Iniciou nesta segunda-feira, 29 de maio, a Semana Acadêmica do curso de Engenharia Elétrica da Unijuí, nos campi de Ijuí e Santa Rosa. A abertura contou com as palestras “Conecte SWE: promovendo a diversidade” e “Conhecendo o Crea JR-RS”.
Em Ijuí o evento foi realizado no Auditório da Sede Acadêmica e contou com a participação da engenheira de produção, Daiane Hammes; engenheira mecânica, Gabriela Kochhann; e o engenheiro mecânico Lauri Hatye, integrantes da Sociedade de Mulheres Engenheiras (SWE Brasil).
Durante a palestra, foram abordadas questões ligadas à igualdade de gênero e a atuação profissional das mulheres. “De forma geral, devemos começar a olhar e ter mais empatia com o outro. Não basta só convidar para que a pessoa seja incluída em determinada situação. É preciso ir além, pois ela não estará sendo incluída se não se sentir parte", destacou Daiane Hammes.
Já a representante do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Rio Grande do Sul - Crea JR, a acadêmica Giovanna de Brito, apresentou o programa jovem aos demais estudantes, destacando a importância do Conselho bem como os benefícios e formas de participação. Em Santa Rosa, a abertura foi realizada no Auditório do campus, onde a palestra da SWE foi ministrada pela engenheira de produção, Pâmela Menin; e pelas engenheiras mecânicas Fabiane Conrad e Tainara Tomasi; e do Crea JR-RS, a inspetora Fernanda Dresch, engenheira civil.
As programações têm sequência até esta sexta-feira, dia 2 de junho. Estão previstas para ocorrer palestras sobre “Pesquisa e inovação na carreira do magistério superior”; “Eletrificação no transporte: desafios, perspectivas e avanços em sistemas de acionamento e controle de máquinas elétricas”; “Desafios de uma distribuidora de energia elétrica”; e “Funcionamento e operação de uma conversora de energia elétrica”.
Também ocorrerão minicursos sobre comando e proteção, e ARM. Além disso, fechando a Semana Acadêmica, acontecerão confraternizações nos campi de Ijuí e Santa Rosa, com roda de conversa com egressos do curso de Engenharia Elétrica. A programação completa pode ser conferida clicando aqui.
Acadêmico do curso de Engenharia Elétrica da Unijuí, Jean Bruxel está vivenciando o intercâmbio desde o dia 22 de fevereiro, quando chegou em Portugal para estudar Engenharia Eletrotécnica e de Computadores no Instituto Politécnico de Leiria, no campus ESTG. E tanto as primeiras impressões quanto a adaptação do jovem têm sido positivas.
“Notei que Portugal é um país bem desenvolvido. Consegui me adaptar fácil, já que as pessoas são bem hospitaleiras, estão sempre dispostas a ajudar e a tirar dúvidas. Tivemos um dia especial para recepção dos intercambistas, onde todos tiveram que se apresentar, dizer de onde vieram e por que escolheram o Politécnico de Leiria para estudar. Nos deram materiais da universidade e nos guiaram em uma visita por todo o campus, para apresentação dos lugares, onde fui muito bem recebido e tive a oportunidade de conhecer e conversar com outros intercambistas, de vários lugares do mundo”, contou o estudante.
De acordo com Jean, as disciplinas possuem um método diferente. Elas são divididas em parte teórica e prática, com aulas distintas e, muitas vezes, em dias e com professores diferentes. “Gostei dessa metodologia, pois facilita o aprendizado. Você consegue aplicar na prática, nos laboratórios, os conhecimentos adquiridos na parte teórica”, explicou.
Uma das disciplinas que está realizando é Robótica e Visão Computacional, onde estuda todo o processamento de imagens e como funcionam os pixels. Ele está implementando um sistema de detecção de peças para uma indústria, onde identifica se a peça está completa, se tem os furos desejados e se está no tamanho proposto através dos pixels da imagem, por meio do software Sherlock.
“Outra matéria que estou fazendo é a de Redes de Comunicação, onde se implementa toda a parte de transmissão de dados, através de computadores. Também estou fazendo a matéria de Energias Renováveis, onde são passadas todas as energias desse modelo. Primeiramente, estamos estudando a energia solar, conseguindo implementar um sistema fotovoltaico e fazer todos os cálculos necessários para ver a rentabilidade do sistema e quanto ele irá produzir com base em uma fonte de dados de uma produção anual. Mas também serão propostos estudos em energia hídrica, biomassa, oceânica e a energia eólica, que é a principal fonte de energia de Portugal”, comentou.
