Relato de Rodrigo Todeschini Rohrs, acadêmico do curso de Engenharia Civil da UNIJUÍ, que realizou intercâmbio na Universidade do Porto, Portugal, primeiro semestre de 2010
"Intercâmbio. Sempre fui fascinado por conhecer outros lugares, rodar o mundo. Quando fiquei sabendo da parceria entre a Unijuí e a Universidade do Porto, não pude deixar de me informar melhor sobre o assunto. E a partir disso, já corri para organizar toda a documentação, e encarar toda burocracia necessária, o que precisa de uma dose de paciência, mas que no fim, sem dúvida, compensa. No Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, durante a despedida da família até a chegada em Portugal, parei para pensar a respeito da ansiedade, que por incrível que pareça, não veio em momento algum. Ou eu apenas não a percebi, não parava de falar: “hei, ainda não caiu a ficha! Risos”. Em Porto, antes das aulas começarem, comparecemos à Reitoria da Universidade, onde fomos muito bem recebidos, deram-nos informações sobre as faculdades, mapas, número de telemóvel (celular) para falar gratuitamente com todos os alunos da universidade, dicas de turismo, festas, etc. Com o passar dos dias fui me adaptando à nova rotina, mas como o idioma é o mesmo, isso facilitou muita coisa. A cidade é cheia de coisas novas e desconhecidas, a gente acaba se perdendo um pouco. O caminho até minha faculdade é um pouco longo, por isso, preciso utilizar o transporte público diariamente, interessante é que o mesmo funciona praticamente a gás natural e energia elétrica. O início do segundo semestre na FEUP – Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, foi bastante complicado, não conhecia ninguém, mas o tempo resolveu os problemas, logo fiz amizades. Em seguida veio a saudade, de tudo e de todos. Mas posso garantir que hoje as coisas estão muito mais tranquilas, a internet, e os programas de comunicação dão um conforto gratificante, todo dia posso conversar com meus pais, familiares e amigos. Os portugueses, em geral, são um povo muito prestativo e gentil, mas parecem sempre estar desconfiados de alguma coisa, a maioria adora o Brasil, sem contar as novelas da Rede Globo (a principal fonte de informação sobre a gente). Enfim, deixar as coisas concretas que eu tinha não foi fácil, mas está valendo muito a pena. Agradeço aos meus pais (ao “paitrocínio”) aos meus avós, familiares e amigos por todo apoio que sempre me deram, estar aqui não é só mil maravilhas, mas vale cada segundo!"
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