Curso de Gastronomia realiza atividade no Quilombo Passo do Araçá, em Catuípe - Unijuí

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Estudantes do curso de Gastronomia da Unijuí tiveram uma nova e importante experiência dentro da disciplina de Gastronomia Africana: eles realizaram duas visitas ao Quilombo Passo do Araçá, em Catuípe, para conhecer a história do grupo que foi, no ano de 2020, certificado como remanescente de quilombo pela Fundação Cultural Palmares. Além disso, os estudantes puderam trocar experiências com as famílias.

“Na primeira visita, nosso objetivo foi conhecer, ouvir a história dessa comunidade que é formada por 11 famílias, todas pertencentes à família Oliveira. Eles contaram que os irmãos foram separados quando criança e que, depois, conseguiram se reunir. Uma irmã foi criada na comunidade, dois irmãos por outras famílias, e há uma quarta irmã, que não mora mais junto ao grupo. Para certificação, eles buscaram a sua árvore genealógica, com a ajuda da Emater”, explicou a chef Deise Marin, responsável pela disciplina. 

Hoje, a comunidade possui uma pequena agroindústria, que fornece os produtos para creches e escolas da rede municipal de Catuípe, garantindo, assim, o sustento do grupo. Como relata Deise, os jovens da comunidade estudam na Casa Rural, que adota a pedagogia da alternância. Essa estratégia permite aos alunos alternar semanas de estudo na Casa Familiar com semanas na casa dos pais, colocando em prática o conteúdo desenvolvido em sala de aula. “Os estudantes podem escolher, dentro das atividades rurais, uma para se especializar, além de aprender o conteúdo tradicional. A escola está formando estes jovens para que eles não saiam do quilombo”, explicou Deise.

Na segunda visita, os estudantes prepararam um prato importante para as famílias, que remetesse às suas vivências. “Nossos estudantes fizeram um pré-preparo do feijão e lá, na comunidade, finalizaram a menestra, o arroz cozido dentro do feijão. De sobremesa, foi preparada uma canjica, da forma mais pura. Eles puderam degustar com açúcar ou junto com o prato principal”, reforçou a chef Deise.

A vivência possibilitou que a comunidade e os estudantes trocassem experiências sobre a alimentação, sobre características dos quilombolas. “A ideia é que os alunos se aproximem da cultura e da vivência de pessoas de origem africana, e a comunidade quilombola tem um grande potencial cultural. Conhecer a história, trocar experiências, foi enriquecedor para todos nós e muito importante para que os estudantes pudessem crescer culturalmente”, finalizou.


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