A Unijuí acaba de adquirir um dos mais modernos termocicladores para o Laboratório de Análises Clínicas - Unilab da Unijuí. O termociclador QuantStudio™ 5 soma-se a outro equipamento já previamente adquirido, e vem para ampliar e qualificar a capacidade técnica do laboratório, garantindo mais agilidade e um maior número de exames moleculares.
“Temos um plano institucional que prevê a ampliação dos testes realizados, beneficiando ainda mais as comunidades de Ijuí e região. A ideia é que o Unilab deixe de realizar apenas testes para detecção da Covid-19 e torne-se um laboratório que realiza diversos diagnósticos moleculares”, explicou o coordenador técnico do Unilab, professor doutor Matias Nunes Frizzo.
Para muitos desses exames, segundo o professor, há demora de vários dias desde a coleta da amostra do paciente, envio para um centro que realiza o processamento, até a chegada do resultado. “Com esse investimento, o Unilab passa a ser um laboratório de biologia molecular altamente capacitado em realizar diversos diagnósticos, tendo a possibilidade de entregar o resultado no mesmo dia. Isso vai garantir um retorno quase que instantâneo para os serviços de saúde, que poderão fazer o diagnóstico muito mais rápido, encaminhando o tratamento adequado”, destacou o professor.
Buscando atender à demanda local e regional, o Unilab passa a realizar exames de diagnóstico para diversas doenças infectocontagiosas, como dengue, zika, chikungunya e tuberculose. A ideia é que, já neste mês, essa ampliação seja uma realidade, contando com uma diversidade maior de exames moleculares. “Esse é um grande avanço tecnológico e um avanço da Unijuí na prestação de serviços para a comunidade. Fortalece a nossa inserção, a nossa busca pelo desenvolvimento local e regional. Vamos conseguir ajudar, ainda mais, a região, com a realização de exames complexos, que antes eram feitos apenas em grandes centros, com um custo bastante elevado”, reforçou Matias.
O primeiro termociclador - QuantStudio 3 - foi adquirido pela Unijuí em parceria com o Consórcio Intermunicipal de Saúde (Cisa), em junho de 2020, visando a análise de testes RT-qPCR, para detecção da Covid-19.
O Laboratório de Análises Clínicas da Unijuí - Unilab acaba de receber um equipamento que vai permitir que exames, que antes demoravam mais de uma semana para serem liberados, fiquem prontos no tempo de incubação mínimo, ou seja, no máximo em cinco dias. O setor de microbiologia agora conta com um sistema de automação microbiológica, chamado BD BACTEC FX40.
O novo equipamento possibilita análises de líquidos cavitários, de bactérias e fungos no sangue (hemocultura), além de emitir resultados rapidamente. O alto investimento vai diminuir o tempo de espera dos pacientes e, dessa forma, reduzir os riscos de infecção hospitalar.
Outro benefício da nova aquisição é qualificar o estudo e a formação na área da microbiologia aos acadêmicos, proporcionando a ampliação de oportunidades para novas produções científicas na Unijuí. De acordo com a biomédica responsável pelo Unilab, Ana Paula Pustay, o aparelho é capaz de auxiliar logo nas primeiras horas de funcionamento.
“Por exemplo, os casos de sepse (conjunto de manifestações graves em todo o organismo) acontecem quando há bactérias ou fungos no sangue. Isso é muito grave e pode levar a óbito em questão de horas. O equipamento nos propicia desde a primeira hora de incubação poder ter positividade, dando resultado para o médico de qual o microorganismo é o causador e uma sugestão de qual seria uma terapia”, explica.
O Unilab está situado no campus Ijuí, junto ao Complexo 1 da Unijuí Saúde. O espaço realiza análises laboratoriais em materiais biológicos, pesquisando componentes que possuem significado clínico. O contato pode ser feito pelo telefone (55) 3332-0554 ou pelo e-mail unilab@unijui.edu.br.
Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo da Unijuí
A Biomedicina nunca esteve tão em alta, com um mercado de trabalho aquecido e promissor aos profissionais. O biomédico, conforme definição do Ministério da Educação (MEC), é o profissional com formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, que atua em todos os níveis de atenção à saúde, com base no rigor científico e intelectual, dentro dos mais altos padrões de qualidade e dos princípios da ética e da bioética.
A Unijuí, que oferta o curso de bacharelado em Biomedicina na modalidade presencial, prepara os profissionais para atuar na prevenção e promoção da saúde, por meio de diagnósticos laboratoriais e pesquisas científicas, com ênfase para atuação na área de Patologia Clínica, a fim de apoiar a área médica no tratamento de pacientes.
Para atuar em uma área específica, o biomédico deve possuir habilitação que, por sua vez, pode se acumular. É o Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) que sistematiza as habilitações ou especialidades do biomédico, definindo suas nomenclaturas.
