Gênero: estudos e pesquisa para a construção de uma sociedade mais igual - Unijuí

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Gênero: estudos e pesquisa para a construção de uma sociedade mais igual

Dia 8 de março foi celebrado o Dia Internacional da Mulher. Importante data que, para além de uma comemoração, gera (ou deveria gerar) uma série de debates sobre a questão de gênero.

E, na Unijuí, a partir da necessidade de se pensar e estudar esse amplo tema, foi criado o Grupo de Estudos em Gênero, vinculado ao Mestrado em Direitos Humanos, do Departamento de Ciências Jurídicas e Sociais.

Coordenado pelo professor Dr. Daniel Rubens Cenci, o grupo é misto e composto por uma série de atores vinculados a academia e a outros espaços, como a Delegacia da Mulher. “O grupo é uma necessidade que foi se apresentando em Ijuí e pelo envolvimento das pessoas em seu campo de estudo, ou em um compromisso individual. Não participam apenas professores, mas também profissionais envolvidos com essa temática”, complementa o professor.

De acordo com Cenci, nas questões de gênero, um dos aspectos que mais precisa ser trabalhado e estudado é o machismo e a violência que decorre dele. “São construções seculares, por que não dizer milenares. E a desconstrução dessa compreensão machista, que coloca o homem como referência da casa, e que, no limite, na ausência de argumento, usa a força física para se sobrepor e manter uma posição de domínio de gênero, é preocupante e apresenta um grande desafio: não podemos nos intimidar diante desse quadro”, salienta.

 

Dados preocupantes


Violência que está estampada nas capas de jornais, mas também, muitas vezes, escondida a quatro paredes, dentro da própria família. Os dados divulgados pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República são preocupantes: em 2015 mais de 63.090 denúncias de violência contra mulheres, o que corresponde a um relato a cada 7 minutos no País. Segundo os dados, 85,5% das ocorrências correspondem justamente a situações de âmbito familiar, o que evidencia que vivemos de fato em uma sociedade machista.

“Precisamos atuar para avançar mais na construção da relação de igualdade. E as diferenças se manifestam em diversos espaços: nas diferenças salarias, nas relações no trânsito, nas relações de família, na participação da política e em diversos outros lugares, que mostram a ausência, a exclusão da mulher. Ainda temos pessoas que não entenderam o recado da Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio, por mais que sejam um recado duro. Penso que o primeiro passo é levar o conhecimento das pessoas, levantar esse debate em diferentes espaços sociais”, complementa Daniel Rubens Cenci.

Além da produção de conhecimento e debates sobre o tema, o Grupo de Estudos em Gênero integra a Rede de Proteção à Mulher de Ijuí, que é um amplo fórum, englobando Poder Público, Polícias, Justiça, OAB, hospitais e outras entidades que atuam diretamente com a proteção à mulher.

Em 2015, com a organização e revisão do professor Dr. Daniel Rubens Cenci, a Rede lançou um material impresso com relatos e discussões sobre a experiência dessa rede, denominado “Rede de Proteção às mulheres: olhares sobre a experiência de Ijuí”. O material traz artigos com a temática como: “construção de uma sociedade de igualdade de gênero, “a realidade do atendimento e proteção às mulheres em situação de violência em Ijuí” e também “apontamentos sobre a violência e os dados locais”.   

 


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