Nesta quinta, dia 24, a Unijuí e a Prefeitura de Coronel Bicaco dão continuidade para a pesquisa sobre a a COVID-19 na cidade. Serão realizados mais testes e avaliações em moradores do município na Escola Estadual de Ensino Fundamental Rui Barbosa.
Até agora, já foram realizados mais de 130 testes de um total de 367 residentes do município. Os cidadãos de Coronel Bicaco foram convidados a participar por contato telefônico. A seleção dos participantes ocorreu por sorteio, abrangendo as quatro Estratégias da Saúde da Família. A pesquisa irá avaliar e acompanhar grupos populacionais vulneráveis a covid-19 e indivíduos que testaram positivo para anticorpos contra o SARS-CoV-2, quanto a saúde física, psíquica e seu conhecimento sobre o coronavírus (SARS-CoV-2).
A importância deste estudo é o diagnóstico populacional das condições de saúde física e psíquica, assim como identificar o número de pessoas que apresentam anticorpos para SARS-CoV-2. Ainda, com base nos resultados do exame contra anticorpos SARS-CoV-2, aqueles indivíduos que forem positivos poderão receber orientações e acompanhamento. O estudo completo, que é conduzido pelo PPGAIS, também vai fornecer dados mais precisos sobre a COVID-19 e ajudar a traçar estratégias para o cuidado e basear ações e programas de prevenção em Coronel Bicaco. Quem ainda está com dúvidas sobre o processo, clique neste link e confira mais detalhes do estudo.
Pesquisadores passaram por testagem e treinamento nesta quarta-feira para o trabalho no município
Nesta quinta, dia 17 e sexta, dia 18, a Unijuí e a Prefeitura de Coronel Bicaco vão realizar testes e avaliações em moradores do município ligados em quatro Estratégias da Saúde do Município. A avaliação da população será realizada na Escola Estadual de Ensino Fundamental Rui Barbosa. A testagem e a avaliação das condições de saúde da população de Coronel Bicaco é uma pesquisa que acompanhará a população por três meses. Entenda as principais questões e contribua:
Qual é o objetivo do estudo?
O objetivo desta pesquisa é avaliar e acompanhar grupos populacionais vulneráveis a covid-19 e indivíduos que testaram positivo para anticorpos contra o Sars-CoV-2, quanto a saúde física, psíquica e seu conhecimento sobre o coronavírus (Sars-CoV-2).
Quem vai participar e por quê?
Vão participar da pesquisa 367 residentes de Coronel Bicaco, selecionados em sorteio e com representação das quatro Estratégias da Saúde da Família. Os critérios para participar são: sair diariamente de casa por motivo de trabalho e/ou apresentar doenças crônicas, como obesidade, diabetes tipo 2, cardiopatia, doenças respiratórias crônicas, doenças oncológicas ou depressão/transtornos psíquicos.
Durante uma semana a Unijuí vinha acessando os sorteados por meio de ligações telefônicas, para identificar se atendiam aos critérios de inclusão no estudo e convidar a participarem da segunda etapa, que ocorre hoje e amanhã.
Quais serão as próximas etapas?
Para aos que atenderam aos critérios de inclusão e aceitaram participar da pesquisa, hoje e amanhã vão ser avaliados na Escola Estadual de Ensino Fundamental Rui Barbosa. Os participantes passarão por avaliação das condições de saúde física e mental através de inquérito e testagem rápida para anticorpos para Sars-CoV-2.
Sobre o teste para covid-19, o que eu preciso saber?
O teste utilizado avalia anticorpos produzidos pelo organismo após a infecção e não identifica o vírus ativo logo após o contágio, ou seja, não é um diagnóstico de que a pessoa está, naquele momento, com o vírus ativo em seu corpo, mas que ele já teve contato com este vírus e desenvolveu anticorpos. O resultado sai em alguns minutos e utiliza apenas uma gota de sangue.
O teste empregado na pesquisa apresenta a possibilidade de 15,2% de resultados falsos negativos (pessoas que foram contaminadas com o vírus não detectadas pelo exame) de 1,0% de falsos positivos (pessoas com exame positivo que não foram contaminadas).
É seguro participar?