Conforme explica a coordenadora do curso, professora Bruna Comparsi, na graduação o estudante tem de cumprir obrigatoriamente o estágio supervisionado em no mínimo uma especialidade - Patologia Clínica. Mas na Unijuí o graduando pode estagiar em mais de uma, respeitadas as 500 horas mínimas por área. “Se o estudante tem interesse em atuar em Análise Microbiológica de Alimentos, Banco de Sangue, Biomedicina Estética, Biologia Molecular, Bromatologia, Citologia Oncótica, Imagenologia, Pesquisa e Saúde Pública, a Unijuí é o lugar”, destaca a professora.
Após a graduação, o biomédico pode ampliar suas competências realizando cursos de especialização, mestrado ou doutorado, cuja grade curricular tenha o perfil de determinada habilitação.
A Unijuí também oportuniza aos seus estudantes outras áreas de habilitação/especialidade, por meio de formações especializadas, como a Pós-Graduação em Hematologia Laboratorial, que busca capacitar os estudantes para as mais novas técnicas hematológicas, bem como para suas interpretações e correlações clínicas; a Pós-Graduação em Microbiologia Laboratorial, que desenvolve nos alunos competências técnico-profissionais, a fim de possibilitar a identificação e o diagnóstico dos diversos tipos de patologias microbiológicas, abordando temas atuais e avançados nesta área; e a Pós-Graduação em Estética Avançada e Minimamente Invasiva, que tem como objetivo desenvolver competências nas áreas de estética facial, corporal e capilar, além de habilitar o profissional para atuar na manutenção da saúde estética e promoção da qualidade de vida.
“Lembrando que, para trabalhar, o biomédico deve se inscrever obrigatoriamente no Conselho Regional da respectiva jurisdição, apresentando o diploma de graduação, o histórico escolar e a declaração de estágio supervisionado em uma das áreas de habilitação. O Conselho Regional de Biomedicina oficializará o campo de atuação e concederá a habilitação, dessa forma conferindo legitimidade ao exercício profissional”, explica a coordenadora, Bruna Comparsi.
Praticar a Biomedicina sem estar regularmente inscrito no sistema CFBM/CRBM, ou sem possuir habilitação na área em que estiver efetivamente atuando, é ilícito do ponto de vista ético, disciplinar e penal. O infrator sofrerá as sanções previstas no Código de Ética do Profissional Biomédico e no Código Penal, depois do devido processo administrativo e/ou penal.
O hemograma é um dos principais exames na prática clínica, capaz de apontar diversas patologias por meio da análise de três componentes do sangue: hemácias (glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas. A parte que avalia os eritrócitos, também chamados de hemácias, é o eritrograma, que foi base para a produção do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da acadêmica de Biomedicina da Unijuí, Maria Eduarda Andretta.
Por meio do eritrograma são observados aspectos como o tamanho, formato, intensidade de cor e a quantidade de hemoglobina que cada hemácia possui, que é determinante para descobrir a situação do transporte de oxigênio no sangue. Para o estudo, a estudante avaliou eritogramas realizados no Hospital Bom Pastor de Ijuí, em pacientes com covid-19. Os resultados fazem parte da monografia “Eritrograma como prognóstico no desfecho da covid-19”.
“Inicialmente, eu queria que o tema da minha pesquisa estivesse relacionado à área de análises clínicas. Além disso, em vista de estarmos enfrentando uma pandemia causada por um vírus novo, tive o desejo de realizar uma análise em uma parte dos exames feitos pelos pacientes internados na UTI”, explica a estudante.
A acadêmica observou os prontuários dos pacientes, na entrada e na saída do hospital, e a partir daí relacionou o desfecho desses pacientes com os resultados do eritrograma. “No grupo óbito, houve significativa diminuição dos eritrócitos, hemoglobina, hematócrito e concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM) e aumento da amplitude de distribuição dos eritrócitos (RDW)”, explica.
Após receber o diploma, Maria Eduarda diz que pretende seguir na área de análises, mas que futuramente se tornar docente é um grande desejo. “Pretendo atuar na área de análises clínicas, mas meu maior sonho é fazer mestrado e posteriormente doutorado”, finaliza a estudante.
Na última quinta-feira, 3 de março, a Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação do Noroeste do Estado (Fidene) firmou uma parceria com o Vida Card Ijuí para prestação de serviços de análises clínicas e patológicas por meio do Laboratório de Análises Clínicas - Unilab da Unijuí. O laboratório passa a atuar junto à empresa, atendendo os clientes que utilizam o cartão.
Para a assinatura do convênio, estiveram representando a Universidade o diretor executivo da Fidene e vice-reitor de Administração da Unijuí, Dieter Rugard Siedenberg; o gerente da Coordenadoria de Gestão de Pessoas, José Luis Bressam; e o chefe do Núcleo de Logística, João Lucas P. dos Santos. Já pela empresa Vida Card, estiveram presentes a sócia e diretora administrativa, Rosângela de Paula; a sócia do Vida Card Ijuí e coordenadora da Rede da Franqueadora, Liriane de Paula Martins; e o supervisor comercial, Marcos Lopes.
