Nos principais veículos de comunicação, um dos assuntos em destaque é a possibilidade de o País enfrentar uma nova crise no fornecimento e distribuição de energia elétrica, dada a escassez de chuvas e o esvaziamento dos reservatórios das hidrelétricas. Mas qual a real situação?
Para debater o tema “Energia no Brasil: desafios e perspectivas”, o Rizoma Temático desta quinta-feira, dia 15 de julho, contou com a participação do diretor-presidente do Departamento Municipal de Energia de Ijuí (Demei), Marco Aurélio Sikacz; do diretor de Operações da Hidroenergia, Rafael Kieling; do professor doutor da Unijuí, Maurício de Campos; e da professora mestra da Unijuí, Caroline Radüns, coordenadora do Projeto de Extensão Energia Amiga.
Conforme explicou o professor Maurício, o País passa pela terceira crise enérgica do século: a primeira ocorreu em 2001, a segunda em 2014. E apesar da matriz energética ter mudado muito nos últimos anos - em 2001, mais de 80% estava ligada às hidrelétricas e, neste ano, 63% -, há um crescente consumo de energia e os reservatórios da região Sudeste, que correspondem a 70% dos reservatórios do Brasil, estão com 32% de sua capacidade. Especialistas dizem que essa capacidade deve reduzir a 10% em outubro.
O sistema no País é interligado e a população de Ijuí não utiliza apenas a energia produzida aqui, conforme destacou o diretor-presidente do Demei, Marco Aurélio Sikacz. E há, segundo ele, risco de haver racionamento na cidade, assim como há em outros locais. “Nós deveríamos aprender com esse novo momento de estiagem. É necessário criar alternativas para o setor de energia, até porque, é um problema que voltará a acontecer em outro momento. Precisamos também ter consciência da importância do uso consciente da energia elétrica. A bandeira vermelha, que traz agora um acréscimo de 52% na tarifa de energia, já tem o intuito de forçar a redução”, explicou.
Professora na Unijuí, Caroline Radüns lembrou que o uso racional da energia deve se tornar um hábito. Isso porque as consequências são visíveis não apenas na conta de energia, ao final do mês. “Somos pertencentes a uma sociedade e as nossas atitudes individuais impactam no coletivo. Se o consumo de energia aumenta, se as tarifas aumentam, a indústria é impactada, os serviços são impactados, e há reflexos nos preços dos medicamentos, dos alimentos. Aproximadamente 7% da energia produzida no mundo é utilizada para o abastecimento de água e esgotamento sanitário. Ou seja, o impacto é muito maior do que na fatura.”
Rafael Kieling reforçou que, na crise hídrica, tudo está ligado: a falta de planejamento, a política e a economia. “Os reservatórios das grandes hidrelétricas são a base. Eles mantêm todo o sistema elétrico abastecido no Brasil. Por isso, quando falta água, não há muito o que fazer”, comentou, lembrando que o investimento em transmissão aumentou muito nos últimos anos - mais de 100%. Em 2001, não era sequer possível exportar energia do Sul para o Sudeste.
Confira o Rizoma Temático na íntegra:
A pressão pela redução de custos e por uma postura de mais responsabilidade ambiental das empresas têm elevado consideravelmente a busca por energia elétrica oriunda de fontes renováveis no país.
Uma das formas de medir esse crescimento é por meio das transações de certificados de energia renovável (RECs), emitidos por cerca de 200 usinas hidrelétricas e de outras fontes renováveis (Biomassa, solar, eólica) do Brasil.
Nos primeiros 4 meses de 2021, cerca de 4 milhões de RECs foram transacionadas no Brasil, mesmo número ano passado inteiro. Com isso a estimativa é de que mais de 10 milhões de certificados sejam emitidos em 2021, um crescimento de 300% em relação a 2019 e 150% em relação a 2020.
Atualmente, de acordo com a Associação Brasileira de PCHs e GCHs (ABRAPCH), existem cerca de 1.130 usinas em operação no país, sendo Santa Catarina o estado com maior número de usinas em operação (241), seguido de Minas Gerais (235) e Mato Grosso (129). O Rio Grande do Sul ocupa a 4ª posição no número de PCHs e GCHs, com 106 usinas.
De acordo com especialistas, diversos fatores explicam o crescimento previsto para as PCHs na matriz de geração elétrica brasileira. Destacam-se os aspectos socioambientais e a disponibilidade de recursos hídricos. Por serem usinas de menor porte, e respectivamente com menor potencial de geração, exigem que a área alagada em torno dos rios seja menor do que em grandes hidrelétricas convencionais (algumas são até a fio d’água), reduzindo a interferência na bacia hidrográfica e todo o potencial impacto causado.
