sozinhas, em casa. E a experiência coletiva é muito importante para o cinema.”

         Alessandro, que é roteirista, destacou que a escrita, a produção, não parou durante este período. E ressaltou que novas produções foram possíveis, já que os eventos presenciais acabaram prejudicados. “Cito uma experiência que tive como exemplo. Durante a pandemia trabalhei como consultor de roteiro de uma websérie de 10 episódios que foi concebida originalmente como um espetáculo de dança. O momento oportunizou o encontro da dança e do audiovisual, possibilitando o nascimento de uma obra que, sem esse contexto, não teria acontecido”, comentou.

Para conferir o Rizoma Temático na íntegra, acesse:


Rizoma Temático debate possibilidade de terceira onda de Covid-19

Por Amanda Calegaro Thiel, estagiária de jornalismo da Unijuí FM

          Mesmo que lentamente, a vacinação contra a Covid-19 avança pelo país. Contudo, o número de casos, mortes e internações conta com uma inexpressiva ou, até mesmo, inexistente redução. Quais são os fatores que levam o Brasil a estar “na contramão” do enfrentamento à pandemia de coronavírus? 

          No Rizoma Temático desta quinta-feira, dia 10 de junho, o assunto debatido foi justamente este: “Covid-19: Por que estamos na contramão do enfrentamento?”. O que a conversa revelou é que os números não só não estão diminuindo, como, novamente, estão aumentando na região. Os convidados do programa foram o secretário municipal de Saúde e professor da Unijuí, Márcio Strassburger; a diretora Técnica e coordenadora da internação Covid-19 do Hospital de Caridade de Ijuí (HCI),  Mariele Zardin; o coordenador Técnico do Laboratório de Análises Clínicas da Unijuí (Unilab) e professor da Universidade, Matias Nunes Frizzo.

          Ao analisar a situação municipal e regional da pandemia, o secretário de Saúde de Ijuí, Márcio Strassburger, afirma que o cenário é de preocupação. “Temos uma grande quantidade de casos ativos, um aumento no número de confirmações e na procura pelo Centro de Triagem. Não chega a ser o que enfrentamos em março, quando atingimos um pico de 1.050 pessoas com coronavírus ativo e a média de consultas diárias era de 140, mas precisamos ter mudanças de comportamento para garantir a redução desse número de casos”, destaca.

          O secretário também fala sobre os números atuais do município. “Estamos com 334 pessoas com a doença ativa, uma média de 90 consultas diárias no Centro de Triagem e em torno de 32% da população vacinada”. Ele ressalta ainda que houve uma mudança no perfil das pessoas que buscam atendimento. “Hoje, talvez mais de 80% das pessoas que procuram o Centro de Triagem são pessoas jovens, abaixo de 50 anos, enquanto a procura da população idosa reduziu significativamente, certamente já por efeito da vacina”, avalia Márcio.

        A análise do professor Matias Frizzo vai ao encontro da do secretário. Segundo ele, os números observados no Unilab também vêm crescendo nas últimas semanas, tanto o quantitativo de testes realizados quanto o percentual de casos positivos. Além disso, o perfil das pessoas que procuram os testes também é de uma faixa etária mais jovem. “A circulação viral está alta e as novas variantes podem oferecer maiores riscos de contaminação e agravamento do quadro, o que contribui para a internação da população jovem. Mesmo que no início da pandemia a maior preocupação era com idosos, hoje percebemos que também há uma busca pelos serviços hospitalares pela população jovem”, enfatiza Matias. 

          A avaliação da coordenadora da internação Covid-19 do HCI,  Mariele Zardin, é ainda mais enfática. "Na minha opinião já estamos na terceira onda. Nós estamos vendo pacientes com comportamentos totalmente diferentes das outras vezes, pacientes que pioram em dois dias, pacientes jovens, a média de idade em torno de 40 anos. Então é um novo comportamento do vírus e com esse aumento da taxa de incidência, provavelmente já estamos vivendo a terceira onda sim”, alerta a médica.

Confira o Rizoma Temático na íntegra:


Rizoma temático promove discussão sobre a digitalização do agronegócio

A tecnologia é a peça-chave na incorporação de práticas sustentáveis no campo. A otimização de recursos, ao mesmo tempo que alavanca o desempenho agrícola, entrega valor ao produto, assegura a perenidade do negócio e não compromete o futuro do meio ambiente. Mas como está a digitalização do campo na nossa região?