Sim. Toda a equipe usará equipamento de segurança e seguirá protocolos de higiene para garantir a segurança de todos os envolvidos no estudo. Estão identificados, com máscaras, jalecos e luvas e vão realizar constantemente a limpeza dos materiais com álcool 70%. Além disso, toda a equipe passou por treinamento e testagem, nesta quarta-feira, dia 16, no Campus Ijuí, antes do trabalho presencial com a população. Os moradores selecionados devem estar de máscara quando forem na Escola Estadual de Ensino Fundamental Rui Barbosa na hora marcada. Será disponibilizado álcool em gel também.
Treinamento da equipe no Campus Ijuí.
Por que é importante participar?
A importância deste estudo é o diagnóstico populacional das condições de saúde física e psíquica e identificar o número de pessoas que apresentam anticorpos para Sars-CoV-2. Ainda, com base nos resultados do exame contra anticorpos Sars-CoV-2, aqueles indivíduos que forem positivos poderão receber orientações adequadas. O estudo também vai fornecer dados mais precisos sobre a covid-19 e ajudar a traçar estratégias para o cuidado e basear ações e programas de prevenção em Coronel Bicaco.
Confira imagens dos primeiros testes e avaliações realizadas pela equipe na cidade.
Ela se tornou uma esperança para o mundo inteiro: a vacina para a covid-19 talvez seja uma das únicas na história que está recebendo acompanhamento do mundo inteiro enquanto é desenvolvida. E em tempo recorde!
Não se trata de um processo simples, para começar. Por isso, preparamos, com o auxílio dos professores Vítor Antunes de Oliveira e Bruna Comparsi, do Departamento de Ciências da Vida (DCVida), este perguntas e respostas, com o objetivo de facilitar a compreensão sobre a vacina e as etapas necessárias para desenvolver esta resposta com segurança. Confira:
O que é uma vacina?
Vacina é um componente biológico oriundo de agentes patológicos (inativos ou modificados) ou porções específicas destes patógenos, capazes de proporcionar imunidade adquirida.
Por que está demorando meses para obtermos uma vacina contra a covid-19?
O processo de produção de uma vacina segura é demorado. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), dezenas de vacinas estão sendo desenvolvidas ao redor do mundo, entretanto, antes de chegar até a população muitos testes são necessários. Inicialmente faz-se uma exploração laboratorial, in vitro, posteriormente testes com animais e apenas após estar minimamente segura e com potencial, inicia-se a fase clínica em seres humanos. A realidade é que no caso da covid-19 estamos avançando mais rapidamente que o normal, com empenho de cientistas pelo mundo todo, o que pode nos deixar mais esperançosos.
De onde provavelmente virá a primeira vacina?
A vacina que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford, com certeza, é a que lidera esta corrida e está mais próxima de chegar à população. A vacina já se encontra na fase 3 dos testes e, inclusive, está sendo testada atualmente aqui no Brasil.
Quando teremos uma vacina?
Talvez seja esta a pergunta que todos nós gostaríamos de ter a resposta, porém o fato é que não temos a certeza de quando teremos uma vacina realmente segura e eficaz. O que podemos assegurar é que a vacina produzida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, está na frente desta corrida, na fase 3 dos testes clínicos em seres humanos, inclusive sendo testada também em voluntários aqui no Brasil. Para os mais otimistas, se esta vacina apresentar pelo menos 70% de eficácia de maneira segura, poderá começar a ser produzida pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e distribuída ainda no início de 2021.
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Desde o mês de julho a Unijuí, em parceria com o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Cisa), implantou na Universidade um novo setor de biologia molecular, dentro do Laboratório Escola da Unijuí, o Unilab, vinculado ao Departamento de Ciências da Vida (DCVida). A partir do espaço são realizados os testes pelo método RT qPCR, com o objetivo de detectar o novo coronavírus, após o Consórcio adquirir equipamento e insumos para os exames.
No dia 31 de agosto, um novo equipamento foi adquirido pelo Consórcio e já está em funcionamento no Laboratório, trata-se de um aparelho extrator, complementar ao equipamento já utilizado desde julho. Este novo equipamento ampliou de 3 a 4 vezes o número de testes ao dia para covid-19 no Laboratório da Universidade. Atualmente, a capacidade diária é de cerca de 100 testes para atender aos 41 municípios que compõem o Cisa na região. Além disso, a equipe técnica aumentou também a agilidade na liberação dos laudos aos municípios.