O Vida Card foi criado em 2008 em Santa Maria, com o propósito de levar saúde de qualidade por um preço acessível a toda a população. Em 2019, foi criada a franqueadora Vida Card, coordenada pelos sócios-fundadores Anna Kuerten, Eduardo Saibt, Luciano de Medeiros e Luiz Felipe Durand. Hoje o Vida Card já possui 106 mil clientes e 26 unidades em operação no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Em março, será inaugurada a primeira unidade no Paraná. O cliente Vida Card Ijuí pode utilizar o seu cartão em qualquer unidade do grupo.
Conforme explica o gerente da Coordenadoria de Gestão de Pessoas da Unijuí, José Luis Bressam, a Instituição trabalha para que seus colaboradores tenham mais qualidade e facilidade no atendimento na área da saúde e, para isso, oportuniza opções de adesão a planos de saúde ou cartões de saúde, como o Vida Card.
“O Vida Card é uma das opções disponíveis na Instituição, que permite que seus usuários tenham acesso a serviços de vários profissionais, clínicas e laboratórios com qualidade e preços diferenciados”, completa o chefe do Núcleo de Logística, João Lucas P. dos Santos. Com a assinatura, o convênio com o Unilab já está em vigor.
O uso extensivo de agrotóxicos na região, que acaba por gerar altos índices de exposição de forma voluntária e involuntária, motivou a acadêmica de Biomedicina da Unijuí, Rafaela Quintana Probst, a desenvolver seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que leva o nome de “Efeitos do herbicida à base de glifosato em parâmetros hematológicos de ratos Wistar”. A monografia está vinculada ao projeto de pesquisa “Efeitos do herbicida à base de glifosato: um estudo translacional”, pertencente ao Grupo de Pesquisa em Fisiologia (GPeF), do qual a estudante fez parte como bolsista de iniciação científica.
Para o estudo, Rafaela analisou uma dose de Ingestão Diária Aceitável (IDA) do herbicida, que teve aprovação em 2018 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O Volume Máximo Permitido de glifosato na água potável é de 0,5 mg/L, que corresponde a 2,8% de IDA para um adulto de 70 kg. Segundo a Anvisa, essas dosagens seguem o padrão de segurança para ausência de risco à saúde, ponto que vem sendo fortemente questionado.
“O meu TCC teve como objetivo a avaliação toxicológica do herbicida à base de glifosato sobre o sistema hematológico, com base na dose de Ingestão Diária Aceitável. A pesquisa teve colaboração para um melhor entendimento da ação do químico sobre esses parâmetros e no questionamento da segurança da IDA imposta pela Anvisa. Para isso, foi realizada uma pesquisa experimental com 12 ratos Wistar, machos adultos, simulando uma exposição subcrônica de oito semanas. A exposição dos animais ao agrotóxico foi de forma hídrica, através da água de consumo”, explicou a acadêmica, completando que os animais foram divididos em dois grupos experimentais: o grupo glifosato, que recebeu uma solução do herbicida à base de glifosato, com dose equivalente à IDA, para ter uma análise aproximada da realidade do consumo humano; e o grupo controle que recebeu somente água, para ter comparação dos resultados.
“A solução de herbicida à base de glifosato era preparada semanalmente, com a formulação comercial Roundup®️ Original DI. O preparo tinha como base o peso médio corporal e o consumo hídrico médio diário dos animais. Para obtenção dos dados hematológicos, foram realizadas três coletas de sangue caudal de todos os animais: a primeira antes de iniciar a exposição ao glifosato, a segunda na 4ª semana e a terceira na 8ª semana de exposição. As amostras foram encaminhadas para o Laboratório de Análises Clínicas da Unijuí (Unilab) para a realização do hemograma. O estudo foi submetido ao Comitê de Ética no Uso de Animais (CEUA) da Universidade e aprovado, conforme protocolo nº 025-19”, reforçou a estudante.
Segundo Rafaela, a exposição subcrônica à dose de Ingestão Diária Aceitável apresentou alterações em índices hematológicos do sangue periférico dos ratos, especificamente nos parâmetros de eritrócitos, hematócrito e leucócitos, indicando possível relação com condições pró-inflamatórias desencadeadas por estresse oxidativo. Os resultados que foram obtidos demonstram que a exposição ao herbicida à base de glifosato apresenta reflexos negativos sobre os parâmetros hematológicos, indicando riscos à saúde daqueles que estão em contato contínuo com o herbicida, seja ocupacionalmente, por exposição ao meio ambiente ou alimentos contaminados. Mesmo em doses significativamente baixas, o herbicida já é capaz de provocar alterações fisiopatológicas.
Rafaela, que prepara-se para a formatura no mês de março, vai seguir na área de docência e pesquisa, junto ao Mestrado em Atenção Integral à Saúde da Unijuí. Ela também pretende exercer a profissão na área laboratorial.
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