Para debater o tema “Digitalização do Agro: o uso das tecnologias para potencializar a produtividade no campo”, o Rizoma Temático da Unijuí FM foi ao ar nesta quarta-feira, dia 2 de junho, com quatro convidados: o superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli; o professor do curso de Agronomia e coordenador do Programa de Melhoramento Genético de Grãos e Forrageiras da Unijuí, Ivan Carvalho; a representante da startup Agricon, Eduarda Olivia Schneider; e o representante da APC Inova, Alessio Cagliari.

Segundo Condorelli, a digitalização no campo vem crescendo rapidamente. No passado, como conta, o lema das famílias era: se o filho não quisesse estudar na zona urbana, iria para a fazenda. Hoje há uma alteração: só vai para fazenda quem estudar. “Temos uma necessidade de maior produtividade, com maior resultado econômico, num mesmo espaço territorial. Isso faz com que tenhamos um avanço muito grande da eficiência de produção e, óbvio, uma evolução em tecnologias, em todas as regiões”, destacou.

Professor na Unijuí, Ivan Carvalho reforçou que o agricultor é uma pessoa informada e que, hoje, o campo é regido por tecnologia embarcada, GPS e imagens por satélite, por exemplo. “O que eu observo, na região, é que há muitos produtores utilizando tecnologias de ponta, outros que estão se adaptando e outros que ainda passam por processo de adaptação. Acredito que, nos próximos cinco anos, teremos uma reviravolta tecnológica”, afirmou.

Eduarda explicou que a Agricon nasceu com o objetivo de conectar produtores rurais a compradores, nos mercados interno e externo, a partir de uma plataforma digital que usa tecnologia blockchain. “Além da comercialização do produto, trabalhamos com a conexão destes dois importantes elos da cadeia, realizando a rastreabilidade deste produto. O objetivo é valorizar a cadeia do agronegócio. Precisamos dar voz aos produtores rurais e aos agentes que interferem neste processo, trabalhando para que essa cadeia chegue à gôndola do consumidor”, completou Eduarda.

A APC Inova realiza o monitoramento e controle de produtos, reduzindo perdas e permitindo a gestão em tempo real. O software de automatização desenvolvido otimiza o controle da unidade armazenadora, gerando agilidade, segurança e precisão a partir da coleta de informações em tempo real, que pode ser realizada de qualquer dispositivo conectado à internet. Segundo Alessio, hoje a APC Inova possui um mix de produtos e o desafio é manter a qualidade no pós-colheita, no processo de armazenagem. “Não só manter, mas entregar a gestão da armazenagem do produto na palma da mão do produtor”, disse.

Confira o Rizoma Temático na íntegra:


Impacto da pandemia na saúde mental dos professores é tema do Rizoma

A pandemia de covid-19 forçou mudanças e impôs desafios a toda a sociedade. Na área da educação, os professores tiveram que se reinventar para dar continuidade às aulas a distância e, há mais de um ano, reorganizam seus conteúdos para manter os estudantes motivados. Mas, como vencer esta distância, já que nem todos os alunos têm acesso às tecnologias? Como mantê-los motivados? Como seguir trabalhando com o peso de uma sociedade dividida, que deseja e também teme o retorno às aulas presenciais, mas que, de qualquer forma, cobra resultados dos educadores?

Para debater estas questões, o Rizoma Temático da Rádio Unijuí FM debateu nesta quinta-feira, dia 27 de maio, o “Impacto da pandemia na saúde mental dos professores”. Foram convidadas a professora doutora do curso de Psicologia da Unijuí, Amanda Schöffel Sehn, coordenadora da pesquisa que investigou a saúde mental dos professores durante o período de pandemia; Karine Medina, graduada no curso de Psicologia da Unijuí, uma das participantes da pesquisa; Rosane Menezes, coordenadora pedagógica da 36ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE).

