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Vocação para juiz de pingue-pongue

Eu tenho um amigo que já foi juiz de pingue-pongue. Aposto que poucas pessoas podem dizer isso. Afinal, você já foi juiz de pingue-pongue? E não vale nada que não seja alguma competição do tipo “oficial”. Pois o meu amigo foi! Do torneio “campeões do pingue-pongue" da escola onde estudava. Sim, o tempo aqui é passado, porque já faz alguns anos. Mas o que isso importa?



Bom, a minha descoberta aconteceu há poucos dias. Amigos são assim, a gente vai conhecendo uma coisa nova a cada dia. Pois é, e quando ele me contou não tive dúvida em dizer. “Mas que fria hein!”. No que ele concordou. A rotina de um juiz de pingue-pongue, durante a competição, é ficar balançando a cabeça negativamente de um lado para o outro, observando o jogo e dizendo: bola fora, bola dentro....entre outras coisas do tipo. Isso é bem chato. Pelo menos pra mim. Quer dizer, acho que para todo mundo. Para o meu amigo foi uma experiência trágica. A ponto de quase não conseguir completar a tarefa.

Em menos de duas semanas estaremos escolhendo representantes para o nosso município. São quatro anos em que podemos ficar como um juiz de pingue-pongue, apenas balançando a cabeça negativamente, dizendo bola fora, bola dentro, para cada uma das ações dos nossos futuros representantes. E como eu já disse. ISSO É UMA DROGA! É por isso que a hora de entrar no jogo é agora, votando da melhor maneira possível. Votar é uma das poucas formas que ainda expressam nossa vontade e em que, pelo processo de democracia (ainda com falhas), a vontade da maioria prevalece. O discurso de que um voto não faz diferença é apenas daquelas pessoas com uma enorme vocação para juiz de pingue-pongue. Depois das eleições, ficar balançando a cabeça negativamente não vai adiantar muita coisa. Só para constar, meu amigo, apesar de alguns surtos, foi juiz até o fim do torneio. Fora um torcicolo, ele ficou bem.

* Douglas Dorneles da Rosa - Jornalista da Coordenadoria de Marketing da UNIJUÍ


Zero pagantes

Todo mundo já viveu isso

Conversar com amigos é sempre um bom programa. Mesmo que seja aquela velha idéia da janta para contar as mesmas histórias. Até porque, em meio as “memórias” em comum, sempre surge algum assunto que rende algumas risadas. Geralmente trata-se de uma “tragédia” (claro que estou exagerando o termo) que aconteceu com algum dos presentes. Invariavelmente, risos de todos os outros. Aliás, por que será que a tragédia alheia nos provoca risos? Quem já não riu de alguém que, distraidamente, tropeçou na rua e se estatelou no chão? Ou da pessoa que vai receber o diploma na formatura e cai no meio do palco. Ou aquele celular que parece uma boate e deixa o seu dono com a cara que é um tomate porque tocou no meio da prova mais difícil do semestre. Enfim, essas situações que a gente sempre ri.

Bom esse foi o caso do meu amigo. Ele não merecia risos. Ao contrário, a sua história era triste, merecia até uma reflexão. Mas na hora ninguém se conteve. E a risada foi tão geral que até mesmo ele riu (depois do ocorrido é fácil né). Falávamos de música, e ele que é músico, lascou a frase: “pior é tocar para zero pagantes”. Realmente é uma droga tocar pra ninguém. Isso já seria suficientemente triste, mas ainda não era engraçado. Mas a tragédia não parou por aí. Tocando numa cantina (do lado de fora), também para zero pagantes. Pessoas passando, uma olhadinha na banda, e direto pra dentro da cantina, onde a TV exibia um capítulo imperdível da novela do horário nobre (a do boi bandido). Isso só já seria humilhante, mas o ápice da humilhação estava por vir. Em meio a música mais animada do repertório alguém se levanta dentro da cantina, vai até a porta e a fecha bruscamente. Meu amigo ouviu do baixista na mesma hora: “acho que vamo para”. Como não rir? Rimos.

Claro que a gente não devia rir. Todo mundo já tocou para “zero pagantes”. Entenda-se zero pagantes por situações adversas e constrangedoras. Tenho uma amiga que foi vista no banheiro, já “sentadinha”, em trabalho urinário, por um monte de indiozinhos. Isso não é totalmente “zero pagantes”? Mas, acima de tudo, é muito engraçado.