Jean também está cursando a disciplina de Instalações Elétricas, a qual tem considerado interessante, já que lhe proporcionou outras visões de segurança nas instalações elétricas. “Aprendi como é a distribuição de energia em baixa tensão, onde é subterrâneo, o modo de aquecimento que é através de cilindro e leva água quente em todas as torneiras da residência, o que não faz o uso da parte elétrica nos chuveiros, entre outros modos de pensar e elaborar projetos”.
Outra disciplina que realiza é a de Inglês - nível intermediário. E apesar do curto período em que está em Portugal, já percebeu a importância de saber a língua na Europa. “A Europa tem muitos estrangeiros que se comunicam em inglês, tanto para pedir ajuda quanto para passar informações. Então é muito importante já vir para Portugal com pelo menos uma noção básica da língua. Isso não só vai ajudar a pedir informações, como também vai proporcionar a oportunidade de conhecer novas pessoas, de outros países”, comentou.
Jean diz que está gostando muito da experiência em outro país e que já tem uma nova visão de mundo, que tem lhe ajudado a crescer como pessoa e como profissional. “Saí da zona de conforto e estou tendo a oportunidade de viver novas experiências, conhecer novos lugares e aprender muito”, finalizou.
Acadêmico de Engenharia Elétrica da Unijuí, Leonardo Luan Moreira Serpa Sá conta que está tendo uma adaptação tranquila em Portugal e, principalmente, junto à Universidade do Porto, onde realiza seu intercâmbio acadêmico. “O clima é muito semelhante ao inverno no Sul, o que facilitou a acomodação neste novo país. Quanto à recepção na Universidade do Porto, a maior universidade de Portugal e uma das maiores da Europa, foi espetacular, toda a atenção dada aos alunos estrangeiros, as orientações repassadas e o acolhimento por parte da instituição deixaram a adaptação muito mais leve”, relata.
De acordo com Leonardo, na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto ele já conheceu as instalações, salas de aula e todo o "universo" de possibilidades que um intercâmbio proporciona, com estudantes de todos os cantos do mundo. “Estou cursando cinco matérias, sendo três da licenciatura - Introdução à Análise de Dados em Python; Sistemas Elétricos de Baixa Tensão e Introdução à Análise de Dados em Excel, e duas do mestrado - Eletrônica para Sistemas de Energia e Transportes e Máquinas Síncronas. As disciplinas de Introdução à Análise de Dados em Python e Excel são ministradas de forma remota, pela plataforma do Moodle, onde o estudante tem uma primeira inserção em ambas as disciplinas”, explica.
A disciplina de Sistemas Elétricos de Baixa Tensão, segundo Leonardo, prepara o acadêmico para a constituição de redes de baixa tensão, redes industriais, instalações coletivas, quadros e instalações de utilização, noções introdutórias sobre a constituição de cabos elétricos isolados, dentre outros conteúdos. Já na parte do mestrado, a disciplina de Eletrônica para Sistemas de Energia e Transportes prepara o aluno para uma percepção sobre a integração dos sistemas de energia e de transportes no quadro da cidade inteligente. Dessa forma, são ministrados conteúdos de eletrônica de potência, com o projeto de conversores em aplicações reais.
“A outra matéria do mestrado é Máquinas Síncronas, sendo esta responsável por dotar os estudantes de conhecimentos científico e técnico, e de aptidões operacionais relativas ao funcionamento das máquinas síncronas. A disciplina também prepara para a compreensão do funcionamento físico e aplicação dos modelos numéricos para análise do funcionamento em regime estacionário, tudo isso demonstrando na prática, em laboratórios da própria FEUP. Nesta matéria do mestrado as aulas são ministradas em inglês, sendo obrigatório o domínio da língua por parte dos docentes em situações de alunos estrangeiros”.
Segundo o acadêmico, o convênio firmado pela Unijuí e pela Universidade do Porto, somado à toda a base adquirida no curso de Engenharia Elétrica, estão possibilitando que ele tenha uma experiência única no intercâmbio.
Com mais de 20 anos de atuação, o Grupo de Automação Industrial e Controle da Unijuí (GAIC) desenvolve suas pesquisas em ambientes preparados para realizar testes em diversos âmbitos da Engenharia Elétrica e da Computação. Para realizar as pesquisas do Grupo, que conta atualmente com três projetos, são utilizados espaços preparados com tecnologia de ponta, localizados no Espaço Mais Inovação.
São cinco locais nos quais a pesquisa realizada pelos alunos da graduação e a pós-graduação podem elaborar, testar e corrigir seus sistemas produtivos desenvolvidos. Dentre eles estão: o Laboratório de Análise da Qualidade da Energia Elétrica; o Laboratório de Computação Pervasiva; o Laboratório de Sensor e Instrumentação; o Laboratório de Smart Grids; e o Laboratório de Eletricidade e Potência.