Ao fazer um apanhado deste período na área de abrangência da 36ª CRE, que conta com mais de 60 escolas, Rosane explicou que, no início da pandemia, as atividades eram organizadas e encaminhadas aos pais de forma física – eles iam até a escola, retiravam as atividades, e voltavam para entregar os resultados. Depois, a Secretaria Estadual de Educação recomentou a utilização do Google Classroom para realização das aulas. “É claro que, até hoje, muitos alunos não têm acesso às aulas online e, nestes casos, as atividades são encaminhadas de forma física, como acontecia no início. O governo do Estado disponibiliza o acesso à internet para que os estudantes possam acompanhar as aulas e realizar as atividades”, explicou Rosane, lembrando que, no final de abril, as aulas voltaram de forma escalonada. O retorno, no entanto, foi opcional.

Para entender o impacto que todo este processo teve na saúde mental dos professores, foi desenvolvida a pesquisa “Atravessamentos da Covid-19 na educação: um olhar para a saúde mental do professor e as relações pedagógicas”, a partir do trabalho de professores e estudantes que estavam cursando o Estágio de Ênfase Educacional em Santa Rosa. “Contamos com a participação de 159 professores das redes pública e privada, não apenas da região, mas de outros estados, como São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro. Como a pesquisa aconteceu de forma online, uma participação mais ampla foi possível”, explicou a professora, lembrando que a pesquisa contou com duas etapas: aplicação de um questionário e realização de uma entrevista aos educadores interessados.

De acordo com a docente, dos 159 entrevistados, 89% eram mulheres e 99,4% possuíam o Ensino Superior completo: 144 atuavam na docência em diferentes níveis de ensino, 14 ocupavam algum cargo de gestão e um atuava como monitor.

A pesquisa mostrou que 90% dos professores não estão sozinhos em casa e que o trabalho remoto trouxe como consequência uma sobrecarga de trabalho – afirmação dada por 86% dos entrevistados. “A educação já se encontrava num momento ruim, com os professores relatando um mal-estar. Já vínhamos identificando adoecimentos e licenças e a pandemia agravou o cenário. Além da adaptação que foi exigida dos professores – até ouvi o relato de uma educadora que disse que não sabia alfabetizar no formato online, o acesso ao ensino e à aprendizagem passou a exigir das famílias não apenas o acesso à internet, mas a recursos. Tivemos, aí, a exposição da desigualmente. O processo de mediação acabou ficando a cargo dos pais, que passaram a se queixar aos professores que estavam cansados, que não conseguiam prestar esse auxílio aos filhos, já que alguns possuem até baixa escolaridade. E em meio a todo este contexto, os educadores são expostos à burocracia, ao preenchimento de inúmeras planilhas, e precisam conciliar todo o trabalho a cursos de formação. O resultado é a sobrecarga de trabalho.”

Karine Medina, já graduada no curso de Psicologia, foi uma das estagiárias que auxiliou na elaboração e aplicação da pesquisa. De acordo com ela, foi na realização da primeira etapa da pesquisa, de coleta de dados, que observou-se a necessidade de abrir um espaço de escuta aos professores interessados.

Confira a pesquisa neste link.

Confirma o Rizoma Temático na íntegra:


Desafios e avanços na saúde: confira o Rizoma da semana

Na semana em que a Unijuí promove o 8º Congresso Internacional em Saúde, com a co-promotora Universidade do Minho, de Portugal, o Rizoma Temático da Rádio Unijuí FM propôs uma discussão nesta quinta-feira, dia 20 de maio, sobre os “Desafios e avanços da saúde em discussões internacionais”.

Foram convidados para participar do programa a coordenadora do evento na Unijuí, professora Eliane Wilkelmann; a professora da Universidade do Minho e coordenadora da Comissão Internacional do Congresso, Zélia Ferreira; e a professora da Universidade Federal do Cariri, Ada Cristina de Aguiar.

De acordo com a professora Eliane, a expectativa era de realizar o evento de forma presencial neste ano, mas, em razão da pandemia de covid-19, não foi possível. O formato online, no entanto, permitiu que 987 trabalhos possam ser apresentados até esta sexta-feira, dia 21 de maio, e que um número expressivo de pessoas acompanhe os debates. “Tivemos a inscrição de 1.600 participantes ativos. No entanto, como muitos eventos são transmitidos pelo canal da Unijuí no Youtube, mais pessoas podem acompanhar as discussões, que inclusive contam com palestrantes de outros estados e outros países”, reforçou a coordenadora.