* Douglas Dorneles da Rosa


Eu, o louco e o bêbado

 

Estava eu a serviço temporário em uma praça de uma cidade do interior. Era responsável pela troca de embalagens de produtos por prêmios, promoção de uma multinacional do ramo alimentício. Meu horário era divido em dois turnos. Era o primeiro de três fins de semana de trabalho.

No final da manhã não havia movimento algum na praça. Era apenas eu e mais dois cidadãos, os quais eu nunca havia visto antes. Sentei-me numa cadeira, na sombra, a espera de alguém que cruzasse o passeio da praça para uma possível abordagem de divulgação da promoção. Como era perto da hora do almoço, possivelmente todos estariam em suas casas, para o tradicional churrasco de domingo.

De repente um dos meus acompanhantes, que não estava a trabalho, começou a falar, em tom de voz alto. Demorou um tempo até eu perceber que ele estava falando comigo, até porque o assunto era um tanto esquisito. Resolvi prestar a atenção na conversa do rapaz, e começou um diálogo. Seu nome era Saulo e, segundo ele, dono de um comando de 25 carros de guerra do quartel, onde era tenente, mas com 28 tenentes abaixo de seu escalão. Não bastasse isto, era responsável por uma frota de Verona e Vectra, da Brigada Militar. O diálogo se tornava interessante na medida em que eu dava atenção ao tão importante sargento do quartel e integrante da Brigada.

No decorrer da conversa, se aproxima o outro cidadão. Este não me revelou seu nome, porém, se aproximou para me informar que o tal Saulo, era louco. Estranho, pois o então “louco” havia me dito anteriormente, que este cidadão era bêbado. Eu, o louco e o bêbado.

O bêbado, que realmente estava bêbado, contou-me toda história de vida do dono de um bordel do centro da cidade que havia sido assassinado há um mês, e que a herança, segundo ele, de R$ 600 mil, havia ficado sob sua responsabilidade.

Enquanto isto, o louco foi até tanque de guerra, canhão, um monumento da praça, onde puxou uma mala e voltou até onde estava conversando comigo. Informou-me que foi buscar seu almoço no canhão, sua atual moradia. Trouxe junto talheres de chumbo, deu-me para segurar, para sentir o peso, e disse que estas eram herança do Tenente Brigadeiro, seu superior.

No meio deste diálogo ressurge o bêbado, que entre uma fala e outra tomava um gole de água-ardente, quente, só faltou me oferecer. Disse que iria até a rodoviária, ver se conseguia novamente um “bico”, onde por uma hora de trabalho, na semana anterior, haviam lhe pago R$100,00. O estranho é que ele não se dirigiu à rodoviária.

Então restei eu e o louco na praça. Neste momento o louco começou a procurar moedas de ouro no gramado. Até pensei em procurar, mas, se passar de louco para um louco, não sei, acho que não seria a melhor idéia, então o louco seria eu.

Era hora do meu intervalo para o almoço, foram três horas que pareceram ter durado uma, apenas. Despedi-me então do louco, que neste momento me mostrou uma tatuagem no braço, desenho de armas, que para mim parecia ser de caneta, mas segundo ele foi feita com uma tinta de alta qualidade, enfim, estava em ótimo estado, com oito anos de vida.

Uma hora depois voltei, a praça já estava cheia de gente. O louco estava por lá, de um lado para o outro, mas nem voltou a falar comigo. Será que esqueceu da conversa que tivemos durante a manhã? O bêbado também retornou por lá, passou na minha frente, e nem sequer direcionou seu olhar.

Durante a noite passei na praça, para ver se encontrava algum deles. Encontrei o louco, estava jantando, sozinho, em cima de sua casa, o canhão, avistando o movimento da noite no centro da cidade. No fim de semana seguinte, o louco já não morava mais na praça. Seria uma moradia temporária? Bom, se mentiu ou não, não importa, o bêbado sim estava lá novamente, mas também não me cumprimentou. Acredito que não conseguiu mais um emprego que lhe pagasse R$ 100,00 por hora.

Para mim o primeiro final de semana de trabalho rendeu esta história, para “meus amigos” não sei se resultou em algo. Talvez, fui apenas mais um louco que deu atenção à eles. Mas acredito que para quem, de longe avistava minha conversa, imaginou que o único louco ou bêbado entre os três era eu.


Felipe Dorneles - Jornalista




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