Sentindo este crescimento, a Hidroenergia, indústria especializada no fornecimento de soluções para empreendimentos hidrelétricos, localizada em Ijuí/RS, tem investido seus esforços no desenvolvimento de tecnologias e na ampliação da sua capacidade produtiva. A empresa trabalha atualmente no desenvolvimento de diversos projetos de novas usinas em diversos estados brasileiros.
“O potencial hídrico do país, somado a retomada econômica pós-pandemia fazem de usinas PCHs e GCHs opções mais enxutas e autossustentáveis na geração de energia, comparadas a grandes projetos hidrelétricos. Nossa especialidade está justamente em fornecer soluções completas para estes tipos de empreendimentos” Completa Marcos kieling, CEO da Hidroenergia.
Reprodução: Site www.hidroenergia.com.br
Fontes: Revista Veja e ABRAPCH
Foto: Vorbe Engenharia
Muitas perguntas giram em torno do futuro da educação no pós-pandemia. O período forçou o uso de tecnologias e a educação a distância, escancarando as desigualdades sociais, e não deixou outra saída aos professores que não fosse atuar de uma forma diferenciada. Mas o que acontecerá daqui para frente?
Para debater o tema "Educação no futuro: o que veio para ficar?”, o Rizoma Temático desta quinta-feira, dia 8, convidou o professor doutor Gláucio José Couri Machado, da Universidade Federal de Sergipe; a coordenadora do Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) da 36ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Leila Franco Schmidt; e o doutorando em História, professor na Unijuí, Josei Fernandes Pereira.
Para Gláucio, o momento deveria ser um divisor de águas para área da educação. Inclusive, ele levará para discussão, no Departamento de Educação da Universidade Federal de Sergipe, onde atua, se tudo o que foi feito durante a pandemia, para adaptar o ensino, será aproveitado ou irá para o lixo. “Me questiono se, passado este período, voltaremos 100% para o presencial ou se iremos aproveitar esse conhecimento acumulado, de um ano de trabalho online, daqui para frente. Acho que tivemos um esforço intelectual muito grande para levar conhecimento aos alunos e isso deve ser aproveitado”, afirmou.
Formações já aconteciam na rede estadual, preparando os professores para o uso mais intenso da tecnologia em sala de aula. No entanto, tudo era visto de uma forma mais distante. Os estudantes não tinham vivenciado, ainda, aulas online, por exemplo. “Foi necessária uma rápida adaptação para seguirmos com as aulas, inicialmente de forma remota, aos mais de 14 mil alunos, distribuídos em 59 escolas de 12 municípios da região. Seguimos com o letramento digital dos educadores e buscando solucionar problemas dos alunos, como a falta de acesso à internet. No segundo semestre tivemos a internet patrocinada pelo governo estadual, o que ajudou, e neste ano, a distribuição de chromebooks aos professores e coordenadores pedagógicos”, disse.
Otimista, o professor Josei Fernandes Pereira acredita que as habilidades e competências que estão sendo desenvolvidas tendem a se manter. “Quando aprendemos uma coisa nova, nos abrimos para determinadas inovações, que dificilmente vão retroceder - e é isso que eu espero. A expectativa é que alguns vícios sejam deixados para trás e que metodologias ativas, novas formas e jeitos de ensinar, sejam incorporados ao ensino”, afirmou, destacando que os professores vão precisar se transformar em orientadores, mediadores, enquanto os alunos vão precisar desenvolver a autonomia para estudar.
Confira o Rizoma Temático na íntegra:
O impacto de uma notícia falsa tornou-se ainda mais preocupante durante a pandemia de covid-19. Acreditando na ineficácia de máscaras, muitas pessoas deixaram de utilizá-las. Da mesma forma, muitos estão se recusando a fazer a vacina, por questionar sua segurança ou os efeitos que causa, e até por considerar a alteração no DNA. E estes são apenas alguns pontos que fomentam as Fake News mundo afora.
Para debater os reflexos da desinformação na pandemia, o Rizoma Temático da Unijuí FM recebeu nesta quinta-feira, dia 1º de julho, Tiago Protti Spinato, mestre em Direito, membro da Comissão de Novas Tecnologias da OAB e mentor do Projeto Integrador sobre Fake News; a acadêmica de Direito Taís Ramos, que participa do grupo; Talita Mazzola, jornalista e coordenadora da Assessoria de Marketing da Unijuí; e Andreia Amorim, enfermeira sanitarista e ex-secretária municipal de Saúde.
Conforme destacou Tiago, as notícias falsas têm um grande poder para destruir pessoas - e citou como exemplo a repercussão da notícia de que o presidente Joe Biden teria aberto a fronteira dos Estados Unidos para qualquer pessoa. Pelo menos 18 pessoas perderam a vida nas águas do Rio Grande, buscando chegar à margem americana.