O tema em debate, “Determinantes sociais, tecnológicos e ambientais em saúde”, nunca esteve tão em destaque, já que a própria pandemia expôs estes pontos. “A situação que vivemos é reflexo destes três determinantes: no mundo, países desfavorecidos vêm sofrendo mais com a pandemia, com a falta de serviços, de informação e de educação em saúde. A tecnologia, por sua vez, facilita o acesso aos serviços de saúde. E quanto aos determinantes ambientais, não tivemos ações suficientes para parar as alterações climáticas em prol da saúde. Veio uma pandemia que nos fez parar e perceber que alterações ambientais são mais poderosas, enquanto nós, espécie humana, não somos os dominadores.”

Sem deixar de lado o tema do momento - a pandemia, o Congresso Internacional em Saúde abordou outros assuntos, tão importantes quanto o novo coronavírus, a exemplo do uso dos agrotóxicos. Uma das participantes do debate foi Ada Cristina de Aguiar, que falou, durante o programa, sobre a preocupação com a exposição da população - especialmente rural - a estes produtos. “É importante lembrar que, no Brasil, ninguém está a salvo desta exposição. Encontramos agrotóxicos na água, no ar, no solo, nas frutas e verduras. Produtos que podem causar desde uma intoxicação aguda, perceptível dentro de 24h a 72h, ou uma intoxicação crônica, mais difícil de diagnosticar e de associar ao agrotóxico. Isso porque o efeito pode surgir depois de décadas”, explicou, destacando algumas doenças associadas, como o câncer e alzheimer.

Confira o programa na íntegra:


Rizoma temático debate potenciais dos pontos de cultura

A partir desta quinta-feira, dia 13 de maio, até o sábado, dia 15, os pontos de cultura se reúnem, de forma virtual, para o 10º Fórum dos Pontos de Cultura do Rio Grande do Sul. O evento, que terá como base de transmissão o município de Ijuí, visa estimular a reflexão sobre os desafios do fazer cultural em tempos de pandemia e as perspectivas da política Cultura Viva no Estado.

Antecedendo a abertura oficial, o Rizoma Temático foi ao ar na Rádio Unijuí FM, nesta quinta-feira, com o tema “Cultura Comunitária: pontos que enriquecem e potencializam o desenvolvimento (crítico e social) da sociedade”. Para abordar a temática, foram convidados o coordenador adjunto do Colegiado de Culturas Populares e conselheiro estadual de Cultura, Mario Augusto da Rosa Dutra; o fotógrafo, geógrafo e coordenador do Comitê Gestor da Política Cultura Viva RS, Leandro Artur Anton; e a integrante da Associação Ijuiense de Proteção ao Ambiente Natural (Aipan) e da Comissão Estadual do Redes, Vera Lucia Silva.

Conforme explicou Leandro, os pontos de cultura nasceram de um programa, Cultura Viva, criado pelo governo federal em 2004 e que iniciou o processo de reconhecimento de organizações culturais em todo território brasileiro. “Organizações que trabalham a cultura como direito e que salvaguardam o patrimônio imaterial da cultura brasileira. Que têm o pensamento de que cultura não é só arte no sentido das linguagens, mas a construção das relações humanas e dos saberes”, disse. Em 2014, o programa governamental tornou-se uma política de estado. Hoje, somente no Rio Grande do Sul, são cerca de 240 organizações reconhecidas.

Segundo Mario Augusto, até 2004, as culturas populares não tinham o mesmo valor. Com o programa, o trabalho desenvolvido pelas organizações pode ser reconhecido e, principalmente, potencializado. “É importante lembrar que a cultura de base comunitária não refere-se apenas à periferia. A região central também precisa da cultura viva. E naquele ano, isso passou a acontecer”, afirmou, destacando que, apesar das conquistas, o debate é constante – tanto que, no Fórum que inicia-se hoje, serão discutidas políticas públicas e novas ideias que possam resultar em avanços.

Atuando há mais de 40 anos no município e região, a Aipan foi reconhecida como ponto de cultura em 2014, através do projeto "Cultura socioambiental em duas comunidades escolares de Ijuí: Thomé de Souza e Otávio Caruso Brochado da Rocha". Conforme explicou Vera Lúcia, para além dos debates, a Associação realiza oficinas, para o reaproveitamento, por exemplo, do óleo de cozinha usado na produção de sabão.

Para acompanhar 10º Fórum, acesse o canal do Youtube Cultura Viva RS.

Acompanhe o Rizoma Temático na íntegra:


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