TCC de Psicologia analisa o processo de luto no contexto da maternidade - Unijuí

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Formada em Psicologia pela Unijuí, Fernanda Daniele de Assunção, que cursou a Graduação no campus Santa Rosa da Universidade, defendeu seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) no dia 20 de dezembro de 2021. Através de sua monografia, que tem como título “O processo de elaboração do luto perinatal”, ela buscou compreender o processo de luto no contexto da maternidade, sendo orientada pela professora Simoni Antunes.

A psicóloga conta que a escolha da temática partiu de indagações ao longo de seu percurso acadêmico acerca do feminino, em especial no que se referia à gravidez e aos processos psíquicos envolvidos nesse período. Já o estudo do luto surgiu em meio à pandemia, uma vez que a sociedade vivia esse contexto diariamente. “Isso me fez pensar nas gestantes, um dos grupos mais afetados durante a pandemia”, ressalta Fernanda. Contudo, o trabalho não focou especificamente na situação pandêmica, mas no entendimento desse processo em situações de perdas que acompanham as mulheres desde os primórdios da vida humana.

A pesquisa consistiu em uma investigação bibliográfica em relação à elaboração do luto materno no período perinatal. “Para o estudo ser viabilizado, foi realizada uma contextualização histórica do papel da mulher na sociedade e na maternidade, trabalhando com conceitos de luto de Freud, Preocupação Materna Primária de Winnicott e trazendo contribuições do termo perinatalidade, trabalhado por Vera Iaconelli”, relata Fernanda.

Os resultados da pesquisa indicam que o luto não elaborado pode trazer danos ainda maiores ao sujeito que passa por esse momento de dor e sofrimento, sendo necessário vivenciar a perda. “É fundamental que esse tema seja acolhido e abordado, levando em consideração que esse tipo de perda é enfrentado por várias mulheres que vivem o luto de forma silenciosa, o que pode não ser compreendido como uma perda significativa”, esclarece a psicóloga.

De acordo com Fernanda, o profissional da Psicologia deve trabalhar para prevenir futuras psicopatologias que podem estar associadas à perda de um bebê, além de prestar elucidações e atenção ao paciente. “O trabalho deve ser realizado não apenas com as mães, mas também com a rede de apoio delas e a equipe de saúde. É necessário que esse trabalho ocorra de maneira que possibilite uma restituição da saúde mental e reestruturação psíquica para aqueles que passam pelo momento de luto”, completou Fernanda.


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