Cada município enviou um representante que foi treinado pela Unijuí para a realização dos testes, a gravação desse treinamento também foi disponibilizada às cidades que realizam as coletas. A partir disso os municípios retiram os kits e ficam responsáveis pelas testagens, essas coletas são enviadas ao Unilab, que processa cada amostra e posteriormente faz a liberação dos diagnósticos e laudos.
Os resultados são comunicados às Secretarias e Coordenadorias de Saúde. “Nós temos esse exame como uma notificação compulsória, então precisamos fazer a notificação desses resultados para a Coordenadoria correspondente de cada município. Lembrando que o nosso compromisso maior é contribuir com a saúde de cada um desses pacientes que estão esperando pelos resultados. Além disso, nosso objetivo é contribuir com as autoridades nas tomadas de ações frente à pandemia”, segundo Eliana Dürks, responsável técnica do Unilab.
A realização dos exames na Unijuí impacta também no aprendizado dos estudantes, que se envolvem no processo, a partir do Unilab. “Desde o início foi realizada toda uma modificação, uma ampliação do espaço, tivemos o apoio de vários setores da Universidade, muitos estudantes, estagiários, voluntários e toda equipe que foi formada para atuar nesse setor demonstrou muita dedicação e empenho. Já estamos aptos para começar realizar essas análises. Os nossos estudantes poderão vivenciar e ter essa experiência dentro da Universidade podendo ampliar os seus conhecimentos e enriquecer cada vez mais o seu aprendizado”, destaca Eliana.
Dados mais recentes da pesquisa Epicovid19-RS sugerem desaceleração no ritmo de crescimento da prevalência de coronavírus no Rio Grande do Sul. A nova etapa da pesquisa estima que a proporção de pessoas com anticorpos para a Covid-19 é de 1,38% no estado (de 1,06 a 1,76%, pela margem de erro), o que corresponde a um total de 156.753 (que pode variar de 120.362 a 200.559) pessoas que têm ou já tiveram coronavírus na população gaúcha. A proporção é de um caso real de infecção por coronavírus a cada 72 habitantes do RS.
Os resultados apontam crescimento menor da proporção de casos em relação ao registrado entre as fases anteriores de coleta de dados. A prevalência estimada pela pesquisa saltou de 0,47%, em junho, para 0,96%, em julho, atingiu 1,22%, em agosto, e teve o menor aumento relativo registrado na etapa realizada neste final de semana, com percentual de 1,38%.
Para a coleta dos dados, profissionais da área da saúde realizaram 4,5 mil entrevistas e testes rápidos para o coronavírus, entre os dias 4 e 7 de setembro, em nove cidades. Os pesquisadores chamam a atenção para a concentração de casos em Canoas: dos 62 testes com resultado positivo, 19 são do município. Passo Fundo teve dez testes positivos, Porto Alegre, nove, e Santa Cruz do Sul, seis. Caxias do Sul e Pelotas tiverem cinco testes positivos, em cada cidade, Santa Maria e Uruguaiana tiveram três testes positivos cada, e Ijuí, dois positivos.
As oito etapas apontam que cerca de um terço das pessoas (33%) que residem com alguém que tenha testado positivo apresenta o mesmo resultado para o teste.
Os dados reforçam que a ampliação da testagem no estado reduziu a quantidade de casos não notificados pelas estatísticas oficiais. Para cada caso real de infecção, a pesquisa estima que exista 1,1 não registrado oficialmente.
Em relação às práticas de distanciamento social, o estudo mostra que um terço (33,2%) da população sai de casa diariamente, 54,1% saem para atividades essenciais, como compra de alimentos e medicamentos, e 12,7% se mantêm sempre em casa.
Os coordenadores do estudo voltam a recomendar a ampliação da testagem por RT-PCR e a realização de busca ativa de contatos das pessoas que tiverem resultado do teste positivo, para reduzir a disseminação do contágio.
O EPICOVID19, único estudo populacional sobre coronavírus no mundo a realizar oito fases de acompanhamentos com a população das mesmas cidades, é coordenado pela Universidade Federal de Pelotas e pelo Governo do Estado Rio Grande do Sul, com apoio de doze universidades públicas e privadas. A pesquisa conta com financiamento do Banrisul, do Instituto Serrapilheira, da Unimed Porto Alegre e do Instituto Cultural Floresta.
Fonte: Universidade Federal de Pelotas
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