Recentemente aprovado no curso de Mestrado em Patrimônio Cultural da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Fabrício de Souza seguirá trabalhando em duas áreas que possui bastante afinidade. Formado em Design pela Unijuí, ele trabalha desde o ano de 2013 no Museu Antropológico Diretor Pestana (MADP): primeiro foi como estagiário, quando ainda cursava Pedagogia, depois ingressou na Instituição como funcionário, na função de assistente de pesquisa, trabalhando diretamente na Divisão de Museologia, no auxílio do planejamento de exposições e atendimento ao público. Com a troca para o curso de Design, passou a colaborar também com projetos gráficos expositivos e de comunicação, conseguindo praticar e vincular o seu trabalho à sua área de formação.
“Trabalhando no Museu consegui criar uma aproximação com o patrimônio cultural, percebendo que aqui existe o Design na relação de duas áreas inter-multidisciplinares”, explicou Fabrício, lembrando que, além da aproximação entre o curso e o Madp, sua vinculação com a temática do mestrado também foi demonstrada no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), onde apresentou a valorização do patrimônio cultural por meio do design de jogos, construindo um jogo educativo sobre o Museu.
“Agora, para o Mestrado, continuo na pesquisa sobre patrimônio cultural, porém, trazendo um protagonismo e foco de forma mais incisiva sobre o design por meio do patrimônio gráfico. Dentro da minha linha de pesquisa de História e Patrimônio Cultural, irei em busca de identidades visuais da indústria de Ijuí do século XX, tendo como fonte os bens culturais móveis que o Madp preserva por meio de seu acervo documental, compondo um inventário para a reunião dessas informações coletadas e analisadas pelo contexto de marcas”, reforça.
Como explica Fabrício, falar em patrimônio gráfico é referir-se ao patrimônio mais recente a ser preservado - se comparado a outros bens culturais preservados no Madp, cujas técnicas são muito distantes das técnicas de produção atuais, mas que, de alguma forma, acabam refletidas nas formas e produções de artefatos atuais.
Como as aulas estão previstas para acontecer de forma online, inicialmente, desde orientações até disciplinas, Fabrício conseguirá conciliar o mestrado ao seu trabalho no Museu.
O egresso reforça que iniciativas ligadas à produção acadêmica, participação no Centro Acadêmico e o voluntariado em projetos sempre o estimularam a buscar uma formação para além da Graduação, indo ao encontro do curso de Mestrado. “Digo que foi na Unijuí que trilhei meu caminho, e ainda aqui continuo, com experiências que somaram ao meu currículo e me motivaram a seguir na vida acadêmica. As possibilidades que a Universidade proporciona são o que fazem a diferença no meu currículo, na minha vida pessoal e profissional”, finaliza.