O Laboratório de Análise da Qualidade da Energia Elétrica, também conhecido como LAQUEE, é amplamente utilizado para realização de pesquisas detalhadas sobre as características da energia elétrica do instrumento utilizado na pesquisa. Já no Laboratório de Eletricidade e Potência os bolsistas são os protagonistas, atuando e desenvolvendo pesquisas que visam otimizar o desenvolvimento e na manutenção de sistemas computacionais e elétricos.
O Laboratório de Computação Pervasiva é onde são desenvolvidos os softwares que buscam acrescentar funcionalidades e disponibilidades ao serviço de computação, até que estas se tornem totalmente presentes em nosso cotidiano. O Laboratório de Sensor e Instrumentação, por outro lado, é destinado ao desenvolvimento de hardware e sistemas embarcados como, por exemplo, um aparelho que recebe a informação e transforma em ação do aparelho no qual está inserido.
Por fim, o espaço para simular redes elétricas inteligentes para o desenvolvimento de novos produtos é o Laboratório de Smart Grids ou Redes Elétricas Inteligentes. O laboratório permite estudar configurações e falhas nesses sistemas e, ainda, realizar estudos de implantação dessas redes na região.
É possível fazer parte desse universo em transformação sendo acadêmico dos cursos de Engenharia Elétrica ou Ciência da Computação. As inscrições para o Vestibular Contínuo da Unijuí estão abertas e podem ser realizadas pelo site www.unijui.edu.br/vestibular.
Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo da Unijuí
Nesta terça-feira, dia 8 de novembro, ocorreu o encerramento oficial do curso Introdução à Robótica Educacional, na Escola Estadual de Ensino Médio Pedro Meinerz, localizada no município de Santa Rosa. Desenvolvido pelo curso de Engenharia Elétrica da Unijuí com escolas das regiões de Santa Rosa e Ijuí, o projeto tem como intuito apresentar aos estudantes regras básicas da linguagem de programação e possibilitar a montagem de circuitos e dispositivos robóticos, bem como promover a criatividade e o estudo de conceitos multidisciplinares.
Na Escola Pedro Meinerz, o curso foi realizado com duas turmas, compostas por alunos do 2º e 3º anos do Ensino Médio. O projeto teve início no dia 23 de agosto e foi finalizado no dia 25 de outubro, com a organização de uma gincana a partir das montagens feitas pelos participantes. Já nesta terça-feira foi promovida uma solenidade de encerramento, que contou com a presença de estudantes, pais e professores.
O coordenador de Engenharia Elétrica, professor Eliseu Kotlinski, relata que o curso está sendo executado em diversas cidades: além de Ijuí e Santa Rosa, estão sendo contemplados escolas de municípios como São José do Inhacorá, Pirapó, Cruz Alta, Caibaté e, no próximo ano, o objetivo é expandir o projeto para região de Panambi.
“O objetivo principal do projeto é desmistificar esse conteúdo referente ao universo da eletrônica e possibilitar que esses jovens ocupem os espaços disponíveis nas empresas da região, que buscam pessoas com conhecimentos relacionados à robótica e a essas novas tecnologias. Então a ideia é apresentar para os estudantes as noções de sensores, atuadores e programação, com as quais eles terão que conviver nos próximos anos, pois a robótica está presente hoje em vários processos”, destaca o professor Eliseu.
Recém-graduado em Engenharia Elétrica no campus Santa Rosa da Unijuí, Leonardo Rafael Willers elaborou em seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) um monitor de plantio. Como o nome sugere, o aparelho auxilia o produtor no momento do plantio, monitorando a quantidade de sementes por metro e trazendo ao usuário mais segurança e menos desperdício, o que proporciona melhores resultados na colheita.
O trabalho, intitulado “Implementação de monitor de plantio com sensores de sementes de alta precisão”, dividiu-se em pesquisa bibliográfica, análise, projeto de modelos de sensores, montagem, testes em bancada e análise dos resultados. “Escolhi esse tema pela necessidade de um equipamento com essas funções na agricultura, pois as versões disponibilizadas no mercado possuem alto custo e baixa precisão”, salienta Leonardo.
O engenheiro eletricista relata ainda que seu objetivo principal era conseguir modelar sensores de semente com alta precisão, mesmo com sujidades nos dutos de sementes. “Além de transmitir esses dados e fornecer ao operador, em tempo real, informações importantes para a operação, sejam alarmes causados por possíveis problemas ou dados estatísticos do plantio”, complementa.
Sua pesquisa permitiu desenvolver não apenas um modelo de sensor de alta precisão, utilizando emissores laser e com margem de erro de aproximadamente 1%, como também abaixo do preço dos aparelhos já comercializados. “Fez-se um levantamento de custos e o valor ficou aproximadamente R$ 700. Já o preço dos equipamentos disponíveis no mercado é de cerca de R$ 4.000”, comenta.
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