Acadêmica de Psicologia analisa importância de vínculo familiar para paciente da UTI Neonatal - Unijuí

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Ao realizar estágio em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, a então estudante de Psicologia da Unijuí, do campus Santa Rosa, Jaqueline Sirluei Zuk, percebeu que bebês em condições favoráveis ao construir ou manter vínculos familiares tinham seu desenvolvimento notavelmente melhor do que os demais que não possuíam esse contato. Assim, surgiu o interesse pela temática que norteou seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), apresentado em 2022.

Com o título “Implicações de internação em Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal: a formação do vínculo familiar e o papel do psicólogo no (re)estabelecimento do mesmo”, a monografia teve como objetivo analisar a importância da presença familiar durante a internação do paciente em uma UTI Neonatal, a partir da teoria psicanalítica. “A metodologia utilizada foi de caráter exploratório, buscando proporcionar uma maior proximidade com o assunto. Tratou-se de uma revisão bibliográfica a partir de um levantamento bibliográfico e documental sobre o tema”, relata Jaqueline.

A partir das observações realizadas no hospital em que estagiou, Jaqueline questionou-se sobre a possibilidade de redução de danos psicológicos para a família e recém-nascido através do suporte oferecido, não apenas aos prematuros, mas também aos familiares, relacionado com o trabalho do psicólogo. “A atenção da equipe com o prematuro e a família, junto ao suporte de um psicólogo, dá uma ênfase diferente ao cuidado, tornando a troca entre os mesmos uma preparação para o pós-alta, pois em casa a família assume o papel de cuidador em tempo integral”, explica.

Dessa forma, a pesquisa evidenciou a importante função do psicólogo na UTI Neonatal. “O psicólogo pode intervir de diversas maneiras no momento de crise familiar, com a intenção inicial de promover um espaço de comunicação entre todos. Neste meio, a psicologia desempenha um papel na prevenção e promoção da saúde mental desde o início da vida do bebê com a família”, afirma Jaqueline.

A psicóloga destaca ainda a necessidade de realizar mais estudos relacionados a esse assunto, tendo em vista a relevância do tema. “A UTI Neonatal não necessariamente precisa ser somente o local onde transcorrem os dramas da prematuridade, mas sim, através da oferta de escuta psicológica, transformar-se em um espaço potencial entre familiares e filhos para possibilitar a construção de um vínculo, fundamental para o desenvolvimento do prematuro através desses encontros”, completa Jaqueline.


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