Por meio do Projeto Integrador, segundo Taís, busca-se aprofundar as discussões sobre notícias falsas. E lembrou que muitas pessoas acabam compartilhando uma informação sem confirmar a sua autenticidade, por estarem de acordo com o que o texto diz.
Questionada se os jornalistas seriam responsáveis por parte deste cenário, Talita Mazzola afirmou que não, mas que a decisão do Supremo Tribunal Federal, de 17 de junho de 2009, de derrubar a exigência do diploma para exercício da profissão de jornalista, deu início a essa proliferação de desinformação. “A Agência Nacional de Jornais (ANJ) comemorou a decisão por entender que isso ia ao encontro da liberdade de expressão, e uma coisa não ter nada a ver com a outra”, destacou, lembrando que os jornalistas contribuem, na verdade, para esclarecer os fatos.
Na avaliação de Andreia Amorim, houve uma mistura entre ciência e política no País, que considera “inadmissível”. Esse fato acabou facilitando a desinformação e contribuindo para o descrédito da ciência. “O uso da máscara é uma ação simples, mas eficaz. Eu, trabalhando na área da saúde, não tive a doença exatamente por adotar as medidas de prevenção. Sem cuidado, vamos ter a pandemia por muitos anos”, afirmou.
Para conferir o Rizoma Temático na íntegra, acesse:
Entramos no mês de aniversário da UNIJUÍ FM. Neste dia 20 a emissora comemora duas décadas de fundação. Com o objetivo de celebrar a data, foi lançada, nesta quinta-feira, 1º de julho, uma série de vídeos e chamadas especiais para o rádio que relembram acontecimentos significativos desses 20 anos, por meio de depoimentos de pessoas que, de uma forma ou de outra, fazem parte da história da Rádio.
Foram realizadas entrevistas com professores, ex-funcionários, ouvintes, apoiadores, colaboradores que participaram de coberturas marcantes, como a do Festival de Cinema de Gramado e do Fórum Social Mundial, ganhadores de promoções e concursos promovidos pela Rádio, entre outros. 20 fatos que representam os 20 anos de história.
Os relatos foram transformados em vídeos que serão publicados toda segunda e quarta-feira, no Facebook, YouTube e Instagram da Rádio UNIJUÍ. Também foram produzidas chamadas que podem ser conferidas durante a semana na programação da 106.9 FM.
O primeiro vídeo divulgado foi o da reitora da UNIJUÍ, professora Cátia Nehring, que falou sobre o papel da emissora como rádio educativa na região Noroeste gaúcha e destacou alguns momentos de sua trajetória. Confira abaixo:
Além desse conteúdo, ao longo de todo o ano, a UNIJUÍ FM está promovendo ações em alusão ao seu aniversário, como promoções e programas especiais, seguindo o mote da campanha de 20 anos: “Tocando histórias”. Para ficar por dentro das produções, acompanhe as redes sociais da emissora.
No dia 28 de junho é celebrado o Dia Internacional do Orgulho LGBT+. Para marcar esta importante data de reflexão e luta por igualdade e respeito, a UNIJUÍ FM, em parceria com a Astral Produções, elaborou uma série especial de programetes que apresenta artistas LGBT+ que utilizam sua voz e talento para dar visibilidade a causas da comunidade.
O quadro vai ao ar na programação da 106.9 FM, a partir desta segunda-feira, 28 de junho, até a próxima sexta-feira, 02 de julho. Ao todo, foram produzidos 15 programetes, que trazem a história de artistas nacionais e internacionais, de diferentes gêneros musicais e épocas, como Pabllo Vittar, Liniker, Cazuza, Freddie Mercury, Lady Gaga e Sam Smith.
O objetivo da iniciativa é incentivar os ouvintes a conhecerem mais sobre a trajetória desses cantores, que são referências de representatividade e grandes nomes da música mundial, além de destacar o papel que eles desempenham na luta pelos direitos da comunidade LGBT+, seja através de sua arte, das letras das músicas, da visibilidade que possuem ou de suas performances.
Além dos programetes, a Rádio e a Astral Produções veicularam em suas redes sociais publicações em alusão a data. A UNIJUÍ FM, bem como a UNIJUÍ e o Museu Antropológico Diretor Pestana, também alteraram a foto de perfil de seu Instagram, mudando o fundo da logomarca para a bandeira LGBT+, como forma de ampliar o debate sobre as questões de diversidade.
Abaixo, confira alguns dos programetes da série “Orgulho LGBT+: Artistas que trazem visibilidade para a causa por meio da música”:
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